O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 7
Capítulo 7 - Alguém está mentindo


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, mil perdões por deixar vocês sem capítulos, mas hoje estou aqui para alegrar vocês não só com um capítulo, mas dois! AEEE

Beijos e boa leitura!



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Elena saiu correndo de seu quarto de hotel e foi tirar satisfações com a recepcionista. A garota a encarou como se nem tivesse ouvindo o que ela havia falado e ignorou-a com poucas palavras afirmando que ninguém entrou no hotel além dela.

Saindo furiosa pela noite, às dez horas, ela correu de volta para o bar a procura de Damon, afinal, era o único que a havia avisado sobre estar correndo perigo. Ela buscou por ele no lugar, mas ninguém o havia visto, então apareceu uma garota e informou que o viu passando de carro em frente ao bar. Elena saiu para a calçada no exato momento em que encontrou com Damon passando novamente em frente.

_ Ei, você! – ela gritou fazendo-o parar.

_ Por que eu deveria ouvir você depois que a ética entrou na frente? – ele perguntou abaixando mais o vidro para encará-la.

_ O que você disse sobre eu estar em perigo? Como sabia? – ela questionou.

_ O que? Eu não sabia de nada. Eu fiz uma suposição. – esclareceu. – Entre no carro.

Sem esperar, Elena entrou no carro de Damon e ele acelerou para longe do bar, estacionando somente alguns minutos depois em uma rua escura. Elena ficou apreensiva quando ele se distanciou do centro da cidade, apenas depois pensou sobre a besteira de ter entrado naquele carro.

_ Você, eu, dentro do carro, em uma rua escura longe do centro da cidade. – Damon observou deixando-a ainda mais inquieta. – Então você confia em mim.

_ Eu estava assustada. – ela disse vendo-o esboçar um sorriso de canto.

_ Me conte o que aconteceu. – ele pediu.

_ Depois que saí do bar, cheguei ao meu quarto de hotel e tudo estava revirado, minhas roupas, meus papéis, os documentos, tudo. A caderneta onde eu tinha anotado as pistas sobre a investigação foram roubadas, o pendrive com as gravações do dia da festa também, além do envelope que Richard havia me dado ontem para análise. E adivinhe... Minha carteira estava em cima da cama e estava intacta. – ela disse eufórica por relembrar a cena.

_ Tinha algum bilhete no lugar? – Damon perguntou surpreendendo-a.

_ Como você sabe? – ela perguntou desconfiada.

_ Porque isso aconteceu comigo também. – contou encarando o volante à sua frente. – Foi esta manhã. Cheguei à empresa para começar a organizar os papéis deixados pelo meu pai, ele tinha um escritório próprio e eu o usaria a partir de agora, então saí para o almoço e quando voltei fui comunicado que o sistema de câmeras havia parado de funcionar, entrei na minha sala e a encontrei toda revirada e sobre a minha mesa um bilhete falando para que eu parasse de investigar.

_ Foi exatamente assim que aconteceu comigo. – ela disse pensativa. – O que você estava tentando descobrir?

_ Aquele papel que foi entregue a você com uma lista das principais empresas que a ClearQuimic fornecia seus produtos ela foi dada por mim à Diana, eu selecionei todas as empresas que consegui achar, mas algumas delas simplesmente não existem. – ele contou.

_ Como não existem? – Elena quis saber.

_ Quando o financeiro da empresa começou a apresentar uma alteração no saldo final, lembro que meu pai começou a ficar preocupado e decidiu que teria que verificar quais empresas estariam em débito com a ClearQuimic, foi então que ele descobriu que algumas dessas empresas não existiam, eram empresas clandestinas que estavam comprando produtos para algum fim que eu estou tentando descobrir qual é. – explicou.

_ Quem está administrando a empresa no momento?

_ Marcus não está bem, seu estado de saúde vai de mal a pior, segundo o contrato o sucessor sou eu, mas Carmen está administrando boa parte dos negócios. Eu não tinha muito interesse na empresa, mas agora preciso assumir o meu papel para não deixar que ela vá à falência.

_ E se você não quiser assumir seu cargo?

_ Eu não tenho essa opção.

_ A menos que...? – Elena perguntou.

_ Eu desista da sociedade.

“Ou seja preso.”, completou ela em pensamento.

_ Damon, eu preciso ir para o hotel. – ela pediu depois de ficarem alguns minutos em silêncio.

_ Você não pode voltar para o hotel, a porta está sem fechadura. – ele disse.

_ Eu vou pedir outro quarto. – contou.

_ Se eles arrombaram uma porta podem arrombar outras, não é seguro.

_ Está preocupado? – ela perguntou franzindo o cenho.

_ Estou temendo um prejuízo. Ou você acha que eu quero ficar sem descobrir quem é o assassino do meu pai? – ele brincou.

_ Você fala desse crime como se não te afetasse em nada. – ela acusou.

_ Eu já disse a você, passei muitos anos longe de casa, isso quer dizer que fiquei afastado da minha família, não é que eu não me importe, eu só tento pensar que não o vejo porque estou longe de casa. – Damon explicou encarando o nada em sua frente.

_ Me leve para o hotel. – ela pediu tentando não pensar no clima pesado que havia ficado depois do que Damon falou.

_ Eu te levo para você pegar as suas coisas e dormir lá em casa. – ele disse dando partida no carro.

_ O que? – ela quase gritou. – Você está louco? Eu vou ser despedida, vou ser presa por envolvimento com suspeito, isso é impossível! Me leve para o hotel agora!

_ Acalme-se. Eu vou leva-la. – avisou.

Durante o trajeto o silêncio permaneceu com os dois no carro, não tinham assunto ou nenhum dos dois queria começar um. Ao chegarem no hotel, Damon estacionou o carro longe o suficiente para que ninguém do hotel visse Elena saindo dele.

Elena solicitou na recepção outro quarto e só com muita insistência ela conseguiu que a mudassem e ainda ouviu reclamações sobre a fechadura arrebentada, como se ela fosse a culpada pelo estrago. Enquanto juntava suas coisas percebeu que alguém estava parado na porta.

_ O que faz aqui? Sabe que não deveria ter vindo atrás de mim! – ela disse em tom baixo reprovando a atitude de Damon.

_ Vai ficar segura aqui? Tem um quarto sobrando lá em casa. – ele disse. – E eu garanto que as fechaduras são resistentes.

_ Está tudo bem, obrigada. Agora vá embora, é tarde e ninguém pode saber que conversamos.

_ Então você está disposta a ir mais a fundo na investigação das empresas? – ele quis saber.

_ Me ligue amanhã. – ela disse confirmando.

_ Boa noite, Elena.

Damon despediu-se de um jeito inusitado que surpreendeu Elena só pela maneira ousada e ao mesmo tempo insegura com que ele se aproximou dela, segurou em seu queixo e deixou na bochecha dela um beijo de boa noite. Atordoada pelo contato repentino ela mal conseguiu responder e ele já havia ido embora.

Elena não queria acreditar que estava se envolvendo com o principal suspeito da investigação que era o seu trabalho, ela não queria proximidade, ela não queria ajuda-lo em nada, poderia comprometer-se e também estragar toda a investigação, mas Damon havia lhe parecido tão sincero ao falar de seu pai ou a lhe pedir ajuda para investigar as empresas, que acabava parecendo apenas mais uma vítima naquela história.

Seus pensamentos acabaram tomando rumos diferentes no dia seguinte, o interrogatório de Laura fez com que Damon entrasse novamente em cena e de uma maneira nada boa.

_ Você confirma que esteve com Damon Salvatore na noite do crime? – Diana questionou.

_ Confirmo. – disse Laura com a voz embargada pelo choro. – E eu me arrependo tanto, não contem isso ao meu marido.

_ E confirma que Damon esteve com você durante todo o tempo no quarto?

_ Não. Ele disse que precisava resolver algumas coisas e saiu do quarto, depois ele voltou e estava estranho. – ela contou.

_ Estranho triste, nervoso, inquieto, eufórico? – Elena perguntou.

_ Estava inquieto e muito nervoso, estava com os nervos à flor da pele e só me dizia que nunca se perdoaria pelo que fez. – ela contou dando um breve soluço ao relembrar da cena.

_ Está aí, eu disse a vocês! – Richard falou saindo da sala e sendo seguido por Diana e Elena.

_ Richard! Isso não prova nada! – Elena retrucou-o. – Temos que buscar evidências concretas.

_ Você ainda quer mais? O que um depoimento de uma testemunha tem de tão abstrato? Ela estava lá, ela viu tudo! – ele disse defrontando-se com a morena.

_ Ela pode estar mentindo. – Diana lembrou.

_ Você acha que ela arriscaria o seu casamento para contar uma mentira? – Richard rebateu.

_ Há coisas improváveis que as pessoas fazem para conseguir alguma coisa. – Elena lembrou deixando o rapaz ainda mais pensativo.


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Notas finais do capítulo

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