Generation escrita por Suzanna


Capítulo 15
Capitulo 14 - Jogo do amor...




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Não acredito que estou me tornando uma dessas garotas que se derrete por um garoto. Odeio tanto isso. Começo a analisar suas feições com mais atenção, tentando encontrar algum defeito. Não encontro. Até agora, tudo nele é perfeito. A verdade é que quando você volta, eu mando você ir embora de novo. E quando você vai embora, eu quero que você volte mais uma vez.

É que quando você volta, eu me lembro de que as coisas nunca vão ser do jeito que eu queria, e aí eu tenho certeza que se for assim eu fico melhor sozinho. E quando você vai embora de novo, eu me lembro de que eu prefiro te ter pelo menos por perto do que não te ter de qualquer jeito.

Eu deixava minha cabeça ponderar no vidro da janela do carro enquanto Nick escolhia uma musica no radio e focava no transito. Cameron insistirá em vim conosco, alegou uma carona até a casa da Melissa. Passava-se das cinco, devia ser por volta das cinco e dez, ou vinte. Nicolas parou de sintonizar, deixando tocar – Aqueles olhos-Dom M – e ouvi o garoto sentado no banco traseiro cantarolar, eu tinha me esquecido de como ele cantava bem...

Aqueles Olhos - Cameron

__ Aqueles olhos, aqueles olhos. Aqueles olhos, que refletem luz no meu coração. Despertava, levantava, não te via, voltava pra cama. Pra ver se sonhava com aquela fita que eu imaginava. Aquela que me emotiva, aquela que me faz seguir em frente. Aquela que quando eu fecho os olhos te enxergo na minha frente. Sua boca, seu olhar, seu sorriso, seu cheiro doce... – era como sussurro e fazia com que um calor percorresse toda minha espinha.

__ Angel, eu vou deportar o Cam primeiro na casa da Melissa e te deixo em casa. Tá bom para você? – perguntou. O moreno parou de cantarolar e resmungou sobre o “deportar”, assenti e voltei a fitar o para-brisa em minha frente.

O veiculo parou em frente á aquela casa enorme e Cameron desceu, vindo até a janela de onde eu estava e tocando á mão do amigo da maneira deles, ele olhou para mim e sorriu amarelo, piscou o olho e caminhou para o grande portão. Até o modo como ele caminhava me estremecia, ele tinha um charme só dele e um belo traseiro...

Nicolas deu partida e em poucos minutos estávamos em frente á minha casa:

__ Acha que ele fez de proposito? – perguntou desligando o motor. __ Quer dizer, no começo ele sempre nos atrapalhava, mais achei que ele já tinha superado esse lance! – completou me fitando simpaticamente.

__ Não sei. Acho que ele só não queria ficar sozinho e como você é melhor amigo dele... –menti. Eu sabia que tinha sido de proposito.

__ É, deve ter sido... – resmungou se aproximando. __ Mas, chega de Cameron por hoje, vamos falar de nós! – sorriu malicioso.

__ Eu tenho que entrar, Nick! – informei. Ele assentiu sem vontade e aproximou nossos rostos enquanto tocava minha bochecha com a mão grande e quente.

Seus lábios tocaram o meu transfundindo um choque elétrico em meu corpo. Levei minha mão até seu ombro e segurei enquanto deixava-o intensificar o beijo, invadindo-me com sua língua.

Afastamo-nos e ele sorria, retribui e abri a porta do veiculo, saindo do mesmo e fechando-a logo depois, direcionei um aceno meigo para o garoto que mandou um beijo e ligou o motor. Virei-me para entrar em casa e ouvi-o sumir no final da estrada.

*...*

Sophie invadiu meu quarto, como se estivesse pronta para ir buscar um premio na loteria, eufórica, vestida em um vestido azul marinho de alcinhas, um salto alto na mesma cor, cabelos armados e trançado, maquiagem forte e com o perfume embriagando até quem passasse por fora de meu quarto.

__ O que está fazendo que ainda não, se arrumou? – perguntou correndo para meu armário e remexendo em minhas coisas.

__ Me arrumar para que? – devolvi uma pergunta.

__ Meu querido e amado irmão, seu pai, combinou de jantarmos fora essa noite para comemorar meu novo emprego! – disse exibindo o sorriso Colgate.

__ Parece que fui à última a saber... – resmunguei tirando suas mãos de minhas coisas, eu odiava isso, ela sabia.

__ Pois, agora que sabe. Trate de colocar uma roupa bonita! – disse se sentando em minha cama e encarando as unhas.

Revirei os olhos, cansada e adentrei o banheiro para um banho rápido.

Vesti um vestido preto de mangas caídas nos ombros, calcei um salto marrom de cadarços, passei maquiagem, perfume, arrumei os cabelos, peguei minha bolsa e o celular. E vamos ao jantar de comemoração...

Uma lanchonete no centro, era onde minha tia iria trabalhar, ela estava realmente animada. Meus pais relembravam o passado e ria necas, eu balançava o liquido dentro do meu copo enquanto observava bolinhas estourando dentro dele, – essa espertinha ficou na janela observando enquanto eu te abraçava, ela trancou a porta naquele dia, até que nós nos acertássemos. – fora a única coisa que minha mãe disse que eu prestei atenção.

PDV CAMERON:

__ Eu sei que prometi, Melissa. Mas, não estou no clima! – resmunguei enquanto a garota choramingava por novamente eu negar fogo.

Eu não sabia o que estava havendo comigo, mas quando estávamos lá nos beijando e tirando a roupa, simplesmente aqueles malditos e lindos olhos azuis viam em minha mente, e seu sorriso... Ah, seu sorriso não saia também, passava tudo em minha mente como se fosse, em câmera lenta.

Eu daria tudo pra ver aqueles olhos azuis brilharem pra mim todas as manhãs, ouvir aquela voz doce, sentir aquele perfume do qual eu nunca enjoo. Daria tudo pra ser a dono daquele olhar, cheiro, sorriso, beijo. Mas me diz! Como esquecer aquela que fez seu mundo parar e girar do lado contrário? Você mudou a minha rota, desviou-me do caminho. Porque até nos sonhos tu apareces pra mim. A imagem em minha cabeça é embaçada e confusa, mas ainda é você que predomina, dia e noite, noite e dia.

__ Cameron? Amor? – a voz exaltante da garota me despertara dos pensamentos. Encarei-a confuso. __ Quer tentar novamente? – perguntou.

__ Não, eu... Eu acho melhor ir para casa! – exclamei ficando de pé. Ela segurou meu braço e me fez olha-la novamente.

Caralho! Estava ali uma garota linda, somente com suas roupas intimas e eu não sentia nada. Maldita seja, Angel.

__ Por que não dormi aqui? Meus pais ainda estão viajando. – disse sorrindo.

__ Outro dia, Mel. – resmunguei dando um selinho rápido em seus lábios e saindo dali antes que ela insistisse mais.

Coloquei as mãos dentro dos bolsos da calça e comecei a caminhar pela rua escura de volta para casa.

Flash on:

__ Rosie Fields, Pedro Reynolds, Luke Collins, Phoebe Tonkin e Angel Louis! – Nick apresentou a pequena galera que estava sentada na grama do pátio, meus olhos focaram somente nela, lindos olhos azuis.

__ É um prazer... – eu disse destacando o prazer somente para ela, que mordia os lábios. Como eu queria está mordendo essa linda boquinha.

Flash off:

E eu já a quis, desde aquele momento...

PVD ANGEL:

Vesti uma saia de listras pretas, uma blusa curta também preta. Calcei uma sapatilha, deixei os cabelos soltos, fiz uma maquiagem básica, peguei meu celular, minha bolsa, passei perfume e sai do quarto. Faltavam dois minutos para sete da manhã, meus pais e minha tia já tomavam café.

__ Bom dia! – exclamei.

__ Ótimo, estava te esperando. Vamos, estamos atrasadas! – disse minha mãe pegando sua bolsa e as chaves do carro.

__ Mãe, eu ainda não comi nada! – resmunguei.

__ Você come algo no colégio. Vem, vamos logo! – disse saindo eufórica de casa.

Adentrei o carro, assustada com a pressa dela. Ela deu partida no veiculo e parou mais á frente na casa da Rosie, buzinou e logo a menina saiu. Vestida num vestido estampado e chamativo, saltos pretos, cabelos soltos, maquiagem simples, sorriso extravagante.

__ Bom dia... – reclamou assim que se sentou no banco traseiro.

__ Bom dia! – eu e minha mãe respondemos em coro.

E de repente estávamos no colégio. Rosie seguiu para sala e eu fui até o refeitório comprar pelo menos uma barrinha de cereais, não queria desmaiar em plena aula por que minha mãe não sabe esperar-me comer uma maça somente. Coloquei a moeda na maquina e escolhi uma barrinha com pedaços de coco e chocolate.

No corredor, os quatro amigos inseparáveis conversavam e riam como sempre, eu me sentia mal por está no meio de dois amigos. Nick era lindo, possuía um sorriso lindo, seus dentes brilhavam de longe e seus olhos esmeraldas hipnotizava qualquer um, mas meu foco era outro. A escuridão e tantos segredos e mágoas guardadas naqueles olhos castanhos e aquela linha reta, carnuda e rosa que sua boca traçava e seu maxilar perfeito e o modo como passava as mãos pelos cabelos. Encostei-me ao armário pedindo fôlego e passando as mãos pelos cabelos, ajeitei a bolsa sobre o ombro e voltei á andar.

Que Nick não me note. Deus que ele não me note! Espera ai, o Cameron faz questão de me provocar. Também posso fazer parte desse jogo!

Caminhei em direção aos rapazes e vi os olhos castanhos queimarem sobre mim:

__ Com licença, rapazes... – sorri falsa interrompendo o papo deles.

__ Angel? – Nick se assustou.

__ Oi amor! Vim te dá bom dia... – informei-o segurando sua nuca e depositando um beijo rápido em seus lábios.

__ Nesse caso... Bom dia! – disse entre o beijo, sorriu e envolveu minha cintura.

Ouvi pigarreio atrás de nós e separei nossas bocas:

__ Desculpa atrapalhar, meninos! – falsifiquei.

__ Sem problemas. Namoradas em primeiro lugar! – Carter disse sorrindo malicioso.

__ Obrigada! – sorri enquanto abraçava as costas do Nick. __ Á proposito, Carter. Minha tia gostou muito de você! – completei e ele coçou a nuca sem graça.

__ Ela me deu o maior fora! – disse.

__ Você sabe. Quanto mais difícil, mais fica excitante. – respondi.

__ Concordo plenamente! – Dallas disse malicioso. __ Quanto mais provocante, mais o jogo fica delicioso! – completou. Eu sabia exatamente o que ele queria dizer.

__ Melissa está jogando contigo, Dallas? – perguntou Jeremy.

__ Não. Outra garota. – respondeu.

__ O Cam pegador... – debochou Jeremy dando uma tapa leve na cabeça do mesmo.

__ Amor, você bem que poderia ajudar meu amigo aqui, não é?! – disse Nick envolvendo o pescoço do Carter.

__ Claro! Sophie está trabalhando numa lanchonete no centro, eu posso te passar o endereço e você aparece lá como quem não sabia de nada... – aconselhei.

__ Gostei da ideia! – Carter disse risonho.

Passei o endereço para o garoto. O sinal soou e Nick fora ao banheiro, eu caminhei até a sala e empurrei a porta na intenção de entrar, mais fui puxada para dentro de outra sala, ao lado:

__ Você está gostando do jogo, não é?! – ele estava próximo, até demais. Ao ponto de eu sentir seu hálito quente e seu perfume maravilhoso.

__ Quem disse que estou jogando?! – devolvi a pergunta.

__ Ah não?! – ironizou colocando seus braços de cada lado da minha cabeça e me prendendo á parede da sala.

__ Não. Só fui falar com MEU namorado! – pus ênfase no –meu –.

__ Ok. Mas, deixa eu te dizer uma coisa... – se aproximou ainda mais. __ Não me atice se não for ajudar depois. Quanto mais provocante, mais eu tenho vontade de te agarrar! – disse naturalmente. Não resisti em morder os lábios e ele sorriu malicioso.

__ Teimosia. Já te disse pra não fazer isso... – resmungou puxando-me pela nuca de encontro aos seus lábios e me envolvendo em um beijo que somente ele tinha e que eu amava provar.

Os dedos dele deslizaram pelo meu cabelo, e eu segurei nos seus braços para permanecer firme enquanto nos pressionávamos juntos como duas lâminas em um impasse. Sua língua possuía minha boca como se fosse dono do meu corpo inteiro, era como um choque elétrico que subia por toda minha espinha. Sua mão deslizou pelas minhas costas, parando na cintura e apertando a mesma, enquanto a outra ainda permanecia em minha nuca. Sem perceber fomos caminhando até que ele caiu sentando sobre a mesa da sala, mas não nos desgrudamos o ar não era mais necessário. Deslizei minha mão para seus cabelos e os puxei selvagemente, ele arfou entre o beijo e mordeu meu lábio inferior, me causando arrepios.

Por que eu ainda me assusto com a capacidade que ele tem de me atingir de tal forma?! De me possuir completamente e inteiramente! De me surpreender num beijo! De ser ainda mais perfeito!

*...*

__ Angel, ontem... – Phoebe dizia e eu não prestava o mínimo de atenção. Quando sai daquela sala, pedi ao Cameron para nunca mais encostar-se a mim novamente. __ Eu não queria ter dito aquelas coisas! – completou.

__ Eu imagino que não... – resmunguei sem fita-la. Era intervalo, eu estava evitando o Nick.

__ Me desculpa? – pediu.

__ Tudo bem... – respondi á fitando com um sorriso fraco. __ Mas, Phoebe... – suspirei.

__ Hm? – resmungou.

__ Assuma logo o que senti pelo Nicolas, ou perderá ele de uma vez! – completei.

__ Angel, ele está com você agora e está feliz. Surpreende-me você querer que eu assuma algo! É, como ele mesmo disse, nós somos passado. – disse abaixando a cabeça.

__ Ele está comigo não o impedi de te amar... – resmunguei. __ O amor é a coisa mais bela do mundo. Infelizmente, também é uma das coisas mais difíceis de manter, assim como uma das mais fáceis de desperdiçar. – completei.

Eu não sabia se estava dizendo aquilo para ela ou para mim!

Simplesmente ele passou em minha frente de mãos dadas com ela, rindo como se nada houvesse acontecido.

Deixa de ser burra, Angel. Você o mandou embora! Você quis assim!

(...) Eles não se entendiam, raramente concordavam
em algo. Brigavam sempre. E se desafiavam todos
os dias. Mas, apesar das diferenças, tinham algo importante
em comum: eram loucos um pelo outro...


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