Forgotten Life escrita por NoodlesDark


Capítulo 8
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :3



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Depois da pequena “crise” que o Sr. Granger deu ao ver sua filha, toda a situação lhe foi explicada nos mínimos detalhes e ele, assim como todo mundo que ouviu a história, ficou extremamente confuso. No começo achou que perguntar sobre o que aconteceu lhe ajudaria, coitado, só fez o homem ficar ainda mais confuso, depois de certa insistência em perguntas que ninguém sabia a resposta, que durou toda a tarde e um pedaço da noite ele desistiu, bem na hora do jantar, que foi extremamente diferente de todos onde Hermione já tinha estado.

Na cada de seus pais quando estavam só eles em casa, tinham costume de comer na mesa da cozinha, raramente usavam a sala de jantar e ao término ela sempre ajudava sua mãe a limpar tudo, assim também acontecia na casa dos Weasley, com a excessão de que existia praticamente o triplo de pessoas. Em Hogwarts, era uma multidão se servindo sozinhos depois da comida aparecer magicamente e fazer até os que não queriam comer, sentirem uma súbita fome.

Já na Mansão Malfoy... Bem, a comida não apareceu magicamente e também não foi necessário limpar nada depois. As diferenças não estavam só aí, as roupas que todos os que estavam presentes usavam também demonstrava a diferença existente entre um jantar n’Toca e um jantar da família Malfoy. Hermione estava com um vestido confortável e que mesmo assim era formal, os outros na mesa não estavam muito diferentes. Draco vestia uma camisa social, com uma calça de tecido e tinha sapatos pretos e lustrosos. Sua mãe e seu pai estavam muito bem vestidos, coisa com a qual a cacheada definitivamente não estava acostumada. O jantar já começou com ela se irritando profundamente, por ver que uma elfa quem servia tudo. A Sra. Malfoy parecia pronta para começar uma discussão sobre os direitos dos elfos, mas antes que começasse a tentar oferecer um pé de seu sapato o qual ela tirava para a elfa, a morena recebeu um olhar preocupado da mesma que tinha acabado de estalar o dedo e fazer o copo de todos se encher.

— Sra. Malfoy, a senhora está bem? — os grandes olhos encararam a cacheada — Tinly ouviu que senhora Malfoy está doente. Senhora Malfoy precisa de ajuda? Tinly ajuda. — Choque. Só essa palavra poderia definir a expressão que Hermione fez ao ouvir as doces palavras da elfa. Sempre achou que todos os elfos fossem maltratados e que quisessem ser libertos, mas Tinly... Só demosntrava preocupação e parecia se sentir parte da família. Além disso a pequena também estava bem vestida e não parecia precisar de nada. Ela tentou balbuciar alguma coisa, mas não obteve sucesso, só mexeu a boca algumas vezes, tentando juntar murmúrios e formar uma palavra.

—Winly, acredito que a Sra. Malfoy não precisa da sua ajuda agora. — Draco falou e o pequeno ser lhe encarou, decepcionada. — Mas acredite, não hesitaremos em lhe pedir ajuda se necessário. — ele lhe lançou um sorriso e a morena achou que agora sim iria chover chocolate e diriam pra ela que Dumbledore e Snape tinham um caso. Não era possível que Draco Malfoy sorrise pra alguém, não um sorriso verdadeiro e muito menos se for para um elfo doméstico. Ela tinha certeza que tinha arregalado os olhos demais e fazia uma careta de horror, seus pais fizeram questão de lhe dizer isso enquanto gargalhavam da expressão da cacheada.

Depois disso o jantar se seguiu normalmente, na medida do que for normal pra uma família jantar com taças de cristal, e vários tipos de talheres que brilhavam como prata. Ao fim de tudo todos juntos subiram para o segundo andar, sem se importar com toda a louça que tinha ficado na mesa. Hermione ainda tinha um zilhão de perguntas na cabeça, mas todas pareceram se transformar em um grande nada quando viu seus pais entrarem em um quarto no corredor e Draco passar para a última porta, deixando-a levemente aberta, a espera da castanha entrar. E então ela percebeu: teria que dormir com ele. Definitivamente não estava pronta para dividir a cama com o Sr. Malfoy e era isso que ela ia dizer, ia gritar para todos ouvirem quando sentiu algo mexendo em sua barriga. À princípio ela achou que tivesse imaginado, mas então sentiu de novo e concluiu que tinha sido possuída. Sem pensar muito preparou um grito e não teve tempo de solta-lo já que os mexidos continuaram. Ela olhou para baixo, na direção da grande protuberância a qual ela já tinha quase esquecido da existência e suspirou aliviada ao perceber que eram só os bebês.

“Só os bebês” essa frase se repetiu na sua cabeça, que agora trabalhava lentamente graças ao sono, e ao perceber que tinha sentido seus filhos se mexerem pela primeira vez ela abriu um largo sorriso. Tinha passado todo o dia sem senti-los e pelo pouco que conhecia sobre a gravidez eles começavam a dar sinais de vida a partir do terceiro mês, mas seus pequenos eram quietos e até esse momento não tinham mexido, ou talvez ela não tivesse percebido. Sem pensar muito no que fazia ela seguiu para a porta aberta no final do corredor.

— Eu senti eles mexendo. — anunciou para o loiro que estava num canto do quarto, sentado numa poltrana com um livro grosso em mãos. Ele levantou o olhar e franziu o cenho e em seguida abriu um pequeno sorriso.

— Sim, eles normalmente mexem mais de noite... Antes de irmos dormir, em algumas noites você ficou acordada o tempo inteiro, por que eles não ficavam quietos. Fazia tempo que não te via feliz assim por sentir os chutes dessas duas. — Foi nesse ponto que Hermione percebeu que não sabia absolutamente nada sobre as crianças que carregava. Tentou se esforçar pra lembrar de alguma coisa, mas um novo movimento a fez parar de pensar e abrir mais um sorriso. Colocou a mão na barriga, e ficou passando-a por lá, como se assim pudesse acariciar os dois. Fechou os olhos aproveitando a sensação que se repetiu uma, duas vezes, até que uma outra mão se juntasse a sua e ela abrisse repentinamente os olhos para ver que Draco tinha se levantado do lugar onde estava e agora acariciava sua barriga. Mais um chute foi sentido exatamente no lugar por onde o loiro estendia a mão e um sorriso foi ao rosto de ambos, antes que Hermione pudesse pensar em brigar com o Malfoy por estar lhe tocando.

— Eu não sei nada sobre eles. — A grifinória falou, ao perceber que não conseguia imaginar como seriam seus filhos e olhou no rosto do seu marido, que agora tinha um pequeno sorriso. Ele se afastou dela e os bebês pararam um pouco. Sentou-se na cama e começou a falar sobre seus pequenos, com um brilho no olhar.

— Bem... Como você já sabe, são dois, duas na verdade. Duas meninas. Descobrimos isso a pouco tempo... Ainda estamos decidindo os nomes, não falamos muito nisso já que sempre entramos em uma briga pra tentar escolher. Começamos a decorar um quarto por que no início achávamos que seria só um, mas aí descobrimos serem gêmeos e você insistiu que cada uma deveria ter seu próprio quarto por isso estamos trabalhando na decoração ainda. Você está com seis meses e essas duas me amam muito. — Hermione estreitou os olhos enquanto encarava o loiro e fez um som sarcástico. Ele devolveu o olhar. — Vou lhe provar, venha aqui. — disse sem sair do lugar e a cacheada se aproximou desconfiada.

— O que pretende fazer, Malfoy? — recebeu um sorriso como resposta e suspirou, se dando por vencida.

— Veja bem, você vai sentir assim que tocar na sua barriga. — E então esticou a mão, deixando-a escorregar por aquela pequena parcela do corpo da morena, que sentiu suas filhas se mexerem agitadas. — Está sentindo? — o tom de provocação foi acompanhado de um sorriso de lado. — Elas me amam demais. Sabe por que elas mexem mais de noite? — a morena o olhou já se mostrando irritada.

— Não Malfoy, não sei. — ele fez uma pequena careta.

— Sabe que não tem sentido que você me chame de Malfoy, certo? — bufou irritado depois de soltar esse pequeno resmungo. — Mas, elas se mexem mais a noite, por que normalmente nesse horário nós estaríamos abraçados juntos na nossa cama, sabe? Temos um pequeno costume de variar as atividades, só que sempre estamos juntos... e na maioria das vezes na cama. — o sorriso safado do loiro deixou Hermione ainda mais zangada e ela tirou a mão dele de cima de sua barriga.

— Olhe aqui MALFOY, não sei o que fazíamos antes, mas você não ouse encostar nem um dedinho sequer em mim agora, entendeu? — ele soltou uma risada e ela lhe olhou irritada. — Não vou dormir aqui. — e saiu porta a fora pisando forte enquanto seu marido ainda ria no quarto.

Não demorou muito e Hermione achou um quarto vazio que tinha uma cama razoavelmente confortável. Sem se importar com outras coisas, a cacheada se deixou cair no meio dos inúmeros travesseiros e logo o inconsciente a tomou.

–x-

Acordou e viu que o sol ainda não tinha nascido. Tentou se virar, mas sentiu um peso na barriga e não eram suas filhas. Percebeu um braço branco lhe rodeando e olhou ao seu redor, descobrindo que estava no quarto que supostamente dividia com o loiro. Pensou em gritar, fazer uma confusão, fugir dali e ir para o outro quarto, mas decidiu que o melhor seria ir ao banheiro e depois voltar a dormir, já que mal conseguia pensar visto o sono que ainda tinha, e assim fez.

–x-

Abriu os olhos lentamente notando uma luz clara invadindo o quarto. Sentiu que Draco ainda a abraçava e percebeu que não conseguiria sair dali tão cedo e isso não tinha nada a ver com o fato de que era realmente agradável ficar ali sentindo o perfume do loiro, era simplesmente por que suas filhas pareciam felizes com o pai por perto, já que não paravam de se mexer. A morena se deixou afundar mais na cama e nos braços do jovem Malfoy. Não demorou muito e ela sentiu a mão do loiro lhe acariciar a barriga e escutou um “Bom dia” sonolento sendo murmurado em seu ouvido.

Por alguns segundos simplesmente não respondeu nada. Estava pensando em como iria xinga-lo por ele ter carregado-a para outro quarto, quando claramente ela queria dormir sozinha, mas não teve tempo para falar nada, já que o loiro se levantou lentamente e foi na direção do banheiro. Hermione viu que ele estava sem camisa e se sentiu envergonhada, por perceber que ele estava a poucos segundos lhe abraçando, sem camisa.

Decidiu não pensar nisso e ficou na cama até ouvir o barulho do chuveiro se fechando, viu pela fresta da porta que o loiro tinha ido para o closet e agora aquela banheira enorme lhe esperava. Sorriu genuinamente feliz e se arrastou para fora da cama. No caminho até o banheiro se lembrou que hoje Gina e Pansy lhe fariam uma visita, foram forçadas à isso, é verdade, mas fariam. Hoje iria arrancar daquelas duas tudo que pudesse sobre a história que teve em sua vida.

Caminhou até o banheiro e trancou bem as duas portas que estavam nele, com esperança de a situação que outrora aconteceu não se repetisse. Sem problema algum tomou seu banho e se vestiu e em pouco tempo descia as escadas indo ao encontro da sua família, que agora tomava seu café da manha. Café só no jeito de chamar, por que os ingleses só tomavam chá e era o delicioso cheiro de um chá de erva-doce que Hermione sentia. Sentou-se junto com todos e comeram no silêncio, que era raramente interrompido por uma ou outra pergunta vinda do Sr. Granger para o Draco. No meio dessas perguntas a cacheada descobriu que Draco estava de férias, mas que no tempo que tirava férias do hospital, ele administrava a empresa de seu pai, que agora logicamente era dele. Aparentemente, era a morena quem tomava conta da empresa na maior parte do tempo isso a fez pensar, quem diria que um dia uma nascida-trouxa iria administrar a empresa de uma das famílias mais preconceituosas do mundo bruxo?

Ao final de tudo, Draco se trancou em seu escritório, sendo acompanhado por George e Hermione ficou na sala, junto de sua mãe, a espera de suas amigas que não demoraram pra chegar.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Postei no dia (VIVA!), mas não deu tempo de mandar pra nenhuma beta, então, se tiver algum erro, avisem por favor...
Sobre os comentários: vou responder todos agorinha mesmo, se não responder é por que dormi na frente do pc...
Mas enfim, comentem o que acharam do capt, vocês sabem o quanto suas opiniões são importates :D

Bjsssssssssssssssss *----*
PS: Semana que vem voltam as aulas (NÃÃÃÃÃOOO) então vou voltar a ter pouco tempo... Daqui a quinze dias sai capítulo novo, vou me esforçar pra fazer um com 2500 palavras. Enfim até dia 13 pessoas.