Love Says Goodbye escrita por Chars


Capítulo 6
Return to the Express.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609452/chapter/6

Estavam todos gritando, pulando e tinham alguns que até cantavam. Eu estava contente, meu lugar preferido no mundo era Hogwarts. Adorava tudo naquele lugar, e só de ver aquele trem, entrar nele era estar a meio caminho do meu lar.

Assim que entramos no trem, fomos direto procurar uma cabine vazia, o que nesse horário ainda era possível. Nos separemos, eu fiquei com Rose, Petter, Jay e Al, em uma cabine. Acho que Malfoy acabou ficando na mesma cabine com Fred. Estávamos todos sentados comendo sapos de chocolate e feijõezinhos de todos os sabores, conversando e rindo muito.

– Pessoal, vou ir passar o resto da viagem com Scorpius, prometi a ele que chegaríamos juntos. – Al comentou e todos assentimos.

– Tudo bem Al, até mais tarde. – despedi-me e ele sorriu.

– Vá com Merlin irmão, e comece a pensar no seu plano de batalha. – zombou Jay.

– Até tinha me esquecido disso, preciso conversar com você depois, Isa. – Al respondeu e todos o olharam sem entender nada.

– Cuidado com essas conversas, Albus. – brincou Petter.

Um pouco depois do natal, Albus estava diferente, mais compreensivo comigo. Sei que ele e Jay são totalmente opostos, acho que era isso que eu tanto gostava, que os dois me completavam. Mas esses dias percebi que eu e Albus somos bem mais parecidos do que eu imaginava.

– Relaxa que não é nada demais. – respondeu Al.

– Bom mesmo. – zombou Jay.

Depois que Al saiu, o resto do trajeto de trem continuou do mesmo jeito. Chegaríamos em uns vinte minutos, decidi que era melhor já ir me vestir. Rose foi comigo e conversamos sobre Albus.

– Fiquei curiosa para saber o que ele tanto quer conversar com você. – Rose comentou.

– Provavelmente alguma coisa sobre Malfoy, ou sobre a tal batalha com Jay.

– Malfoy? Acho que não, mas cai entre nós amiga, mesmo depois de tudo o que ele disse você ainda é louquinha por ele não é?

– Ai amiga, não sei direito. Vou fazer dezesseis anos e ainda não consigo fazer nada certo. Ele até mexe comigo, e até sei que também mexo com ele, então agora vou me aproveitar disso, quero deixar ele maluco, vou me vingar do que ele fez e do que ele disse pra mim. Agora ele vai ver quem é a vadia.

– Que horror menina, o que você vai fazer? Seduzi-lo?

– Exatamente! E vai ser mais rápido do que conjurar um patrono corpóreo. – falei e nós começamos a rir.

Terminamos de nos arrumar, e encontrei com Albus no caminho de volta para a cabine.

– Podemos conversar? – ele perguntou.

– Claro. – respondi. – Ro, pode ir para cabine, eu já vou.

– Tudo bem amiga. – ela respondeu e deu uma piscadela para mim.

Nos encostamos em um canto perto de onde estávamos, para não atrapalhar ninguém.

– Pode falar, Al.

– Eu queria que você soubesse o porque desses dias para cá eu estar diferente, eu percebi algumas coisas que eu não tinha notado antes. Notei que esse tempo todo eu pensei que amava você, mas não amava, sei que parece bobagem, mas não é. Eu te amo sim, mas como uma irmã, e eu acabei confundindo as coisas. Você ama o James, e eu percebi que ele também te ama, você nasceu pra ser minha cunhada e melhor amiga. Sabe que para o que precisar, qualquer coisa, eu estarei aqui com você.

– Ah, Al. Eu também te amo, e sempre estarei aqui pra tudo o que precisar.

Nós nos abraçamos e fui com ele até a cabine em que estava com Malfoy e Fred, olhei para Malfoy maliciosamente e acho que Albus reparou.

P.O.V. Scorpius Malfoy

– O que foi isso Scorp? – Albus me perguntou baixinho.

– Danados. – zombou Fred.

– Isso o que? – perguntei e os dois riram.

– Ah, você sabe. Não vem dizer que você não reparou. – Fred comentou.

– Pode ser que tenha reparado, pode ser que não, mas ela não perde por esperar. Vocês verão.

– Pense bem no que vai fazer Scorp, não quero que ela se machuque e nem você. Ela e James estão bem agora, não tem porque estragar isso. – Albus comentou.

– Agora que você está fora dessa disputa, ele não tem o que perder, só o que ganhar, se é que me entende. – zombou Fred.

Ele fazia gestos obscenos e todos riamos.

– Scorp, a diretora McGonagall quer encontrar você na sala dela assim que chegarmos a Hogwarts. – Louis falou, logo após abrir a porta da cabine.

– Tudo bem, obrigado Louis. – agradeci.

– Não a de que. – respondeu o loiro, saindo logo em seguida.

– O que será que ela quer com você? – Albus perguntou.

– Acho que quer falar sobre as rondas desse semestre.

– Você vai fazer as rondas com James e Isabella não é? – Fred perguntou em tom de zombaria.

– Fica calmo ai, eu vou me preocupar com isso depois.

– Chegamos! Vamos? – Albus falou.

Todos levantamos e fomos em direção ao castelo. Todos em direção a seus dormitórios para irem até o salão principal, mas pedi para Albus e Fred levarem minhas coisas e fui até a sala da diretora McGonagall. Disse a senha e subi.

Enquanto subia as escadas ouvia vozes, quando entrei na sala vi James e Isabella discutindo com a diretora.

– O que está acontecendo aqui? – perguntei.

– Ah não, ele também não. – Isa resmungou.

A diretora explicou tudo, e então eles voltaram a discutir.

– Você só pode estar de brincadeira, eles podem ficar nesse tal loft ai que você tá falando, porque eles tem que ficar justo nos nossos quartos? – Isa perguntou.

– Isso é muito simples senhorita Black. Os seus quartos cabem até cinco pessoas cada, e este loft só cabe até quatro pessoas. – respondeu a diretora McGonagall.

– Mas eu não quero dividir um quarto com esses... trasgos. – resmungou Isa.

– E acha que queremos dividir o quarto com você, Black? James pode até estar gostando da ideia, mas eu não. – resmunguei.

– Eu não estou gostando, preciso de privacidade e não dessa sabe tudo pegando no meu pé. – retrucou James.

Estranhei seu comentário, eles pareciam tão bem nas férias e até mesmo durante o expresso de Hogwarts.

– Vocês dois estão de namorinho, estão é felizes de dormirem juntos. – resmunguei.

– Como assim namoro senhorita Black? Seus pais não me disseram nada. – disse a diretora.

– Eles iam dizer, se estivéssemos tendo alguma coisa. James é um trasgo, canalha e hipócrita. Todas as garotas olham para ele e ele mesmo estando comigo, olha para elas. – Isa desabafou.

Fiquei confuso quando ele disse aquilo tudo, acho que isso que ele vai deve ser involuntário, porque seria estranho depois de tudo o que ele fez.

– Chega. – gritou a diretora. – Vocês vão dividir o quarto e pronto, seus pertences já estão sendo levados para lá, e os monitores-chefes e precisam estar unidos, e não ficar discutindo o tempo todo. O loft fica no quinto andar, logo atrás do quadro dos cantores, a senha é “pão de abobora”. Agora vão, e rápido.

Saímos os três, procurando o tal loft.

P.O.V. Isabella Black .

Não acreditei no que a diretora McGonagall disse, eu ia ter que passar o semestre com esses trasgos. Eu não iria aguentar, vou tentar ficar o máximo possível dentro do meu quarto, ou nos jardins. Sei que sempre quis ser monitora chefe, mas agora estou ficando arrependida.

Quando avistamos o quadro, Malfoy disse a senha e entramos, o lugar era realmente bonito, mas resolvi não ficar olhando muito, estava muito cansada da viagem e não tinha mais nenhuma vontade de comer. Resolvi achar meu quarto e ir deitar, Malfoy fez o mesmo, mas Potter como sempre faminto, decidiu ir comer. E ficamos só eu e Malfoy, entrei no meu quarto e ele até era parecido com o antigo. Tinha uma fênix enorme de pelúcia em meu quarto, adorei o bichinho. Sempre achei a fênix um animal fascinante.

Ia de roupa, mas já que não iria mais descer ao salão principal, resolvi que como Malfoy tinha ido dormir e Potter comer, eu podia tomar um banho, peguei minha toalha e fui para o banheiro.

Minha operação conquistar e seduzir o Malfoy começaria amanhã, mas era melhor pensar no que eu iria fazer primeiro.

Quando sai do banheiro, notei que não tinha pego minhas roupas, mas lembrei que não era necessário já que Potter demoraria muito comendo e eu tinha demorado tanto no banho.

Quando sai do banheiro, nada do Potter por perto, mas ouvi uma voz e virei-me imediatamente para trás.

– Uau Black. – comentou Malfoy.

A oportunidade perfeita, então pensei que poderia começar a operação desejo agora mesmo.

– Oi Malfoy. – falei enquanto me aproximava dele.

– Não faça isso Black, irá se arrepender.

– Não fazer o que, Malfoy? – me aproximei ainda mais para sussurrar em seu ouvido.

Estava encostando-o na parede, quando sussurrei em seu ouvido foi como se tivesse acordado algum tipo de fera dentro dele, ele me puxou pela cintura e trocou nossas posições. Achei que era melhor tomar o controle da situação novamente.

– Como você é ingênuo Malfoy. – falei, para logo depois dar uma risadinha. – Ah Malfoy. – sussurrei em seu ouvido.

– Não sabe onde está se metendo, Black. – ele respondeu.

– Acho que sei sim, e muito bem. – disse colocando minhas mãos nos botões de sua camisa. – Assim que você entender que quem manda aqui sou eu, a gente pode terminar essa conversa. – comentei, beijando seu pescoço e o pegando pela nuca, para logo depois soltá-lo.

Sai dali e voltei para meu quarto, me troquei e decidi voltar para sala. Estava lendo, quando Potter apareceu.

– Black, ainda não foi dormir?

– Está me vendo dormindo por acaso?

– Não seja grossa, só fiz uma pergunta.

– Na próxima, faça perguntas mais produtivas.

– Porque não foi comer? – ele perguntou.

– Não que seja da sua conta, mas estava muito ocupada transando com o Malfoy. – levantei-me do sofá e fui indo em direção ao quarto, olhei para trás e ele estava parado, estático e sem entender nada. – Mas obrigada pela preocupação.

Entrei em meu quarto e dormi tranquilamente, acordei meio atrasada no dia seguinte, me arrumei correndo e fui para minha aula de DCAT, corri o máximo que pude para tentar chegar a tempo, mas acabei chegando um pouco atrasada.

Bati na porta antes de entrar na sala.

– Desculpe professor. – perdoei-me.

– Tudo bem senhorita, ainda não começamos. – o professor me respondeu. – Hoje vamos continuar com o feitiço do patrono, podem fazer uma fila.

Fiquei em sexto lugar na fila, logo atrás de Albus. Ficamos conversando até que chegasse a nossa vez. Eu adorava patronos, eram como nossos defensores, os achei incrível desde que James e Scorpius nos mostraram os deles, assim que aprenderam. O de James era uma corça, já o de Scorpius um leão. Estava morrendo de curiosidade para saber qual seria o meu.

– Sua vez senhor Potter. – chamou o professor.

– Expecto Patronum. – ele gritou e um jato de luz saiu de sua varinha, transformando-se em uma águia.

Era tão bonito, voava como se fosse o próprio animal. E logo chegou a minha vez.

– Senhorita Black. – o professor me chamou, e meu estômago se embrulhou de imediato.

– Expecto Patronum – gritei e o mesmo aconteceu, um jato de luz prateado saiu de minha varinha e segundos depois lá estava uma linda fênix.

Depois dessa aula incrível o dia passou muito rápido, tinha dois períodos livres depois do almoço, então fui direto para a biblioteca, peguei alguns livros e fui para o loft. Quando entrei, dei de cara com Malfoy. Coloquei os livros em cima da mesa e sentei-me na poltrona.

– Está quente aqui, não acha? – perguntei, para logo depois tirar o cachecol e minha blusa de frio, ficando assim somente com a camisa e a saia do uniforme, abri uns três botões da camisa e soltei meu cabelo.

Enquanto fazia tudo isso, ele só me observava, até escutei ele dizer algo como “Que Merlin me ajude”, mas fingi não escutar e só sorri, levantei e fui até ele.

– Merlin não vai poder te ajudar com isso, Malfoy. Já que você se acha incrível, controle-se sozinho. – zombei, e em seguida desabotoei sua calça.

– Black, não faça isso, está brincando com fogo. – ele falou para em seguida se levantar e me pegar pela cintura, jogando-me contra a parede e me beijando.

Aquele sim era o beijo que eu queria, cheio de desejo e vontades, ele agarrou minha coxa e eu a entrelacei em sua perna. Ele parou o beijo e começou a beijar meu pescoço, sabia onde isso iria parar, mas era exatamente o que eu queria, que ele me amasse e então eu chutaria ele, assim como ele fez comigo.

Entramos no quarto e ele me jogou na cama, começou a tirar minha blusa e jogou-a longe, ficou me encarando como se não esperasse aquilo por baixo da roupa, como se nunca tivesse me visto de biquíni e nem nada do tipo. Ele voltou a me beijar, mas descontroladamente e eu fui tirando sua camisa botão por botão, ele começou a enlouquecer e arrancou a camisa dele, como se quisesse se livrar daquilo logo, puxou minha saia com força, que até chegou a machucar. Quando olhei novamente ele já estava só de cueca, e sua calça estava em cima do sofá do quarto, eu o olhei e sorri. Como se a cena dele ficando louca fosse engraçada, mas até que chegava a ser.

Nunca o vi tão descontrolado, coloquei minha mão em seus cabelos loiros e puxei seu rosto para mais perto do meu, enquanto minha outra mão passeava por suas costas. Ele gemia baixo, provavelmente para eu não escutar.

O enrolei o máximo que pude, para saber até que ponto ele chegaria. Ele voltou a me beijar, e foi fazendo um caminho de beijos pelo meu corpo, o virei na cama, ficando por cima.

– Malfoy, você ainda não entendeu não é? Nós só vamos terminar isso quando você finalmente aprender. – falei sussurrando em seu ouvido.

Me levantei da cama dele, fiz um feitiço para pegar minhas roupas, coloquei a saia e sai abotoando a camisa.

– Oi Potter. – cumprimentei-o.

O garoto ficou me olhando indignado, provavelmente por eu estar saindo do quarto do Malfoy quase nua. O encarei e me segurei para não rir.

Voltei para meu quarto e me vesti, fui pegar meus livros na sala e me deparei com o Potter do mesmo jeito que a alguns minutos atrás.

P.O.V. Scorpius Malfoy .

Ela saiu do meu quarto e eu fiquei completamente confuso, ela também parecia querer aquilo, tanto quanto eu. Não sabia o que eu estava fazendo comigo mesmo? Não pensei direito antes de agarrar ela, mas ela estava tão sexy que eu não me aguentei. Só tinha certeza de uma coisa, eu precisava de respostas.

Levantei-me e fui atrás dela. Sai do meu quarto e encontrei a Black pegando seus livros sobre a mesa de centro e o Potter parado encarando os seios dela. Não sei porque, mas fiquei com raiva de vê-lo a olhando daquele jeito.

– Potter, sai do transe. – gritei, estalando os dedos na frente dele e lhe dando uma tapa na testa.

– Oi, estou aqui. – ele disse, enquanto “acordava”.

– Parece que vocês nunca aprendem. – ela disse com uma risada debochada.

Quando mais eu a olhava mais entendia o porque de eu ter agarrado ela sem pensar em nada antes. Ela fica incrivelmente gostosa com o uniforme daquele jeito, o uniforme dela era todo colado ao corpo e a saia uns quatro dedos acima do joelho, ainda com aqueles botões abertos, foi quando entendi o porque de o Potter estar tão vidrado.

– Ei Malfoy, tá ai? – zombou Potter.

– Estávamos falando com você. – ela comentou, para rir logo em seguida.

– Sim, claro. – respondi.

– Bom, eu vou indo para a aula. – ela disse e foi saindo, mas antes de sair, quando passou por mim me deu um selinho, e então saiu. Fiquei surpreso, o que deu nela hoje?

– Pode começar a se explicar, Malfoy. – Potter resmungou.

– Explicar o que, Potter?

– Você sabe muito bem do que eu estou falando Malfoy, eu vi ela saindo praticamente nua do seu quarto.

– Mas isso é com ela, se ela saiu nua do meu quarto não é minha culpa.

– Malfoy, não me provoque. – o Potter berrou.

– Não estou te provocando, Potter, estou falando a verdade. Nem sei direito o que aconteceu pra eu agarrá-la.

– Agarrar ela? Você xinga ela, depois passa semanas sem trocar uma palavra com ela e agora vocês quase transam, e você vem dizer que não sabe como agarrou ela? – ele continuou berrando.

– Eu sei como agarrei ela Potter, obviamente com as mãos.

– Ah, Malfoy agora você vai ver. – ele gritou. – Alarte Ascendare! – ele exclamou e eu fui levantado no ar e cai no chão com um estrondo.

Aquilo foi realmente doloroso, mas mesmo assim me levantei e encarei-o.

– Everte Statum! – exclamei e ele foi jogado longe, enquanto dava piruetas no ar.

Potter se levantou e ele parecia estar cansado daquela briga, parecia querer mandar um feitiço que acabaria comigo rapidamente.

– Expelliarmus! – minha varinha saiu voando e fui jogado para trás.

Notei que Potter fez aquilo para que a briga chegasse ao fim. Só o que vi em seguida foi Isabella entrando na sala.

P.O.V. Isabella Black .

Sai do loft e encontrei Rose e Petter aos beijos no corridor.

– Haham.- gritei e os dois viraram assustados.

– Ai menina, que susto. – Petter berrou assustado.

– Sei que sou feia, mas não era pra se assustar tanto assim. – brinquei.

– Engraçadinha, o que faz aqui? – Rose perguntou.

– Ah, depois eu explico, preciso voltar, esqueci um livro. – disse e virei-me para voltar ao loft.

– Não senhorita, explica isso agora! – Rose gritou e eu dei risada, a curiosidade dela era a coisa mais engraçada do mundo.

Sentei-me no chão com os dois e expliquei tudo o que aconteceu desde que chegamos em Hogwarts.

– Nossa, ela só podia estar louca não é? – Rose perguntou e eu e Pett começamos a rir.

– Concordo, ela não pensou duas vezes e nem pediu nossa opinião. – comentei e os dois assentiram. – Preciso ir buscar meu livro, se não vou me atrasar pra aula, não demoro.

– Tudo bem, nós vamos descer também, temos aula de Trato das Criaturas Mágicas.

– Tá bem, se cuidem em. – zombei, dando uma piscadinha para Rose.

Voltei até o loft e quando passei pelo buraco do retrato vi a cena mais desagradável do mundo.

– Expelliarmus!- James gritou e Scorpius foi mandado para trás e sua varinha foi parar nas mãos de James.

– Mas o que é isso? – gritei e os dois me encararam. - Incarcereous!- exclamei e rapidamente eles foram presos por cordas.

– Tira isso de mim, eu quero matar ele, ele vai ver só, quero mandar um crucio nele, incendiar essa cara feia de doninha que ele tem. – James gritou.

– Isabella Black, me tire daqui agora! – Scorpius exigiu.

– Não até vocês me explicarem tudo. – berrei.

– Ele tá nervosinho porque eu quase transei com você e ele não. – zombou Scorpius.

– Nós não transamos e nem vamos transar, Scorpius. Eu fiz tudo aquilo sem pensar e foi mais pra te provocar . Para vocês saberem que quem manda aqui sou eu. – falei e os dois me encararam perplexos. - Levicorpus! – exclamei e em seguida eles foram levantados pelos calcanhares.

– Isso não é justo, me tira logo daqui. Eu mal consigo falar. – James disse exitante.

– Esse é o propósito, mas vou deixar mais fácil pra vocês. – comentei e dei minha risada maléfica. – Langlock! – pronunciei o feitiço e James calou-se com a língua grudada no céu da boca. – Meu papo aqui é com você.

– O que você quer? – Scorpius perguntou.

– Tá legal, eu cansei de brincar. Vocês dois me cansaram, um é um canalha e o outro um idiota. Vocês são uns trasgos, isso sim. – falei e os dois me olharam sem entender nada, Scorpius com a maior cara de tédio e James tentando puxar a língua do céu da boca. – Scorpius, eu estou cansada de brigar com você e de esconder o que eu sinto. James, você sempre me faz sofrer, não pode passar uma garota na sua frente que você já fica de olho, estou farta de brigar com você, quando você disse que me amava, eu pensei que tudo ia dar certo entre nós, mas não deu, e a culpa não foi minha. Tudo parecia tão bem, mas mesmo estando praticamente namorando comigo, olha pra bunda de qualquer uma e na maior cara de pau. Você me cansa e eu não aguento mais sofrer. – falei e ele assentiu com a cabeça. – Liberacorpus! – exclamei e James caiu no sofá. – Relaxo! – exclamei e as cordas dos dois se soltaram. – Finite Incantatem! – e a língua de James se soltou.

– Isa, eu entendi o quanto eu te fiz sofrer, e também cansei de brigar. Desse jeito eu vou acabar te perdendo de todos os modos possíveis, prefiro ter você como amiga do que não ter você. O que eu te disse não era mentira e você sabe disso, mas eu também acho que é melhor nós darmos um tempo, e tentarmos conviver com outras pessoas. Ás vezes não era mesmo para ser. – James argumentou e eu e Scorpius ficamos o olhando e esperando ele falar mais alguma coisa. – Ele também ama você, e eu sei que vocês serão muito felizes, não posso garantir que eu vá aceitar tudo isso logo de cara, mas vai passar. Você é minha irmãzinha agora. – James me abraçou e eu comecei a chorar, Scorpius parecia não entender nada do que eu estava acontecendo ali. – Melhor eu deixar vocês dois sozinhos, tem muito o que conversar. – ele falou, se levantou e foi para seu quarto.

Assim que ele saiu, achei melhor começar a explicar as coisas para Scorpius e pedir desculpas pelo o que fiz, e esperava que ele também pedisse pelo o que fez.

– Me desculpe, Scorp. Eu fiquei muito magoada com tudo o que você disse, mas depois de conversar algumas vezes com o Al, eu entendi o porque de tudo aquilo, entendi que você queria fugir do que sentia porque achou que era melhor pra mim, e confesso que foi. Quando percebi que você se preocupava mais comigo até do que com você mesmo... eu notei que mesmo depois de tudo eu me importo demais com você.

– Ah Isa, eu também peço desculpas por tudo, eu te disse coisas horríveis porque achei que era preciso, foi difícil pra mim, mas tenho certeza que foi bem pior pra você, esse tempo todo eu tentei esconder o que realmente sinto, e não percebi o enorme erro que eu estava cometendo, eu não preciso me esconder, todo mundo sabe o que eu sinto. – ele me abraçou, tirando-me do chão e me beijou. Um beijo doce, tranquilo, que era o que eu mais precisava depois daquela briga toda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Says Goodbye" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.