A Prometida escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 16
Conte-me o que está acontecendo


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa genteeee!! ^^ Primeiramente, gostaria de agradecer os comentários do cap. anterior! Gente, que review´s lindoooooos!! Obrigada mesmo!



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Você já teve a sensação de estar sendo sufocado? Como se por um milésimo você fosse o centro das atenções e só quisesse fugir para o colinho da mamãe?

Era exatamente isso que eu estava sentindo enquanto várias mulheres loucas tiravam medidas do meu corpo e comentavam: "Você é sortuda!" "Agarrou o herdeira de jeito, hein" "Conte-me os detalhes, querida". Vontade era o que não faltava para correr dali e nunca mais voltar, no entanto, em um dia a Sthytes Models seria prestigiada por seu mais novo sucesso com vestidos de noiva, e é claro, a família Kroetz faria questão de fazer-me ir. Eu passara o último dia arrumando meu quarto - mesmo que não fosse necessário -, e planejando uma vingança plausível para Jason. Eu não era de esquecer as coisas facilmente e se ele achava que eu era burra, ele estava redondamente enganado.

– Qual destes acha melhor? - Uma senhora de cabelos brancos, lembrando-me de Karlie, indagou com dois tecidos na cor vinho.

Eu não sabia identificar a diferença e dei de ombros.

– Querida, o que acha de irmos dar uma olhadinha nos sapatos? - Elisabeth sorriu para mim e dispensou as mulheres como moscas de cima de mim.

– Pode ser.

Saímos de uma das filiais da Sthytes Models, que por um acaso não fazia fantasias porém estava-o fazendo justamente para aquele ocasião especial. As fantasias eram exclusividade da família e ninguém mais conseguiria uma com a etiqueta deles. Grande diferença.

– Aquele combina muito com sua fantasia, Adly.

Olhei para o par de saltos de fivelas e fiz uma careta. Por mais que eles fosse um tanto bonitos, eram luxuosos demais. Minha roupa já chamaria bastante atenção.

Apontei para um par de saltos prateados e mais simples dos que os dourados, jurei á Elisabeth que se ela permitisse que eu usasse aquele, ela escolheria o colar.

No final, ela escolheu os sapatos e eu, bom, eu fiquei na minha fingindo estar feliz. Contestar não seria tão inteligente e ficar no meu canto pouparia menos saliva.

Quando saímos da loja, meu celular vibrou na bolsa. Elisabeth avisou que daria uma "olhadinha" numa relojoaria e voltaria em breve.

– Alô?

– Ad?

– Ethan... - Ele não me ligara antes. - Está tudo bem?

– Está sim. - Sua voz estava um tanto melancólica. - Preciso te contar uma coisa, mas é melhor que esteja sentada.

Um tremor desconfortável se instalou em mim.

– O que aconteceu? - Indaguei. - Você não vai vir, é isso?

Silêncio.

– Ethan! Diga logo o que aconteceu, ou eu vou...

– A Karlie faleceu esta manhã.

Fiquei sem reação.

– O que você disse?

– A Karlie morreu. Sinto muito.

Senti meu corpo ficar mole e minha cabeça ficar tonta. Como quando eu tinha perdido meus pais. Poderia ser qualquer pessoa, menos ela. Segurei meu celular fortemente na orelha e falei com a voz embargada:

– Você está mentindo, né?

Uma lágrima caiu e eu suspirei.

– Ethan, por favor, fala que não é verdade.... Por favor - sussurrei.

– Sinto muito Ad, sério mesmo. Encontraram ela hoje e... Minha tia ficou sabendo. Ela não tinha ninguém.

– Eu... Que droga! - Bati o pé no chão, frustrada.

Elisabeth chegou e me viu ali, resolveu não fazer nada, com três sacolas pequenas nas mãos.

– Minha tia vai fazer o possível. Sei que ela era muito importante pra você Ad. Preciso desligar, depois conversamos.

Ele desligou e eu chorei. Chorei por ser tão idiota e não inútil. Por não estar com Karlie. E principalmente por não saber o motivo que a levara.

– Calma querida, vai ficar tudo bem. - Eli me abraçou. - Vamos para casa, sim?

Concordei meio aérea e saímos do shopping. No caminho de volta para casa, Elisabeth indagou o que me deixara naquele estado, eu não respondi e continuei chorando. Estava sendo vergonhoso para mim estar derramando rios, mesmo que por uma boa razão, na frente dela. Chorar era algo muito importante, e eu não permitia deixar qualquer um ver-me naquele estado. Chorar era demonstrar ser fraco quando mais se precisava desabafar com alguém. E no momento eu não tinha nenhuma.

Chegando na mansão, saltei do carro. Dobrei meus braços sentindo meu cabelo colar no rosto devido as lágrimas. Corri para o jardim e me sentei embaixo de uma árvore. A vida era uma merda e ninguém podia dizer o contrário. Lembrei-me de quantas vezes Karlie estivera comigo, fazendo coisas erradas e contestando o imbecil velho de meu avô.

Um leve movimento fez com que eu limpasse rapidamente - o quanto podia - do meu rosto e levantei minha cabeça. Asher estava parado com um sorriso sacana nos lábios, uma camisa suada e óculos escuros na cabeça acompanhando de um boné ridículo. Seu sorriso impassível vacilou ao me ver. Asher me tirara a paciência os últimos dois dias, seria muito pedir para que ele me deixasse em paz apenas daquela vez?

– Sentindo a falta do noivinho?

Não respondi.

– Tadinha, o Jason não está te dando atenção.... Sinto muito. Ele gosta tanto de você! - Falou, sarcástico.

Levantei-me furiosa. Eu não era obrigada a ficar ouvindo sua série de deboches. Limpei minha roupa e segui meu caminho, quando ele puxou me pulso.

– O que foi? Está com medo de confessar que foi trocada?

– Vai. Pro. Inferno.

– E se eu não quiser? - Brincou.

– Hoje não Asher.

– Brigou com o Jason, né?

– Sai de perto de mim - falei, mais lágrimas caindo.

– Deixa ela em paz Asher - Jason chegou. - O que aconteceu, está chorando por que?

– Deixem-me em paz.

Soltei meu pulso e sai correndo para dentro de casa, subi em disparada para meu quarto, esbarrando em duas empregadas e Clary.

Bati a porta e me jogue na cama, apertando com força meu travesseiro. Eu queria ir embora dali e nunca mais voltar. Tudo o que acontecera anos atrás estava voltando.

Fiquei pelo que pareceram horas, deitada na cama, até alguém bater na porta. Não me movi e enterrei ainda mais a cabeça no travesseiro.

– Posso entrar? - Ouvi sua voz.

A porta foi fechada e ouvi seus passos, ciente de que ele estava vindo até mim. A parte da cama ao meu lado oposto "murchou" e ouvi:

– Quer me contar o que aconteceu? - Indagou.

Silêncio.

– Não queria que as coisas fossem assim Adly. Sinto muito, muito mesmo. Sei que não quer se casar, e pra ser bem sincero, eu também não quero. Mas vamos acabar com isso. Juntos.

Silêncio.

– Adly? - Ele chamou.

Ele se levantou e percebi que ele finalmente iria embora. Porém, ele deu a volta, senti sua respiração perto do meu rosto e em seguida um estalado beijo na bochecha. Sua mão tocou minha face e tirou alguns fios que o cobriam. Estava sentindo-me exposta.

– Espero que perdoe meu pai e eu um dia.

Jason se levantou. Não me contive e perguntei:

– Perdoar o quê?

Abri meus olhos e me virei para vê-lo enrijecer.

– Achei que estivesse dormindo.

– Ainda não respondeu minha pergunta.

Ele se virou e bufou.

– Sobre a cláusula do contrato de casamento, sabe. - Franzi a testa. - O seu pai e a dívida e...

– Do que está falando? - Levantei-me atordoada da cama.

Ele ficou pálido. Murmurou algo e bateu a mão no rosto.

– Desculpa, olha, esquece tudo o que eu falei, está bem?

– Jason! - Gritei. - Conte-me logo o que está acontecendo, agora!

– Esquece, ok? - Virou-se para sair do quarto.

Corri até ele e o puxei pela camisa.

– Vai me contar agora!

– Não vou não! - Tirou meu braço de si e fechou a porta.

Droga! O que estava acontecendo?


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Notas finais do capítulo

Xiiiiiiii, nos vemos no próximo cap! ^^



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