08/03/2038

Estávamos caminhando a alguns minutos em silencio, estava me perguntando por que o tal de Hal estar me ajudando, ele nem me conhecia, se é que isso não importava já que nem eu sabia direito, a única coisa de que me lembro era de... De ter acordado no meio de um monte de arvores, não conseguia me lembrar de nada antes e isso me intrigava. Quem quer que tenha feito isso conosco iria pagar, com certeza havia mais pessoas por aí que precisavam sobreviver.

Hal estava caminhando na minha frente e parecia muito tenso olhei para suas cicatrizes e me perguntei: como ele as havia conseguido em tão pouco tempo?

Como que lendo a minha mente ele disse:

–Garoto quer saber como eu ganhei essas cicatrizes?

O fato dele me chamar de garoto me incomodava, mas nem eu sabia meu próprio nome, então deixei quieto.

–Adoraria saber – respondi.

–Eu “apareci” em um local bem alto e frio, uma montanha, como não me lembrava de nada chequei os meus bolsos para ver se tinha alguma coisa que me fizesse lembrar e só achei o bilhete. O mesmo que você estava lendo antes de salvar sua vida – ele estava começando a ficar tenso – Quando tirei o papel do bolso três aranhas gigantes apareceram, fui tomado pelo medo, uma delas pulou e pegou o papel da minha mão a outra pulou em cima de mim e quase acertou meu pescoço, mas desviei da mordida e ela rasgou meu queixo – ele apontou para a cicatriz – consegui me livrar, porem a única coisa que recuperei do bilhete foi a parte que dizia “Seu nome é: Hal”, fiquei com muita raiva e descontei naquelas aranhas infernais, matei todas e elas consegui apenas uma linha como se fosse barbante, não sabia o que fazer com aquilo até começar a bater na arvore, estava com MUITA raiva, a arvore quebrou e consegui a madeira que usei para fazer esse arco, depois peguei pedras e penas para fazer essas flechas e por fim caminhei até ver a construção que te falei, o resto você já sabe.

– Parece até que o bilhete é amaldiçoado. – falei.

– Bom que tal descobrir seu nome agora garoto?

– Tem certeza? – tinha a impressão de que não era uma boa idéia

– Tenho – ele suspirou – olha garoto se eu não pude ler o meu isso não quer disser que você não deva ler o seu.

Ele tinha razão, eu tinha que descobrir a minha identidade, peguei o bilhete do bolso e comecei a ler, ainda caminhado, de onde tinha parado:

Você foi um de muitos gamers que escolheram jogar o Minecraft no dia 07/03/2039, eu sou Herobrine e programei todos os consoles RV para que apagassem a memória dos jogadores nessa data e iniciasse o jogo.

Seu nome é: Steve.

Sua missão e a de todos os outros gamers são: Me derrotar em minha caçada atrás de vocês.

Se falhar: caso eu me aposse do corpo de algum de vocês a pessoa continuará viva até que eu troque de corpo, caso o contrario a pessoa vai morrer aqui e na vida real.

Boa sorte, vai precisar.

Me virei aterrorizado para Hal e as palavras pularam da minha boca:

– Cara! Fomos pegos em um jogo da morte.