Generation escrita por Suzanna
__ Esquece isso, Angel! – a voz de Rosie me despertou.
__ Me sinto uma idiota por me sentir culpada dele saber... – resmunguei de cabeça baixa, era intervalo e eu dava graças á deus por está livre de seus olhos escuros que me secaram a aula inteira.
__ Pense pelo lado bom... – ela disse me fazendo fita-la de cenho franzido, que lado bom?!__ Você está namorando um tremendo de um gato! – completou sorrindo maliciosa.
Bufei cansada e olhos azuis vieram em minha mente – Phoebe –:
__ Phoebe já sabe? – perguntei.
__ Você não contou? – devolveu a pergunta.
__ Não. Pensei que você tinha contado! – rebati.
__ Eu? – perguntou alarmada. __ Fracamente Angel, esse assunto não me pertence. Você... Que tem que contar! - disse apontando para mim.
__ Isso se Nick já não tiver feito meu trabalho... – resmunguei juntamente com um suspiro e me levantei indo á procura da garota.
Andei pelos corredores fitando cada canto com vestígios dela, mas nada:
__ Me deixou esperando no quarto aquele dia. Terá que me compensar... – uma voz feminina veio de dentro da sala onde á porta não estava totalmente fechada.
__ Foi mal! Eu não estava no clima de festa... – agora uma voz masculina e que eu conhecia de algum lugar. __ Mas, como posso lhe ajudar? – concluiu no tom malicioso entre risos e então eu soube quem era.
__ Ás oito hoje em meu quarto, sem desculpas... – a voz feminina disse.
Idiota! Por que eu olhara pela fresta?! Lá estava ele sentado na mesa com Melissa entre suas pernas, acariciando seu rosto:
__ Sem desculpas! – ele disse sorrindo e então seus olhos rodaram pela sala, parando justamente na porta.
Meu coração parecia querer voar de dentro de mim, seus olhos escuros demonstravam o quanto ele falava sério com as palavras – você será do Nicolas – e confirmavam meu – você será da Melissa – molhei os lábios, nervosa e engoli em seco. Seus olhos voltaram para a garota em sua frente e então sua mão seguiu para cintura da mesma, puxando seus lábios para os seus. Fechei os olhos e impedi as lágrimas. Foco Angel, foco!
Sai dali sentindo o ciúme rasgar meu peito e meus sentidos voltarem para Phoebe e como ela reagiria ao saber:
__ Nicolas, você não á ama! – outra oz feminina que eu conhecia bem gritou de outra sala.
Caralho, hoje ás salas estão boas para papo:
__ Eu decido quem eu amo ou não, Phoebe. – a voz de Nicolas soou.
__ Não. Seu coração quem decide! – ela rebateu.
__ O que quer dizer com isso? – perguntou. __ Que eu amo você? – completou soltando um riso sarcástico.
__ Vai negar? – ela devolveu.
__ Fracamente Phoebe, eu e você, nós somos passado. Você fez com que isso acontecesse, ou se esqueceu do grande pé na bunda que você me deu? – disse irritado.
__ Eu já te expliquei! – ela disse num tom baixo.
__ E eu já entendi! – rebateu.
__ E vai continuar enganando a Angel? – perguntou.
__ Não estou enganando ninguém, Tonkin! – bufou Nicolas.
E antes que eu pudesse sair dali, a porta se abriu revelando Nicolas, que me fitou assustado e abriu a boca na intensão de dizer algo:
__ Nicolas, vol... – gritou mais parou quando me viu. __ Angel? – perguntou assustada. Não, papai Noel!
Girei os calcanhares e sai dali. Eu estava irritada, não por eles estarem juntos numa sala, sozinhos. E sim pelo fato deles estar falando de mim e Phoebe se referir á mim como uma garota ingênua e que está criando fantasia nesse namoro de merda, que simplesmente Nicolas está comigo para esquecê-la.
Adentrei a minha sala feito um jato e peguei minhas coisas sobre a minha carteira, coloquei a bolsa sobre o ombro e voltei para porta, abrindo-a e me batendo de frente com um peitoral maravilhoso e com aquele perfume inebriante. Subi o olhar e encontrei a escuridão mais linda de todo o mundo:
__ Fugindo de alguém, Louis? – perguntou irônico, nem parecia o Cameron de ontem e o de hoje mais cedo, tão sensível.
__ Apenas precisando pensar, Dallas! – rebati desviando de seu corpo, mais ele se pôs em minha frente e manteve um sorriso torto nos lábios.
__ Nos erros? – perguntou pondo as mãos nos bolsos, se escorando na soleira da porta e tomando todo o espaço, sem me deixar sair.
__ Por que não vai cuidar do fogo que sua namorada tem debaixo das pernas, hein? – perguntei irritada e ele riu debochado.
__ Está com ciúmes? – perguntou convencido. __ Sabia que é feio ouvir por de trás da porta?! – completou tocando meu rosto, mas, retirei sua mão.
__ Sai da minha frente, Cameron! – ignorei seu comentário.
__ Ok. Mas só para você se sentir melhor... – ele começou se aproximando do meu rosto. __ Meu corpo pode está sendo dela, mais meu coração... – ele se aproximou mais, eu já podia sentir seu hálito quente. __ É seu! – e saiu.
E então eu congelei o vendo sumir no corredor...
*...*
Deitada em minha cama eu abraçando meu travesseiro enquanto pensava em tudo que havia acontecido e as palavras do garoto voltavam em minha mente como cola – meu coração... É seu! – Caralho, por que ele tinha que ser tão provocante e bipolar?!
__ Eu nem vou perguntar de quem são essas roupas... – minha mãe adentrou meu quarto me assustando com as palavras – sabia que até de moletom você fica sexy?! – era o moletom dele o qual ela falava.
__ Você deve imaginar... – resmunguei enquanto ela caminhava para fora do meu quarto. __ Mãe? – chamei e ela me fitou interrogativa.
__ Como saber que estamos apaixonadas? – perguntei em sussurro e ela se sentou na cama próxima mim.
__ Cameron? – ela perguntou me fazendo fita-la surpresa, ela havia gravado o nome dele.
__ É complicado... – suspirei. __ Só vivemos brigando feito cão e gato e ele é um tremendo bipolar, provocador que diz coisas bonitas e me faz bem mais que logo depois esquece o cavalheirismo e se torna grosso, além de se perder nos braços de uma vadia e eu estou namorando o Nicolas, mas há o fato da Phoebe e o Nick terem um passado que insiste em voltar e também eu não... – disparei nas palavras e logo travei.
__ Você não o ama! – ela disse confiante. __ Filha, esse negocio de amor é complicado, é a única coisa da qual não podemos nos proteger de sofrer, quando encontramos um amor temos que dá valor a ele e não deixar escapar. Nosso coração não escolhe á quem amar, então... Se, ama o Cameron não há porque insistir em amar outro! Eu já te contei como eu e seu pai éramos. – ela falando parecia tão fácil, mas não era.
__ E se ele não sentir o mesmo? Quero dizer... Ele tem, namorada e ela é igual a ele, popular, linda e... – ela me interrompera.
__ O que vale em uma mulher é o caráter e isso aqui... – ela disse apontando para meu coração, se levantando, depositando um beijo em minha testa e saindo do quarto
Phoebe estava errada, não era somente o Nick que estava me enganando, eu também estava.
*...*
“Angel, por favor, fala comigo!” – Nick.
“Angel, me desculpa...” – Phoebe.
Suspirei irritada e comecei a digitar:
“Me pega em meia hora, Nick!” – Angel.
“Conversamos depois, Phoebe.” – Angel.
Joguei o celular sobre a cama e fui para o banheiro, tomei um banho quente e voltei para o quarto enrolada em minha toalha, fitei as roupas que minha mãe havia deixado sobre a cadeira de meu quarto e me aproximei pegando o moletom preto nas mãos.
__ Maldito seja, Cameron... – resmunguei sozinha e levei o mesmo até o nariz, ainda tinha seu cheiro adocicado e ao mesmo tempo tão masculino.
Fechei os olhos deixando minha mente me trair - meu corpo pode está sendo dela, mais meu coração... É seu! – o pior é que parece que o meu também é seu. Idiota! Joguei a roupa de volta na cadeira e tratei de vestir um short claro, uma regata branca e uma jaqueta rosa bebê por cima. Armei meus cabelos em um coque feito de trança e passei uma básica maquiagem, calcei meu avance preto, peguei meu celular e joguei dentro da bolsa. Sai do quarto.
__ Aonde vai? – perguntou minha mãe surgindo da cozinha enquanto eu pegava minhas chaves na mesa de centro e as colocava dentro da bolsa.
__ Nicolas está vindo me buscar... – respondi caminhando para porta.
__ Angel... – ela chamou autoritária, me virei á fitando. __ Esqueceu-se do que seu pai disso?! C-a-s-t-i-g-o! – soletrou me fazendo bufar.
__ Não, não esqueci! – resmunguei.
__ Que ótimo. – disse sorrindo. __ Volte para o quarto! – completou voltando para a cozinha e eu a segui.
__ Mãe, eu prometo não demorar. Só... Só preciso conversar com ele depois de tudo que a senhora me disse hoje no quarto. – expliquei.
__ E não pode deixar para amanhã? – perguntou enquanto remexia nos armários á procura de algo.
__ A senhora me conhece, não dormirei enquanto não resolver! – respondi.
Ela suspirou se dando por vencida:
__ Volte antes das cinco, seu pai chegará cinco e meia. – ela disse, eu sorri assentindo e sai de casa antes que ela se arrependesse.
Esperei por longos dez minutos em frente á minha casa até que vi seu carro parando na calçada e antes mesmo dele descer, corri em sua direção e adentrei o veiculo. Ele me olhou assustado, mas logo sorriu se aproximando de meu rosto:
__ Vamos sair daqui logo! – desviei de seu rosto e me mantive concentrada no para-brisa, de forma nada agradável.
*...*
A casa do Nicolas era enorme, dava-se para montar um labirinto dentro dela com tanto cômodos, estávamos no jardim atrás de sua casa já que eu não estava muito á vontade em ficar em seu quarto, estávamos somente nós dois, ele disse que seus pais estavam trabalhando e Katy estava por ai. O fato de ele morar ao lado do Cameron me incomodava, dava-se para ver sua piscina daqui e as memorias voltavam em minha mente quando passei os olhos pela cerca branca.
__ Ei... – Nick chamou minha atenção ao mesmo tempo em que estralou, os dedos em frente ao meu rosto.
__ Oi! – respondi voltando minha atenção para seus olhos, estávamos sentados na grama um de frente para o outro.
__ Podemos conversar agora? – perguntou coçando á nuca.
__ Sim... – respondi com um leve suspiro.
__ Sei que está com raiva por hoje mais cedo e... – a partir desse momento eu não ouvi mais nada a não ser os gritinhos finos e eufóricos que vinham da piscina ao lado.
__ Caralho! Dallas e Lloyd parecem que nunca viram uma piscina... – disse Nicolas se levantando. __ Quanto escândalo! – bufou indo até a cerca que separava ambas as casas.
Sem pensar duas vezes, me levantei e o segui, me mantendo um pouco afastada, sem querer ser vista por eles:
__ Parece que as coisas andam agitadas por ai! – a voz do Nick soou maliciosa.
__ Ele me deve isso, não é amor?! – Melissa respondeu ainda mais maliciosa e eu já tinha me aproximado da cerca me deparando com a cena mais ridícula, Melissa se mantinha presa pelos braços do garoto, na borda da piscina.
E então seus olhos escuros encontraram os meus e sua expressão passou á ser como a minha de antes, decepcionada:
__ Vejo que também está aproveitando, Steele! – debochou Melissa.
__ Nem, Lloyd. Estávamos apenas conversando... – disse Nick.
E meus olhos continuavam presos á aquela escuridão:
__ Nick... – chamei-o desviando meu olhar para o seu. __ Vamos terminar nossa conversa no quarto! – completei de um modo mais sapeca e sorrindo.
__ Ok. – respondeu o garoto sorrindo.
__ Vou entrar, está fazendo frio aqui fora! – pude ouvir Cameron dizer antes de me virar e adentrar a casa do Nicolas.
*...*
__ Então? – perguntou Nick, estávamos sentados na cama novamente um de frente para o outro.
__ Chega de papo, não acha?! – eu disse o puxando pela gola da camisa e colando nossos lábios em um beijo feroz.
Ele caiu por cima de meu corpo como se fosse, em câmera lenta, posicionou as mãos na cama á cada lado de minha cabeça e me deixou envolver as pernas em sua cintura e as mãos em seu pescoço. Sua língua invadia minha boca como se necessitasse daquilo há dias e eu o mesmo fazia. Ele colou o cotovelo na cama, colando ainda mais nossos corpos, enquanto sua outra mão desceu para minha cintura. Subi minhas mãos para seus cabelos e os puxei lentamente, arrancando um abafado gemido do garoto. Sua mão tocou minha barriga por dentro da blusa e eu pude sentir seu volume pressionar contra minha coxa. Ele levantou me puxando consigo e arrancando minha jaqueta. Voltou a nos deitar e passou a beijar meu pescoço, descendo sua mão para minhas coxas e apertando-as...
__ Ei, Nicolas... – a voz sarcástica adentrou o quarto e a porta se abriu revelando seus olhos castanhos impressionados e seu sorriso torto.
O garoto saiu de cima de mim e se sentou na cama, recuperando o folego:
__ Como entrou aqui, Dallas? – perguntou Nick enquanto eu me levantava e ajeitava a roupa.
__ Melissa teve que ir embora, estava me sentindo sozinho então vim ficar com vocês. Entrei pelos fundos, aquela cerca é muito baixa! – respondeu Cameron debochado se jogando na cadeira ali perto e remexendo nos CDs do Nicolas.
E aqui estou eu controlando a respiração enquanto ele me queima com os olhos e mantem o sorriso de – não os deixarei á sós nem um segundo –.
(...) Mas no fim, você sabe que a gente se pertence.
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