A Prometida escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 6
Eu não quero falar com você!


Notas iniciais do capítulo

Olá! Descupem a demora. Não gosto de escrever qualquer coisa, por isso demorei. Tenho uma notícias: A Prometida recebeu DUAS RECOMENDAÇÕES!!!! Que lindo!!
Esse capítulo é dedicado a todos que acompanham a fanfic e as lindas que mandaram as recomendações! Muito obrigada!
Boa Leitura



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– Jason – ele diz olhando para o rapaz á minha frente – essa é Adly Rossel, sua futura esposa.
(...)

Nos encaramos pelo que pareceram séculos. Ele parecia querer ser amigável, mas viu que eu, não.

– Então, acho que podemos iniciar a refeição. – David fala.
Victória começou a conversar com a sra.Kroetz, que descobri se chamar Elisabeth, David conversava com Kennedy, já Sophie tentava conversar comigo e vezes ou outra com Jason e Clary. Mas a mesma logo entendeu que eu não queria conversa, por isso engatou um diálogo com a pequena Clary.

Era estranho, olhar para frente e encarar o rapaz, o mesmo que havia visto na revista, mas ainda mais bonito - por mais que nunca admitisse em voz alta; por outro lado, era ainda pior olhar para o outro lado e ver que o irmão dele e meu avô (o que não me admira) me fitavam.

Não sabia o que realmente estava sentindo, além de um grande incômodo. Era horrível a sensação de estar sendo observada, era como se eu tivesse comido uma porção de sopa de pepino de uma só vez: Era desagradável.

Então alternava meu olhar entre o copo de suco á porção de cookies no meu prato.

Jason vezes ou outra respondia ás perguntas do pai e Victória tentava o mesmo comigo.

Aquilo era ridículo, e o clima na mesa estava ficando insuportável - pelo menos para mim.

– Jason será um grande empresário - David disse, esboçando um grande sorriso -, ele já administra várias lojas da nossa rede, e está se saindo muito bem.

– Sim, estudou em Harvard por anos, e depois decidiu morar alguns anos no exterior para se especializar melhor. - Elisabeth engatou. - Ele é e será um ótimo profissional.

– Não tenho dúvidas disso. - Meu avô completou. - Adly apesar de ter sido educada em casa, é uma excelente garota. - Meu avô e sua mania criar expectativas de mim aos outros.

– Nós percebemos. - David se apressou em dizer.

Logo senti a pressão de vários olhares sobre mim, enquanto bebia um copo de suco.

– Então Adly, conte mais sobre você. - Elisabeth falou. Pensei um pouco, não tinha nada de interessante que pudesse falar sobre mim, aliás, nunca tinha. Dei de ombros e beberiquei o suco. - Ok. - Elisabeth também deu de ombros, e não parecia incomodada. - Victória e eu temos vários planos para você. - Ela olhou para mim, sorrindo. - E para você também, Jason. - Jason fingiu não ouvir enquanto bebia seu café. Elisabeth prosseguiu: - O que acha de mostrar a casa á ela, Jason?

– Ele colocou a xícara na mesa e respondeu á mãe:

– Tudo bem, mãe. - Percebi seu olhar cair em mim, enquanto comia um pedaço de um cookie, logo após ter respondido, mas concentrei minha atenção longe dos seus olhos verdes.

(...)

Parecia que nunca iria acabar. Minha paciência já estava se esgotando. Olhei para o relógio na parede e vi que não tinha se passado nem mesmo 20 minutos, desde que Elisabeth tinha falado comigo.

Não havia conseguido comer muita coisa. Mesmo estando com uma certa fome.

Olhei para frente e percebi que Jason esperava que eu olhasse para ele. Ele estava muito calmo diante da nossa situação. Ele assentiu e eu fiz o mesmo. Aquele deveria ser o sinal para que nos levantássemos e ele me mostrasse a casa por completo.

– Acho que vou levar a srta. Adly para conhecer a casa. - Jason falou. - Podemos ir?

– Ele olhou em dúvida para o pai, que assentiu. - Vamos? - Ele pediu á mim.

Me levantei da cadeira e timidamente pedi "com licença".

Antes que pudesse atravessar a soleira da porta com Jason, senti os olhos de todos sobre mim. Olhei de soslaio para trás e vi que meu avô, ainda mais que os outros, me observava com seu olhar severo, como se dissesse: "Não faça burrada. Se algo der errado, pode ter certeza, de que as coisas não ficaram boas para você", "Se comporte".

Um mordomo fechou a porta quando passamos.

Enquanto andávamos percebi que Jason tinha um porte físico atlético, mas não era muito musculoso, nem muito magro.

– Aqui no primeiro andar ficam: A sala, a cozinha e sala de jantar, também. - Jason comentou apontando para os respectivos lugares. - Temos um escritório e uma pequena biblioteca, ao lado uma sala de jogos. - O segui para a sala de jogos, uma mesa de sinuca, uma grande TV, entre outras coisas. Depois subimos as escadas enquanto ele prosseguia: - Aqui ficam os quartos, e uma biblioteca. - Entramos num corredor azul-claro, com vários quadros nas paredes - que nem me dei ao trabalho de prestar atenção -. Ali é o quarto de hóspedes, ao lado é o da Clary e á esquerda, é o seu. - Não falava nada, só prestava atenção em sua explicação e observando tudo ao redor. Havia jurado á mim mesma que o odiaria, e só falar o necessário já era um bom começo.

Paramos de frente á uma porta branca, aquele deveria ser o meu quarto. Ele fez um sinal com a cabeça para que eu abrisse a porta e assim o fiz.

Adentrei no local. Confesso que nunca tinha entrado num lugar tão bonito. Era acolhedor e sentia ser confortável. Um pouco mais adiante vi uma porta, que deveria ser o banheiro, e á alguns metros da cama, uma porta de vidro, que levava para uma pequena varanda.

– È lindo. - Murmurei.

– Achei que não falasse. - Ele disse ao meu lado, com um sorriso de canto mas aparentemente nervoso. Olhei para ele com dúvida. - Me contaram muito pouco sobre você, e já que vamos... - Ele hesitou falar, fitando a varanda. Andei até ela, onde tinha uma pequena poltrona e uma cobertura, um pequeno muro branco, e vi um lindo jardim embaixo. - Podemos ir lá embaixo, se quiser. - Jason falou.

– Podemos? - Perguntei, ansiosa, mas ao mesmo tempo me sentido uma idiota ao perguntar.

– Claro. Vem. - Ele estava ansioso, qualquer um que o olhasse percebia isso. Só não entendia o porquê.

O segui escadas abaixo, e encontramos Clary saindo da sala de jogos.

– Asher está furioso. - Ela comentou. - Papai acabiu de brigar com ele, de novo e.. - Antes que ela continuasse, Jason sussurou algo no ouvido dela, que á fez subir correndo as escadas.

– Com o tempo, você aprende a fazer isso também. - Ele fala. Isso o quê? Franzo a testa e ele dá de ombros.

Atravessamos um corredor para o fundo da casa, e lá me deparo com um jardim magnífico. Uma mesa sob uma árvore estava sendo limpada por uma empregada, que ao nos ver saiu rapidamente. Estava de queixo aberto. Havia rosas de diversas cores e outros tipos também;

– È lindo. - Sussurei, entrando no jardim. A alguns metros do jardim vi uma piscin, mas nunca entraria nela.

– È - Jason diz ao um lado. - Minha mãe faz questão de cuidar delas. - Disse se referindo as flores. - È um dos meus lugares preferidos. - Tomei um susto ao senti-lo tão perto de mim.

Me afastei um pouco e fui mais perto das tulipas amarelas. Me agacho e ás toco. A grama bem cortada estava bem quente, mas não me atrevi a sentar sobre ela. Não queria manchar meu vestido. Poderia ficar horas e mais horas observando aquelas flores, se não fosse por Jason me chamando:

– Adly?

– Sim? - pergunto ainda tocando nas flores.

– Estava falando com você. - Me viro para ele, que estava a menos de um metro de distância, em pé.

– Pode dizer.

– Precisamos conversar - ele faz uma pausa, tentando escolher as palavras certas -, nem nos conhecemos, e bem, vamos nos casar. - Me levanto á contra gosto e fico diante dele.

– Não quero conversar com você. - Respondo, com muita sinceridade. Jason franze a testa e me olha meio espantado. - O que foi? Sempre foi tratado como o filhinho da mamãe - digo -, por isso ninguém nunca deve ter falado assim com você, não é? Pois eu não sou o tipo de pessoa que vai permanecer fazendo tudo o que querem que eu faça. Não ache que vou dizer o que quer ouvir, pois isso é a última coisa que espero fazer. - Ele permanecia estático, mas logo olhou para mim e abriu um largo sorriso. E que sorriso!

– Se é o que deseja, Aldy. - Ele debochou. - Então tá, vamos lavar a roupa suja. Também não gosto de você, estamos quites. Imagino que nenhum de nós queira se casar, pois bem, permita-me dizer que isso não será possível. - Ele estava com os braços cruzados em frente ao peito. - Não vou perder tempo com você. - Ele disse, irritado.

– Digo o mesmo.

Dei as costas para ele e fiquei observando a piscina cheia. Daria tudo para ficar longe de Jason, ele era ridículo e mimado, e ainda por cima deixava á mostra seu sorriso, uma mistura perfeita de idiota e simpatia.

Ficamos alguns minutos em silêncio. Eu não estava nem aí para ele, não faria diferença eu tratá-lo daquele modo; pelo menos se meu avô não descobrisse.

– È sério, precisamos conversar, não quero me casar com uma estranha. - Ele disse ao meu lado, e a irritação da sua voz tinha desaparecido. Bufei.

– Sobre o quê quer conversar. - Pergunto passando as mãos sobre o vestido verde.

– O que quiser. - Ele dá de ombros.

– Muito bem, então. - Penso. Começo a dar pequenos passos no jardim, ficando de costas para Jason. Não queria falar sobre mim, era chato e cansativo, além de não ter nada á contar. Ele poderia falar dele, sobre o que gostava, o que fazia. Não que eu realmente me importasse com o que ele fazia ou deixava de fazer, pois não estava nem aí, mas como iríamos nos casar, o mais lógico seria conhecê-lo (como ele tinha falado). - Me fala sobre você. - Respondo. Jason começa a andar ao meu lado, e ficamos dando voltas no jardim.

Ele suspira e olha para mim.

– Sou o mais velho de 6 filhos, mas acho que isso você já sabe. - Ele sorri. - Trabalho com o meu pai na nossa empresa de roupas. Ele diz que sou muito ruim com números - ele abre um sorriso maior -, mas que mesmo assim herdaria a rede de lojas. - Ele parou de olhar para mim e focalizou um arbusto. - Não gosto de ser o mais velho. È chato, mas amo muito meus irmãos. - Jason fala um pouco incomodado. - Sei que você não tem irmãos, nem... - Ele para e olha para mim.

Me senti extremamente incomodada, e reconheci que nem deveria estar dando tanta liberdade assim para que ele falasse. Dobro os braços e começo a andar mais apressadamente em direção a casa, mas Jason me alcança e segura meu pulso, me faz virar para ele e meu corpo gira e se choca com seu peito; sinto meu rosto esquentar e me afasto e Jason solta meu pulso ao perceber que estávamos tão próximos.

– Me descupe. - Ele declarou. - Podemos falar sobre outra coisa então.

– Fala tudo o que sabe sobre mim. - Digo secamente. Ele mantém o olhar distante por alguns segundos.

– Tem dezessete anos, morava em Nova City com o Kennedy, estudou em casa e.... - Ele para. - È só isso que sei. E você? - Ele pergunta visivelmente curioso. Como eu esperava, ele não sabia quase nada sobre mim.

– Não seria justo, você acharia que o que eu diria seria baseado no que acabou de dizer sobre você mesmo. - Ele franziu a testa e sorriu. Apesar de ter me afastado um pouco, ainda estávamos muito perto, e isso não era nada bom.

– Sei que não vai mentir.

Vasculhei minha mente para poder responder.

– Você tem 21 anos, é o herdeiro da rede de lojas de roupas da família, tem cinco irmãos. Vi você uma vez numa revista com Sophie.

– Ela vai a vários eventos comigo. - Não comento nada e continuo para na frente dele.

Estava sendo sincera, não sabia mais nada sobre ele. Nossa distância mínima estava me deixando atordoada, e não sabia por que isso estava acontecendo.

Me virei em comecei a andar. Tropecei em algo e senti meu corpo ir ao chão, mas um braço passou em volta da minha cintura, me apoiando.

– Está tudo bem? - Jason indagou. Ainda fitava seus olhos verdes quando ele disse isso. De perto percebi o quanto ele era bonito. Seus olhos verdes caiam perfeitamente sob o cabelo preto. Me desvencilhei dos seus braços delicadamente e assenti, dizendo que estava tudo bem.

– È da Clary. - Olhei par ele confusa. Ele pegou uma boneca no chão e me mostrou. Eu havia tropeçado nela. Na tantativa de sair o mais depressa dali, nem percebi a boneca no chão.

– Será que podemos entrar? - Pergunto.

– Claro.

Não podia ter recobrado todos os sentidos e não estava me sentindo bem. Meu "plano" de odiá-lo não estava dando certo. Eu estava sendo legal demais, simpática demais. Eu precisava acabar com aquilo: não me acostumar com a ideia de me casar.

Não deveria ser educada, mas estava sendo cada vez impossível, olhar para seus olhos e ser estúpida.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam do Jason? E o Asher, olhando toda hora para a Ad? Espero que tenham gostado! Críticas são sempre aceitas!
Beijos



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