A Prometida escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 8
Seja "bem vinda"


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde lindos e lindas!!! Podem me matar se quiser, eu sei que eu demorei.... :( Obrigada pelos lindos e maravilhosos comentários, vocês me fazem ficar muito feliz. Me chamem no Twitter se quiserem "conversar". Boa leitura!



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Sempre me imaginei sendo acordada de forma mais delicada; creio que com Victoria no mesmo quarto de hotel que eu, meus sonhos foram por água abaixo, já que pedir para acordar de forma "humana" e não por berros não estava na lista do que Victória queria fazer comigo.

– Vai adly, levanta logo!

– Não se acorda alguém ás duas da madrugada - falei constatando a escuridão ao meu redor.

– Que duas da madrugada! São dez da manhã, dez da manhã! - Victória berrou.

Não movi um músculo. Não que eu fosse uma preguiçosa, mas não tinha nada para ser feito. N-a-d-a.

– Acorda!

Victória puxou o cobertor e com muito esforço me sentei na cama, resmungando.

– Por que não me deixou dormir? - Perguntei tirando alguns fios negros que insistiam cair sobre meus olhos.

– Jason ligou, e quer que você esteja pronta - Victória olhou o relógio no pulso - em uma hora.

– Desde quando aquele... - segurei a língua, para não xingá-lo, mesmo que estivesse com muita vontade - "coisa" tem o direito de querer alguma coisa?

Principalmente, que direito o bocó tinha para me acordar ás dez da manhã?

Quem ele pensava que era?

– Jason é o seu noivo e merece respeito. - E eu não? Pensei. - Agora vai tomar um banho.

Bufei e me dirigi para o banheiro. Tomei um longo banho, penteei meu cabelo e me enrolei numa toalha. Ainda no espelho do banheiro, prendi meu cabelo num coque e coloquei um par de chinelos. Meus olhos estavam com olheiras e minha cara estava péssima; era bom que Victória tivesse excelentes truques se ainda quisesse que eu saísse do hotel sem aquela cara de morta.

Sai do banheiro encontrando Victória sentada no sofá, assistindo TV. Meu avô estava mesmo pagando ela pra isso? Ele nem era rico pra ficar bancando-a desse modo.

Segurei melhor a toalha e fui até uma das minhas malas pegar uma muda de roupas.

Peguei uma calça jeans e uma regata preta. Coloquei-as sobre a cama mas Victória as puxou e fez um "não" com a cabeça.

– Não vou deixar que escolha as roupas. - Falei. - Eu que vou escolher ou então não vou.

– Você vai com a roupa que eu escolher. - Victória escondeu minhas roupas atrás dela.

– Não vou não.

– Seu avô não vai gostar de saber que você não está me obedecendo. - Ela ameaçou.

– Você não me dá medo.

– Pois então, espere só. - Victória ameaçou indo até a porta.

– Estou morrendo de medo. - Debochei.

Victória bateu o pé no chão, jogou a calça e a blusa na cama e entrou no banheiro.

Victória era o tipo de mulher fácil de irritar, e era engraçado vê-la tentando mandar em mim, isso quando eu permitia.

Por puro capricho peguei a mesma calça e a vesti, coloquei a regata preta e um par de sapatilhas da mesma cor - com detalhes floridos.

Amarrei meu cabelo num rabo de cavalo simples e coloquei o mesmo colar de coração da minha mãe; eram raras as vezes que eu não o usava.

Victória saiu respirando fundo, do banheiro. Ela olhou pra mim e colocou o indicador no queixo.

– Posso te pedir só uma coisinha? - Victória disse com receio á mim.

– Eu tenho alternativa? - Disse me olhando no espelho.

– Se colocar esse blazer, tenho certeza de que ficará linda. - Victória tirou um blazer branco de uma sacola decorada.

– E o que eu ganho com isso? - Perguntei. Me arrependi do modo grosseiro e repensei na pergunta. - Tem certeza de que ficará legal? - Sorri, fingindo estar empolgada.

– Tenho certeza! - Victória estendeu o blazer e eu o peguei. Vesti o mesmo e Victória me empurrou para um espelho. - Ficou ótimo - mas logo torceu o nariz -, vou ter que dar um jeito nesses olhos.

Victória era uma chata. "Mas quando queria, podia ser bem legal".

Em menos de dez minutos meu rosto estava, digamos, melhor. Victória não tinha exagerado com a maquiagem;

Victória ligou a TV enquanto terminava pentear meu cabelo. Eu não queria que ela o arrumasse; a condição para que ela tocasse no meu cabelo seria somente para penteá-lo.

Assistia á um programa de fofocas - nada atrativo - com Victória falando sobre o quanto o apresentador era famoso e tals. De repente me surpreendi ao ver o apresentador - estranho e medonho - comentar sobre fotos com Jason e eu que haviam sido tiradas no shopping na noite anterior.

– E finalmente nosso amado e "queridinho de Nova Yorque", Jason Kroetz está comprometido, é o que diz as fotos dele com Adly Rossel, a nova namorada. A garota de dezessete anos, é o que dizem fontes seguras, tem um relacionamento com o nosso amado multimilionário e herdeiro da "Stythes Models". Essa garota é realmente uma grande sortuda...

Gostaria muito de saber quem eram essas tais "fontes seguras", já sabiam meu nome e até a minha idade!

– È, as notícias correm... - Digo me esparramando na cama, ainda olhando a TV.

O apresentador, após comentar mais sobre as fotos e falar o quanto eu era "aquilo", o quanto era "isso" (uma comentadora até disse o quanto eu era nova para Jason - não que eu discordasse totalmente dela)

O programa de fofocas - que Victória parecia adorar - foi para os comerciais e ergui um pouco a cabeça quando ouvi uma voz convencida e bem conhecida por mim na TV.

Não acreditei quando vi Jason numa propaganda de doação de sangue.

Além de ser o "queridinho de Nova Yorque", ser milionário e herdeiro de uma empresa rica de roupas, ele ainda fazia comerciais. Que droga. O que mais não sabia sobre ele? Ele parecia ser o cara perfeito para qualquer garota;

Ele falava com tanto entusiasmo e apelava para que as pessoas doassem sangue para que crianças e pessoas que precisariam dele, fossem beneficiadas.

Era até bonitinho de se ver, se não fosse Jason quem estivesse fazendo aquilo.

Logo a propaganda acabou e Jason saiu da tela - finalmente! - dando espaço á outra propaganda.

– Ele é lindo não é? - Victória disse suspirando depois da propaganda de Jason.

– Lindo uma ova. - Me levantei ao ouvir batidas na porta - eu abro.

Tomei um susto com o meu avô (ou velho, como o chamo carinhosamente) na porta, esperando para entrar.

– Posso entrar, Adly?

– E eu tenho escolha? - Murmurei quando ele adentrou no quarto.

– Vou deixa-los á sós. - Victória saiu, um pouco nervosa.

– Vou embora amanhã. - Meu avô deu as costas para mim, mas continuava falando. - Mas isso não significa que não estarei de olho no que você faz. Victória e outras pessoas estarão de olho no que fizer; se algo der errado, pode ter certeza de que teremos uma conversa muito longa sobre: obediência.

– Não vou fazer nada de errado - disse não crendo por completo nas próprias palavras.

– Espero que sim. Não vai querer que alguém pague por seus erros, não?
Não respondi, ele já sabia de cor e salteado a resposta.

– Tenha um bom dia, Adly. - Ele disse por fim.

O velho saiu e eu me joguei na cama. Ele não iria me desanimar;

– Jason está lhe esperando lá em baixo. - Victória entrou e começou a pegar as roupas e objetos pelo quarto.

– O que está fazendo? - Indaguei, me sentando.

– Arrumando suas malas. - Victória pegou a caixa de jóias sobre a penteadeira e colocou numa das minhas malas. - Você vai morar com a família do Jason.

– Eu nem os conheço direito, e já vou morar com eles? - Perguntei indignada.

– Sim. - Victória respondeu calmamente.

Bufei.

– Vem me ajudar, sua preguiçosa.

– Você não manda em mim. - Me joguei na cama novamente e peguei um travesseiro, jogando-o em meu rosto.

Victória suspirou.

– Vai borrar toda a maquiagem.

– Nem me importo.

Alguns minutos se passaram para que Victória pegasse minhas coisas - sozinha.

– Acho que já está tudo pronto. - Victória falou batendo as mãos.

– Eu deveria estar feliz? - Ironizei levantando-me da cama.

Os mesmo homens de preto que tinham nos acompanhado até o aeroporto e tinham levado nossas malas, entraram e ficaram na porta.

Eu não era uma incapaz, podia pegar no mínimo duas malas; mas duvidava que Victória deixasse que eu fizesse aquilo;

Instintivamente os "homens de preto" atenderam aos olhares fulminante de ordem impostos por Victória, eles pegaram as malas e ficaram parados no lugar.

Estavam meio desconcertados com a situação - talvez não estivessem acostumados a receber ordens de dela.

– Sigam a garota até o saguão. - Victória "ordenou".

Ajeitei o blazer e sai do quarto, entrei no elevador com os homens em meu encalço.

O elevador desceu rápido (para minha surpresa).

Quando o elevador abriu, me deparei com um punhado de pessoas, segurando câmeras. Quando me viram, vieram todos para cima de mim, como abelhas em busca do mel (no caso, eu era o mel). Rapidamente, outros seguranças do mesmo estilo dos "homens de preto" correram para ambos os lados do meu corpo, me cercando dos fotógrafos maníacos.

– Vou te guiar até o carro, não fale nada ou pare até entrar no veículo, está bem? - Um segurança com voz grave ao meu lado falou alto o suficiente para que só eu e alguns dos homens ao redor ouvissem.

Assenti. Olhei melhor para ele enquanto o mesmo colocava os braços sobre meus ombros e me guiava até a saída do hotel. Ele era extremamente alto, seus cabelos eram ruivos e cinza. Ele deveria ter cerca de quarenta anos.

Ele era muito bom em seu trabalho já que em poucos segundos, me colocou dentro do carro e fez com que minhas malas fossem colocadas também.

Arrumei o cabelo, nem me importando com a presença de Jason no banco de motorista.

Jason começou a dirigir, deixando para trás um bando de fotógrafos malucos e sedentos por fotos. Minhas por sinal. Algum idiota com certeza tinha seguido Jason e deixado a notícia de onde a "nova namorada do queridinho de Nova Yorque" estava.

– Bom dia, Adly. - Jason falou, fitando o farol fechado.

– O que tem de bom? - Murmurei.

– Você nem esperava por eles, né?! - Jason falou se referindo aos fotógrafos, rindo.

– Também não esperava pelo fato de você fazer comerciais. - Deixei escapar.

Jason pareceu ficar surpreso, mas logo voltou a dirigir.

– Fiz um ou dois. - Jason falou. - Algumas empresas já me chamaram, mas não aceitei.

– Por que. - Perguntei por educação.

– Por que a maioria dos produtos eram chatos e sem criatividade.

– Interessante. - Ironizei.

Passamos o resto do caminho num silêncio desconfortável.

Eu não puxaria assunto; e ele parecia estar muito confortável e á vontade em fitar o trânsito.

Quando Jason estacionou na garagem da casa, recompus o resto de educação e boa vontade que tinha; Dobrei os braços observando a bela parede bege da grande garagem do lado de fora do carro. Jason olhou pra mim por longos minutos.

– E então, a gente vai descer ou você vai ficar olhando pra mim com cara de idiota? - Perguntei rindo. Ele sorriu amarelo.

– Sabe - Jason estreitou os olhos -, você é muito chata. - Ele suspirou e apontou para a garagem. - Bem, sem mais delongas... Seja bem vinda.


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Notas finais do capítulo

O "velho" e a Vick resolveram adiantar as coisas... o próximo capítulo promete!
Alguns me perguntaram sobre o Asher, então me contem o que vocês acham sobre ele; já tenho meus "planos" pra ele.
Beijos