Feérico escrita por Hoshi


Capítulo 2
Mas




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Quando fiz 18 anos(há 2 meses) não pedi presente de aniversário, por dois motivos:

1°- Odeio aniversários

2° - Passei anos pedindo o mesmo presente e ele não veio.

Não vejo graça cantar uma música ridícula e ganhar presentes, porque estou ficando mais velho, mais próximo de morrer.

* * *

Hoje acordei com a claridade do sol nos meus olhos. Lembrei do que estava ocorrendo. Um sorriso aparece em meu rosto. Passei a mão na janela do meu quarto, um tanto empoeirada. Oito anos sem morar ninguém aqui, meio difícil se manter limpa.

Aos dez anos me mudei com minha familia do bairro do Limoeiro. Ontem voltamos. Meu pai recebeu uma proposta para trabalhar dois anos em Florianópolis, Santa Catarina, porque essa unidade da empresa estava quase falindo ele disse que nós voltáva-mos. O período alongou-se, mas nós voltamos...

* * *

Acordei com o barulho do despertador no meu ouvido. Fui direto ao banheiro. Não queria chegar atrasado logo no primeiro dia de aula, para mim. Sim, porque estou entrando depois das férias de julho. E todo mundo se conhecia e só eu não. Tudo bem que eu já conhecia um amigo...

* * *

Estava andando distraido com o Cascão (quando eu soube que voltaria ao bairro, eu consegui o contato do Cascão e falei a ele. Consegui me matricular na mesma escola que ele). De repente sinto esbarar com alguém e um monte de livros cair em cima de mim.Ajudo a levantar uma garota.

– Ô garoto não preciso da sua ajuda não, ta?Olha por onde anda!- Ela fala gritando

– Olha você!- Grito também

–Ai! Saí da minha frente! Quem você pensa que é? Vá se ferrar!

– Também te amo!- Falo irônicamente.

Passado o ocorrido pergunto ao Cascão:

–Quem era a estressadinha, em?

Ele olha para trás.

– Ela é Mônica.

– Até que é gatinha, viu?

–Se eu fosse você não caia nessa.

–Por que?

– A garota é estranha. Ela é agrssiva, brigona, e ela sempre mata aula para viajar e depois volta. E aliás...

"Isso está interessante..." pensei.

O Cascão me orientou sobre os locais da escola, até chegarmos na sala de aula.

Uns dez minutos depois, uma moça baixinha, com cabelo castanho entrou. Supus ser a professora de Português, com ele havia me dito.

–Bom dia classe! Espero que tenham voltados com super energia das férias de julho. Ah! Quero apresentar para vocês o novo aluno: Cebola.

Que raiva me deu quando ela fez isso. Odeio apresentações, e a professora faz isso na frente da classe inteira. Me deu vontade de me encolher na cadeira, mas eu apenas fiquei parado esperando ela retornar a falar.

–Cebola? Cruzes! Isso lá é nome de gente?

Me virei para trás e eis minha surpresa: a garota com quem esbarrei estava lá.

* * *

Prestei o máximo de atenção nas 4 aulas seguintes, mas, por alguma razão, a garota ficou na minha cabeça.

TRIIM

Era o sinal do intervalo.

Sentei numa mesa junto ao Cascão. Senti que quando nos falamos ele estava mudado. Estava mais calado, diferente, sei lá. Esperava que ele me contasse. Pensei em coisas que ele poderia ficar assim. Término de namoro, separação dos pais, nota ruim, recuperação... Ele não disse nada, então relaxei, vai ver não era nada. Só impressão minha.

Quando me dei conta que estava sendo observado por um olhar ameaçador da tal Mônica. Aí comecei a olhar sorrindo para ela. Ela então desviou.Isso a inrritava.

* * *

Fui para casa muito cansado. O ritimo era puxado, entãon peguei o caderno do Cascão para estudar.

Cheguei em casa morto de fome, abrindo as panelas, Encontro um bilhete em cima da mesa.

Filho,

Eu e sei pai, saímos. A Maria saí ás 18:00, então vamos pegá-la. Tem lasanha dentro do forno.

Bjs

l l

U

Almocei, fiz dever de casa e resolvi TV. Nada de bom. Dei um cochilo e quando acordei, ninguém tinha chego. Jantei e fui dormir.

Quando acordei percebi que estava atrasado. Me vesti rapidamente, peguei minha mochila e saí, ignorando minha mãe quando ela perguntou se eu iria tomar café.

Cheguei na escola segundos antes da professora de História entrar.

–Olá alunos! Como eu havia dito antes das férias, vamos começar nosso trabalho que dará a vocês uma viajem a Paris. Vocês farão um trabalho em grupo. O tema é Revolução Francesa. Em cada grupo terá no máximo 4 integrantes e no mínimo 3. Cebola, você pega mais informações com seu grupo, está bem?

Assenti rápidamente.

–Vou agora sortear os grupos.

Escutei vários murmurinhos "nossa", "que legal", "é mesmo".

–Silêncio pessoal!-Pediu a professora-Bom o primeiro grupo tem os seguintes membros.... Ana, Maria Cassandra, Titi, João.

Escutei uns gritinhos histéricos.

–O segundo será....

E assim ela foi falando . Até que chegou o meu grupo, o último.

–E por último, os alunos Cebola, Mônica e Cascão.

– O QUÊ??-Grita Mônica.-Ô professora, não dá pra trocar de grupo, não?

– Não, Mônica. Bom pessoal, o esboço do trabalho deverá ser entregue em duas semanas. Por isso apressem-se. O trabalho pronto mesmo, deverá ser entregue no dia 23/10. Esses 15 minutos restantes ficam para vocês combinarem o que vão fazer.

Me virei para o Cascão.

– E aí o que vamos fazer?

Vi que ele olhava para Mônica que vinha em nossa direção.

–Olha só, povão, só vou fazer essa droga de trabalho para a viajem, ok?

–Todos nós queridinha.-falei e ela se inrritou

–Se liga ô Cebola azeda! Não sou boa em ideias, nem apresentar.

–Hum...Na verdade, eu também.-O Cascão falou.

–Não olhem para mim!-Protestei.-Eu é que não vou apresentar!

– E se nós fizéssemos um video? Seria mais fácil e ninguém precisaria apresentar.

– Boa Cascão esse é o espírito!-Falei animadamente

–Aí! Pra mim tanto faz! Só vamos fazer direito.-Falou Mônica

–Tá. O mais importante: Quando vamos nos encontrar? E onde?

–Bom podemos nos encontrar na praça, no sábado pela manhã. Tipo 10 horas...

–Tá pode ser.

* * *

Fiquei até um pouco mais tarde no colégio, pegando livros na biblioteca. Para minha surpresa encontro com a Mônica.

– Nossa! Não sabia que ficava até mais tarde no colégio.

– Nossa! Não é da sua conta!- Ela falou tentando imitar a minha voz

–Você é sempre tão gentil assim?

Ela olhou para mim. No fundo dos meus olhos. Depois desviou. Ela hesitou para responder.

–O que você quer garoto?

–Nada de mais. Uma conversa, um beijo...

–Saí pra lá! Tenho mais o que fazer!

E ela saiu.

–Garota, garota! Você ainda me mata!-Gritei.

Ela virou-se para trás e sorriu.

Poderia até ler seus pensamentos.

"Não duvide,garoto!Não duvide"


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Notas finais do capítulo

Nosso primeiro capítulo!
Desculpe se tiver erros ortográficos, e postarei o capítulo dois logo, logo.

Beijokas da Pietra



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