After the pain escrita por Neryn


Capítulo 34
É festa!


Notas iniciais do capítulo

Vá lá pessoal comentem!!!



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"- O Michael é bonito não é? - diz Lyla de supetão. Meu Deus... esta moça não tem um filtro. Diz as coisas logo diretamente, objetivamente e sem margem para dúvidas. Sarah fica corada mas responde:

–Hum...é!

O meu telemóvel vibra. Olho e tenho uma mensagem:

L: "Missão cumprida!" "

POV Riley

– Bem... agora não é tempo para falar de rapazes! - diz Lyla que até agora estava sentada levantando-se - Vamos animar esta festa! - Sarah levanta-se e liga a sua gigante aparelhagem constituída por um grande sistema de colunas que estavam dispersas pela sala. As batidas enchem o enorme salão que antes apenas ecoava as nossas vozes e Lyla começa a dançar e agarra Sarah pela mão obrigando-a a acompanha-la. Eu observo-as do sofá e riu-me juntamente com elas mas as minhas gargalhadas rapidamente cessão quando Lyla vem na minha direção e começa a puxar-me pela mão.

– Não! Vocês sabem que eu não danço... - digo eu. Sarah que observava a alguma distância vem ter connosco e ajuda Lyla a puxar-me e eu acabo por ceder juntando-me a elas. Estávamos muito divertidas com as nossas brincadeiras e passos de dança falhados, a dançar por todos os cantos da sala.

– Vamos cantar! - Lyla hoje estava cheia de ideias de como nos entreter e como a ideia não era muito má, juntamo-nos aos seus desafinos mas Sarah cantava muito bem. No salão havia num canto um pequeno balcão e por trás bebidas e Lyla fez questão de subir para cima dele e dançava e cantava. Sarah e eu andávamos à volta dela a rirmo-nos feitas perdidas.

– Sarah! O que é que eu disse acerca das festas na mansão?Nunca pensei que fosses fazer isso... - alguém berra furioso da porta.

POV Narrador

O pai de Sarah, Stan Lawson, é um grande advogado reconhecido pelo seu papel ativo nos tribunais por pôr criminosos atrás das grades e é dono de uma firma com alguns dos melhores advogados em Nova Iorque, "Lawson advocacy firm". Após uma longa manhã de trabalho ele vai para casa para poder celebrar o aniversário da sua filha juntamente com ela mas quando chega a casa depara-se com uma enorme barulheira.

– Será que está a dar uma festa? Estranho porque ela não tem muitos amigos... - pensa ele para si mesmo.

– Sarah! O que é que eu disse acerca das festas na mansão?Nunca pensei que fosses fazer isso... - berra ele entrando pela casa dentro.

POV Riley

– Pai... - diz Sarah receosa e desliga a música. Ele ao entrar deparou-se com a Lyla em cima do balcão a cantar e esta fica estática no lugar, eu estava sentada num dos bancos e Sarah estava a dançar no chão - Desculpa... não volta a repetir-se. - continua ela tentando desculpar-se perante o olhar reprovador do pai.

– Pois não minha menina! - diz ele sério - Quem é que no seu aniversário faz uma festa... com apenas duas amigas? - a expressão séria dele desfaz-se sendo substituída por um sorriso - Pensava que te tinha ensinado melhor! Vá lá! Completa: festa em minha casa...

– Acaba sempre com a polícia à porta... - completa Sarah

– Mas não importa...

– Pois eles é que trazem a vodka - completam em conjunto acabando às gargalhadas e eu e Lyla juntamo-nos a eles.

– Vocês deviam ver as vossas caras de medo quando entrei aqui! - o pai de Sarah goza connosco - Onde é que estão as minhas maneiras?! Stan Lawson - diz estendendo-nos a mão. Lyla teve que se baixar para conseguir cumprimentá-lo.

– A rapariga no balcão é a Lyla e a outra é a Riley! - Sarah apresenta-nos e nós apenas nos limitamos a sorrir pois ainda estávamos em choque. O pai de Sarah apesar da profissão séria aparentava ser um homem muito divertido. Ele vai até à aparelhagem e liga-a nas alturas e tira a gravata que estava ao seu pescoço para pô-la na testa.

– Bem... vamos à festa! - e começa a dançar - Tu no banco - referia-se a mim - levanta-te! E tu no balcão - agora vira-se para Lyla - continua a fazer o que estavas a fazer! - e assim juntamo-nos a ele na pista de dança. Foi muito divertido! - Pára tudo!

– Que se passa? - perguntamos as três.

– Ocasiões como estas requerem uma gravata especial! - e ele parte a correr pela escadaria acima e quando volta trás uma gravata azul com patos amarelos à testa - Agora a verdadeira festa vai começar! - Passamos assim o resto da manhã. Para o almoço o Sr. Lawson encomendou pizza. O rapaz que a veio entregar, ao chegar deparou-se com a enorme barulheira e o pai de Sarah atende a porta ainda com a gravata dos patos na cabeça e o pobre rapaz quase desmaiava de estar a tentar conter as gargalhadas. Até já tinha os olhos marejados e pior foi quando o Sr. Lawson se vira para ele e diz: - Estás a olhar para o quê? Nunca viste um pai a divertir-se com a sua filha adolescente e as suas amigas? - essa foi a gota de água. O rapaz não sabia onde se havia de meter. Após ele ir embora foi a nossa vez de nos partir-nos a rir.

Depois de almoçarmos o advogado ofereceu-se para nos deixar onde nós quiséssemos ir mas preferimos ficar em casa... era mais sossegado. Decidimos que íamos ver um filme na televisão plasma gigante da sala de Sarah. O pai dela não pode juntar-se a nós pois tinha que tratar da papelada do trabalho. A nossa escolha foi o filme "Hot persuit" e não podíamos ter escolhido melhor. Quase caíamos do sofá de tanto rir.

Sarah convidou-nos para passarmos o resto do fim de semana em casa dela e claro que eu e Lyla aceitamos. Após falarmos com os nossos pais voltamos à festa. No dia seguinte haveria um almoço de família para celebrar mais um ano de vida de Sarah e ela implorou-nos para que ficássemos, pois segundo ela, não conseguiria sobreviver aos apertões de bochechas das avós e tias sozinha.

À noite dormimos todas no mesmo quarto. O pai de Sarah arranjou um colchão de casal suficiente grande para mim e para Lyla e instalamo-nos naquela que seria a nossa cama durante esta noite. Nós conversamos mais do que dormimos. Qualquer tema servia. Já deviam ser umas 3 da manhã quando nos decidimos por para dormir.

– Melhor aniversário de sempre! Obrigada meninas! - diz Sarah ao apagar a luz - Boa noite!

– Boa noite! - e caímos no sono.

Na manhã seguinte acordamos com os raios de sol a entrar pela janela. Sarah empresta-nos algumas roupas e preparamo-nos para a receção aos convidados. O dia foi agradável. Ao almoço eu, Lyla e Sarah animamos a refeição fazendo os presentes rir e nós também. Sarah sofreu muitos apertões de bochechas e eu e Lyla só nos ríamos das caras que ela fazia, mas o feitiço virou-se contra nós e também sofremos uns bons apertões e agora era Sarah que se ria.

– Não mete piada nenhuma! - resmunga Lyla.

– Agora não tem piada, mas quando era eu bem que te rias! - responde Sarah entre risos.

– Bem, talvez tenha um pouco de piada! - cede Lyla.

Durante o resto o dia, na maior parte do tempo estivemos só as três mas também brincamos um pouco com os primos dela.

Tudo o que é bom tem um fim e este fim de semana espetacular não fugiu à regra. Infelizmente ao fim da tarde eu e Lyla tivemos que regressar a casa que no dia seguinte era mais um dia de escola.

– Voltem quando quiserem. As portas estão sempre abertas para as amigas da minha menina - diz o Sr. Lawson quando nos íamos embora.

– Vamos ter isso em mente! Obrigada! - respondo eu.

Lyla e eu caminhámos até à paragem de autocarros mais próximas e apanhamos aquele que nos levaria a casa. Já que estávamos no clima de festa Lyla decide animar o autocarro cheio de velhinhas e eu ajudo-a. O motorista nem se importou e Lyla coloca um CD na rádio com músicas conhecidas por todos e põe as velhinhas a cantar juntamente connosco. Andávamos de uma ponta para a outra no autocarro e interagíamos com elas e algumas davam-nos sorrisos já desdentados mas estavam felizes. Quando saímos de lá elas chamaram-nos de volta que queriam mais animação mas não podíamos e elas compreenderam.

– Vou falar com o meu chefe e contratar-vos para animarem as viagens de autocarro! - diz o motorista ao abrir-nos a porta brincando connosco.

– Depois envie os termos do contrato para o nosso advogado! - responde Lyla entrando na brincadeira e saímos do autocarro. Lyla segue comigo para casa. Convidei-a para passar lá o resto do fim de semana e ela já tinha lá um saco com roupa suplente por isso não havia problemas.

– Olha a desaparecida! Pensava que já nos tinhas trocado! - a minha mãe brinca mal acabo de entrar em casa e vem me dar um beijo na bochecha.

– Nunca! Ninguém cozinha tão bem como a tia Gloria! Nunca poderia deixar os seus cozinhados para trás! - vou até ela e dou-lhe um beijo na bochecha e ela ri-se - E trouxe mais uma refugiada!

– Boa tarde Sra Collins e Sra Davis! - diz Lyla entrando em casa e cumprimentando a minha mãe e tia.

– Lyla quantas vezes já te dissemos que nos pode tratar pelos nossos primeiros nomes! - repreende minha mãe.

– É querida! Assim até me fazes sentir velha! - responde a minha tia.

– Velha?! A senhora ainda está para as curvas! - Lyla brinca.

– Contamos contigo para o jantar Lyla certo? - pergunta a minha mãe enquanto punha a mesa.

– Certo... se não se importar claro!

– Claro que não! Tu já fazes parte da mobília da casa.

O jantar além de estar cheio de comida, teve conversa para o acompanhar. Falamos sobre a nossa pequena estadia em casa da Sarah e de um pouco de tudo.

A lua já estava alta no céu e com isso chega a hora de nós irmos para a cama. Desta vez não houve conversa até às tantas da madrugada pois tínhamos consciência que em algumas horas teríamos um novo dia de aulas e não convinha andar pelos corredores feitas zombies que desses já há mais que suficientes pela escola inteira!

A minha paz terminou. Amanhã começa mais uma nova semana e espero eu que seja calma.


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