Miah on

Mais uma manhã, o dia da feira está se aproximando, estamos todos muito animados, essa será a última feira do ano, me dói saber que perdi as dos anos anteriores, mas fazer o que?

Me arrumo e vou para escola, mais e mais aulas chatas, e trabalhos mais chatos ainda, ao menos Katrina tem se mantido longe, é até melhor assim, não é nada pessoal mas sei que ela gosta do Nath de verdade, e ele é muito influenciável, não confio nada nele com ela, e acho que foi por isso que eu tive tanta desconfiança com Debrah, ele é influenciável e ela a maior manipuladora da escola, não é atoa os boatos de que ela e Ambre eram amigas, farinha do mesmo saco.

Bom, por falar em Ambre eu estou até estranhando, ela não pegou no pé de nenhum aluno de Sweet Amoris ainda, será que a rainha está deixando seu reinado de tormenta?

(Triiim)

Soou o primeiro sinal! Ótimo, vou de encontro com as meninas

–Oi gente.

–Eai Miah

–Alguém por acaso viu a Ambrega?

–Ela não veio hoje, está tão estranha não acha? - disse Íris.

–Sim, estava pensando nisso agora.

–Vai ser a nova matéria para o jornal da escola. - Disse Peggy.

Todos rimos, logo Kin chega com Katrina.

–Gente vocês não vão acreditar! explica aí Katy

–Eu achei um jeito pra venda de vocês decolarem! - ela disse empolgada - todos os anos vocês fazem uma barraca de doces para o festival, e vocês sempre tiveram os melhores doces, lembro que era sempre a primeira da fila para comprar.

–E se lambuzava toda no bolo de chocolate. - dizia Rosa rindo

–Não só ela como o senhor McClendon também, seu pai ainda gosta do mesmo doce?

–Um clássico nunca sai de moda - ela respondeu rindo.

–Quem nunca gostou era Nathaniel , lembro que você corria dele logo depois de esfregar uma torta de baunilha em sua boca!

Olhei furiosa para as meninas que logo se calaram, katrina percebeu também e continuou.

–Então, meu pai tem um ponto de loja bem movimentado e grande, o que acham de montarem uma confeitaria?

–Essa proposta é séria? - disse Rosa

–É, eu, quer dizer, meu pai entraria com o lado financeiro e eu emprestaria o local, Faria grande sucesso!

–Ia ser demais! - exclamou Rosa - todos de acordo?

–Sim! - Disseram num coral.

–Não! - eu disse.

–Não?

Thali on

Estava no pátio sentada debaixo de uma árvore rabiscando algumas palavras no meu velho caderno.

Oh, no, did I get too close?

*

Oh, não, eu cheguei perto demais?

*

Come just as you are to me

Don’t need apologies

Know that you are worthy

*

Venha até mim exatamente como você é

Não preciso de desculpas

Saiba que você vale a pena

–Ainda não está bom.

–Posso me sentar? - perguntou Castiel.

–Pode. - respondi indiferente.

–O que está fazendo?

–Tentando compor, mas não saí nada.

–Talvez falte a inspiração certa.

–É, pode ser.

Ficamos em silêncio.

–Que droga Thali!

–O que?

– Você com esse silêncio! Eu não consigo saber o que está pensando! Você tem que me dizer.

–Estou com medo! Você está bem?

Ele levantou os ombros e tirou uma caixa de cigarros da Jaqueta.

–Quer um?

Olhei para aquela caixa e para ele atenta, então peguei a caixa e joguei além do pátio no clube de jardinagem.

Ele primeiro ficou furioso mas depois sorriu, o que me deixou surpresa.

–Você é a segunda pessoa que faz isso.

–Talvez pra você parar de vez de colocar isso dentro do seu corpo!

Ele revirou os olhos e acendeu o cigarro que estava na sua mão. O encarei e ele sorriu e o jogou fora.

–Ao menos consegui o que queria.

–Me irritar?

–fazer você falar comigo.

Revirei os olhos.

–Por que está me ignorando?

–Não estou! Estamos conversando não estamos?

–Sim, mas a semana toda você me ignorou.

Ri e sentei-me a sua frente.

–Mas eu não conseguiria por muito tempo.

–Estava tentando?

–Talvez.

Ele cutocou minhas costelas o que me fez gargalhar de cócegas, então colocou-me em uma de suas pernas e nos entreolhavamos, eu para aqueles profundos olhos cinzas, segurei seu rosto e ...o que estou fazendo? É isso mesmo o que vai acontecer?