Generation escrita por Suzanna


Capítulo 52
Generation II - "Salvá-la"


Notas iniciais do capítulo

Bom... Sei que já está repetitivo os motivos pelo qual estou demorando de postar, porém agora surgiu mais um. Estou trabalhando! Mas quero que saibam que toda vez que eu tinha um tempinho, eu digitava no word, ansiosa para escrever o capitulo e postar para vocês.

Só quero agradecer pelo carinho e compreensão e mais uma vez, me perdoem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609303/chapter/52


(...) Então venha, eu preciso de você! - Angel Louis.

 

— Ok. Mas, em troca eu quero a Angel!— Responde.

 

Cameron desliga a chamada furiosamente e começa a catar as roupas pelo chão. Engulo em seco e imito sua ação.

— Aonde pensa que vai? – Ele pergunta. Paro para olhá-lo e vejo sua expressão confusa.

— Você ouviu o que Jonathan disse. – Resmungo vestindo minha roupa intima. — Vou com você ajudar sua mãe.

— Ouvi o que ele disse. – Rebate. — E é por isso mesmo que você não vai á lugar nenhum. – Diz autoritário.

— Como é que é?

— É isso mesmo, Angel. – Abro a boca, mas sou interrompida. — Vou resolver isso sozinho e do meu jeito.

— Igual resolveu antes? – Quase grito.

— Só não deu certo por que você descobriu e nós dois nos deixamos recair. – Devolve no mesmo tom. Sorrio falsa.

— Você sempre quer sair como herói, não é? – Provoco-o. — Sabe que sou o único meio de ajudar sua mãe e mesmo assim insiste em querer fazer as coisas do seu jeito. – Grito furiosamente, ele passa as mãos pelos cabelos.

— E você sempre insiste em não pensar nas coisas. – Devolve. — Acha mesmo que vai ser a solução dos problemas, se entregar ao Jonathan? – Veste a camisa. — Então ótimo... Vai lá, faz isso. – Me dás costas e começa a se afastar.

Ele resmunga algo irritadamente e sai do salão me deixando sozinha e arrasada. Grito tentando aliviar o sentimento ruim que há dentro de mim e sinto uma lágrima escorrer dos meus olhos. Minha respiração pesa e meu coração.  Eu preciso fazer algo, não posso deixar as coisas desse jeito. Passo as mãos pelos cabelos e volto a vestir o restante de minha roupa. Pego minha bolsa no chão e tiro meu celular de dentro da mesma. Desbloqueio e digito o número.

 

Angel? – Depois de três toques a voz soa do outro lado da linha.

 

— Quero que me leve até seu papaizinho.— Digo impaciente.

 

— Do que...

 

— Nem pense em fazer teatrinho.— Interrompo-o. — Estou no colégio te aguardando.

 

PVD CAMERON DALLAS

Estaciono a moto de qualquer jeito na garagem de casa e pulo de cima da mesma. Corro para dentro de casa, olhando todos os cantos da mesma. A cozinha está vazia e silenciosa, a sala não está diferente, corro escada acima e adentro o quarto de minha mãe, ela não está. Dou meia volta e atravesso a porta do quarto de Wendy sem bater, respiro aliviado quando a vejo na cama brincando com seus ursos de pelúcia. Ela me olha assustada.

— Graças a Deus! – Corro em sua direção e a puxo para um abraço.

— To chateada. – Sussurra me fazendo rir um pouco e esquecer-me do resto dos problemas. — O papai levou a mamãe para passear e disse que eu não podia ir. – A raiva volta  a tomar-me conta.

— Filho de uma puta!

— Também tá chateado? – Pergunta assustada.

— Olha meu anjo, eu vou te levar para casa de uma amiga minha, ela disse que tem um monte de bonecas para você brincar. – Minto. — Você vai ficar lá até a mamãe voltar e eu resolver uns problemas, tá bom? – Ela assente.

Levanto-me e caminho até seu armário, pego uma mochila e coloco algumas roupas, brinquedos e coisas que ela mais usa no dia á dia. Aproximo-me novamente dela e pego-a no colo. Ela agarra seu macaquinho de pelúcia e se abraça a mim. Saio do quarto e vou até meu quarto, pego dinheiro e um pedaço de papel aonde anoto um endereço de parentes próximos. Saio do meu quarto e desço as escadas. Pego as chaves do carro de cima da mesa de centro e caminho em direção à garagem. Abro a porta traseira, coloco a mochila na poltrona e Wendy na cadeirinha. Fecho a porta e sigo para o lado do motorista. Coloco o cinto e dou partida no veiculo.

***

Toco a campainha freneticamente enquanto olho ao redor. Wendy mantem sua cabeça deitada sobre meu ombro e posso sentir seu coração acelerar cada vez mais. Ela mal sabe o que está acontecendo, mas parece que sente que as coisas não estão bem. A porta enfim de abre e eu suspiro aliviado.

— Cameron? – Rosie surge na mesma, olhando confusa para Wendy. A mesma levanta a cabeça e devolve o olhar.

— Rosie, eu preciso de sua ajuda! – Resmungo e ela me dá passagem para que eu entre.

— O que houve? – Pergunta enquanto coloco Wendy no chão e me abaixo em sua altura. Ela treme assustada.

— Preciso que fique com Wendy por algumas horas... – Engulo em seco.

— Tudo bem.

— Ou até horas. – Completo. Ela arregala os olhos. — Aconteceu o que mais temíamos. – Explico. — Ele descobriu.

— Ah meu Deus! – Ofega se abaixando na altura de Wendy. — Tudo bem Princesa? – Pergunta disfarçando a tensão. Wendy assente e agarra meu braço, amedrontada. — Não tenha medo, sou a tia Rosie. – Estende a mão.

— Cumprimente ela, Wendy. – Digo e a pequena estende a mão, segurando a mão de Rosie.

— Vamos brincar muito, não vamos? – Rosie pergunta e Wendy assente sorrindo fraco, um pouco tímida.

— Então você pode ficar com ela? – Pergunto esperançoso.

— Posso. – Responde. — Só não te garanto ficar por dias por causa dos meus pais. – Assinto entendendo sua situação. — Onde está Angel? – Pergunta demonstrando preocupação.

— Deixei-a no colégio. – Bufo. — Ela queria ir comigo e se entregar a ele em troca da liberdade de minha mãe.

— A mamãe vai demorar? – Wendy pergunta prestando atenção em nossa conversa.

— Não meu amor. – Respondo sorrindo para tranquiliza-la. — Eu tenho que ir, mas eu volto logo, tá bom?

— Tá. – Sorrio e puxo-a para um abraço.

— A tia Rosie vai levar seu irmão lá fora e já vem. – Rosie diz se levantando. — Pode brincar ali no sofá. – Wendy assente e corre com sua mochila para cima do sofá.

— Rosie, muito obrigado! – Agradeço quando já estamos fora de sua casa.

— Não se preocupe, ela estará segura aqui. – Tranquiliza-me.

— Tome. – Pego o dinheiro e o endereço de dentro do bolso. — Se caso acontecer algo, quero que mande Wendy para este endereço. – Rosie pega tudo de minha mão. — São os parentes que temos mais contato. – Concluo.

— Cameron, não irá acontecer nada. – Rosie diz e quase não vejo confiança em suas palavras.

— Tenho que ir. – Respiro fundo. — Obrigado mais uma vez. Devo-te mais essa. – Ela sorri fracamente e me assusto quando ela pula em meus braços e me dá um abraço apertado.

— Boa sorte e tome cuidado! – Retribuo seu abraço e assinto.

PVD ANGEL LOUIS

— Angel, eu...

— Cala essa boca e me leva até seu pai de uma vez. – Grito com Sammy enquanto ele dirige em direção á um lugar totalmente abandonado e feio. Sinto meu corpo estremecer, mas não demonstro o medo.

— Quero que saiba que gosto de você de verdade e me arrependo de ter entrado nessa. – Diz me fazendo rir.

— E eu quero que saiba que se não precisasse de você para chegar no Jonathan, eu teria te matado agora mesmo.

— Entendo sua raiva.

— Raiva, nojo, pena. – Suspiro. — Você não sabe quanto sentimentos nojentos eu tenho de você. – Completo.

— Tenta me entender. – Implora. — Essa mulher matou minha mãe, eu tinha que vingar de alguma maneira.

— Quem matou sua mãe foi seu próprio pai, seu idiota. – Grito furiosamente.

— Você não sabe de nada! – Sammy grita. Parece que pisei em seu ponto fraco. — Quer saber, você merece tudo que está acontecendo. Enganou-me, fingiu que gostava de mim enquanto se esfregava com Cameron, vocês dois se merecem. Você é igualzinha à mãe dele. – Olha-me com nojo. — Uma vadia!

— Vou lhe mostrar a vadia. – Grito soltando meu cinto e voando em cima dele, desferindo tapas em seu rosto.

— Para com isso. – Grita tirando as mãos do volante e tentando em conter. — Vai nos matar, sua idiota!

— Ótimo. – Grito unhando seu rosto. Ela leva a mão até o lugar machucado e senti o sangue escorrer. Vejo uma nuvem negra tomar conta de seus olhos e de repente sinto meu corpo cair para o lado e minha cabeça bater em algo duro.

— Durma bem, sua... – É a ultima coisa que escuto até minhas vistas escurecerem e eu perder todos os sentidos.

***

Abro os olhos e percebo minha visão turva. Fecho os olhos novamente e sinto minha cabeça latejar. Esforço-me um pouco e abro novamente meus olhos, pisco algumas vezes e aos poucos minha visão vai voltando ao normal. Olho em volta e noto uma escada, paredes sujas e cheias de teias de aranha, uma mesa velha e sinto um odor terrível tomar conta de meu nariz. Estou sentada no chão de um porão? As memórias voltam em minha mente.

A ligação de Jonathan, a mãe de Cameron, a briga com Sammy e a escuridão...

— Então a minha linda princesinha resolveu acordar? – Uma voz desperta meus pensamentos. Jonathan desce as escadas, sorrindo vitorioso. — Desculpe não ter te colocado em um lugar com condições melhores, mas eu prometo que logo, logo, estará em uma cama de rainha, comigo ao seu lado. – Aproxima-se.

— Eu nunca dormirei contigo. – Cuspo no chão. — Tenho nojo de você! – Ele gargalha e se abaixa na minha altura.

— Infelizmente aqui você não tem que querer minha linda! – Aproxima sua mão do meu rosto, tento me afastar e só então percebo que estou amarrada nas mãos e pés. — Não sabe o quanto te desejo desde que te vi. – Toca meu rosto, fecho os olhos com nojo. — Esse corpinho magnifico nesse vestidinho lindo. – Desce sua mão pelo meu pescoço até o meio dos meus seios. — Cameron foi um cara de sorte em tê-la, porém agora é minha vez de...

— Pai, o que está fazendo? – Ouço a voz de Sammy e abro os olhos, rapidamente. Ele nos olha, surpreso.

— Eu não disse que quando eu estiver aqui embaixo, era pra você não descer? – Jonathan se levanta furioso.

— Disse.

— Então porque desceu? – Grita.

— Preciso que me diga onde quer que eu deixe a mãe do Cameron. – Responde baixo e com medo. Olho para Sammy quase pedindo socorro e ele devolve o olhar com uma mistura de sentimentos.

— Eu já volto minha linda. – Jonathan diz me olhando como um leão faminto. Estremeço. — Vamos seu imbecil. Conversamos sobre isso lá encima. – Ele sobe as escadas puxando Sammy para cima e fechando a porta.

Meu Deus! Aonde vim parar? Eu preciso sair daqui. Olho em volta a procura de algum sinal de luz e o desespero toma conta de mim assim como a escuridão toma conta do espaço abafado, sujo e fedido. Cameron me ajude!

PVD CAMERON DALLAS

Faz mais de uma hora que rodo com o carro por todos os cantos mais prováveis da cidade e nenhum sinal de que Jonathan passou por aqui e nenhum vestígio da minha mãe. Bufo e bato com as mãos no volante do carro. O sentimento ruim cresce em meu peito e a sensação de que as coisas vão piorar me tomam. Eu juro que quando eu encontra-lo, eu vou mata-lo! Ligo o veiculo e começo mais uma vez a rodar pelo bairro a procura de sinais.

Meus olhos se deparam com uma mulher que caminha perdida pelo parque. Meu coração se enche de esperança e eu freio o carro rapidamente, desligo o mesmo e desço. Corro em direção a mesma e sorrio quando percebo os cabelos castanhos bagunçados, os olhos tristes e a roupa amarrotada.

— Mãe? – Grito chamando sua atenção. Ela me olha assustada e corre em minha direção. Abro os braços e recebo seu abraço apertado e amedrontado.

— Filho... – Ela diz em meio aos soluços.

— Está tudo bem agora. – Resmungo. — Ah meu Deus, nem acredito que te achei. Eu estava morrendo de...

— Eu não sei por que eles me soltaram. – Ela diz afastando-se e me olhando nos olhos. — Eles amarraram uma venda em meus olhos, me trouxeram até aqui e me deixaram. – Explica.

— Ah meu Deus. – Ofego. — Será que...

Meu celular vibra no bolso, rapidamente levo a mão até o mesmo e o pego. Vejo o nome de Jonathan reluzir na tela.

 

— Feliz em ter a mamãe de volta?— Jonathan pergunta assim que atendo. Minha mãe me olha assustada.

 

— Por que a libertou?— Pergunto com mau pressentimento.

 

— Agora entendo por que é tão viciado na sua namoradinha. — Diz me fazendo estremecer. — Ela é muito gostosa.

 

— O que você fez com Angel?— Grito.

 

— Adivinha?— Gargalha. — Ah que delicia.— Geme. — Tira sua mão de mim!— Ouço Angel gritar.

 

— Jonathan, se tocar nela, eu vou lhe matar.— Grito sentindo toda a raiva me dominar.

 

— Tarde demais!— Ele gargalha e desliga a chamada.

— DROGA! – Grito me aproximando a arvore e socando a mesma. — Eu juro que vou matar aquele filho da puta!

— O que aconteceu? – Minha mãe pergunta nervosa.

— Angel está nas mãos dele. – Respondo deixando uma lágrima escapar. — Eu preciso salvá-la. – Soco a arvore.

PVD ANGEL LOUIS

— Tire sua mão imunda de mim! – Grito enquanto Jonathan puxa meu vestido para cima e prende-o em meus braços, fazendo com que o mesmo tape meus olhos.

— Calma minha linda. – Diz. — Só estava brincando com o Cameron. Agora que a diversão vai começar de verdade. – Sinto sua mão deslizar pelo meu corpo coberto apenas pela, lingerie preta que vesti pela manhã.

— Eu tenho nojo de você!

— Você é uma delicia sabia? – Sinto sua mão repousar sobre meu peito e apertar o mesmo. Meu estômago se revira e uma enorme vontade de chorar toma conta de mim. Imagino-me como minha mãe passou nas mãos do pai de Cameron. — Vamos registrar esse momento tão lindo para meu enteado. – Ouço gargalhar. — Afinal é a ultima vez que ele vai te ver assim. – Ouço o som de um click de uma câmera.

— Você é doente!

— Por você! – Diz sadicamente. — Prontinho mensagem enviada. Agora vamos ao que interessa. – Ouço o som de um zíper se abrindo e de um cinto caindo no chão. Estremeço.

PVD CAMERON DALLAS

— O que vai fazer filho? – Minha mãe pergunta enquanto lhe entrego dinheiro e um papel com o endereço de Rosie para que pegue Wendy.

— Vou atrás dele no inferno. – Respondo me aproximando dela e beijando sua testa. — Fique em segurança!

— Como vai acha-lo? – Pergunta.

— Para achar a cobra sempre siga seu filhote. – Resmungo lhe dando as costas e adentrando o carro. Assim que vou dá partida, meu celular vibra novamente e eu o alcanço rapidamente de dentro do bolso da calça.

Minha respiração se corta e meu coração acelera de raiva assim que vejo a mensagem. Há uma foto de Angel deitada no chão sujo, com os braços e pés amarrados, uma venda nos olhos e o pior... O corpo vestido apenas na lingerie preta.

“Obrigado pelo presente, querido enteado. Olha só que visão mais linda que posso degustar. Pena que para você será a ultima vez.”

P.S – Vou torna-la minha – J.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E agora? O que será que Cameron irá fazer?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Generation" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.