After the pain escrita por Neryn


Capítulo 43
Teleférico pré-histórico


Notas iniciais do capítulo

Quase meio século depois voltei pessoal! Peço desculpa para demora mas andei ocupada com exames e trabalhos para entregar e não consegui atualizar a história mais cedo! Capítulo não revisado por isso desculpem qualquer erro. Espero que gostem!



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Riley POV

Lyla, Josh, Sarah e Michael tinham-nos abandonado deixando-me sozinha com Andrew e passaram a noite sabe-se lá onde! Mas hoje é um novo dia e eles vão aparecer! Decido aproveitar o dia de hoje já que está sol para aproveitar a natureza.

Para evitar conversas constrangedoras começo a caminhar para dentro da floresta. A paisagem era estonteante: estava tudo branquinho, pinheiros, arbustos até esquilos com a cauda coberta de neve.

Havia uma pedra semi coberta e sento-me lá. Observo ao meu redor e à distância havia uma cena hilariante: uma criança a todo custo tentava descer pela montanha de trenó sozinho e os pais não o deixavam. Eles viram-lhe costas por uns segundos e ele monta no trenó e segue pela montanha abaixo e o pai quando se apercebe vai a correr atrás do filho caindo e desliza como um pinguim. Quando apanha finalmente o filho, pega nele tipo saco de batatas até a mãe.

Uma coisa boa da neve é que ouve-se todos os movimentos à tua volta e então ouço a tentativa de passos leves de alguém.

— É bom não é? - pergunto já sabendo de quem se tratava.

— O quê? - diz aquela voz a que os meus ouvidos já esperavam.

— A paz e tranquilidade que este lugar nos dá.

— Tens razão. Este lugar é mesmo bonito. - responde olhando para mim e senta-se ao meu lado.

— Então porque que é que vens estragar a minha paz?

— Dizem que é o nosso coração que nos guia até à tranquilidade e felicidade. Ele trouxe-me até aqui. - deixou-me boquiaberta - É uma resposta suficientemente boa para ti? - simplesmente assenti com a cabeça e permanecemos em silêncio. Em momentos como estes palavras não eram precisas, elas só atrapalhavam.

Ficamos assim algum tempo. Não sei precisar já que de todas as vezes que estava com ele, perdia a noção do tempo.

— Anda comigo! - pronuncia-se Andrew levantando-se - Vamos divertir-nos um pouco.

— Fazendo o quê?

— Vem e descobres!

— Uau... que atitude madura Andrew! - ironizo - E a tua namorada? Não deveria ser com quem ela que devias divertir-te?! - provoco eu arqueando a sobrancelha esquerda.

— Pedi-te a ti não foi? - assinto - Então levanta o rabo dessa pedra dura e gelada e vem comigo! - e assim o faço sem discutir.

Onde é que será que ele me ia levar? Andrew tinha um enorme sorriso no rosto que iluminada a estância toda, ou seja, coisa boa não era. Caminhamos por entre os bosques até chegarmos ao teleférico.

— Andrew... não nos vamos meter nisso, pois não? - pergunto receosa.

— Claro que vamos! Não me vais dizer que alguém corajoso como tu tem medo? - provoca-me cutucando-me com o seu braço no meu. Era claro que estava perante um desafio e que eu devia ser a pessoa mais madura e ignorar... só que o orgulho fala mais alto e a vontade de esfregar-lhe na cara que sou capaz é mais forte!

— Eu não tenho medo! Agora, estava só a pensar em ti já que estás a tremer por quantos cantos tens!

— Ahahahah isso é do frio!

— Sim sim. Desculpas.

— E se fizéssemos uma aposta? Se tu aguentares a viagem até ao topo sem ficares aflita eu paro de te chatear. Se eu ganhar o nosso encontro vai se realizar quando eu quiser, como eu quiser e onde eu quiser!

— E o que é que eu ganho se tu ficares com medo?

— Sempre que eu estiver contigo, se tu me mandares embora eu vou sem resmungar. - ele estende-me a mão com um sorriso travesso e olhar desafiador.

— Está apostado! - aperto-lhe a mão encarando-o diretamente nos olhos.
Isto ia ser canja, quer dizer eu tinha algum medo de altura mas dai a gritar, acho que mesmo que sentisse medo iria conseguir disfarça lo.

Quando chegou a altura de entrarmos naquela cabine, uma corrente de medo percorreu toda a minha pele, mas ao mesmo tempo sentia a adrenalina e por isso lá entrei na cabine. Não sei até que ponto essa decisão foi racional, porque assim que a comecei a observar ao meu redor o meu subconsciente repreendeu-me. A cabine rangia por todo os lados e haviam teias de aranha! Aquilo parecia um perigo para a nossa saúde. Não me lembro da minha professora de historia me ter dito que os dinossauros já sabiam andar de teleférico!

Inconscientemente sorri com o meu pensamento recebendo um olhar espantado de Andrew.

— Dou-te 10 dólares se me disseres em que pensas e o motivo desse repentino sorriso! - fiquei admirada por os meus pensamentos valerem assim tanto para ele. Era estranho ter alguém curioso em relação ao que eu estava a pensar, normalmente ninguém se interessa nesse tipo de coisas, as pessoas tendem mais a preocupar-se com os seus problemas e não tanto nos problemas dos outros.

— Nada, estava só a pensar que os jornais irão vender se tiverem a notícia" jovens perdem a vida num teleférico usado pelos dinossauros"!

—Ahahaha, eram capaz de esgotar! Só tu para te lembrares de uma coisa dessas! - dizia entre gargalhadas.

Encarei a paisagem que me era permitida apreciar daquela altura, e que vista! Uma imensa extensão de brancura que transmitia paz... é como se no meio daquela pureza não existisse espaço para erro. Tudo era perfeito, apenas a natureza no que há de melhor, simplesmente natural.

Olhei para o lado para balbuciar algo mas a postura de Andrew captou a minha atenção: os olhos encaravam a paisagem com uma seriedade que era como se ele estivesse hipnotizado por ela ou então a tentar gravar a imagem para que a sua memória a guardasse para sempre, para nem mesmo um dia se viesse a ter Alzheimer, a maldita doença, nunca poderia apagar aquela imagem. Uma mecha do seu cabelo agora com uns reflexos mais escuros devido a pouca luminosidade caia-lhe um pouco acima do olho, mas ele não parecia incomodado pois continuava fixo na sua paisagem absorvendo até ao ínfimo pormenor. A boca estava numa linha reta, bem não tão reta assim pois os lábios carnudos davam-lhe relevo porém os cantos estavam ligeiramente subidos num eventual sorriso. É como se no seu interior ele estivesse a rir. O corpo estava apoiado no vidro e as suas mãos estavam espalmadas no vidro, a direita estava ao nível dos seus olhos e a esquerda ligeiramente mais a baixo.

— A admirar-me?- perguntou apanhando-me desprevenida, porém continuou a olhar para a paisagem com um sorriso trocista.

— Hum...não -  disse arrependendo-me ter hesitado e envergonhada.

— Sabes que és uma péssima mentirosa e que eu consegui ver o teu reflexo através do vidro não sabes?- sou tão sortuda! Quer dizer tudo naquele teleférico é do mesozóico! A cabine mais parecia que a qualquer momento nos ia matar mas claro o vidro tinha de estar limpo o suficiente para ele me ver o reflexo! Não podia estar fosco ou buzio ou outra coisa qualquer?

Decidi ignorar antes que me enterrasse mais e então decidi encarar a paisagem outra vez, na tentativa que o assunto morresse ali antes que eu tivesse de me atirar do teleférico abaixo antes que morresse de vergonha. Mas quando estava entretida a cabine começou aos solavancos. Estremeci e arregalei os olhos firmando melhor as mãos no vidro como se isso me fosse salvar.

— Já com medo e isto ainda mal começou? Parece que vamos ter encontro com as minhas condições. - disse Andrew trocista e piscando-me o olho.

— Parece, parece! Só se se for noutro mundo porque da maneira que isto vai ainda não chegamos vivos! Ao menos aproveita-se a vista. - digo esta última parte reprimindo o pensamento que essa bela paisagem incluía Andrew.

— Pois... e morremos já com uma pré imagem do paraíso.

Mal Andrew acaba de falar o teleférico que entretanto continuara a andar normalmente começou aos solavancos mais frequentes e fortes.

Ai mãezinha! Queres ver que a brincar a brincar isto se vai tornar realidade?!

Como não estava preparada e já nem sequer estava apoiada ao vidro, devido a um forte solavanco andei ao para trás e bati com as costas no vidro do teleférico. As minhas costas protestaram.

— Au! - deixei soltar um gemido baixo.

—Estás bem?- perguntou Andrew apoiado no vidro procurando equilibrar-se mesmo que a cabine parecesse entalada e a qualquer momento nos ia cuspir dali para fora.

— Sim, só as minhas costas que não aprovaram o impacto.

Então aquela máquina da morte continuou aos solavancos porém parado ou seja deixou de andar, e depois ouve-se um barulho como algo a desligar-se e pronto! Parou de repente! Nem para trás nem para a frente! Ou seja, ficamos presos nas alturas e sem hipóteses de sair (a não ser que tivéssemos tendências suicidas e nos atirássemos dali), já para não falar nas temperaturas de que o meu corpo já se queixava.

— Estamos parados. - disse eu um pouco aflita.

—Calma! Isto não quer dizer nada, mas parece que quer dizer que eu vou ganhar!

— Isto não foi medo, só a constatação de um facto!

— Claro que sim. É por isso que o teu sistema nervoso está a enviar ordens ao teu corpo para ele tremer?

— Isso é porque a temperatura aqui não convida ao calor. Para não falar que sou muito friorenta! Nem todos nesta cabine têm sangue quente que aguenta qualquer temperatura independentemente de quantos graus abaixo de zero está! - respondo deitando-lhe a língua de fora mas arrependi-me porque senti a ponta desta congelar.

— Desculpas ...de mau perdedor! - ripostou começando a dar altas gargalhadas.

— E se isto não continuar a andar? - pergunto mais preocupada.

— Vão dar pela nossa ausência. - responde ele mais sério dando conta que eu já estava a ficar pelas horas com os nervos.

— Sim, mas daí a encontrar-nos aqui! Para além de que ninguém sabe que aqui estamos nem sequer se devem lembrar deste sítio.

— Mesmo assim irão encontrar-nos. - fala Andrew com enorme convicção numa tentativa de me passar esperança... mas ela congelou na transmissão.

— E se não encontrarem?- perguntei eu mais para para mim do que para ele ao mesmo tempo que me deixava escorregar pelo vidro a baixo abraçando-me numa tentativa de me manter quente.

— Calma eles irão. - disse sentando-se ao meu lado abraçando também os seus joelhos porém não numa posição tão protetora como eu mas como quem procura uma posição mais confortável. Encostou a sua cabeça ao vidro.

— Espero que se despachem.

— Também eu.

Passado algum tempo que mais pareceu uma eternidade decidi levantar-me não fosse congelar de frio e ficar com o rabo colado ao chão. Levantei-me enquanto Andrew acompanhava todos os meus movimentos.

— Que estás a fazer? - questiona.

— Estou a tentar não morrer de hipotremia! - então comecei andar de um lado para o outro enquanto imaginava qual seria a morte mais dolorosa: morrer de frio ou de fome...

— Assim vais acabar por furar o chão!

— Talvez esteja aí a nossa solução!

— Estás a deixar-me louco! - disse também levantando-se vindo na minha direção fazendo-me parar para perceber o que ele ia fazer. Subitamente senti as suas mãos passarem nos meus braços freneticamente numa tentativa de me aquecer.

— Que estás a fazer?

— A tentar que não morras de hipotremia, a tentar que eu não morra de hipotremia ou então enlouqueça a ver-te a furar o chão! - responde num tom firme mas dando-me um sorriso tímido. Tímido?! Andrew era tudo menos tímido! Já devia ter o cérebro congelado! Fiquei sem saber o que dizer apenas encarei-o. Os seus olhos também me encaravam. Senti as minhas bochechas enrubescerem. Fui surpreendida quando ele colocou a sua mão direita na minha bochecha esquerda.

— Eu gosto dela com essa cor. - então subitamente acordei do transe e afastei-me. E ele retira a mão assustado com o meu gesto repentino.

— Melhor?- pergunta ele receoso.

— Sim. Obrigada- digo levantando os meus olhos que entretanto encaravam o chão tentando disfarçar o constrangimento causado pela sua proximidade de à momentos. – E agora como é que vamos fazer para sair daqui?

— Não sei... - disse encarando o horizonte de uma maneira vaga como se em vez de tentar decifrar um método de sairmos dali tentasse decifrar o método para resolver equações de terceiro grau.

—Ok mas também não te vejo a suar do esforço.

— Não vais começar pois não? –perguntou arqueando as sobrancelhas - é que discutir também não vai ajudar em nada... aliás só piora o clima e o aquecimento global já está mau o suficiente – diz com um tom de piada e um sorriso maroto.

— Fazer piadinhas também nã!

— Lá estás tu! – disse revirando os olhos voltando a encarar o horizonte.

— Encarares o horizonte também não nos dará a passagem para fora daqui.

— E tu a resmungar também não. Mas ao menos mantenho me calado.

—Autch touché!

Permanecemos em silêncio a apreciar a bela paisagem constituída por pinheiros altos cobertos de neve e o sol a pôr-se num tom laranja. De repente ouve-se um ranger das correntes que sustentavam os teleféricos.

— Ah! – guincha Andrew.

— Que foi? A princesa está com medo? – provoco eu.

— Não é medo. Trata-se apenas de um reflexo involuntário.

— Sim sim...

Lyla POV

Acordara nos braços de Josh, novamente.  Dormir nos seus braços fez-me sentir protegida e os seus braços apesar dos músculos definidos eram aconchegantes como almofadas. Olho para trás e vejo Josh adormecido e estávamos quase em posição conchinha! Os olhos de Josh começam a mexer-se revelando que ele estava a despertar e volto para a minha posição inicial fingindo que estava a dormir. Tenho a pequena impressão que ele me observa enquanto pensa que durmo mas sou tirada dos meus devaneios pelo irritante despertador.

— Bom dia dorminhoca! - diz Josh.

— Bom dia! - respondo com a voz arrastada do sono.

— O que é que queres fazer hoje?

— Não sei... podemos começar por comer qualquer coisa! - digo e ouve-se o estômago de Josh roncar e desatamos os dois às gargalhadas. Chama-mos pelo serviço de quartos e eles trazem-nos um pequeno almoço completo rico em alimentos bons para aumentar o colesterol e causar ataques cardíacos!

— E agora que queres fazer?

— Hum... está sol e tu estás claramente melhor por isso podemos aproveitar o bom tempo e dar um passeio pela floresta. Tenho estado mortinha por explorá-la mas não tive oportunidade...

— Então já temos um plano! Mas se calhar é melhor trocares-te a não ser que queiras ir passear com roupas todas amarrotadas e hálito a bacon e torradas!

— Ahahah muito engraçadinho! Eu vou para o meu quarto tratar de mim então e encontramos-nos daqui a 20 minutos na entrada do hotel! - digo e saio do quarto dele.

Ao chegar à parte do dormitório das raparigas tento fazer o mínimo barulho para que ninguém desse pela minha presença e começasse um interrogatório. Abro a porta do meu quarto com cuidado pois podia ter as minhas amigas a dormir e não queria acordá-las mas ao entrar deparo-me com o quarto vazio... onde é que elas se meteram? Arranjo-me depressa e passados 20 minutos estava no local combinado e Josh estava lá.

— Vamos? - pergunta estendendo-me o braço de forma cavalheiresca e eu aceito. Começamos a caminhar em direção ao arvoredo entre conversas e risos. Josh surpreendia-me cada vez mais! Ele mostrava-se um amante da natureza e dos animais. Encontramos um ninho caído no chão e coberto de neve com um passarinho jovem e Josh pega no ninho, limpa-o e põe-no no sítio e o pai/mãe chega logo a seguir para aconchegar o filhote.

Continuamos a adentrar pela floresta quando ouvimos:

— Anda comigo! - pronuncia-se Andrew levantando-se - Vamos divertir-nos um pouco.

— Fazendo o quê? - agora é Riley que fala.

— Vem e descobres! - provoca Andrew.

Eu e Josh observamos esta interação por detrás de uma árvore gigante.

— Vamos segui-los! - digo.

— Porquê? - pergunta Josh.

— Para ver o que eles vão fazer! Não me vais dizer que não estás curioso para ver se  a Riley cumpre com o desafio ou não! E aqueles dois precisam de um empurrãozinho!

— Tens razão... vamos antes que os percamos de vista!

Seguimo-los mantendo uma distância de segurança para não sermos notados e vamos parar aos teleféricos.

— Andrew... não nos vamos meter nisso, pois não? - ouvimos Riley perguntar claramente receosa.

— Claro que vamos! Não me vais dizer que alguém corajoso como tu tem medo?- provoca Andrew e eles lá se metem numa cabine.

— Eu aposto que o Andrew cede primeiro! - digo eu.

— Eu aposto que a Riley cede primeiro! - responde Josh.

— Hum... 5 dólares para o vencedor? - pergunto.

— E quando planearmos sair um dia o vencedor combina tudo! - completa Josh deixando-me pensativa. Será esta uma indireta? Bem, nunca saberei se não alinhar.

— Feito! - digo por fim e apertamos as mãos como se acabássemos de concluir uma transacção comercial - Anda, segue-me! - e ele incrivelmente vem atrás de mim sem questionamentos. Estava a procura da cabine principal pois tinha uma ideia em mente. Finalmente encontramos-la e o responsável tinha saído! Que sorte! Abençoada pausa para ir à casa de banho e para café!

— Que estamos aqui a fazer? - pronuncia-se agora Josh quando entramos.

— A dar-lhes um empurrão... - respondo e pressiono o botão que dizia STOP presumindo que pararia as cabines.

— Estás maluca? - diz Josh sobressaltado.

— Ahahah acho que podemos concordar que eu já sou!  Mas não te preocupes isto é temporário.

— Bem... sendo assim mantenho os 5 dólares, o encontro e o perdedor tem que pagar a sobremesa! - será que Josh estava a contar em ganhar e a planear mentalmente o encontro... espera?! ENCONTRO?! E PAGAR SOBREMESAS?!

— Apostado! Prepara-te para perder! - provoco apesar de não estar muito segura da minha amiga.

— Ela contra o Andrew não tem hipóteses!

O tempo passou a voar com a nossa discussão de quem vai ceder primeiro mas outros temas também se desenvolveram pelo meio como momentos passados com os nossos amigos e brincadeiras de infância. Josh contou que quando eram mais novos ele e Andrew costumavam brincar no jardim da casa de Andrew. Numa tarde de Verão estavam a jogar futebol e Andrew chutou a bola com demasiada força e demasiado alta para o alcance do jovem Josh e ela avançou a vedação aterrando no jardim da vizinha e rezava a lenda que ela era má, furava as bolas das crianças e chamava a polícia que prendia os meninos mal comportados mas Andrew com a sua enorme coragem vai enfrentar a velhota enquanto que Josh ficara no portão da casa dela à espera a roer as unhas. Passara muito tempo ele preocupado ia entrar para ir resgatar o amigo mas de repente o portão abre com um Andrew com a boca cheia de bolachas de chocolate, mais ainda num tupperware cheio e a bola nos pés. Josh apenas ouviu de fundo a velhota a dizer "Volta amanhã meu docinho que a Dona Lailai amanhã tem bolachas de amêndoa!".

Estávamos os dois sentados por baixo da mesa de controlos lado a lado e eu de tanto me rir das suas histórias quase que estava em cima dele.

— Acho que está na hora de os desprendermos. Já passou muito tempo! - olho para o relógio e realmente tinha passado mesmo muito tempo! Quase 1:30horas.

— Tens razão.  A esta hora devem estar os dois cheios de medo agarrados um ao outro! - levanto-me e vou até aos comandos à procura de um botão para voltar a andar mas não encontro. Se há um botão para parar também deveria haver um para começar!

— Então... porque estás a demorar?

— Bem... eu... eu não sei como por isto a funcionar. - ups...


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Notas finais do capítulo

E aí? Que acharam?
Depositem a vossa opinião na caixinha mágica mais abaixo!
Até ao próximo!
bjs :D



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