O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 13
Capítulo 13 - Em quem se pode confiar?


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei. o/

Espero que gostem!

Boa leitura.



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Não havia compreendido a atitude de Damon quando suas palavras bateram de frente com ela. Ele estava salvando a sua vida apontando uma arma para sua cintura?

Damon encarou aqueles profundos olhos castanhos de Elena, ela estava confusa e assustada. Sem dizer uma só palavra, ele a tirou do carro às pressas a mantendo ainda sob sua arma. Quando já estavam fora do carro Elena pode notar que atrás da garagem da casa de Damon havia um paredão de policiais armados e posicionados estrategicamente para pegá-lo.

_ Não se movam ou eu atiro! – ele gritou colocando Elena em sua frente e mirando a arma para sua cabeça.

_ Damon, está me assustando, por favor, me solte. – ela choramingou sentindo seu coração acelerado.

_ Só peço que confie em mim. – ele sussurrou ao pé do ouvido dela.

Um arrepio delineou toda a coluna de Elena diante das palavras tão absurdamente insanas de Damon. Confiar nele? Sob a ameaça de uma arma? Elena tentou desvencilhar-se dele, remexeu-se sob seu aperto fazendo-o trazê-la para ainda mais perto.

_ Você não entende. – ele bufou. – Venha comigo.

_ Eu não vou a lugar algum. Me solte! – ela gritou tentando escapar.

_ Não a machuque! – um dos policiais gritou.

Damon prendeu o corpo de Elena no seu e os guiou para dentro de sua casa. Ele entregou nas mãos dela a chave para que abrisse, sem deixar de apontar a arma em sua direção. Assustada, ela imediatamente o obedeceu. Os policiais começaram a movimentar-se do lado de fora, estavam se posicionando de forma a invadir a residência, prender Damon e salvar Elena.

O moreno soltou a arma sobre uma mesa que estava ao lado da porta e jogou a garota na parede, sabia que se desse espaço para ela, poderia perdê-la.

_ O que está fazendo? – ela choramingou encarando-o, tentando compreender o que ele estava fazendo.

_ Você precisa me ajudar. – ele disse de forma aflita. – Você tem que ficar ao meu lado e me ajudar! – gritou.

_ Está me machucando! – ela rebateu tentando desvencilhar-se.

_ Me ouça! – ele pediu forçando-a a encará-lo. – Eu vi eles nos seguindo desde que entramos na cidade. Se eles souberem que você esteve comigo, perderá o seu emprego e isso te impedirá de conseguir provar quem é o verdadeiro culpado. Fingir um sequestro te deixará livre na investigação. – explicou de forma paciente.

_ Mas eles irão prendê-lo! – ela rebateu indignada pela decisão dele.

_ Eles iriam me prender de qualquer jeito. Mas agora ao menos um de nós estará do lado de fora. – ele disse soltando-a aos poucos. – Você precisa entrar no jogo. Em alguns minutos eles conseguirão nos tirar da casa.

_ Nós vamos resolver isso. – ela disse como uma promessa.

Eufórico pela resposta afirmativa de Elena, Damon acabou surpreendendo a novamente com uma reação que nem ao menos ele esperava. Suas mãos que antes a seguravam contra a parede, subiram repentinamente para os dois lados da cabeça dela, forçando-a a manter-se de frente a ele, imóvel e firme para receber os lábios dele, traduzindo toda a euforia que sentia em seu peito, devorando a boca dela com tamanha necessidade que o ar foi se esgotando antes da vontade de separarem-se.

Não queriam separar-se nunca. Ele tinha sede daquela boca, daquela pele macia sob suas mãos, daqueles fios de cabelo roçando em seu rosto também. Céus, ele estava amando aquele momento.

E ela estava sentindo-se da mesma maneira. O modo como Damon conseguia ser indecifrável às vezes, tão absurdamente proibido e excitante. Seu beijo estava quente, sua respiração descompassada, eufórica.

Ele a encarou quando se separaram. Seus olhos estavam fixos nela, buscando alguma reação que não veio. Elena estava estática, apenas encarava Damon, seu peito arfava e encostava levemente no dele pela proximidade. Ele olhou novamente para a boca da garota e em seguida para seus olhos que desviaram também para a boca dele. Era quase palpável a atração que sentiam naquele momento, a vontade que ele tinha de agarrá-la sem se importar com o batalhão de policiais que os esperavam lá fora, a vontade que ela tinha de sentir as mãos dele delineando todo o seu corpo, provocando arrepios como aquele que sentiu quando ele sussurrou em seu ouvido.

Damon envolveu o cabelo moreno dela entre seus dedos e puxou, fazendo-a levemente inclinar a cabeça para ele. A respiração quente dela tocando os lábios ainda úmidos dele foram o suficiente para que ele esquecesse da situação em que estavam e se pusesse a saborear novamente um beijo dela.

Elena sentiu a boca de Damon sobre a sua novamente, tão deliciosa quanto da primeira vez. Ou talvez ainda mais. Isso porque agora podia sentir cada movimento dele, cada vez que a sua língua passeava por sua boca, entrelaçando-se com movimentos lentos e provocantes. As mãos de Damon escorregaram para os ombros de Elena e com o dedão ele tocou a sua mandíbula, o seu queixo, o seu pescoço, apertou seus dedos sobre o decote de sua blusa.

Em reação, Elena agarrou as costas dele, abraçando-o pela cintura, traçando um caminho de apertos e arranhões por cima da camisa por toda a extensão das costas dele. Ela pode perceber também que quando o tocou por baixo de sua camiseta, o contato de suas mãos com a pele dele lhe provocou, o beijo se intensificou, Damon segurou-a pela cintura, levantando a sua blusa também para tocar-lhe diretamente sobre a pele. O contato tornou o beijo mais eufórico, Damon separou suas bocas para buscar por ar e quando pensou em voltar a tocar a pele dela, uma voz alta e forte o interrompeu.

_ Você está cercado! Liberte a garota! – Elena piscou antes de concentrar sua atenção em Damon.

_ Você tem que ir. – ele disse baixo passando seu polegar nos lábios dela.

Elena puxou-o para um beijo rápido e saiu pela porta da sala.

Quando a porta principal da casa se abriu, os policiais se puseram atentos para qualquer movimentação. Elena saiu com as mãos para cima, com passos lentos e calculados, temendo uma possível reação da polícia quando Damon saísse atrás de si.

Ela viu Diana e Richard atrás de uma das viaturas e correu até eles para manter o espaço livre para Damon, mas a saída dele demorou mais do que esperavam. Elena lembrou-se de arma que ele carregava e temeu que ele houvesse feito alguma besteira. Seu coração acelerou com o pensamento.

_ Elena, você está bem? – Diana perguntou segurando nos ombros dela.

_ Agora você acredita em mim? – Richard questionou se aproximando dela.

_ Eu estou bem. – ela respondeu apenas à primeira pergunta ignorando o rapaz.

Elena não podia dizer a Richard que a culpa por Damon estar sendo preso daquele jeito era toda sua, mas seu sangue ferveu ao ouvir a pergunta provocativa dele. Ele estava sendo irritante.

_ Ele está saindo! – Diana avisou voltando à posição de defesa juntamente com Richard.

Damon saiu pela porta principal assim como Elena, com as mãos para cima, sem armas, indefeso, decidido a aceitar a sua nova moradia: atrás das grades. Ele foi algemado e levado para uma das viaturas. Elena esperou que ele a encarasse, que aqueles olhos azuis estivessem conectados aos seus novamente, mas aquele olhar não veio. Ele não estava disposto a encará-la, não deixaria que ela lhe visse decepcionado consigo mesmo.

Elena seguiu com seus companheiros de investigação até a delegacia da cidade onde outra viatura estava levando Damon também. Ela não disse uma só palavra durante o trajeto. Preferiu estar calada diante dos diálogos satisfeitos que Diana e Richard trocavam no banco da frente. Eles estavam sentindo-se vitoriosos pelo dever cumprido. Por pegar um criminoso. “Ele não é nenhum criminoso.”, pensou Elena.

_ Eu sempre soube que ele era um bandido. – Richard disse assim que se sentou na cadeira de seu escritório. – O que você acha disso, Elena?

_ Eu acho que você está se precipitando. – ela respondeu seca.

_ Só porque você se envolveu com ele não quer dizer que ele seja inocente. – ele apontou provocando-a.

_ O que você disse? – ela questionou incrédula pela audácia dele.

_ Eu não estou interessado em saber o que aconteceu entre vocês até agora, o que importa é que ele está atrás das grades como um criminoso que é. – afirmou fazendo menção de sair da sala.

_ Eu exijo respeito! – ela disse exaltada.

_ Todo mundo notou a sua boca vermelha depois que saiu daquela casa. – ele deu de ombros passando por ela e saindo da sua sala.

Elena sentiu-se envergonhada pelas palavras de Richard, mas não deixou que elas lhe abalassem. Sabia que aquilo poderia ser apenas um jogo para ver até onde ela resistiria e deixaria que a polícia local resolvesse a questão. Mas aquele também era o seu trabalho e ela daria o seu melhor para continuar sendo.

A morena sabia que tinha boas informações que poderiam ajudar no caso. O envolvimento dos produtos da ClearQuimic com aquela fábrica de produtos químicos tóxicos poderia ser algo muito grave. Ela não tinha como descobrir sozinha o que estava acontecendo. Da primeira vez o resultado foi o seu sequestro e ela não se arriscaria de novo daquela maneira.

Elena pegou um táxi e dirigiu-se para o telefone público mais longe da cidade que ela conseguiu, localizado em frente a um bar abandonado já quase na divisa de território com outra cidade. Ela telefonou para a delegacia local onde antes estava e fez uma denúncia anônima sobre a fábrica de produtos tóxicos que recebia os produtos da ClearQuimic.

Assim que a polícia foi acionada, Elena saiu às pressas daquele lugar e dirigiu-se para a fonte das negociações e o que poderia ser também onde encontraria as suas respostas: a ClearQuimic.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Preciso saber! *-*



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