Forgotten Life escrita por NoodlesDark


Capítulo 6
Capítulo 05


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609500/chapter/6

CAPÍTULO 05

Depois da linda frase que sua consciência lhe ditou, Hermione teve a certeza de que precisava comprar uma nova. Provavelmente o dinheiro que era dos Malfoy, e que agora também era seu, seria suficiente para troca-la. Como poderia pelo menos cogitar a possibilidade de amar o Malfoy? Isso nunca, repetindo, NUNCA poderia acontecer. Afinal, ela era Hermione Granger e nunca se interessaria por alguém como Draco Malfoy... Certo?

E foi daí que uma dúvida começou a surgir. Harry não parecia nem um pouco incomodado com o Malfoy, e pelo que disseram no almoço, a castanha o amava. Tinha muitas coisas por trás de toda essa história, coisas que ninguém se dava o trabalho de lhe dizer. Isso, definitivamente, estava a irritando. Afinal, qual é o grande problema que se tem em dizer como era sua vida? Ok, provavelmente seria uma história bem grande, levando em conta que seria um romance impossível entre a “Doninha Albina” e a “Sabe-Tudo”. Mas o que custava lhe dizer a verdade?

Se sentiu irritada ao notar que tinha um olhar sobre si. Virou-se e encarou Draco, que também a encarava. Quase soltou um palavrão, mas segurou a língua ao notar que sua mãe estava por perto. Seu marido parecia querer falar alguma coisa, mas ela não estava nem um pouco disposta a ouvir, por isso decidiu ignora-lo completamente e falar só com sua mãe. Atitude infantil? Não fazia diferença, isso iria irritar o loiro e ela iria gostar de vê-lo com raiva.

— Mãe, a senhora pode me contar um pouco sobre minha história? Preciso de alguém que me esclareça as coisas.

— Se você quiser eu... — Draco ia falando, mas ela o interrompeu.

— Então, MÃE, a senhora pode por favor me ajudar? — Ela disse deixando o “mãe” em evidência. Ele bufou irritado, e puxou o ar para falar mais alguma coisa, até que desistiu, bateu o pé no chão e saiu pisando firme.

— Nossa... Você não aguenta ficar muito tempo sem arrumar uma briga, né? — Sra. Granger falou e foi a vez de Hermione bufar irritada.

— Não quero falar com ele, só vai me deixar mais confusa. Sabe, é estranho ver alguém que você sempre odiou te tratando bem do nada. Olha, eu realmente preciso de um banho, com tudo isso a única coisa que eu consigo pensar é em quão suja eu estou. Pelo menos isso eu ainda consigo controlar na minha vida.

— Bem, então vá tomar um banho e assim que você sair eu lhe conto tudo que sei sobre o que aconteceu. Apesar de eu achar que não é totalmente apropriado eu lhe falar isso, visto que eu não sei realmente de tudo. O que sei se resume ao fato de em um ano você ter voltado de Hogwarts mais feliz do que normalmente, e mais preocupada também. E aí, uns dois dias depois que você já estava em casa, um loiro chegou e bateu na porta pedindo pra o seu pai pra namorar com você. — Ela deu uma risadinha ao se lembrar do momento. — Seu pai surtou, foi uma coisa muito engraçada de se ver...

— Hm... Eu só lhe falei isso? — A cacheada perguntou confusa, se sentindo arrependida de não ter contato mais pra a mãe no passado, por mais que ela não se lembre.

— Bem... Não, mas isso se resume na parte onde eu realmente participei. — Hermione continuou a encarando, como se esperasse que a mãe falasse logo tudo. — Ora! Vá tomar um banho logo, esfrie a cabeça e tenha a certeza de que assim que você sair eu lhe conto tudo que sei, ok? — Ela confirmou com a cabeça e foi na direção das escadas, quando já estava no topo da mesma, olhou confusa para a Sra. Granger.

— Mãe, onde eu posso tomar banho? — A pergunta provocou um sorriso amigável em Jane e ela subiu as escadas, guiando a filha para o quarto principal, aquele que tanto encantou a castanha. No caminho, Hermione fez uma nota mental de que teria de olhar cada um dos ambientes para os quais as várias portas levavam. Sua mãe lhe deixou na porta do banheiro, o qual a cacheada ainda perdia a respiração ao ver.

O espelho era grande o suficiente para cobrir toda uma parede. Esta parede tinha também um balcão na frente que possuía duas pias e era decorado com um pequeno buxo, planta que também estava presente na entrada da casa, em cada um dos cantos. O balcão era em mármore branco que combinava perfeitamente com o dourado que envolvia o espelho. Essa parede ia até a metade do banheiro, a outra metade era mais funda e naquele lado estava uma banheira que acomodava perfeitamente duas pessoas. A banheira tinha ao lado um chuveiro grande, envolto por um box transparente, que com toda certeza iria proporcionar um banho mais que relaxante. Frente à banheira e ao chuveiro, na parede do lado da porta estava um outro exemplar do buxo, este tinha três camadas e era bem grande, assim como os da entrada. Ao seu lado estavam enfileiradas toalhas branquíssimas que exalavam um cheiro bom de lavanda.

Com toda certeza, esse banheiro era uma das partes favoritas de Hermione, por mais que isso soe estranho. Então, assim que ela ouviu o clique na porta do quarto, que significava a saída de sua mãe, ela fechou a porta do banheiro e começou a se preparar para um banho. Ligou a água na banheira e ficou assistindo animada enquanto a mesma se enchia. A castanha começou a se despir com os olhos na barriga que pesava demasiado enquanto tentava descobrir um jeito de se lavar com o grande empecilho. Logo encontrou uma solução e depois disso só se deitou na banheira e deixou a mente relaxar um pouco, enquanto tentava se livrar da curiosidade e das diversas perguntas que ainda lhe assolavam.

Após alguns poucos minutos ouviu a porta do quarto ser aberta, mas não se preocupou achando que quem quer que fosse não iria abrir a porta do banheiro. Ledo engano. Levou um tremendo susto ao ver Draco abrir a porta do banheiro despreocupadamente e ir em direção ao closet, na porta que ficava do lado do banheiro.

Entrou em pânico sem saber o que fazer e chegou a conclusão de que sair da banheira não era uma opção, mais ainda quando o loiro cruzou a porta do banheiro e lhe deu uma bela olhada seguido de um sorriso pervertido. Ela afundou na banheira tentando esconder ao máximo o corpo enquanto o loiro ainda a olhava e este só deu uma risada baixa, que foi abafada pela camisa sendo puxada pela cabeça. A camisa revelou os músculos bem formados que lindamente compunham o corpo do loiro.

Mais uma vez ela prendeu a respiração ao perceber o que viria a seguir, Draco Malfoy iria ficar nu no mesmo cômodo que ela! Céus, isso era desesperador! Tratou de desviar o olhar como podia, direcionando todo o rosto para a parede e se afundando mais ainda na banheira e escutou uma gargalhada do loiro.

— Não tem nada aqui que você ainda não tenha visto... — Ele falou e o zíper da calça foi aberto ao passo que ele deixou propositalmente ela fazer barulho ao se chocar com o chão. — E também... não tem nada aí — ele falou chamando a atenção da castanha para si, enquanto apontava para a mesma — que eu já não tenha visto. — ele começou a descer a última peça. — E tocado... — os olhos da outra estavam arregalados demonstrando o nível de surpresa não só pelo grande nada que ele vestia, mas também pela frase proferida pelo mesmo. — E sentido... — ele foi seguindo na direção da banheira. — E lambido. — completou desviando num último segundo e indo para a ducha que possuía um box transparente dando uma clara visão à todo resto do banheiro, inclusive à castanha que estava em choque.

Depois de ficar enrugada esperando praticamente afogada dentro da banheira que o loiro terminasse seu banho e assisti-lo seguir lentamente para fora do banheiro enquanto ria maldosamente dela, Hermione se levantou da banheira vagarosamente e se colocou na direção do closet, que tinha uma porta para o banheiro. Ela achou que não iria conseguir parar de pensar no que viu nem tão cedo, até que viu a quantidade de roupas que tinha. Primeiro, achou que tivesse virado uma das pessoas mais fúteis do planeta, depois lembrou-se da sua amizade com Parkinson, ops, Zabini, e então olhou para a parte de seu marido. Concluiu que não tinha como ser uma Malfoy sem ter esse tanto de roupas, mas ainda assim, achava tudo muito ridículo.

Demorou um século para escolher uma roupa, não por que estivesse querendo fazer uma combinação perfeita — pelos céus, estamos falando de Hermione Granger —, mas por que procurava uma roupa que não fosse elegante demais, ou chique demais, ou... rica demais. Estava enrolada em um roupão e escutou quando a porta do quarto foi aberta. Continuou procurando uma roupa decente e um tecido azul no meio de tantos lhe chamou atenção. Puxou o vestido e descobriu que esse mais parecia uma roupa de gala. Bufou e continuou a busca até escutar uma risada baixa ao seu lado.

— Qual é o problema? — a voz arrastada do jovem Malfoy perguntou e ela quis responder com ignorância. Abriu a boca uma, duas, três vezes, com ofensas prontas.

— Qual era o meu problema com roupas normais? — ela perguntou exasperada, arrancando mais risadas de Draco.

— Roupas normais?

— É! Calças normais, blusas normais... Moletom, sabe? Aquela coisa extremamente confortável. — ela falou, gesticulando exageradamente. — Aqui só tem... Vestidos de gala. — finalizou bufando novamente.

— Bom, então talvez você deva olhar na parte das roupas de ficar em casa. — ele falou, mais uma vez segurando a risada, e apontando para a parte atrás da castanha.

— Já olhei aí. Só tem roupas elegantes demais...

— Hm... Verdade? Você sempre usa elas em casa. — ele falou e puxou um vestido que estava entre um tom de rosa e bege. Na parte de cima, que cobria os seios, ele tinha uma renda de rosas que era exatamente no mesmo tom de todo o resto. O vestido era sem mangas e possuía uma gola levemente elevada. A saia dele se abria graciosamente em um tecido fino e leve. — Vista esse. — lhe entregou o vestido, ainda preso ao cabide, e saiu sem dizer mais nenhuma palavra.

Hermione olhou bem a peça. Aquela não era uma roupa que teria o costume de usar, certamente ela mudou muito... Mas é claro! Sua consciência lhe falou Esperava ter 26 anos com a mente de alguém com 15? Tentou não pensar mais nisso e simplesmente vestiu a roupa. Apesar de ser elegante demais, ela gostou do resultado. Deixou os cabelos presos em um coque no alto da cabeça, por ser mais confortável e prático. Viu diversos tipos de perfumes posicionados em uma prateleira desse lado do guarda-roupa, escolheu um aleatório e colocou. Próxima à porta do closet estava uma penteadeira repleta de apetrechos de beleza, tudo tinha ali, desde uma paleta de iluminadores até um simples brilho. A cacheada fez careta para aquilo e passou reto, tendo a certeza de que só usaria quando fosse realmente necessário.

Saiu do closet pronta para sair também do quarto, mas a janela grande lhe chamou atenção. Foi até ela e olhou para baixo, dando de cara com um jardim. Uma grama verde se estendia até um pequeno lago, que pelo visto ficava dentro da propriedade. Bem perto da porta várias e várias flores de cores diferentes eram colocadas e no meio de todo o jardim um caminho de pedra era visto. Era simples e relativamente largo, com uma pedra em tom bege que combinava perfeitamente com o as flores que o cercavam. Em certo ponto o caminho se alargava formando uma bola, no centro dela uma mesa redonda e feita de madeira entrelaçada se posicionava. Duas cadeiras brancas e finas eram colocadas envolta dela e em cima da mesa estava um jarro de flores cor-de-rosa e um bule, além de xicaras, colheres e um prato cheio de biscoitos que aparentavam estar extremamente saborosos. Todos faziam parte do mesmo conjunto e eram de porcelana com as bordas decoradas em dourado. Em uma das cadeiras sua mãe estava sentada, com uma xícara na mão saboreando algo semelhante a um chá.

Deu um pequeno sorriso e seguiu na direção da porta. Desceu as escadas e ficou parada no meio do hall, se dando conta de que não sabia em que direção seguir. Optou pela direita e logo se encontrou no meio da sala que já tinha estado mais cedo. Nessa sala ela reparou haver duas portas, abriu a primeira delas e viu um escritório. Estantes de livros eram encostadas à parede e todas estavam abarrotadas. No meio do ambiente um grande e bonito tapete estava posicionado e em cima dele estava uma escrivaninha de mogno escuro que tinha um abajur de franjas e vários objetos que auxiliavam na escrita. Sentado numa cadeira frente à escrivaninha estava Draco Malfoy, com uma pena presa entre os dedos, as mãos posicionadas para apoiar a cabeça e o olhar virado para ela, que tinha acabado de lhe atrapalhar em uma conta.

— Er... Eu... Eu queria saber como chego nos fundos da casa. — o loiro juntou ambas as mãos para apoiar o queixo e lhe encarou.

— Se você abrir a outra porta da sala vai dar de cara com um corredor. Siga nele até o final e desça as escadinhas que estão lá. Vai sair bem em cima das pedras do jardim. — ela assentiu e foi fechando a porta, se preparando para correr e chegar logo no belo jardim onde sua mãe lhe esperava. — Espere! — foi impedida de sair pela voz do loiro. Ela parou e olhou na sua direção, ele levantou e seguiu até ela. — Esqueceu da sua educação, querida? — o Malfoy perguntou e ela o olhou como se ele tivesse lhe desafiado. Assistiu enquanto ele se aproximava perigosamente. — Mereço um agradecimento por ter lhe ajudado, certo? — quando ele falou isso já estava perto o suficiente dela para prensa-la contra a parede, e foi o que fez. A prendeu lá e aproximou lentamente a boca da sua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... o que acharam?? Gente, tô com uns problemas aqui por enquanto, então o próximo pode demorar um pouco... Enfim, lá pro dia 16 teremos capítulo novo e ele, provavelmente, vai ter muitas revelações haha
Bjsssssssss *--*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forgotten Life" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.