Os descendentes escrita por Evil Maknae


Capítulo 9
Bang.


Notas iniciais do capítulo

MEU NYAH TÁ MUITO BUGADO, ÇOCORR

E essa dorga vai ficar sem foto, porque eu tô desde ontem tentando e não vai.

Esse é o link da imagem:
https://lh5.googleusercontent.com/-PwpGVsFQ-s0/VEHxbL6f7LI/AAAAAAAAAIo/0A7ccI7Vdko/w500-h374/tumblr_static_anime_panda_boy.png

(Abra a imagem antes de ler ;u;)


Caso alguém queira me dizer o que diabos está acontecendo para não sair a imagem, por favor, me diga nos comentários.

Okay, okay. Esse capítulo é do Ryan e contem fortes emoções.

Boa leitura.



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Saí da escola rapidamente numa sexta-feira.

Sinceramente, quanto mais longe desse lugar, melhor.

Estava andando rapidamente, para evitar que alguma garota mandasse beijinhos enquanto eu passava.

Sim, as garotas faziam isso. Não entendo. Eu não sou o perfil de garoto apaixonante. Talvez elas gostem dos “difíceis”. Não que eu seja isso ou faça isso de propósito.

Estava quase chegando ao local em que meu pai sempre estaciona o carro. É um local meio longe, mas é o único que tem vagas. O único problema é que ele não estava lá. Meu pai não esquece das coisas, com certeza alguma coisa aconteceu.

Ou talvez ele tenha apenas se atrasado. Ryan, seja positivo

Ouvi alguém me chamar, pensei que era algum parente meu, querendo dar alguma notícia sobre meus pais terem me esquecido, mas quando me virei, não tive palavras pra descrever a reação.

Era Debrah.

– O que você quer comigo de novo? Não bastou o que já ouviu? Quer que eu diga mais verdades? – Falei, me aproximando com raiva involuntária.

– Ah, por que está tão ranzinza, meu amor? – Ela ronronou.

– ESCUTA AQUI, NÃO FALE ASSIM COMIGO, SUA DESGRAÇADA.

– Qual é... Devia ser mais gentil comigo... – No mesmo momento que fui responder, alguém cobriu minha cabeça com algum tipo de capuz e me puxou. Eu pensei que iam me ouvir se gritasse, mas lembrei que estávamos afastados demais da escola.

Puta merda.

___

Acordei meio zonzo, com duas tiras de fita adesiva tampando minha boca e cordas grossas amarrando meus tornozelos e pulsos. Isso com certeza ia ficar marcado, mas isso não era relevante no momento. Eu fui sequestrado e me importei nas marcas que iam ficar na minha pele por culpa das cordas. Qual é meu problema?

Tentei me manter calmo. Se me vissem com pânico iam usar isso como vantagem. Me fingir de indiferente podia ser a melhor coisa a se fazer.

Levantei um pouco o olhar. Estava em um local vazio e destruído. Provavelmente um prédio que foi abandonado por causa de velhice ou perigo de desabar. Não havia pintura, apenas tijolos desgastados. O chão era de cimento muito mal espalhado e nele haviam vários objetos perigosos. Facas, tesouras grandes e até uma pistola.

Ergui novamente o olhar e vi meu pior pesadelo: Debrah.

Obviamente fiquei com uma vontade imensa de chorar, mas não podia dar este prazer a ela. Tentei dar uma de durão. Encarei ela com o pior olhar. Não podia jogar um mar de palavras, estava com a fita na boca.

– Não olhe assim para mim... – Ela ronronou novamente, me deixando com náusea. – Seja gentil e bonzinho comigo... – Ela foi se aproximando até ficar a centímetros do meu rosto. – Prometo que se comportar vai haver uma recompensa a noite – Ela me olhou com malícia – Afinal... Você é meu novo Castiel.

___

Fui torturado visualmente por horas. Ela estava dançando – acho que era para ser sensual – e se esfregando em mim. Eu queria vomitar muito. Ela me olhava como se despertasse algum sentimento bom em mim, mas só fez com que minha raiva aumentasse.

Mas...

O que me incomodava mais era o fato de que ninguém percebeu meu sumiço... Meu celular ainda estava no bolso e não o senti vibrar.

Porém eu ainda estava a salvo. Com a fita cobrindo minha boca, não havia maneira de ela sequer tentar me beijar... Mas... Pensando por outro lado, ela podia fazer coisas piores. Pra começar, essa dança já é assédio.

– Não está se divertindo, amor? – Ela chegou perto. – Oh, seu safado... Já quer chegar naquela parte? – ME DEBATI LOUCAMENTE, TENTEI GRITAR E ME SOLTAR, MAS ERA INÚTIL. – Agora é muito cedo, mas se quiser, posso te dar um spoiler...

Ela... ELA COMEÇOU A TIRAR A BLUSA.

PUTA QUE PARIU, EU NUNCA PRESENCIEI NADA DE TÃO RUIM NA MINHA VIDA.

Debrah ficou apenas de sutiã. Um sutiã ultrapassado para a idade dela, era rosa e cheio de renda.

Eu quero sair daqui.

EU VOU SER ESTUPRADO POR ELA?!

ISSO NÃO PODIA ACONTECER.

– Qual é, Ryan... Você não colabora... – Ela se agachou para ficar da minha altura. – Você está com outra, é isso? SEU TRAIDOR!

Ãhn...?

– EU ME DEDIQUEI A VOCÊ DURANTE HORAS! VOCÊ ESTÁ PENSANDO EM OUTRA, NÃO É?

Ela falava como se eu fosse casado com ela faz anos.

– ME DIGA QUEM É! É UMA DAQUELAS SUAS AMIGAS TÁBUAS?!

Ela estava perdendo o controle.

– QUAL DELAS? A FILHA DAQUELE FROUXO DO NATHANIEL? DO TROUXA DO ARMIN? DO BABACA DO KENTIN?

Debati-me novamente.

– SEU IDIOTA!

Ela estava quase me assediando há alguns segundos atrás e agora me xingando...

– Mas eu te desejo... Isso! Eu não te amo. Eu te desejo. Quero que me dê tudo que Castiel não deu... – Ela chegou a meu ouvido para sussurrar palavras proibidas.

Palavras realmente perturbadoras. Palavras que ela achou provocante, mas eu só achei ousado e nojento.

– Não se preocupe... Irei acabar com essas distrações na sua vida... Suas amigas devem morrer para você prestar atenção em mim? Então assim que seja.

Do que ela estava falando? Ela não ia ser a última pessoa do mundo.

Senti meu celular vibrar. GRAÇAS A DEUS.

Ela, rapidamente pegou o celular do meu bolso.

– Então é essa vadiazinha?! – Ela mostrou a tela do celular.

Era uma ligação de Grace.

– Eu devo atender...? – Ela ergueu a sobrancelha esquerda.

Neguei rapidamente.

– Então você deve atender...

Assenti.

Ela tirou as fitas da minha boca.

– Veja lá o que vai falar. Tenho pessoas que podem acabar com a vida dela em um sinal meu. Diga que está tudo bem.

Ela teclou o botão de atender.

– Ryan...? Você sumiu, cara! – Grace logo disparou.

– É... Desculpe...

– Onde você está?

Nenhum comentário sobre meus pais.

– Grace... Eu tenho que desligar. Vamos nos falar depois. Tchau.

– Mas... Ryan! Ei, não desligue!

Desliguei.

Eu podia ter denunciado Debrah para ela, mas ia coloca-la em um perigo imenso... Me sentiria mais preocupado se algo acontecesse a ela do que se algo acontecesse a mim...

– Bom garoto... – Debrah comentou.

– O que vai fazer comigo? Vai me manter aqui para sempre?

– Talvez...

– Debrah! Por favor, me deixe em paz! Não tenho culpa se meu pai abriu os olhos! Você não nasceu para ele, simples assim. Vá arranjar outra pessoa para torturar!

– Você não entende? EU QUERO O CASTIEL. E você é uma cópia perfeita dele... Só faltam dois detalhes; Seu cabelo tem de crescer mais e vamos pinta-lo. Seus olhos... Não tenho boas lembranças deles... Por isso, vamos usar lentes...

Desisti de discutir com ela. Com certeza não desistiria de fugir ou ser resgatado. Tentaria pedir a ela que me soltasse para ser mais “divertido”. Eu precisava de liberdade.

___

Horas olhando para ela dançar. Horas segurando o vômito.

E então, salvando a pátria, um chute arrombou a porta.

Vários policiais entraram, e atrás deles, Grace e minha mãe. Elas deviam ter descoberto minha localização por meio do celular.

– PARADA! – Um policial gritou se direcionando a Debrah, que levou um susto e não pensou duas vezes em pegar a pistola do chão, puxar Grace e apontar para a cabeça dela.

– Parada...? Essa garotinha vai ficar parada para sempre se não saírem e deixarem Ryan.

Grace parecia incrivelmente assustada. Ela estava tremendo, dava para notar.

– SENHORA! SOLTE ELA! – Gritaram novamente.

– Não! Ela vai ser minha refém. – Como se ninguém houvesse percebido.

– SOLTE-A AGORA E NINGUÉM SE MACHUCA! – Mais uma tentativa.

– DEBRAH! VOCÊ PASSOU DOS LIMITES! SOLTE GRACE, A-G-O-R-A! – Gritei, já explodindo de raiva.

– Por mais tentador que VOCÊ pareça... Não.

Grace já estava a ponto de chorar. Um dos braços de Debrah envolvia seu pescoço e o outro segurava a arma contra sua têmpora direita. Ela poderia a matar de duas formas; sufocando-a e atirando.

– Saiam daqui agora. Deixem Ryan e a mim que eu não atiro nesse projeto de moça.

Olhei para minha mãe. Ela parecia mais tensa que todos.

– Debrah... Por quê? Porque está fazendo isso? – Minha mãe perguntou, chocada.

– EU SÓ QUERIA O CASTIEL!

Pisquei por um momento.

Nesse milésimo de segundo, houve um tiro que ecoou pelo salão.


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Notas finais do capítulo

~Tãn tãn tãn~ ~le piano dramático~

Gostaram? Espero que sim. Obrigada por ler e até o próximo :3



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