De mocinho á rebelde escrita por StellaM


Capítulo 46
Quando uma mente e um coração estão cheios, fazemos coisas idiotas.




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–Não! - Ambre gritou.

Um ardido som de uma fivela batendo em superfície era torturante, eu conhecia muito bem, marcas de couro em contato com a pele, deixando um sufocante ardido, virava meu rosto muitas vezes para não assistir aquilo, nem ouvir tais sons. Era incrível a crueldade humana, além de tais humilhações, ainda aquilo. Poderia dar graças aos céus quando aquilo acabou, mas a cena que veio a seguir foi pior, Ambre tentando se levantar, com muito esforço sentou sobre sua cama, retirou de uma gaveta do criado mudo uma lâmina. Eu não podia acreditar naquilo, ela começou a cortar-se, os pulsos, a barriga, bateu no espelho fazendo-o quebrar, depois deitou sobre o chão, encolhida como um bebê ainda sendo gestado. Não podia acreditar naquilo, pego o Telefone e disco o número de seu celular.

"Você ligou para Ambre, no momento estou no shopping com minhas amigas, ligarei assim que puder"

–Ambre, sou eu Nathaniel, sei que está em casa, e eu vou aí te buscar.

Desliguei o telefone sem dar chance para que ela respobdesse, peguei as chaves e dirigi até argh...aquela mansão.

Continuava a mesma, parecia uma casa feliz por fora, mas escondia muita coisa por dentro. Buzinei e vi Ambre aparecer na janela, fazendo sinal de que ia descer.

Logo a porta principal se abre, ótimo, vou sair daqui o mais rápido possível, penso, mas não é Ambre que sai pela porta.

–O que faz aqui?

–Vim buscar minha irmã.

–Você não é bem vindo nessa casa!

–Não se preocupe, minha vida nesse inferno acabou faz tempo!

Ambre aparece na porta, passa por nosso pai com a cabeça baixa e tremendo e sobe na moto.

–Depois vamos ter uma conversa mocinha.

Ela aperta forte minha cintura e acelero o mais rápido que posso. O mais rápido para longe daquele lugar. Quando chegamos ela não disse nada, apenas deixou a mochila com algumas coisas que pedi.

–Agora precisamos conversar.

–O que é tudo isso? -ela apontou para o equipamento de espionagem. - Estava me espionando?

–Eu precisava ter certeza disso.

–Eu não acredito no que fez.

–Eu que não acredito no que fez!

–O que eu fiz?

–Os cortes! - Ela se calou, colocou a mão sobre o rosto e suspirou - A quanto tempo?

– 2 meses.

–Você precisa parar com isso.

–Eu sei.

–Então?

Thali on

Caminhava sozinha até minha casa, admirando o céu e conversando comigo, cantarolando alguma melodia familiar

" Se você já amou alguém coloque as mãos para cima

E agora eles se foram

E você gostaria de dar-lhes tudo"

O dia todo me perguntei o que fiz à sociedade, ao mundo, ao universo, por que quando coisas ruins acontecem com pessoas boas, começamos a duvidar do sentido das coisas. Caminhava sem pressa em chegar em casa, tentando espairecer os pensamentos que só me levavam aquele dia horrível em que conheci Dake.

Lysandre on

(Aaah leluia) Depois que o último sinal tocou, encontrei-me com Castiel para irmos ensaiar, meu amigo estava com a cabeça baixa e uma expressão de preocupação no rosto, sabia que algo não está certo, mas minha amizade com Castiel era daquelas que ele não precisava falar os motivos que o irritavam, até porquê as unicas coisas que o faziam ficar irritado, além da escola, eram as pessoas, ou no caso, Nathaniel e Ambre. Aproximei-me.

–Então Castiel, vamos para casa da Thalia?

–Pra quê?

–Ensaiar

–Mas não vai ter ensaio.

–Então por que não me disse?

–Mas eu te disse!

–Disse o que?

–Do ensaio.

–É verdade, precisamos nos apressar se não chegaremos atrasados.

–Acabei de falar que não vai ter!

–Não me lembro disso.

–Por que você é um cabeça de vento.

–Não sou! Aliás, temos que ir ao ensaio!

–Argh! - castiel rosnou.

–Está tudo bem?

–Eu ainda não me resolvi com a Thalia.

–Vocês brigaram?

–Sim eu te falei isso também!

–Desculpe, minha memória não está boa.

–Nunca esteve!

–O que?

–Nada!

–Tudo bem! Agora vamos ao ensaio!

–JÁ DISSE QUE NÃO VAI TER! - Ele gritou.

– Mas Miah mandou outra mensagem.

–Miah?

–Sim, e é para a encontrarmos lá.

–Então vamos.

Depois de longas horas procurando meu carro, nunca lembro-me onde o deixo, e mais horas procurando a chave, Castiel resolveu dirigir e por sorte chegamos vivos.

Apertei a campainha e Miah nos recebeu.

–Onde estavam?

–Demoramos muito tempo para achar as chaves desse esquecido aqui - castiel apontou para mim.

–Ta, ta, Cadê a Thali?

–O que? Ela não estava com vocês? - perguntei

–Não, ela não atende o celular, já mandei várias mensagens...

–Não tem nada demais, ela deve ter ido dar uma volta por aí. -Castiel disse indiferente.

–VOCÊ NÃO TA ENTENDENDO! - Mia gritou

–Não precisa gritar! - disse.

–A última vez que ela saiu e não atendeu o celular, argh não quero nem lembrar.

–Por quê? - perguntei um tanto distraído.

–Envolve o tal "assunto" que Debrah está a chantageando!


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