Depois da 2ª Guerra Bruxa escrita por Julianatriz


Capítulo 7
Capítulo 6 - Notícias




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Já haviam passado aproximadamente dois meses desde que as aulas começaram. Era uma manhã de quarta-feira. Todos os alunos estavam tomando café da manhã antes de irem para as suas respectivas salas de aula. Na mesa da Grifinória a conversa estava animada. O jogo de quadribol entre Lufa-Lufa e Grifinória seria no próximo final de semana. Todos davam mais atenção aos capitães de cada time, tentando descobrir quais seriam as táticas e estratégias. Obviamente cada capitão guardava essa informação para si. Por ser apanhadora do time da Grifinória, Gina estava recebendo uma atenção toda especial dos garotos de sua casa. Harry sentiu uma pontadinha de ciúmes, mas preferia não falar nada, pois confiava plenamente em sua namorada. Rony também não tirava os olhos da irmã, pois como um bom irmão, também sentia ciúmes. Hermione olhava os dois enciumados e ria por dentro. Enquanto ela conversava com as meninas da casa, uma coruja parda entrou voando no salão e deixou cair uma carta sobre a mesa. A carta era para Hermione. A diretora queria vê-la em sua sala antes das aulas começarem. Harry, com curiosidade, perguntou a respeito da carta, mas como não havia muita informação, Hermione deixou a mesa prometendo encontra-los na sala de aula. E assim se dirigiu a sala de McGonagall.

– Bom Dia Srta Granger. – disse a diretora.

– Bom Dia Professora... Ops! Diretora. Ainda não me acostumei a chama-la assim. – disse Hermione rindo.

– Srta Granger, recebi uma carta do ministério hoje de manhã e creio que o assunto lhe interessa. – disse Minerva.

Há tempos, o ministério (por agradecimento aos serviços prestados em defesa a Hogwarts) ofereceu a Hermione ajuda para encontrar seus pais. Após lançar-lhes o feitiço do esquecimento, ela perdera o contato com os pais, pois eles se mudaram de casa e ela não sabia onde encontra-los. Hermione estava ansiosa, pois sentia muita saudade deles.
Ao começar a ler a carta, sua expressão de alivio por ter noticias de seus pais mudara drasticamente. Lágrimas corriam seus olhos de forma que ela não conseguia conter. Foi com dificuldade que ela conseguira terminar de ler. Minerva abraçou a aluna, tentou acalma-la e consola-la. Entendia que a situação era difícil e tinha muita consideração pela garota. A carta continha o seguinte texto:

“Srta. Hermione Jean Granger
Em agradecimento aos serviços prestados em favor do mundo bruxo, nós do Ministério da Magia trazemos notícias a respeito dos pais da senhorita. Após um longa busca, conseguimos localizar o Sr. e a Sra. Granger.
Ambos habitam na cidade Narvik, ao norte da Noruega, porém temos a infelicidade de informar que seu pai faleceu devido a uma pneumonia, que fora contraída devido ás temperaturas realmente baixas daquela localidade. As informações conseguidas pelo ministério para que possa entrar em contato com sua mãe se encontram no envelope, juntamente com esta carta.
Meus sinceros pêsames,


Kingsley Shacklebolt
Ministro da Magia ”

Hermione perdeu os sentidos. Acordara horas depois na enfermaria. Rony estava la com ela, segurando sua mão e acariciando seus cabelos. A diretora lhe contara o que acontecera e ele permanecia ao lado dela. Sabia o quanto era difícil perder alguém da família. Sabia também que a dor que a namorada estava sentindo também se dava ao fato de seu pai ter morrido sem lembrar-se da filha.
Hermione fora dispensada das aulas naquela semana e ela, Harry e Rony tinham a permissão da diretora para irem ao funeral do Sr. Granger. O funeral seria na manhã seguinte.

Os três pegaram um trem naquela tarde em direção a Noruega. Chegando la, Hermione reverteu o feitiço que tempos atrás lançara na mãe a fim de protegê-la. Após isso, a mãe abraçou a filha e elas permaneceram juntas o tempo todo, uma dando apoio a outra. Rony e Harry permaneceram junto a família de Hermione e acompanharam o funeral. Os dois tiveram de voltar a Hogwarts no mesmo dia, porém Hermione só voltaria na segunda-feira, pois a diretora compreendia a delicadeza da situação.
Passados os dias, Hermione retornou a escola. Estava mais pálida do que de costume. Rony permaneceu o tempo todo ao seu lado, consolando-a, porém em alguns momentos ela preferia ficar sozinha e para diminuir a dor, resolveu se dedicar ainda mais aos estudos. Sendo vista na biblioteca com mais frequência do que o comum. Ela nem mais se importava pelo fato de sempre encontrar Draco Malfoy de cara nos livros. Isso não despertava mais a curiosidade nela. Era como se ele nem estivesse ali, pois mantinha-se longe todos os dias.

Em um desses dias em que ela estava estudando, começou a sentir-se só e decidiu que deveria passar mais tempo junto a Rony, pois ela o amava e sua presença a confortava bastante. Não estava sendo justa com ele, pois acabava afastando-o, e ele mesmo assim sempre estava disposto a lhe oferecer o ombro e demonstrar de todas as formas o carinho e o amor que sentia por ela. Não desejava mais evitar sua companhia. Precisava aceitar o que aconteceu e seguir em frente. Esta foi a sua primeira atitude para retomar a sua vida. Pensou com carinho nos momentos que tivera com os pais e decidira a partir de então parar de se lamentar e guardar na memória somente os bons momentos. Seu pai merecia ser lembrado com saudade e não com tristeza.

Ao sair da sala trombou com Draco. Não o vira pois já era noite e a biblioteca não estava muito iluminada.

– Desculpe Draco. – disse Hermione.

– Você não olha por onde anda? – disse Draco rispidamente.

Hermione decidira que não queria briga, pois não estava disposta a se chatear ainda mais.

– Eu realmente não te vi. – disse Hermione, virando-lhe as costas.

– Eu não tinha visto que era você. – disse Draco.

– Você pode estranhar eu dizer isso, mas sinto muito pelo seu pai. – disse Draco.

Hermione olhou Draco desconfiada. Ele não costumava ter compaixão pelas pessoas.

– Eu vou indo. Boa Noite Malfoy. – disse Hermione, indo embora.

– Boa Noite. – disse Draco.

Draco também soubera da noticia da morte do pai de Hermione. A informação vazara do Ministério da Magia e era matéria no Profeta Diário. Ele estava mudado nos últimos tempos e não mais se comportava como uma pessoa sem coração. Estava mais humano após tudo o que lhe acontecera. Olhava para Hermione não mais como uma inimiga, mas como uma pessoa. Claro que ela não era sua amiga, mas decidira respeitar a colega.

Hermione chegou ao salão comunal da Grifinória em poucos minutos. Já esquecera completamente que via Draco na biblioteca. Estava mais preocupada em encontrar o namorado. Tinha esperanças de encontra-lo acordado. Dito e feito. Rony esperava-a em frente a lareira. Ao vê-la, deu-lhe um beijo na testa e abraçou-a. Ele ficara mais carinhoso e compreensível com ela após o funeral.

– Rony, obrigada pelo apoio que você tem me dado nesses últimos tempos. Você me deu forças quando eu achava que não havia mais nenhuma. – disse Hermione emocionada, escondendo o rosto entre os braços do namorado. Ela se sentia completamente segura entre seus braços.

Rony acariciou seus lindos cabelos castanhos.

– Você sabe que eu estou aqui para tudo, porque eu te amo. – disse Rony.

– Eu também te amo. – disse Hermione.

Hermione contara a Rony que decidira seguir a vida em frente e guardar somente lembranças boas de seu pai. Também decidira que nunca mais perderia contato com sua mãe, pois ela era muito importante para ela e ela a amava muito. Rony apoiou e eles ficaram conversando. Ele conseguiu até tirar algumas risadas dela, pois queria vê-la feliz. Não gostava de vê-la pálida e abatida. Hermione ficou muito melhor após conversar com o namorado. Eles permaneceram em frente a lareira por um bom tempo. Quando finalmente se dirigiam aos dormitórios, Rony deu a Hermione uma rosa branca, para que ela guardasse e sempre que se sentisse só, se lembrasse dele ao sentir seu delicioso perfume. Hermione agradeceu ao namorado e se despediram.

Chegando ao dormitório, Hermione conjurou um vaso de cristal e guardou a rosa ao lado da cabeceira da cama. Queria ter a rosa por perto todos os dias ao deitar e ao se levantar. Esse era um dos presentes mais lindos que recebera na vida e era mais uma prova de que Rony era de fato o amor da sua vida. Sentia-se feliz e até deu um risinho ao se lembrar de quantas vezes já brigaram e o quanto demoraram para se entenderem de verdade.

– Coitado do Harry, pensou.

Ele fora o que mais aguentara a discussão dos dois. E foi sorrindo que Hermione se deitou. Olhou para a foto dos pais que deixara ao lado da rosa e olhou-os com saudade, mas era aquela saudade boa. Aquela de aquecer o coração. E fora olhando a fotografia que Hermione caiu no sono.

Na manhã seguinte, ela se sentia bem mais disposta. Recebera pela manhã uma carta da mãe e na mesma hora lhe respondera. Ao descer para o salão, recebeu abraços de todos os seus amigos. Sentia-se acolhida por todos e agradeceu a consideração. Todos jogaram fora seus exemplares daquele dia do Profeta Diário, pois em respeito a amiga, não queria que ela lesse a repostagem maldosa escrita por Rita Skeeter. A matéria tinha muitas especulações, que eram até um pouco maldosas, chegando a culpar a garota pelo ocorrido.

Durante o dia as aulas foram tranquilas e no final da tarde, receberam uma visita de Hagrid. O gigante também soubera da notícia e convidou os três para irem a sua cabana tomar uma xícara de chá.

Ao anoitecer, Harry se despediu dos dois amigos e fora embora. Também fora chamado pela diretora, mas desta vez, era só a respeito do time de quadribol. No último jogo, dois jogadores de seu time tinha se ferido seriamente, e ele precisava recrutar dois para tomarem o lugar temporariamente. Assim que Rony e Hermione ficaram a sós, uma coruja chegou, trazendo em um de seus pés uma rosa vermelha e um bilhete. A coruja era negra como a noite e com a luz do luar tinha um brilho azulado. Os dois nunca haviam visto uma coruja igual e no bilhete estava escrito:

“Você não esta só. Estou aqui com você.”

Hermione pensou que o bilhete fosse de Rony, mas ele negou, dizendo que não fora ele que mandara a mensagem. Os dois estranharam, pois nenhum de seus amigos tinha uma coruja assim. Decidiram que prestariam atenção para descobrir de quem era a coruja e agradeceriam o apoio.

A visita dessa coruja tornou-se constante, sendo praticamente todos os dias. A mensagem e a rosa que ela trazia eram sempre iguais. Rony começou a ficar enciumado. Lembrou-se da primeira vez que Hermione encontrara uma rosa, seguida de um fio loiro. Ele começou a desconfiar de quem eram os bilhetes, mas ao mesmo tempo essa ideia não fazia sentido nenhum. Decidiu fazer como haviam decidido antes, tentar descobrir quem era o dono da coruja negra.

Dia após dia, sempre no mesmo horário, Hermione recebia uma rosa juntamente com um bilhete, que continha sempre a mesma mensagem. Hermione e Rony foram ao corujal diversas vezes para tentar descobrir de quem era a coruja, porém nunca obtinham sucesso. Após aproximadamente um mês os dois desistiram, por fim começaram a achar que fosse alguma brincadeira sem graça de algum aluno que tomava a coruja emprestada de seus pais.

O tempo passou. Era final de ano, mais precisamente inicio de Dezembro, porém o castelo não estava decorado com tema de natal, pois antes disso, haveria um baile. Mas não um baile comum. Este ano os alunos do primeiro ano tiveram a ideia de fazer um baile de máscaras. A diretora hesitou por um tempo, pois não queria mudar as tradições, porém acabou se convencendo de que seria interessante e os alunos bem que mereciam uma distração antes do natal. Os novatos tomaram conta de tudo e logo o castelo estava decorado para o baile. Quem decorou tinha realmente muito bom gosto e o baile seria no próximo final de semana. A ideia era promover a interação entre todos os alunos, por isso, no baile, cada um deveria estar acompanhado por um aluno ou aluna de outra casa. A diretora achou melhor assim, pois isso poderia diminuir a rivalidade entre as casas. Principalmente entre os alunos da Grifinória e da Sonserina. Para tornar tudo ainda mais interessante, um dos alunos sugeriu que os pares fossem sorteados um dia antes do baile. O sorteio seria em dois dias. E como não poderia ser de outro jeito, os alunos conversavam animados a respeito do baile. O assunto prevalesceu até o momento do sorteio. No momento do sorteio, todos ficaram quietos. Não havia nem um som sequer. Parecia até que os alunos prendiam a respiração. O sorteio começou e a maioria dos alunos ficara feliz com o sorteio, exceto aqueles que fariam pares com alunos da Sonserina. A Sonserina não tinha uma fama muito boa e era a casa mais antipatizada pelas outras. Por sorte, Rony tirou Luna, que já era sua amiga, por isso ele achou até legal. Harry tirou uma garota da Lufa-Lufa com quem ele nunca havia falado. Seu nome era Melissa Johnsom. Era uma garota um pouco mais baixa que ele, possuia sardas no rosto, cabelos pretos e olhos azuis. Ela era bem bonita, mas Harry nem prestou atenção nisso, pois ficara de boca aberta com o próximo casal sorteado. Gina iria ao baile com ninguém menos do que Draco Malfoy. Todos olharam para os dois. Malfoy iria com uma Weasley.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que esse capítulo eu demorei um pouquinho para postar kkk na verdade ele estava prontinho, eu só tava sem tempo mesmo. Mas prometo a vcs que vou tentar postar o mais rápido que eu puder. Bjinhos :)
Se você acompanha essa fanfic e quer, sei la, me mandar alguma sugestão ou só conversar comigo mesmo kkk meu twitter é @julianatriz



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