Entre Barreiras de Uma Nação escrita por Phanton


Capítulo 2
capítulo 1 - A familia espartana


Notas iniciais do capítulo

aaah, to no pique e fiz mais um capítulo haha. Bom, os nomes estão todos em grego, então cada nome tem um significado. No caso essa família é quase toda baseada em luz e coisas do tipo, porque era algo privilegiado em sua geração, e muito comum também, seria algo como João e Ana aqui no Brasil haha. Enfim,aproveitem n_n



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O dia raiava lentamente, e o sol coloria o até pouco tempo negro céu que começava a tomar cor. Os pássaros cantavam suavemente colocando as primeiras notas da melodia do dia-a-dia.

Uma jovem desperta com os raios que invadem seu quarto, e timidamente se descobre indo em direção ao baú de vestimentas. Ao se despir deixa a mostra suas poucas curvas. Tinha apenas quinze anos e ainda não tivera sua menarca, sendo apenas uma jovem que era submetida a um treinamento árduo por ainda ser igual a um homem perante a sociedade Espartana.

Uma mulher tinha apenas o dever de proliferar, e nada mais, se falhasse em seu único dever, seria submetida a um dos piores castigos.. Servir ao exército Espartano.

Cobriu-se com uma leve túnica e foi ao encontro de seus pais que jaziam na sala, aguardando pelo café, preparou o alimento de seus superiores e por fim se acomodou a seu lado.

Seu pai, Alfeu ( em grego imagem clara), já havia alcançado a idade de descanso, com sessenta anos já não era mais útil ao exército, estava em boa forma por conta dos treinamentos, mas era regra, atinge-se os sessenta anos, é obrigado a se aposentar, pelo menos até segundas ordens. Seu nome lhe caia perfeitamente, teve sempre a mente aberta e foi o centurião primi ordines* do exército durante um tempo. Ah! Alfeu era um bom homem, e havia se casado com uma boa mulher.

Althaia, (em grego aquela que vem para curar os males), como dizem os sábios. Sempre ao lado de Alfeu, foi uma das enfermeiras da cidade, esforçando-se para intercalar trabalho com a obrigação de criar seus dois filhos, Cendyl e Helena. Cendyl mais velho deu trabalho por sete anos, quando por fim pode ser entregue aos cuidados do estado, como toda criança sadia. Helene por sua vez deu mais trabalho por mais tempo, com sete anos não pode ir para a escola, teve problemas de saúde, o que quase a enviou para a morte. Crianças doentes não eram bem-vindas em Esparta.

Mas após muitas lamúrias e promessas de largar a idéia maluca de trabalhar, Althaia conseguiu convencer o responsável pelo sacrifício que a sua pequena filha seria boa ao estado, fazendo de tudo pelo mesmo.

Cendyl (claridade em grego) agora já havia alcançado a maior idade, e servia ao exercito com fervor, não havia nada que não fizesse pelo estado. Sentia-se na obrigação de suprir o lugar da irmã no exército, que era fraca de saúde, mas ainda assim fazia o possível para ajudar a sua amada terra. Era um rapaz forte de dezenove anos, que já no primeiro ano de militarismo ganhou uma cicatriz que lhe atravessava o rosto. Seus olhos negros assentiam com a imagem de força que a cicatriz e seu físico passavam. Quase não ia para casa, apenas nos poucos dias de folga que o exercito lhe dava, e raramente os aproveitava. Tinha o sonho e a meta de um dia ser como seu pai.

Helena observava o cantar das aves, retirou-se da cozinha e foi até o jardim, solfejando algumas notas acompanhava o canto dos pássaros. Helena, Ah Helena!Jovem tão pequenina e ao mesmo tempo tão forte.

Mesmo tendo uma batalha diária em seu interior, esforçava-se para batalhar no exterior por seu Estado se fosse necessário. Por um momento parou de cantarolar e foi até seu quarto terminando de se arrumar para as aulas. Desgostosa vestiu sua armadura de estudante e foi para o campo de treinamento, era seu último ano completando aquele ciclo, apenas mais esse ano e poderia enfim tentar a sorte e achar um bom marido que a fizesse cumprir com suas funções de mulher.

Oh! Ainda não descrevi nossa pequena moça a vocês não é?

Helena (Tocha, Luz, Luminosa em grego), tem apenas quinze anos, e sonha em ter sua menarca, para que se desenvolva e possa tentar ter filhos e enfim cumprir seu único dever. Torce para que não tenha que servir ao exercito, pois caso isso aconteça, com certeza terminaria pior que seu irmão... Não era robusta, nem inteligente demais, nem muito menos bela... era apenas mais uma aluna de batalha comum, que em campo de guerra seria massacrada facilmente. E ainda tinha mais um fator que não contribuía nada para seu sucesso militar... sua fragilidade imunológica. Tinha uma rara deficiência, que a fazia ficar doente pelo menos a cada dois anos, ficando de cama,com febre, vomitando e sem sair da fossa de esgoto, pois sua barriga não lhe permitia. Claro que se fosse necessário batalhar, iria. Seja por que motivo fosse, sendo desde Estado, até sua família, seu bem mais precioso.

Dirigiu-se então ao campo de batalha, agora sem a expressão melancólica que usava a pouco tempo atrás,até porque, se fosse vista com uma expressão de fraqueza era capaz de ser sentenciada a participar de um dos rituais** por pura diversão pública.

Esforçava-se ao máximo, pois aquele seria seu ultimo ano, e teria de causar boa impressão, assim melhores maridos lhe seriam pré-dispostos.

O suor rolava por sua face, e agora já exausta voltava para casa, mais um dia havia sido cumprido. Apenas mais duzentos e cinqüenta dias e estaria livre daquela vida. Um sorriso tomava conta de sua expressão.

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*primi ordines: centuriões da primeira coorte da legião, eram os típicos "generais" do Brasil . Atingiam esse posto através de serviço prestado em outros postos e eram os conselheiros principais dos comandantes da legião. Recebiam 30 vezes o soldo básico.
** Rituais Espartanos: Consistia em "jogos" com jovens em que eram torturados tentando pegar algo, só que para pegar isso teria que passar por varias provas de sobrevivência. Quem conseguisse sair vivo recebia um prêmio... viver( hahaha ._.)

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Notas finais do capítulo

hai, é isso ai, espero que tenham gostado, e que comentem
e quem não gostou, também comenta, críticas são sempre aceitas e ouvidas. Obrigada. n_n