Generation escrita por Suzanna
__ Em primeiro lugar eu queria me desculpar por está te pressionando tanto... – ele disse envergonhado coçando á nuca.
__ E em segundo, eu fiquei preocupado com você, você sumiu ontem e não respondeu minhas mensagens! – ele disse recolando às mãos dentro dos bolsos, estávamos do lado de fora de casa, estava realmente frio.
__ E oque te levou á achar que está me pressionando? – perguntei.
__ O fato de você ter fugido de mim ontem, é o único e mais obvio! – respondeu sorrindo irônico, eu suspirei e assenti envergonhada.
__ Eu não fugi, pelo menos, de você não, mas sim de mim! – suspirei novamente.
__ Quer dizer, você me pegou de surpresa com a proposta de namoro... Eu nunca imaginei, afinal ficamos somente algumas vezes e eu não sabia oque te responder ontem. – falei abaixando á cabeça, eu estava mentindo, no fundo eu estava mesmo fugindo dele, dele e de mim.
__ Era só me dizer, Angel. Você está agindo como se eu tivesse te pedido em casamento! – disse rindo debochado e passando as mãos pelos cabelos.
__ Isso não é... Tá bom, eu estou agindo sim! – bufei o fazendo rir mais ainda.
__ Bom... Eu acho que também me precipitei. – disse parando o riso.
E foi ai que minha mente resolveu me trair – Amanhã você voltara ser da Melissa – quando eu disse isso ele não fez questão de negar, apenas – E você do Nicolas! – disse isso. Talvez eu devesse mesmo ser dele, talvez eu devesse esquecer esse dia!
__ Não... – resmunguei, ele me olhou confuso e franziu o cenho.
__ Você não se precipitou... Eu aceito namorar contigo! – conclui sorrindo meiga.
__ Mas, você acabou de dizer que não sabia e... – ele começara mais eu o cortara.
__ Esqueça oque eu disse antes. Eu aceito! – falei me aproximando dele, segurando sua nuca e selando minha boca na dele, ele levou ás mãos até minha cintura e me colou mais em seu corpo.
Minha mente tornara á me trair – Só quero que saiba que foi o melhor dia da minha vida! – e então descolei minha boca da do garoto:
__ Acho que não tenho mais o que argumentar... – disse sorrindo e eu devolvi o sorriso. Ele me observou por uns segundos e segurou o moletom que estava em meu corpo.
__ Eu conheço esse moletom! –exclamou olhando-me de forma desconfiada.
__ É do Luke, hm... Você deve ter visto ele vestido nele no colégio. – menti sorrindo nervosa.
__ É... Acho que sim! – disse alisando meus cabelos.
__ Nick, nós nos falamos amanhã? Eu estou cansada! – perguntei me soltando dele e me afastando um pouco.
__ Claro, mas... Ainda não me disse onde estava. – cruzou os braços.
__ Ah eu... Eu estava na casa do Luke. – procurei uma mentira, tamanha verdade quando dizem que quando começamos á mentir não conseguimos parar mais.
__ Ah. Então... Até amanha, namorada! – disse rindo e me puxando pela cintura de volta para perto de seu corpo.
__ Até... Namorado! – quase não sai, ele sorriu e selou um selinho em meus lábios.
*...*
Havia acabado te tomar um banho gelado e vestir uma roupa para dormir, mas eu já esperava pela aparição da minha mãe, o – Você me explica depois – deixou isso bem claro. Joguei-me na cama observando á tela do meu celular, havia vinte e duas chamadas não atendidas, quatro delas eram da Rosie, duas da Phoebe, uma do Luke e do Pedro e as outras meus pais e Nick, sem contas as dez mensagens.
__ Agora podemos conversar sem interrupções! – a voz da minha mãe soou por todo quarto e chegou á mim, me causando calafrios.
Ela fechou á porta e se aproximou, sentando-se na cama:
__ Onde estava? Com quem estava? E oque estava fazendo? – perguntou tirando o celular de minhas mãos.
__ Eu... – comecei mais eu fui interrompida.
__ E sem mentiras, Angel Louis! Nem Sophie sabia onde você estava. – ela resmungou com o dedo indicador remexendo e os olhos fechados, eu odiava quando ela falava com as mãos e quando pronunciava meu nome todo.
__ Na casa de um amigo e eu não estava fazendo nada... De mais! – respondi depois de um suspiro cansado.
__ Que amigo? Eu quero nomes, Angel. – disse num tom irritado.
__ Aquele que veio me trazer no dia da festa de volta ás aulas. – respondi.
__ Eu disse nomes... – exasperou.
__ CAMERON DALLAS! – gritei assustada.
__ E porque não nos atendeu? Viu quantas vezes ligamos?! – perguntou sem dar á mínima para o nome dele.
__ Eu não vi o celular tocar... Foi mal! – sussurrei me sentando e abraçando os joelhos.
__ Foi péssimo. Você imagina como seu pai está?! – disse me repreendendo.
__ Imagino! – resmunguei.
__ Pois nem queira ver... Ele não será tão xoxo com você assim como estou sendo. – ela disse me causando ainda mais medo.
__ Você não está ajudando... – bufei.
__ E quem disse que quero ajudar?! Dessa vez, você merece mesmo essa regulagem. – disse se levantando da cama e indo até á porta.
__ E meu celular? – perguntei, ela ainda segurava meu aparelho.
__ Hoje ele é meu... – respondeu saindo do quarto e fechando á porta atrás de si.
Droga, Angel! Você só faz besteira...
A porta se abriu novamente e o rosto da minha querida tia Sophie, ela me fitou interrogativa e depois fitou o corredor, passou pela porta e fechou á mesma:
__ Onde se meteu? – perguntou correndo para cima de minha cama.
__ Se tivesse ficado comigo na festa, saberia! – respondi ríspida me levantando da cama e indo até o armário.
__ Ah, Angel. Não me culpe! Eu somente queria te deixar sozinha com aquele Deus grego moreno... – disse maliciosa enquanto eu revirava meu armário.
__ Eu não te pedi isso, pedi? – perguntei encarando-a.
__ Nem precisava... – resmungou de volta.
__ Ok Sophie. Se, quer tanto saber... Eu estava com ele! – respondi e senti os olhos dela queimarem sobre minha pele, fitei-a interrogativa e vi seu sorriso malicioso.
__ Não me diga que... – ela travou.
__ Oque?! Não... – exasperei. Ela estava achando que eu e ele, nós...
__ E oque fez o dia inteiro com ele? – perguntou desconfiada.
__ Nada do que sua cabecinha maliciosa está pensando... – resmunguei achando oque eu tanto queria no armário, meu mp3.
__ E pensar que eu e os outros te procuramos feitos loucos, enquanto você se divertia com aquele delicia... Eu devia imaginar! – ela disse maliciosa se deitando na cama e encarando o teto.
__ Não fizeram mais do que obrigação, afinal vocês me arrastaram para essa porcaria de festa. – exclamei irritada.
__ Fora obrigada e fora a que mais se divertiu! – rebateu me olhando de canto de olho e me lançando seu maldito sorriso pervertido.
__ Pode acreditar que não... Eu prefiro esquecer que esse dia aconteceu. – sussurrei pondo meus fones e a deixando com cara de confusa.
*...*
__ Está de castigo. De casa para colégio e de colégio para casa! – disse meu pai exasperado, invadindo meu quarto e puxando meus fones.
__ Por quanto tempo? – perguntei murcha.
__ Não interessa. Até segunda ordem! – respondeu me olhando decepcionado.
__ E nada de festas. Só sairá de casa se for por caso de emergência. – concluiu saindo do quarto e me deixando totalmente arrependida.
Joguei a cabeça para trás e soquei o colchão de olhos fechados:
“Seus lábios roçaram nos meus, sem beijar-me, ele estava provocando, levei minha mão rapidamente para sua nuca e puxei seus cabelos obrigando-o a me beijar, ele arfou ofegante e selou nossos lábios, sua língua pediu passagem e eu cedi fazendo com que nossas línguas travassem uma batalha por espaço, mordisquei seu lábio inferior e sua mão apertou minha cintura seguindo para as costas, meu corpo foi se deitando sobre o colchão e ele se deitando sobre mim, automaticamente minhas pernas se abriram dando espaço para ele ficar entre o meio delas.”
DROGA, DALLAS! SAI DOS MEUS PENSAMENTOS.
*...*
Meu despertador tocou, trazendo-me de volta á realidade. Levantei-me antes que minha mãe viesse me obrigar á isso ou meu pai gritasse assustando até os vizinhos. Andei em passos lentos até o armário e separei uma calça jeans azul com rasgos no joelho, uma regata branca, uma jaqueta preta e coloquei tudo sobre á cama. Arrastei-me até o banheiro e fechei á porta do mesmo. Retirei minhas roupas e adentrei o chuveiro quente, o inverno ainda estava sobre Londres, só não estava tão intenso. Enrolei-me em uma toalha e sai do banheiro, indo até á cama. Vesti peça por peça e calcei minhas inseparáveis botas de cano médio e saltos plataforma, fiz uma maquiagem e penteei os cabelos, os deixando soltos. Peguei minha bolsa, passei perfume e sai do quarto.
__ Posso ter meu celular de volta? – perguntei assim que me sentei á mesa e encarei meus pais juntamente com Sophie tomando café em silencio.
__ No colégio lhe entrego! – disse minha mãe mandando-me um sorriso irônico.
Bufei irritada e me levantei da mesma:
__ Tome seu café! – disse meu pai sem me encarar.
__ Não obrigada! – exclamei.
__ Eu disse... Tome. Seu. Café! – repetiu dessa vez me encarando e fazendo pausas amedrontadoras, voltei á me sentar e beberiquei do café que estava na xícara.
*...*
E como sempre... Nada de calça para Rosie! Lá vinha ela vestida em uma saia volante cinza, um moletom por dentro da mesma, que cobria suas mãos, saltos pretos e cabelos ao vento. Ela adentrou o carro e me mandou o olhar mortal de quem estava com raiva e eu revirei os olhos ao mesmo tempo em que dava de ombros.
Quando minha mãe estacionou o carro em frente á escola, ela me entregou enfim meu celular, e ambas, eu e Rosie descemos do veiculo, a vendo sumir na estrada.
__ Oque?! – perguntei sentindo os olhos da garota em mim.
__ Oque? Você me pergunta oque? – ela bufou.
__ Você sumiu desde sábado na festa, não atendeu o celular e ignorou minhas mensagens. Você ainda pergunta... Oque?! – concluiu irritada.
__ Se eu bem me lembro, na festa de volta ás aulas eu pedi para não me abandonarem de novo e o que fizeram?! Rosie, eu não tenho culpa! – respondi suspirando.
__ E a culpada sou eu e os outros?! Caramba, Angel. Nós simplesmente demos espaço para vê se você e esse idiota lindo do Cameron se resolviam logo, não para você sumir no mapa e esquecer que há pessoas que se importam contigo. – ela disse ainda mais irritada.
__ Eu concordo com ela! – a voz de Luke soou e fitei-o vindo em nossa direção juntamente com Pedro e Phoebe.
__ Vocês me abandonaram... De novo! Eu só acabei bebendo demais e sendo resgatada pelo idiota do Dallas. – expliquei colocando as mãos dentro dos bolsos traseiros da calça.
__ Como assim resgatada? – perguntou Phoebe.
__ Ele me encontrou caída na cozinha e bêbada... – expliquei e logo ouvi as gargalhadas deles.
__ O cara com certeza terá boas lembranças de você no futuro! – debochou Pedro.
__ Isso não tem graça, Reynolds! – bufei.
__ Não, não tem. Mas, agora diz... Porque não nos atendeu? – perguntou Luke.
__ Eu mal sabia onde estava quem diria o celular. – respondi suspirando cansada.
E eu tive que contar tudo para eles, tirando os detalhes mais sórdidos como tentar transar com o Cameron, beija-lo e quase transar com ele depois do efeito da bebida ter ido embora e numa pequena casa na arvore. Eles riram necas de mim e o sinal tocou nos levando para sala, resmungando. Parei Rosie na porta da sala, antes de entrarmos e deixei os outros entrarem...
__ O que foi? – perguntou.
__ Não contei uma coisa... – resmunguei.
__ O que? – arqueou as sobrancelhas.
__ Estou namorando o Nicolas! – respondi.
E então os olhos da Rosie seguiram para trás de mim, fazendo-me franzi o cenho e virar-me confusa, dando de cara com quem eu menos queria... Cameron Dallas e seus olhos decepcionados!
__ Licença, eu quero passar! – ele disse ríspido e grosso, passando por mim com um esbarrão e entrando na sala.
__ Ele deveria ouvir isso? – perguntou Rosie.
__ Não, não devia... – respondi triste sem encara-la ainda encarando o lugar onde ele estava e que agora estava vazio. Fechei os olhos e respirei fundo. Droga!
(...) Suas palavras insistem em assombrar minha mente. Seu rosto, seu sorriso, seus olhos assombram meus pensamentos! Sim, existe uma diferença entre mente e pensamento. Porque eu penso em você toda hora e minha mente faz questão de me impedir disso.
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