Love Says Goodbye escrita por Chars


Capítulo 2
The Hogwarts Express.


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooooooi meus bruxinhos e bruxinhas!
Parabéns a aquelas que retornaram a minha humilde loucura, quase normal!
Espero que tenham gostado da Introdução e que comecem a se apaixonar a partir desse capítulo, tanto pelos personagens, lindos, quanto pela história.
Deixem seus comentários para eu melhorar cada vez mais nos próximos capítulos, e me digam a hora que acham melhor para eu postar, ou se esse dia e hora esta bom para todos vocês. Gosto de conversar com meus leitores, acreditem!
Sorria, você está falando com a autora mais maluca do mundo!

Aproveitem mais um pouco destas doces aventuras românticas.



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Capítulo 01 - The Hogwarts Express.

Sempre fui a garotinha do papai, sempre tive tudo o que quis e confesso ter passado minha infância me aproveitando muito disso. Minha família sempre teve suas mordomias, a herança da família Black havia sido dividida entre nós e meu tio Harry, mas ele passou tudo para o nome do pai alegando que nós seriamos os únicos herdeiros. Fui criada junto com meu irmão e com todos os meus primos, nós já fazíamos parte da família Weasley.

Quando tudo começou eu era apenas criança, mas percebi ser diferente do meu pai e mais parecida do que eu pensava com a minha mãe. Não que eu não quisesse me parecer com a minha mãe, mas eu amava meu pai, por suas brincadeiras e trapaças no xadrez de bruxo.

Eu sempre soube que a minha mãe era uma bruxa, e que meu irmão mais velho Petter também era um. Mas sempre me imaginei como o meu pai, gostava de ser assim, mas quando descobri que podia fazer magia e quando percebi como aquilo era bom, fiquei muito empolgada em aprender mais, fiz meus pais comprarem livros e mais livros, acabei virando a minha madrinha Hermione. Eu estava realmente cada dia mais parecida com ela, e meu irmão Petter não estava nada feliz com isso, eu não ia mais para a casa da madrinha e nem para a casa dos meus avós, não queria sair, quase sempre ficava em casa com meus pais, o que antes era muito raro.

Meus pais gostavam que eu estudasse, mas também queriam que eu me divertisse.

Estava deitada em minha cama, lendo Hogwarts uma nova história por Filius Flitwick, quando Hermione entrou.

–Bom dia, minha linda. Já está lendo logo cedo? - ela disse, em tom suave.

– Ah, sim. Preciso me aprimorar mais nisso, quero entrar em Hogwarts semana que vem, com tudo na ponta da varinha. - e então lhe mandei um sorriso fraco.

– Oh, entendo. Mas querida você precisa sair um pouco, a vida não são só livros e mais livros. Rose está lá embaixo nos esperando, para irmos ao Beco Diagonal, comprarmos os materiais. Que tal?

– Oh. Está bem, vou me aprontar em um instante.

Ela saiu, e logo depois me arrumei correndo e desci. Quando estava nas escadas tive uma surpresa, daquelas bem ruins, pelo menos pra mim. Vi Albus , com aqueles lindos fios de cabelo preto tampando quase metade de seus olhos verdes , me olhando , como se nunca tivesse me visto , e sorrindo , -ah aquele sorriso – . Ao seu lado estavam Rose um pouco mais alta que ele, e James, que ficava cada vez mais bonito, esse jeitinho arrogante de olhar para as pessoas, mata qualquer um, seus cabelos curtos e levemente enrolados que deixavam seu rosto num formato perfeito. Me deixavam com receio de descer as escadas, mas tomei coragem e as desci, indo direto até Rose.

– Oi Ro! – cumprimentei-a

– Isa! – ela respondeu empolgada – Que saudades.

– É, digo o mesmo a você. - dei uma grande ênfase no você, para que eles entendessem que eu estava falando com ela, e que não havia sentido falta deles.

James me abraçou com força, enquanto Albus ficou me encarando como se eu estivesse com alface nos dentes.

– O que é isso garoto, tá maluco? Bebeu suco de abóbora estragado? – perguntei para James, perplexa com aquela intimidade toda.

– Tá mais pra poção do amor - Albus sussurrou .

Achei melhor ignorar seu comentário ridículo e continuei com a minha raiva.

– Pirou?

– Eu é que te pergunto, se te lançaram um Obliviate, e você esqueceu que nos existimos? – perguntou James, com seu tom insolente de sempre.

– Claro que não, mas estava meio ocupada por esses dias.

– Ocupada ou enfiada com a cara nos livros? - Petter falou descendo as escadas , com toda aquela sua típica arrogância.

– Agora que Petter desceu, nós podemos ir. Não iremos demorar Amy, vamos Arthuro? – disse tia Mione

Aparatamos assim que saímos de casa, aparecendo na frente das Gemilidades Weasley, com todo aquele barulho habitual do Beco Diagonal. Fomos então andando até a Floreios e Borrões, a minha loja favorita.

– Então está bem. Procurem seus materiais aqui, mas não demorem . Vou com Arthuro até a Loja de Caldeirões, e voltamos para cá num instante. Sem enrolar . - Mione falou e todos assentimos .

Assim que ela e papai saíram, fui procurar meus livros junto com Rose , mas ela teve de ir ao outro lado da loja procurar seus exemplares , por ela ser 2 anos mais velha do que eu, estava no 3º ano .

Me direcionei ao corredor de História da Magia , e lá tive a infelicidade de encontrar o cara de trasgo do pequeno Potter .

– Olá , trasgo. – comentei em tom zombeteiro.

Ele então permaneceu em silêncio, com cara de poucos amigos .

– É falta de educação, ficar sem responder alguém que lhe dá um olá . Principalmente se for uma conhecida . Sinto que sua mãe lhe ensinou isso, Gina não deixaria isso escapar . – disse irônica.

– Não , não deixaria . - James apareceu, com cara de menos amigos ainda .

O pequeno Potter então saiu. Nem imagino o por que mas provavelmente discutira com o irmão mais cedo .

– O que houve com vocês ? – perguntei sussurrando em seu ouvido para que o pequeno Potter não ouvisse nada.

– Não faça isso comigo. – respondeu ele, parecia nervoso.

– Não faça isso o que ?

– Não me pergunte sobre ele, brigamos feio ontem a noite. Mas eu precisava falar com você e não tem nada a ver com Albus.

–Você fala comigo? Sobre o que? – perguntei, um tanto insegura. Nunca imaginei que James Potter tivesse algo para conversar comigo, ou será que também não tinha a ver comigo?

Ele me encarou , ficando levemente vermelho e perguntou :

– Queria saber se sente alguma coisa pelo Albus. – falou vacilante, confesso eu fiquei meio que sem entender nada. - Você sente ?

Fiquei vermelha , deveria estar parecendo um pimentão , como ele pôde me perguntar algo assim , sei que só tenho 11 anos , tenho sentimentos , mas não sei se por Albus .

– Claro que não , como você pode imaginar uma coisa dessas ? Só temos onze anos. – respirei fundo. – Onze anos. – gritei.

– Isso não tem a ver com idade Isa e sim com maturidade para se sentir "amor" ou paixonite . Seja lá o que isso for . - ele disse, para logo depois se aproximar.

Entrei em choque , percebi o que estava prestes a acontecer ali , então corri .

O resto do dia correu rápido se comparado aquele momento .

Fomos as lojas, e por último as Gemilidades Weasley, passei tanto tempo admirando os vidrinhos de poção do amor, que sei que serei eternamente zoada por Rose. Logo depois fomos ao três vassouras, e voltamos para casa.

Chegando em casa , não consegui parar de pensar em como teria sido , ter meu primeiro beijo com James Potter , o garoto mais lindo e popular de Hogwarts . Parei e me desanimei , me perguntando por que eu havia fugido .

Os dias foram se passando , e então o grande dia finalmente chegou .

Logo me levantei , escovei meus dentes , me arrumei , terminei de colocar as coisas no malão e desci . Meus pais já estavam a minha espera ,como sempre só faltava o Petter .

Em seguida ele desceu , e aparatamos em King's Cross .

Fiquei tão contente em ver aquele lugar lindo outra vez , mas dessa vez eu iria entrar no trem. E estava tão empolgada.

Quando enfim atravessei a parede , para a plataforma , me senti desesperada para entrar no trem . Me despedi dos meus pais e fui em direção aos Potters, que também vinham a nosso encontro. Dei um abraço em Harry e Gina , e subimos , eu , James , Albus , Petter , Rose e Scorpius .

Scorpius conversava com todos nós, mas era bem mais próximo do pequeno Potter.

Enquanto procurávamos uma cabine vazia , todas olhavam vislumbradas para James .

Encontramos uma cabine, mas nos sentimos muito apertados ali, os garotos encontraram outra vazia ao lado, e ficamos eu e Rose em uma e os meninos em outra.

Mal encostei na cabine e peguei no sono, mais de uma hora havia se passado quando eu acordei, não me mexi, só abri os olhos. Ouvi uma batida na porta da cabine, que estava fechada, e Rose se levantou para abri-la.

– Rose pode nos dar uns minutos ? Preciso falar com ela . - disse James em um tom suave que eu nunca tinha ouvido.

Rose me olhou e eu assenti, ela curvou a boca em desagrado, mas saiu. James se sentou na minha frente, e eu me endireitei no banco, fixando o olhar no chão.

James em um gesto delicado , levantou a minha cabeça pelo queixo e me olhou fixamente , como se aquela fosse a última vez que ele fosse me ver . Eu fiquei parada ,sem reação . Não conseguia nem falar , acabei parando o olhar em seus lindos olhos castanhos esverdeados , e não resisti. Quase não resisti, ele foi se aproximando cada vez mais, quase colando nossos lábios, até que eu me toquei.

– O que quer ? - falei grosseiramente .

– Conversar.

– E o que acha que está fazendo agora ?

– Discutindo, pelo seu lado. Claro!

– Claro , sempre eu . Fale logo exatamente o que você quer tanto conversar comigo .

– O que aconteceu aquele dia na Floreios e Borrões pra você sair correndo daquele jeito ?

– Eu é que pergunto.

– Mas não fui eu que sai correndo! – ele falou em tom brincalhão.

– Você entendeu muito bem o que eu quis dizer com isso, não é um trasgo, ou é?

– Não se faz de boba. Eu estava somente perguntando se sentia alguma coisa por ele , pois ele sente algo por você .

– Ele o que? – gritei, e em segundos estava vermelha de vergonha novamente.

– Não sabia? Achei que soubesse , ele fala de você o tempo todo, e eu confesso que sentiria inveja se você sentisse algo por ele . - inveja como assim inveja? Fiquei chocada com o que acabara de ouvir , perplexa ,e em estado de Petrificus Totalus .

– Você está bem ? - ele perguntou, me olhando preocupado.

– Estou, só acho que não entendi direito. Inveja exatamente de que?

–É que se você também gostasse dele, ele poderia – ele se aproximou, chegou tão próximo a ponto de eu conseguir sentir seu cheiro de cereja e olhar fundo em seus olhos. Respirei fundo e me segurei para não fugir outra vez. – fazer isso. – ele terminou a frase, para logo em seguida me beijar.

Não sei explicar exatamente o que eu senti, era meu primeiro beijo. Meu primeiro beijo foi com James Potter, não conseguia acreditar. Senti sua mão se deslocar com a minha cintura, e do nada ele parou o beijo. Não consegui entender o porque, será que eu tinha feito algo errado? Tinha que me acalmar.

Ele se levantou e fechou a cortina da cabine, sentou-se ao meu lado e prosseguiu com o beijo, senti sua paixão naquele beijo, era mais intenso, ele voltou a mão na minha cintura e coloquei minhas mãos em sua nuca, acho que estava com medo de ele parar o beijo de novo.

Quando paramos o beijo, ele começou a rir, fiquei sem entender, mas então ele sorriu.

– Não sabe como eu queria fazer isso. – ele falou, ainda sorrindo.

– Não sei porque, você poderia beijar qualquer menina de Hogwarts, qualquer menina do mundo todo.

– Mas eu queria beijar você. Algum problema com isso? – falou em seu tom brincalhão de sempre, para cair na risada. – Não sei qual é o problema com vocês meninas, sempre acham que só porque o garoto pode escolher entre uma ou outra, ele pode escolher qualquer uma.

– Problema algum. – foi só o que eu disse. – Pode ir até a cabine de vocês chamar o Petter para mim? – fiz cara de cachorro sem dono e ele riu.

– Sério? Não quero ir, mas com você me olhando desse jeito eu não consigo.

Ele levantou, abriu as cortinas, a porta e saiu. Alguns minutos depois Petter entrou, parecia irritado.

– Porque você me acordou? – perguntou nervoso. – O que você quer? Eu estava dormindo.

– Cada um com seus problemas. – falei e ele me olhou com cara feia, mas depois me toquei que não deveria ter sido tão grossa, levando em conta que eu queria saber coisas.

– Grossa. Fala logo o que você quer.

– James me beijou. – soltei e ele me olhou perplexo.

– Ele fez o que? –ele berrou. – E eu achando que ele só falasse, que não fosse logo lascar um beijo em você.

– Ele não lascou um beijo em mim. – retruquei, e depois me liguei no que ele disse. – Como assim, achou que ele só falasse. Ele fala sobre mim?

– Ah... não. Isso não é nada. Vou ir bater um papo com ele, de grope pra grope.

– Ow doido, se toca. Tô aqui conversando com você, um papo sério, você não vai a lugar algum.

– Ah, vou sim. – afirmou ele.

– Não vai nada. – falei, e o puxei de volta para o banco. – Me explica agora que história é essa sobre ele ficar falando de mim.

– Como você é insistente.

– Sou mesmo e você deveria saber, se não falar eu vou continuar insistindo.

– Ele passou quase todo o tempo, dos dias que eu passei na casa dele, perguntando de você. Como você estava, essas coisas. Nada demais. – ele cerrou os punhos e eu dei risada. – Mas isso, por isso eu não esperava.

Ele se levantou e saiu da cabine resmungando, no mesmo momento que ele saiu Rose estava entrando.

– Eu ouvi direito? – ela perguntou, com aquela voz de zombaria.

– Acho que sim .

– Então meu primo te lascou mesmo um beijão ?

– Não foi bem assim, Ro.

Expliquei tudo a ela, com os mínimos detalhes. Ela ficou toda animada e brincando comigo, dizendo que eu seria sua prima. Quando chegamos a Hogwarts, eu e Albus fizemos o famoso trajeto pelo lago, enquanto os outros foram de carruagem.

Quando entramos no castelo fomos até o salão principal, meus olhos foram direto até o chapéu seletor, e a separação das casas começou.

Eu não sabia para onde queria ir, Rose é da corvinal, Scorpius, Petter e James são da Grifinória. Eu não me importaria de ficar em nenhuma das duas.

– Albus Severo Potter. – chamou o professor Neville. Albus foi até o chapéu, e não foi tão rápido quanto eu esperava que fosse, demorou um pouco para a escolha ser feita. Mas por fim, tivemos uma decisão.

– Grifinória. – gritou o chapéu.

Depois de um bom tempo, e muitos novos alunos, sentei-me no assustador banco. Professor Neville colocou o chapéu em minha cabeça e eu sorri, em menos de cinco segundos o chapéu berrou sua escolha.

– Grifinória. – e como de costume, todos na mesa da Grifinória entraram em comemoração.

Nos dias que seguiram, as aulas começaram e foram passando rapidamente. Minha aula favorita era de longe a de poções. Depois de alguns meses de aula percebi que não tinha tempo para namorar, mal tinha tempo para meus amigos.

Alguns anos se passaram desde a seleção das casas, eu e James nos afastamos um pouco, talvez por não sermos do mesmo ano e não termos as mesmas aulas, quase não nos víamos. Mas no dia que eu o vi beijando uma garota em frente ao lago negro, mesmo não tendo mais nada juntos, confesso ter ficado enciumada. Anos já haviam se passado, mas eu ainda me sentia a garota que tinha beijado James Potter.

Era estranho como de uns tempos para cá, estava vendo Albus com olhos diferentes, eu prestava muito mais atenção nele agora. Não que eu nunca tivesse reparado em seu cabelo bagunçado e bem escuro, e seu jeito bobo, mas nunca daquele jeito, sempre o vi como um pirralho mimado. Nunca reparei em seu lindo sorriso, suas leves covinhas e eu seus belos olhos verdes, acho que assim como a maioria das garotas de Hogwarts, eu só conseguia olhar para James.

Mas tinha que deixar todas essas descobertas de lado, fingir que nada disso passou pela minha cabeça. Tinha de me focar nos estudos, os N.O.M.S estavam chegando, já passava da segunda semana de aula do quinto ano. Mesmo tendo vaga ideia de que tiraria ótimo em tudo, não resistia em ir a biblioteca.

Acordei assustada em uma manhã, estava frio e o dia estava nublado. Levantei da cama em um pulo, resolvi falar com Rose sobre o pesadelo que havia tido. Tinha que ir até a torre da Corvinal, então coloquei meu uniforme e fui até lá correndo.

Rose estava sentada em sua cama, arrumando o cabelo e conversando com suas companheiras de quarto, Dominique e Lucy Weasley.

– Oi meninas. – cumprimentei-as, Lucy me encarou irritada, ela nunca gostou muito de mim, acho que sabia de meu passado com James, e é claro como a maioria das garotas, era louca por James.

– Oi Isa. – respondeu Dominique, amigavelmente.

– Oi Pirralha. – falou Lucy, irritadiça.

– Amiga, aconteceu alguma coisa? Tá pálida. – perguntou Rose.

– Um pesadelo, foi horrível.

– Pesadelos geralmente são assim, por isso não são chamado de sonhos. – resmungou Lucy.

– É, tive um pesadelo com essa sua cara de vaca. – retruquei, Rose deu uma risadinha, mas logo parou.

– Chega! Vocês duas nunca param? – falou Rose, nervosa.

– Podemos ir até meu dormitório? – perguntei a Rose.

– Claro. Vejo vocês mais tarde meninas. Na saída para Hogsmead? – falou Rose para as garotas.

– Sim. – responderam as duas juntas.

Saímos do quarto dela, e da torre da corvinal, fomos até meu quarto, conversamos, contei para ela sobre meu pesadelo, troquei de roupa e descemos para procurar algo para comer. James e Petter estavam sentados no sofá e assim que nos viram a conversa parou, foi instantâneo.

P.O.V. James Sirius Potter

Estava ansioso por esse final de semana em Hogsmead a tempos, tenho tudo preparado para o meu ataque, se não funcionar terei de recorrer a poção do amor que Fred me deu. Quando acordei hoje, tomei um rápido banho e desci as escadas procurando por Petter, que já tinha saído do quarto, o encontrei no sofá do salão comunal, me sentei a seu lado e começamos a conversar, sobre meus planos.

– Sei que você ainda não aprova muito meu lance com a sua irmã, mas vai ter que aceitar mais cedo ou mais tarde, se não for comigo será com outro, e se parar pra pensar comigo você ainda pode brigar e discutir sem medo.

– Já pensei nisso algumas vezes, não achei que fosse mais entrar nesse assunto, mas vamos lá. Ainda prefiro que ela fique com seu irmão, eles tem a mesma idade e seria tudo tão mais fácil e tranquilo para ela.

– Ela não gosta dele, e ele nunca vai gostar dela como eu gosto. – falei e ele riu.

– Nunca vai gostar dela como você? Tá de brincadeira não é, James? Desde quando você sente algo verdadeiro por alguém que não seja você mesmo?

– Desde o dia que a beijei pela primeira vez.

Ouvi passos e murmúrios, dei a conversa por encerrada para não discutir com Petter logo cedo. Olhei para as escadas para ver quem estava descendo e meus olhos encontraram os dela, nós não nos falávamos mais, não tínhamos tanta intimidade quanto anos, mas eu nunca deixei de pensar nela.

Ela e Rose estavam descendo as escadas, cochichando sobre algo para comer. Isa estava radiante, linda como sempre, seus cabelos castanhos, lisos com pontas cacheadas, todas as vezes que eu a via me segurava para não agarrá-la, para dizer a verdade, Petter me segurava.

Ela descia os degraus, mais eu conseguia ver dela. Estava ainda mais bonita, se é que isso era possível, seus cabelos compridos com sua franja presa, mostrando seu belo rosto, sua pele se misturava com a neve que caia pelas janelas ao seu lado. Ela estava com uma calça de moletom e uma blusa rosa clara que tinha um decote, o que só me provocava mais.

Comecei a morder os lábios, me segurando para não babar, Petter nem hesitou em me dar um tapa. Segundos depois, ouvi a voz dela perto o suficiente para que eu pudesse lhe beijar.

– James? – ela falou em tom suave. – James está ai? Está bem? – ela perguntou enquanto se inclinava, deixando seus seios um pouco mais a minha vista.

– An? – perguntei, voltando a prestar atenção no que ela dizia. A olhei de um jeito muito mais malicioso do que o normal, com muita vontade de agarrá-la.

Petter notou o jeito como eu estava, ele me conhecia melhor do que ninguém, e me segurou ajudando-me a levantar. Fiquei desapontado, estava tendo uma visão tão boa.

– Estou bem, obrigado. – agradeci a ela e ela assentiu.

– Tá legal, então vamos Ro?

– Ah, Isa espera um pouco. – falei e fui até ela que já estava quase perto da porta. – Pode me encontrar hoje nas Gemilidades Weasley? Umas três horas?

– Estranho, mas tudo bem. Até lá. – ela falou, pegou no braço de Rose e saiu do salão comunal.

P.O.V Isabella Black.

– O que será que ele quer comigo? – perguntei e Rose riu.

– Como quer que eu saiba? Devia perguntar ao seu irmão.

– Eu não, ele anda tão rabugento. – resmunguei e ela continuou a rir.

– Então vai continuar sem saber até ir falar com James.

– Ih, vai ficar rabugenta também?

– Não, só estou curiosa também e preocupada. Gemilidades Weasley não pode ser coisa muito boa.

– Foi exatamente o que eu pensei. – falei e ela assentiu, fomos até a cozinha e pegamos algo para comer com os elfos, e voltamos para a separação das torres, ainda comendo. – É melhor eu ir me arrumar logo, se não vamos nos atrasar.

– Melhor eu ir também. – ela disse, me abraçou e seguiu seu caminho para a torre da Corvinal. – Boa sorte.

Já passava das dez e meia da manhã e tínhamos de estar prontos para sair as onze, e eu ainda estava de moletom e nem tinha tomado banho. Tomei um banho correndo, coloquei um casaco um pouco mais comprido bege e cachecol da Grifinória, uma calça jeans e um all star branco.

Quando eu finalmente estava pronta, desci as escadas correndo e esbarrei com Scorpius no caminho. O garoto é um ano mais velho que eu, cabelo loiro, um metro e oitenta de altura, corpo definido e olhos bem cinzentos, que ficaram me encarando durante um bom tempo.

As coisas meio que pararam enquanto nos encarávamos, ele se levantou e estava prestes a me ajudar. Me estendeu a mão.

– Você está bem? – ele perguntou.

– Ah, estou sim. – respondi, ainda meio zonza. – Nunca tinha reparado o quanto seus olhos são bonitos. – falei e ele riu.

– Melhor te levar até a ala hospitalar, que você bateu a cabeça com muita força.

Demos uma risadinha juntos, e ele me pegou no colo como se eu fosse sua noiva depois do casamento, ele me olhou nos olhos, o que me deixou ainda mais pálida.

– Você está pálida – ele constatou.

– Sempre fui. – brinquei e ele riu.

– Mais do que o normal. – zombou, ainda rindo.

Quando chegamos a ala hospitalar, madame Patil veio nos atender.

– O que aconteceu com ela, senhor Malfoy? – perguntou.

– Tivemos um encontrão no salão comunal, ambos estavam correndo. Mas acho que ela bateu a cabeça com muita força no chão. – ele falou enquanto me olhava de cima a baixo.

– Eu estou bem, ele acha que bati a cabeça só porque disse a ele que seus olhos são bonitos. – falei nervosa.

– Tá bem, tá bem, já entendi. O problema aqui é psicológico, vou examiná-la e deixarei vocês a sós, mas pelo jeito vocês não poderão ir a Hogsmead hoje. – ela constatou.

– Tudo bem, vou avisar ao Albus o que aconteceu e pedir para ele avisar a diretora McGonagall que nós não vamos. – Scorpius falou a madame Patil, que assentiu.

– Mas não demore. – ela resmungou.

– Isso, não demore Malfoy. – resmunguei feito uma bêbada.

Enquanto madame Patil me examinava, não conseguia passar nem sequer um minuto sem pensar naqueles olhos cinzas, mas estava confusa, eles pareciam lindos e amáveis. Ele era o melhor amigo do Albus, que era o irmão de James. Só não entendia o porque eu estava pensando nisso, eu nunca teria nada com nenhum deles.

P.O.V Scorpius Malfoy.

Corri até o salão principal, como se a minha vida dependesse daquilo, chegando lá procurei por Albus, ele estava me esperando no canto.

– Me espere ai, eu preciso falar com a McGonagall

– Já estou esperando mesmo. – ele reclamou.

Corri até onde McGonagall estava.

– Diretora... diretora. – falei e ela me encarou, achando aquilo bem engraçado.

– Sim senhor Malfoy. O que deseja?

– A madame Patil me pediu para lhe avisar que eu e a senhorita Black não poderemos ir a Hogsmead hoje.

– Oh, aconteceu algo grave?

– Não senhora, nada grave.

– Então está bem, quando voltar procurarei vocês. – ela ficou me encarando e confesso ter ficado um pouco assustado. – Pode se retirar senhor Malfoy.

– Ah, claro. – falei e voltei a correr, para falar com Albus.

– Aleluia, vamos? – perguntou ele, em tom satisfatório.

– Não vou poder ir. Terei que ficar aqui, cuidando da Isabella. Ordens da madame Patil. – falei e ele fez cara feia.

– Como assim? – berrou. – Já avisou isso ao Petter?

– Tinha esperança de que fizesse isso por mim. – falei e sai andando. – Obrigado.

Voltei a correr para voltar a ala hospitalar e ver como ela estava. Chegando lá a vi tentando fugir. Nunca reparei nela direito, provavelmente pelo fato de James, e principalmente Albus, gostarem dela. Mas agora conseguia entender um pouco do porque eles gostavam tanto dela. Era engraçada, conversava bem e era realmente muito bonita.

P.O.V. Isabella Patroni Black .

Estava tentando me levantar para fugir daquele lugar, odeio a ala hospitalar, aquela coisa sem cor e sem vida. Quando vi Scorpius entrando, me assustei e tentei voltar correndo para a cama, fingindo não ter acontecido nada.

– O que você pensa que está fazendo mocinha? – ele perguntou, parecendo meu pai falando.

– Nada, eu estava só esperando você voltar, sentadinha aqui. – falei e ele riu

– Sei, tenho cara de bobo? – ele perguntou e eu ri. – Melhor não responder. E a madame Patil, onde está?

– Já saiu, ela tinha umas coisas para resolver, ela me disse que estou bem, mas que era melhor eu te esperar chegar e ficar aqui esperando a diretora.

– Concordo com ela, ficarei aqui com você está bem?

– Ótimo, um guarda costas. – resmunguei o fazendo rir.

– Vamos chamar de amigo. – ele falou e eu ri.

– Só? – perguntei e ele cerrou os olhos me encarando.

– Está muito assanhada, não acha não?

– Eu? Mas é claro que não. – brinquei e ele riu.

Estava sentado no sofá, próximo da cama, me olhando com um olhar calmo, seus olhos límpidos me fazendo sorrir.

– Está olhando o que? – ele perguntou.

– Nada e você? – retruquei.

– Eu estou olhando você.

– Porque? Nunca me viu?

– Já, só nunca reparei em você desse jeito.

– Ah, você é homem não é? E já que está aqui, posso te perguntar uma coisa.

– Que bom que reparou que sou homem. – ele falou rindo. – Pode perguntar sim.

– O que o Albus vi na Regina? – perguntei e ele me olhou confuso.

– Regina? – ele parecia não saber do que eu estava falando.

P.O.V. Scorpius Malfoy .

Regina? Do que é que ela estava falando? O que ela quis dizer com aquilo? Será que ela não sabe que ele ainda é louco por ela? Tudo bem, ele realmente está ficando com a Regina. Achei melhor não falar nada, e fingir que Albus realmente gosta da Regina, porque foi o que ele me disse, e eu fingi acreditar.

– Ah, claro. Regina, a ficante dele. – dei risada e ela me olhou sem entender. – Não sei ao certo o que ele vê nela, você é muito melhor do que ela.

– Pois é, eu também acho. – ela brincou e eu sorri.

P.O.V . Isabella Black .

E foi então que minha ficha caiu, ela sempre demorava.

– Você me acha melhor que ela? Porque?

– Você é linda e engraçada, ela é só uma garota arrogante e metida. – ele falou, meio vacilante.

– Linda eu? – perguntei, ficando vermelha de vergonha.

– É, linda. – ele gaguejou.

– Hum... obrigada, você também não fica muito atrás.

– O que?

– Nada não. – respondi o fazendo rir.

As horas foram passando, conversa vai, conversa vem, conversando sobre coisas bobas. Diretora McGonagall tinha nos mandado de volta para a torre da grifinória e ficamos no salão comunal conversando. Nós éramos praticamente os únicos ali, tirando o pessoal do segundo ano que ficava entrando e saindo. Passamos a tarde toda conversando.

– Que horas são Scorpius? – perguntei.

– Faltam dez minutos para as três da tarde. Eles já devem estar se preparando para voltar, porque?

– Ah... Por nada, essa era a hora que eu deveria encontrar com o James.

– Ver o James? Pra que? – ele perguntou, com uma careta bem feia.

– Ele que pediu para me encontrar, espero que alguém tenha o avisado.

– Provavelmente seu irmão o avisou.

P.O.V James Sirius Potter .

Albus me contou o que aconteceu com Isa, não consegui entender o porque do Scorpius ter ficado lá com ela, comprei algumas coisas que ela gosta para a deixar feliz, deve estar chateada por não ter vindo, ela adora Hogsmead e não pôde vir. Meus planos também foram por água a baixo, mas eu ainda vou conseguir beijá-la novamente.

P.O.V. Scorpius Malfoy .

Ficamos conversando até todos chegarem, nunca pensei que iria gostar tanto de conversar com uma garota, que conseguiria conversar sobre qualquer coisa, acho que ela era diferente. Quando ela começava a sorrir eu não conseguia me conter, aquele sorriso perfeito, aquele rosto e seu jeito. Fui chegando mais perto dela para conseguir chegar onde eu queria, ela se aproximou e pude sentir seu perfume de morango. Seu hálito de menta refrescante, e sem pensar em mais nada eu a beijei, e segundos depois me liguei que não devia ter feito aquilo, sou o melhor amigo do Albus, até aquele momento. Mesmo que ele não admitisse eu sabia o quanto ele gostava dela. Mas não me arrependo, foi o melhor beijo que já dei até hoje, foi como se meus pensamentos sobre qualquer outra pessoa do universo tivessem sido apagados naquele instante. Que só restávamos nós, até que alguém passou pelo retrato.

P.O.V Isabella Black .

Eu estava aos beijos com Malfoy, eu sentia como se fosse saltar em cima dele e agarrá-lo, e foi o que fiz, o peguei pela nuca e cheguei o mais perto possível. Dei beijos em seu pescoço, quanto mais eu o beijava mais eu o queria. Coloquei minhas mãos nele, tirando suas blusas de frio, quando ele estava só de camiseta coloquei as minhas mãos por baixo e o arranhei, ele começou a dar beijinhos no meu pescoço me fazendo arrepiar, mordia minha orelha demonstrando que também queria aquilo.

Até que alguém entrou pelo buraco do retrato, e deu de cara com aquela cena.


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Notas finais do capítulo

Agora sim, nos vemos só na semana que vem com o segundo capítulo.
Espero que tenham gostado do capítulo e que tenha esclarecido algumas coisinhas da introdução.
Qualquer pergunta, erro de gramática ou concordância não proposital me avisem, que eu corrijo o mais rápido possível. E qualquer duvida é só perguntar que estou sempre a disposição!

Um big beijo para todos e até semana que vem, com mais uma parte dessa doce loucura romântica!



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