A Prometida escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 9
Irredutível


Notas iniciais do capítulo

Lá, lá, lalalala!! Estou feliz Estou feliz!! Estou naquele momento em que as ideias fluem e consegui escrever rapidinho e do jeito que eu queria este capítulo!
Obrigada pelo carinho nos comentários, são vocês que motivam-me á escrever.
Boa Leitura.



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Estava á duas horas tentando entender o motivo de estar trancafiada no quarto de Jason. Enquanto ele atualizava suas redes sociais (e mandava recadinhos para as fãs do twitter), eu estava observando as paredes em tons de areia e os móveis, sentada num confortável sofá azul no canto do quarto - apoiando o queixo nas mãos.

– Viu as notícias sobre nós dois, hoje? - Ele perguntou, fitando a tela do celular, esparramado na cama.

– U-hum. - Falei, entediada. - Quem foi a desgraça que deu meu nome e idade para aqueles imprestáveis fofoqueiros? - Indaguei, nervosa.

– Essa "desgraça", como diz, sou eu. - Ele respondeu, calmo.

Senti uma imensa vontade de me tornar uma criminosa e esganá-lo. O babaca não tinha nenhum direito! Comecei a apertar o braço do sofá, com força - minhas unhas não eram longas para que eu me preocupasse com elas.

Jason percebeu meu incômodo, porém continuou mexendo no celular.

Tirei o meu do bolso da calça jeans e procurei por músicas. Sophie tinha um ótimo gosto musical, mas nem tudo o que ela gostava combinava comigo.

Exclui algumas músicas, sendo atrapalhada por um pigarreio.

Desvie minha atenção do celular, olhando furiosa para o salafrário.

– O que você quer? - Dobrei minhas pernas.

– Precisamos tirar algumas fotos juntas, queridinha. - Jason respondeu, olhando maliciosamente para mim.

– Vá se ferrar. Não vou tirar uma foto sequer com você. - Respondi, voltando á incrível tarefa de excluir músicas indesejadas da minha playlist.

LORDE - ROYALS

[EXLUIDA] ás 11:12

Me arrependi no mesmo instante. Aquela música era boa. Me xinguei mentalmente, lamentando minha falta de atenção.

Em algum momento de distração, meu celular foi arrancado das mãos, olhei para o "ladrão" e me levantei, indignada, encarando o idiota.

– Por que fez isso? - Bati o pé, gritando.

– Tire algumas fotos comigo e, te devolvo seu brinquedinho. - Jason respondeu, com um sorriso diabólico nos lábios, enquanto jogava meu celular no ar.

Passei a mão nervosamente pelo cabelo. Eu teria mesmo que aguentar aquele ser? Fechei os olhos por breves segundos antes de abri-los novamente e suspirar.

– Só algumas - falei -, e nada de gracinhas. - Apontei o dedo no seu peito.

Jason sorriu, vitorioso e, foi até sua espaçosa cama pegar seu celular.

Ajeitei meu cabelo. Não que eu me importasse em tirar fotos com ele - mas a verdade era que me importava, um pouco - mas se as fotos seriam postadas, era mais que óbvio que tinha de estar apresentável - no mínimo.

Jason sorriu nervosamente e me puxou para a varanda - ele andou e tentei acompanhá-lo sem cambalear com sua pressa.

Encarei a bela vista da varanda, um pouco menor que á do meu quarto;

De lá, conseguia ver mais árvores e um pouco do jardim, além de um pedaço da piscina e da entrada da casa.

Me apoiei na espécie de muro e aspirei o ar quente - com sua mistura perfeita do aroma das flores do jardim e grama.

Eu nunca tinha tido a oportunidade de ter um jardim só meu; tipo, só meu mesmo, não depois do acidente.

– O que foi? - Jason falou ao meu lado, fitando-me preocupado.

– Nada - respondi, grossa.

– Ok - ele deu de ombros. - Se importa se eu colocar o braço em volta da sua cintura? - Ele perguntou, um pouco tímido e evitando me olhar nos olhos.

– Se tínhamos que fazer mesmo aquilo, que fizéssemos logo. Na noite anterior tinha dado certo, havia sido parecido e, mesmo com um certo incômodo, havíamos ido bem; até poderíamos ganhar o Oscar como melhores mentirosos e falsos noivos (pelo menos algo em comum tínhamos que ter).

– Pode. - Respondi, dando de ombros.

Jason passou gentilmente o braço ao redor da minha cintura, como um pouco de receio. Soltei o ar que tinha prendido em poucos segundos e Jason ergue o celular no alto;

Ficamos mais tempo do que imaginava, tirando fotos. Não estava tão mais envergonhada com a situação, aliás, estava menos preocupada e um pouco mais... livre.

Sorria alegremente ao lado de Jason, que aproveitava a ocasião para fazer caretas; Eu até tinha tentado, porém minha careta se transformava numa expressão horrenda - parecia estar vesga ou algo semelhante.

Jason me abraçava e eu fazia - ou tentava - poses e sorria.

Em algum momento Jason teve a ousadia de beijar minha bochecha. Me senti desconfortável e um formigamento no local.

Ele percebeu minha reação e tentou ao máximo tentar me fazer esquecer daquilo; mas é claro que não conseguiu.

– Acho que por hoje só. - Jason disse adentrando no quarto, agora mais iluminado pelo Sol, mexendo no celular.

Já deveria ser mais de meio-dia.

Senti minha barriga roncar, mesmo depois de ter tomado o café da manhã na casa de Jason - que agora também seria a minha, temporariamente. Voltei a sentar no sofá azul e tirei meu blazer branco.

Jason se virou para mim, estático e correu de volta para a varanda;

Levantei as sobrancelhas. Ele era maluco.

– O que foi dessa vez? - Perguntei, um pouco curiosa.

– Se você me matar nesse instante, vai ter muita razão. - Jason deu ás costas para a varanda.

Me levantei, e fiquei ao seu lado. Jason olhava fixamente para alguns carros que estacionavam em frente á mansão e outros que davam a volta para entrar na garagem; de onde saíam vários jovens - dentre eles várias garotas com roupas de piscina...

Merda.

Asher apareceu em seguida, cumprimentando alguns garotos com seus toques de mãos estranhos.

Eles foram entrando na casa;

Olhei para Jason, exigindo uma explicação concreta.

– Hoje. Festa da piscina. Você. Nós. Churrasco. Participar. - Jason falou pausadamente.

Não, não, não, não e não!!! Eu não iria participar de droga de festa nenhuma!

Dobrei os braços, olhando furiosamente para o idiota na minha frente.

– Minha mãe pediu para que eu insistisse. - Jason falou. - Ela quer muito que você conheça pessoas novas.

– Eu não quero conhecer ninguém. - Falei, indo até a poltrona e pegando minhas coisas.

– Adly - Jason segurou meu pulso -, por favor. - Ele sorriu amarelo.

Comecei a gargalhar. Jason não entendeu meu riso repentino e ficou me olhando como se eu precisasse ir para um hospício, imediatamente.

Eu estava rindo descontroladamente pelo fato de Jason estar pedindo "por favor". E ele só tinha se mostrado ser orgulhoso e irredutível sobre algumas coisas.

Tirei sua mão delicadamente do meu pulso e ajeitei o cabelo ao redor do pescoço.

– O que eu ganho se eu ir nessa maldita festa? - Perguntei.

– Você pode me fazer ir no cinema, assistir um filme de ação e comprar dez baldes de pipoca. È uma boa vingança. - Revirei os olhos.

– Ok. Eu vou. - Falei.

Ele olhou para mim e, não desviei o olhar.

Pensei e sorri maliciosamente para Jason. Já sabia muito bem o que faria contra ele.

“Não me provoque, tenho armas escondidas.

Não me engane, posso não resistir.

Não grite, tenho péssimo hábito de revidar.”

Jason estava, literalmente, ferrado.


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Notas finais do capítulo

O que será que a Adly vai fazer contra o Jason :3 façam suas apostas kk (ideias sempre são bem- vindas)
Frase em negrito por: Clarice Lispector
Amei escrever esse capítulo!!
Espero que tenham gostado também