Forgotten Life escrita por NoodlesDark


Capítulo 7
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Atrasei o capt, mil desculpas por isso, mas enfim, a gente conversa nas notas finais.
Boa leitura :3



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CAPÍTULO 06

Respiração ofegante, braços ao redor do pescoço e então, boca encostada em boca. Até que o beijo foi interrompido por um par de mãos que se espalmou no peito musculoso do loiro, empurrando-o para longe. Hermione encarava o Sr. Malfoy como se ele tivesse vindo de outro planeta, enquanto o mesmo ria descaradamente dela, realmente se agradando da situação.

Sem mais nenhuma palavra, ela partiu na direção do corredor. Não olhou para trás nenhuma vez, mas podia ouvir os risos descontrolados dele.

A Sra. Malfoy estava completamente vermelha e andava furiosa por um longo corredor que tinha paredes decoradas em vermelho e madeira escura. Várias janelas eram colocadas ao longo do lugar, e além delas as únicas coisas que ocupavam as paredes eram imponentes quadros que se mexiam sem nenhum sorriso.

As figuras neles eram na maioria loiros elegantes, os homens portavam uma bengala, a mesma em todas as fotos, que era feita de madeira preta, com uma cobra prata na ponta e os olhos de esmeralda. Hermione andou pelo corredor observando tudo naquela exótica decoração, desde a rica moldura até os mínimos movimentos que aqueles quadros exibiam. Ela percebeu que alguns mostravam nojo perante sua passagem, outros lhe acenavam com respeito, entretanto tinham traços de desgosto na face.

No final do corredor ela viu um casal que a fez parar, de tão impressionada que ficou com o par. Lucius e Narcisa Malfoy. Os dois eram um dos poucos que tinham um sorriso, mas esse era contido. O loiro abraçava sua esposa com uma mão e parecia feliz em tê-la por perto. Ele virou o rosto na direção de Hermione e lhe acenou a cabeça, com respeito. Sua esposa mandou um sorriso para a moça e logo seus olhos se voltaram na direção de seu marido. O amor demonstrado no olhar dos dois deixou a cacheada fascinada. Não fosse a raiva que estava sentindo do filho dos dois, certamente teria percebido que eles tentavam lhe passar uma mensagem através daqueles olhares carinhosos.

Hermione olhou para o último quadro no corredor, estava a cerca de 3 metros de uma pequena curva na qual o longo corredor se seguiria. O quadro, ao contrário de todos os outros, mostrava um ambiente de fundo diferente. Ao invés de uma sala de estar escura e móveis de ébano, tinha uma sala completamente em tons claros, a maioria era bege. A cacheada reconheceu aquele cômodo, era a sala de visitas na qual tinha estado essa manha junto dos convidados, que portava uma grande lareira. Esta tinha um espaço vazio acima dela, lugar onde esse quadro provavelmente estava.

A moldura cercava a figura de um casal alegre, os dois eram os únicos que verdadeiramente riam juntos, obviamente estavam perdidamente apaixonados, além de estarem em pé de guerra. Parecia uma pintura que seria exibida no Dia dos Namorados, mais ainda por que o homem insistia em provoca-la a todo instante, que respondia a altura. Eles ignoraram a presença da morena, perdidos demais nas brincadeiras que selavam o amor que sentiam um pelo outro, ignoraram a boca aberta em choque que ela portava, por ver que ela mesma tinha sido retratada naquele quadro. Ela e Draco Malfoy.

Fechou os olhos devagar, buscando calma de onde não tinha. Depois de ficar quase um minuto parada de olhos fechados e contando diversas vezes até dez, Hermione conseguiu se acalmar. Virou todo o corpo na direção do fim do corredor e, ainda de olhos fechados, deu três passos com o nariz empinado. Ouviu a gargalhada que o loiro retratado do quadro dava por ter conseguido provocar a esposa e sentiu raiva de Draco mais uma vez, pelo selinho roubado que ele lhe dera mais cedo. Mesmo assim, conseguiu não surtar e continuou andando para sair do corredor.

Ao chegar no final do corredor, a cacheada viu que uma porta larga o fechava. Observou pela grande janela lateral que estava bem em cima do jardim e, ao ver a beleza do lugar, conseguiu deixar de lado a raiva que sentia do Dr. Malfoy. Abriu a porta branca animada e viu uma pequena escada, que tinha cerca de quatro degraus e um corrimão branco no lado. Quando a escadinha acabava, começava o caminho de pedras que levavam até onde sua mãe estava sentada. A cacheada olhou na direção da mesa e viu sua mãe lhe acenar, quase que a chamando. Andou pela estradinha de pedra que era cercada de flores bonitas, ao ver que em todos os lugares pequenos pontinhos, que eram tulipas, surgiam. Ela adorava tulipas e a maioria ali seguia as suas cores favoritas, algumas amarelas e outras vermelhas. Chegou à mesa e se sentou ao lado da Sra. Granger, aproveitando a sombra proporcionada pelo grande carvalho que estava ali perto.

— É lindo, não? Me lembro bem de quando vim aqui pela primeira vez. Você primeiro me arrastou para a biblioteca, então da biblioteca eu consegui enxergar o jardim e te empurrei até aqui. Antes não existiam tulipas, só rosas que eram enfeitiçadas pra ficarem nas cores cinza e verde. Lembro que assim que viu as cores, você fez uma careta e quis sair, passamos pelo quadro dos Malfoy e todos riam de você junto comigo.

— Obrigada, mãe, você fez uma dúvida cessar e mais questionamentos surgirem. Descobri que sim, aqui tem biblioteca e eu gosto muito dela. Mas, primeiro, onde foram parar as rosas e segundo, como os Malfoy aceitaram que alguém sem magia entrasse aqui? — ela falou, com a face descrente. Jane deu uma pequena risada.

— As rosas? Bem, depois que você e Draco casaram ele mandou uma equipe de jardinagem passar um tempo aqui, enquanto vocês estavam em lua de mel, na França. E aí, quando vocês voltaram, ele te deu o jardim de presente. Parece que foi o que fez vocês se reconciliarem de mais uma briga— a Sra. Granger falou, rindo de novo. — Aparentemente vocês brigaram por que ele disse que apostava 10 galeões como todos os franceses eram frangotes, você respondeu o mandando começar uma revolução e arrancar a cabeça do rei em praça pública. Aí começaram a discutir e, no fim, você falou que ele deveria ter metade da coragem dos franceses, e então ganhou um: “Então case-se com um francês!”— Hermione se sentiu esperta, mesmo sem ter visto aquilo acontecer, sabia que era o tipo de resposta que daria.

—Nem na lua de mel paramos de brigar? — ela perguntou, só pra confirmar uma coisa óbvia e que certo quadro já exibia. Sua mãe gargalhou.

— Vocês dois pararem de brigar? No dia que vocês pararem chove chocolate. — Hermione fez uma careta ao ouvir isso.

— Mas se a gente briga tanto, como dizem que nos amamos?

— Ora querida, claro que vocês se amam! Senão nunca teriam se casado. Você sabe que depois de entrar na linhagem da família Malfoy nunca mais é possível sair, não existe divorcio pra um Malfoy e eu te conheço bem o suficiente pra saber que pensaria muito antes de tomar uma decisão tão importante quanto o casamento. E, além de tudo isso, mesmo com todas as brigas, vocês não conseguem passar nem um dia separados. A prova disso foi o Draco, quase derrubando a porta da nossa casa, quando ficou dois dias longe de você... — Imediatamente a cacheada se interessou pela história, sua mãe percebeu isso e resolveu continuar. — Basicamente, foi isso que eu presenciei do começo do namoro de vocês.

“Depois que vocês conseguiram derrotar Voldemort você voltou para Hogwarts, pra concluir o último ano, que tinha sido uma verdadeira bagunça. No período das festas do final desse ano, eu e seu pai estávamos te esperando. Preparei chocolate quente pra nós, nos sentamos no sofá enquanto esperávamos. Cerca de meia hora depois você escancarou a porta com um largo sorriso no rosto e uma maleta de mão. Completamente agasalhada e coberta de neve. Como sempre, trocamos abraços apertados, e, em nenhum momento, você tirou o sorriso do rosto.

Passamos o dia inteiro juntos, no sofá da sala vendo um filme e bebendo chocolate, mas percebi que muitas vezes você ficava em outro mundo, com um sorrisinho nos lábios. Mais tarde, na hora do jantar, você ficou ainda mais distraída, se irritou com o frango e depois ficou feliz, rindo pra ele. Seu pai me cutucou, dizendo que achava que você estava ficando maluca, só que eu reconheci aquela loucura.

No outro dia de manhã, logo cedo, você se levantou junto comigo, para começarmos a preparar tudo para a ceia. Parecia querer falar alguma coisa, puxava o ar e aí depois mordia a boca, como se não tivesse certeza daquilo. Na hora do almoço nos sentamos juntos na mesa e você parecia estar mais nervosa ainda. Chegou ao ponto de ficar roendo as unhas depois de terminar de comer. Te perguntei o que estava acontecendo e você enrolou, falando que ia lavar a louça.

Em todo o resto da tarde ficamos preparando tudo para a ceia. Seria a primeira vez em anos que nossa família se reuniria, seus tios estavam vindo e queríamos que tudo fosse perfeito. Acabamos ocupadas demais com isso e me esqueci de continuar lhe perguntando o que estava acontecendo. Umas seis horas terminamos tudo e você subiu pra tomar banho, foi aí que alguém começou a bater na porta. Eu e seu pai estranhamos, seus tios só iam vir perto das oito e os grupos que cantavam passavam na rua lá pras nove ou dez horas.

Mesmo assim, seu pai foi abrir a porta desconfiado. Assim que ele abriu vimos um loiro olhando para baixo e repetindo palavras, como um mantra, quando ele percebeu que a porta tinha sido aberta olhou para nós dois e falou, de uma forma rápida e confusa:

— E-eu... ér, soupermissãoHermionenamorarDraco... Ahn... comigo? — achamos, realmente, que ele estivesse drogado, ainda que as roupas que ele usava mostrassem que era de alta classe. Seu pai soltou a porta pra que ela batesse na cara dele, e aí você chegou e impediu que Draco fosse esmurrado.

— Esperem! Ele é meu namorado!”

A senhora Granger terminou a história com uma gargalhada. Hermione tinha imaginado perfeitamente a cena e não conseguiu se segurar, ao imaginar o loiro gaguejando daquele jeito.

—O-o que ele disse? — ela perguntou entre risadas. Sua mãe, mais uma vez, se pôs a imitar o loiro.

—“SoupermissãoHermionenamorarDracocomigo”. Seu pai quase caiu pra trás quando você disse que era seu namorado, realmente, demorou pra se acostumar com o fato de que a princesinha dele tinha crescido. Depois o Draco parecia mais calmo, mas não saiu de perto de você nem por um segundo. — Jane olhava para o lado, como se estivesse vendo aquelas lembranças. — Uma semana depois estava bem mais próximo da gente, até foi pescar junto com seu pai. George até hoje ri dele, por que no meio da pescaria, ele se irritou e lançou um feitiço nos peixes, fazendo todos voarem pra dentro do barco. Os guardas do parque obrigaram eles a devolverem dois terços dos peixes que pegaram. Mesmo assim, foi peixe o suficiente pra passarmos três semanas só comendo frutos do mar. —A cacheada riu levemente da lembrança da mãe. Percebeu que seus pais eram acostumados com Draco, e gostavam muito do loiro. — Sabe, filha, mesmo que não se lembre disso por enquanto, tente evitar falar dos pais dele, é um assunto muito difícil... É doloroso demais falar deles, porque... — a fala da castanha foi interrompida por um senhor de meia idade que acabava de chegar no jardim.

—Hermione! Minha filha, como você está? Está machucada? Sente alguma dor? Tem alguma coisa te incomodando? Os meus netos estão bem? — o Sr. Granger falou soltando as palavras como uma metralhadora solta tiros. Hermione lhe deu um abraço apertado, e começou a tentar lhe explicar o que tinha acontecido.


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Notas finais do capítulo

E entao?? O que acharam? Sei que estao ansiosas pra saber o que aconteceu com a memoria da Mi e, pra me desculpar, vou dar uma pista do que vocês podem fazer pra descobrir o que aconteceu: prestem atenção em todos os detalhes da historia... pensem no que a Hermione estava fazendo no prologo, pensem no estado que ela está agora... Gente, nao é dificil de saber kk
Enfim, espero que me desculpem, mas minha vida esta uma loucura, comecei um RPG (a fazer um, se gosta de A Seleção entra nele: aselecaorpg.blogspot.com), o Dramione World ta em reforma, estamos refazendo tudo... e nao tenho ideia de quando vou postar de novo. Mas juro que do dia 29 nao passa.
So.... é isso, comentem por favor pra me dizer que me desculpam kkkk e tbm pra dizer o que acharam.
Como estou sem tempo nao revisei o capt, entao se acharem algum erro avisem, por favor.
Bjssssssssssssssssssss *-----*



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