Winner escrita por Alice


Capítulo 12
Eu só queria saber o que é amor


Notas iniciais do capítulo

Ficou enorme porque eu sou uma bosta e estou extremamente atrasada.



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A maioria das pessoas que ouviam a história de Rose achavam-a maluca.

Afinal, como ela poderia ter abandonado a mãe com um pai maluco daquele jeito? Ou ela estava exagerando sobre a maldade do pai, ou estava mentido sobre seu amor para com a mãe.

Mas mesmo ela não entendia como aquilo era possível. Sua mãe sabia que Rose estava indo embora, e que poderia ir junto: poderiam fugir e serem felizes, ter uma relação de mãe e filha, na qual passariam tardes inteiras em algum parque lendo, sem o pai a chamar para fazer algo para comer e reclamar depois.

Ela não entendia – até que Lyra lhe explicou um pouco sobre psicologia. Sobre algo chamada Síndrome de Estocolmo. Oh, pobre menina, compreendendo tudo, assim, de uma hora para outra.

– É algo antigo, na verdade, mas que começou a ser estudado apenas nesse século, por causa da evolução e da importância que a Sociologia ganhou. Os estudos começaram quando, durante um assalto a um banco em Estocolmo, os ladrões fizeram reféns. – a Greengass entendia sobre psicologia por causa de seu pai, ela estudou para saber se havia algo de errado com ela mesma – Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas quando esses reféns saíram, eles protegeram os ladrões. Um se juntou a eles.

“Isso acontece em casas, Rosie. Os maridos deixam elas culpadas, falam horrores, dizem que tudo é culpa delas, e depois as confortam, lhes dão carinho. E assim, esse vinculo horrível se forma.”

A culpa a assolava incessantemente. Não era perfeita, sabia disso – todos sabiam disso. Quando fugiu, pensava que era incompreendida. E agora ela era um monstro.

Deixara sua mãe doente com seu pai e irmão sociopatas.

Mas ela tiraria Hermione de lá.

How many girls stay awake all night

Too scared to sleep and too scared to fight back

I know you know what I'm talking about

Another woman killed and hardly a pout about it

[E eu menti – porque eu sou uma mentirosa.

Porque eu queria que vocês achassem que Rose é tão incrível quanto eu acho.

Mas ela abandonou a mãe dela. É a verdade. Se ela fosse mais atenta, se ela se importasse mais com outros e não se envolvesse apenas em sua dor ela veria o quão pior a vida de sua mãe era comparada a sua.

E agora ela via. E agora ela estava destruída.

Não importa, de qualquer jeito, porque o passado não existe mais e o futuro é relativo ao que aconteceu até agora.

Ela mudaria o futuro.

E agora eu não estou mentindo.

Mas eu ao vou fazer promessas.

Acabou a sinceridade.]

Ela estava em Londres de novo e odiava isso.

Odiava o céu sem estrelas.

Odiava a razão pela qual estava lá.

Odiava a vida que deixara para trás.

Odiava o futuro que construíra para sua mãe.

E se odiava.

E, quando abriu a porta de casa com a chave que tinha de quando fugira (ela sabia que eles não haviam mudado, aquela fechadura tinha duzentos anos) e viu seu pai sentado no sofá com sua mãe servindo-lhe quitutes, Narcisa quis ser a assassina que dizia que iria se tornar quando tinha dez anos.

A imagem de si mesma com uma mascara de tigre, uma calça de couro e uma blusinha sexy com uma arma apontada para a testa do pai se tornou tão real que ela deu o sorriso assassino que teria dado.

Ela não controlou o sorriso assassino quando caminhou em direção à sua mãe e lhe tirou o prato da mão, olhando-a com um carinho e com um arrependimento que quase a fez chorar – era tanto que não cabia em apenas um olhar.

Narcisa pegou um quitute e levou o prato para a cozinha, sendo seguida por uma Hermione mais do que perplexa. A ruiva deixou o prato na mesa e abraçou sua mãe.

– Eu vou te tirar daqui, eu prometo. – Ela nunca prometia nada. – Apenas me acompanhe mãe, e não olhe nos olhos dele, não obedeça à ele, seja a mulher poderosa que cursara advocacia e que tia Angelina tinha tanto orgulho de falar.

“Não obedeça à ele. Ele é o monstro. Você é perfeita e você não tem culpa de nada.”

Rose parou de sussurrar para sua mãe quando Ronald entrou na cozinha, usando a sua cara de bunda que a menina jamais sentira falta. Ainda lhe cai bem, pensava.

– Hermione, o que a sua filha está fazendo aqui?

– Eu não sei, Ron querido. Ela é sua filha também, lem– Ele a cortou com um olhar e ela se virou para a filha. – Rose, mimosa, o que você faz aqui? Não avisou que viria.

– Ok. Cansei do teatrinho. – Ela iria surtar a qualquer momento, não conseguia aguentar aquilo. – Ronald, estou levando minha mãe para passar férias comigo em New York. Haverá uma exposição com todas as obras de Rodin no Metropolitan e eu vou levá-la para ver.

“Você não está convidado. Até mais.”

Por Deus, se fosse tão simples, certo?

O homem ruivo sorriu – que sorriso medonho, nãoolhenãoolhenãoolhenãoolhe, oh meu Deus, nãonãonãoão – e se moveu, indo para o lado de Hermione e colocando o braço sobre seus ombros.

– Rose, filha, eu não posso. Tenho responsabilidades aqui. Não posso deixar meu pai e meu filho. – Narcisa quis chorar. Ele a controlava como uma boneca de olinda. Ela apenas sorriu não se abalando.

Aham, claro.

– Mas, mamãe, lembra como nós falávamos de ir ver essa exposição em Paris, mas então o atentado aconteceu e não fomos? Agora nós podemos. Por favor. – Ela não sairia dali sem ela. – Por favor. Tia Angelina me contou de como vocês duas o adoravam, que queriam fazer uma viagem por toda a Europa apenas para ir aos museus atrás das obras de Rodin.

Hermione pareceu começar a lembrar de sua filha, do que aconteceu, de sua amiga morta. Ela parecia recordar de uma época em que era mais independente, sem Ronald, apenas ela e seu sonhos.

Mas seu marido não permitiria mais do que aquilo.

– Vá embora, menina. Não existe nada para você nesta casa.

– Eu não vou sair daqui sem minha mãe Ronald, ela não pertence à você. Ela pertence ao mundo do qual você a arrancou. Ela tem sonhos para conquistar.

Ele sorriu aquele sorriso medonho e feio e com escárnio que dizia que ele iria usar a sua altura e a sua força para lhe proibir, além de seu espírito e alma nojentos – e ele sorriu para Hermione, que obviamente se encolheu toda. Se Rose, que era independente dele haviam cinco anos ainda se amedrontava, imagine ela.

Narcisa não permitiria isso.

Mas Ronald não ligava.

– Os sonhos dela são nossos sonhos agora. Pensamos em conjunto, não é querida?

– Cla-claro. – Ela olhava para a filha. – Mas eu realmente gostaria de ir, querido. S-são apenas quatro dias e– Hermione se calou. Seu marido não parecia muito confortável com aquelas palavras.

Ele tirou seu braço do ombro de sua mulher e avançou para Rose, puxando-a pelo braço em direção a porta. Ele era um Weasley, bruto e imbecil e teimoso e, querendo ou não, era pai de Rose – e ela também era uma Weasley, mesmo que em menor parte.

Ela era teimosa pra caralho. E justa. E corajosa. E ela prometera que não sairia sem a sua mãe.

A ruiva se soltou de seu pai e colocou suas mãe nos ombros de sua mãe, falando extremamente rápido.

– Eu não sei se você tentou se libertar no passado, se você chamou os policiais. Eu não estava aqui. Se eles vieram e se fizeram de surdos quando viram meu pai, se eles foram apáticos, sendo os grossos e estúpidos que são. Eu só sei que isso não adiantou de nada e que isso é horrível. Porque eu sei, mãe. Porque eu vejo os jornais que quando um homem rico e poderoso é assaltado eles prendem o ladrão que estava metido no meio de China Town na hora, mas que quando um assassino mata mulheres depois de estuprá-las e de torturá-las.

“Eu sei que eles olham para você e acham que você tem a melhor vida do mundo, que eles a vem como um objeto que o meu pai usa e que eles não lhe vem como um humano em sofrimento. Eu sei porque eu escrevo coisas assim para o jornal em New York, lutando contra uma maré.”

“Mas o que eu não sabia, o que uma amiga me explicou ontem e que me fez vir até aqui correndo foi que você começou a acreditar nisso. Que você acreditou ser um objeto para ele porque todos acham que você é.”

“E eu também não sei o porquê de você ter acreditado nisso. Mamãe, por favor, venha comigo e me conte porque”.

No final de seu pequeno discurso motivacional, a mulher de vinte e um anos parecia a menina de dezesseis que fugira de casa, chorando, nos braços do pai que a arrastava para fora. Rose lutava contra ele, mas estava desesperada: o pânico a tomara.

Green River killer my fucking ass

The cops have gotta be deaf, dumb, and spastic

To not catch the killer (s) of a hundred women

I guess it'd be different if they thought we were human

E então ela viu o brilho nos olhos da mãe, o mesmo que a fizera se orgulhar de si mesma quando aprendeu a escrever. O temor de não conseguir salvá-la sumiu e ela pensou racionalmente volta. Parou de lutar e deixou seu pai levantá-la do chão, o que a fez ficar na altura perfeita para chutá-lo nas bolas.

Esse sempre será o ponto fraco dos homens.

Ele a soltou e Rose viu que estava no papo.

– Você é um imbecil, Weasley. Um puto, um cavalo, um vadio e um desgraçado. Seu caralho. Seu filho da puta.

Ela deu outro chute no saco dele, e ele se inclinou para frente permitindo com que a ruiva o puxasse pela cabeça ao encontro de seu joelho. O nariz dele começou a sangrar e ela o empurrou em direção ao chão. Ronald caiu de costas. Ela chutou sua barriga. E parou.

Porque ela jamais daria jus a sua genética Weasley.

Narcisa se virou para sua mãe, que tinha um sorriso mínimo no rosto, vendo-se livre de seu pai.

– Nós temos que ir.

–Eu sei.

– Você tem algum problema com isso?

Hermione riu um pouco e puxou sua filha pela mãe, vendo seu marido começar a tentar a se levantar. O riso sumiu e um pouco de pânico subiu por seu corpo. Ela passou bem longe dele e segurou o braço de sua filha, correndo até a porta.

Não se arriscaria ficar ali por mais nenhum minuto.

– Mãe, espere. Se tranque no taxi, ok? Eu tenho que pegar umas coisas.

Hermione foi, porque estava morta de medo com tudo que havia acontecido e que viria a acontecer. Mas isso não a impediu de quase surtar durante os cinco minutos que ficou dentro do taxi esperando por sua filha.

Por Deus, aquilo parecia um filme de terror.

E então a ruiva entrou no taxi gritando para o motorista ir, e a morena ouviu um esbravejo ao fundo. Ele não pode nos alcançar, nãonãonãonão, era o que as duas pensavam enquanto diziam para o motorista ir o mais rápido possível. E ele foi, porque Rose disse que pagaria o dobro. Quando estavam no fim da rua, conseguiram ouvir o grito de Ronald.

Hermione se virou para Rose.

Por que demorou tanto? Ela sussurrou, o medo ainda em sua voz.

– Eu tive que pegar seu passaporte, mamãe. Mas ele o escondeu bem. Graças a Deus não topei com Hugo.

– Ele está no hospital. Quebrou o pulso pela manhã socando uma parede. De novo. – Rose se perguntou se sua mãe um dia voltaria a falar em voz alta. – Rose? Eu achava que era amada, mesmo que como um objeto.

“Eu apenas queria saber o que é amor.”

I wanna know what love is

I wanna know what love is

Faziam dois meses. Ela queria saber o que é amor.

Tudo que ela descobriu é o que ele não é.

Hermione estava em terapia. Síndrome de Estocolmo é perigoso. Podem haver surtos, as vitimas podem sentir falta de seus dominantes e estranhar carinho real, sem agressão ou manipulação.

As vezes, ela pedia para Rose ir, as vezes implorava para ir sozinha, mas em maioria ia com Lirae. A Greengass conversava com o psiquiatra, vendo o que poderia ser feito para melhorar o tratamento, quais eram os principais traumas de Hermione e quais remédios ela deveria tomar.

Lyra explicava tudo que sabia para Narcisa e a explicava as coisas que a ruiva tinha dúvidas. Ela as vezes surtava por conta da mãe. Era triste de mais.

Hermione dormia junto com Rose, e todas as noites as duas acordavam juntas por conta de pesadelos e a morena desafabava: a mãe contava os terrores que passara com Ronald, dizendo que era praticamente empregada dele e do filho, que os dois a agrediam e depois diziam que estava tudo bem, mas ainda colocando a culpa nela. “Não se preocupe, amor, da próxima vez você irá fazer certo e nós não ficaremos decepcionados. A culpa é sua, mas nós ensinaremos como fazer certo.” Ela dizia que Ronald dizia isso quando estavam fazendo sexo, que ele a torturava de verdade. E a filha escutava, porque sabia que a mãe tinha e que deveria compartilhar o que acontecera naqueles vinte e dois anos de casado.

Mas aquilo era a porra de um filme de terror, e Narcisa nunca se sentira tão impotente.

Teve uma vez que ela perguntou sobre seus avós, afinal, o pai de sua mãe fora capitão da polícia, aquilo não valia de nada? Hermione riu um pouco, levando as coisas com algum humor para não chocar muito a filha. Nunca adiantava, mas ela tentava. As duas já haviam passado por coisas de mais.

– Filha, meu pai é antiquado. Ele apenas dizia para fechar as pernas para os outros homens por quem eu me apaixonasse, quando eu era mais nova, e que eu deveria me poupar para o casamento certo. Assim, que ele descobriu que Ronald Weasley me queria, nada mais importava, nada, principalmente eu. – Ela sempre contava tudo olhando nos olhos de Rose, o que assombrava a pequena mulher. Era muita coragem. – Uma vez, liguei desesperada, seu irmão tinha oito e eu não aguentava mais seu pai brigando comigo. Ele disse apenas para eu agir bem.

E foi desse jeito que Narcisa não conseguiu mais se segurar.

– Eu odeio isso. Odeiodeiodeiodeiodeiodeiodeiodeio. Por que somos nós que temos que relevar todas as merdas que esses homens fazem? Por que somos nós que temos que respirar para recuperar a calma e a coragem que essa raça maldita tira da gente? Por que são eles que podem se divertir e nós que temos que ficar na cozinha fazendo a porcaria do almoço sem reclamar.

“Eu odeio MUITO.”

The killers and the cops give us special advice

Like cross your legs and act fucking nice

While they kill us off old and fucking young

For breathing, relieving, and having fun

[– Filha, respira. Fundo, respira fundo. Está tudo bem. Nem todas obedecemos isso lembra? Quando você se estressar desse jeito, lembre-se de Minerva. Lembre-se de Lyra e da mãe dela, de Astória. Lembre-se de sua mãe, me mantenha em sua cabeça e lembre-se do que você me salvou e de como tudo vai dar certo agora.

“Lembre-se de você mesma.”]

Aquilo ficou em sua memória desde seu ultimo “surto” de raiva, que consistia em Rose reclamar em voz alta das injustiças do mundo contra o sexo feminino de forma agressiva.

Mas, enquanto lia um dos textos que sua mãe escreva para sua terapia, ela não conseguiu conter o ódio por seu pai e o orgulho que tinha de sua mãe. Ela apenas leu e se virou para a morena mais baixa, que não deixava mais o cabelo solto, e sim preso em um coque bagunçado e informal. Hermione nunca mais usou saias, apenas calças de cintura baixa e blusas enormes ou blusões de estampas coloridas. Era tão ela.

Rose abraçou-a, maior do que aquela que protegeu-a sempre.

– Mãe, posso publicar esse seu texto no jornal?

They'll keep you scared so you have to have a boyfriend

And take your kids away if your a la la lesbian

Arrest you for whoring then rape you in the car

It's time we point the finger at who the real criminals are

A primeira vez que senti medo foi quando beijei Padma Patil no primeiro ano do ensino médio. Eu já havia beijado meninos, sim, mas eu nunca havia sentido algo. E quando eu quis ir beijar Padma mais vezes, ficar realmente com ela, namorar e assumir um relacionamento, eu sabia que estava fundida.

Todas as vezes em que a família se reunia eu já tinha que ter a desculpa para o fato de eu não ter um namorado preparada. Afinal, para eles não era normal eu ser a única sem um casinho.

Foi no meu aniversário de dezesseis anos em que eu decidi que jamais poderia contar sobre o que eu era: uma menina do terceiro ano foi pega em um jogo de Verdade ou Desafio dando um selinho em uma colega e foi mandada para um reformatório. Eram os anos sessenta, afinal. Haviam drogas chegando em Londres e qualquer e toda a rebeldia deveria ser destruída.

Eu tinha medo por minha mãe: o que seria sela se eu fosse levada por seu uma lésbica, alguém que ia contra a natureza e à vontade do Senhor? Eu me importava de mais.

Haviam boatos de que as meninas levadas eram estupradas com a finalidade de “aprenderem” o que é certo, o que o corpo delas tem que querer. E o pior era que muitos colegas, alguns amigos meus concordavam com isso.

Eles acreditavam que os criminosos eram os gays. Gays, por Deus.

Eu nunca soube o que era querer alguém depois de Padma, ficava acordada a noite pensando se seu seria feliz ao lado de um homem, se o sexo que teríamos me faria esquecer os beijos que trocamos e se eu gostaria de transar.

Ao contrário de minha filha, eu nunca fui rebelde. Ela lutaria por sua vontade, mesmo naquela época, preferiria a rebelião irracional e que poderia levá-la a felicidade do que ficar com medo e viver o que lhe foi planejado, pelo bem dos outros.

Ela é egoísta pelas coisas certas, egoísta pelas mulheres, dizendo que mesmo que não faça os outros felizes, nós temos direitos. Ela jamais teria se tornado o que eu me tornei, uma empregada, uma esposa de um marginal, uma marginal rico e estúpido que usa ternos caros e ainda assim um marginal.

Mas ela voltou por mim.

Ela não foi tão egoísta e eu sou grata por isso.

Eu conheci uma mulher chamada Luna em um Starbucks hoje, acho que mesmo depois de tudo, eu vou conseguir o que eu quero. Não sei se é o jeito certo, mas eu vou conseguir o amor que eu sempre quis provar.

E vai ser com uma mulher – como eu disse, não sei se é o jeito certo, mas o outro não funcionou, então…

I wanna know what love is

I want you to show me

So I'll stay awake almost every night

A pin in my hand and in the other a knife

Cuz I'd rather be scared and fight back

Then be some dick's maid, babe, or wife

I don't care how we get it

but we've gotta get it someday


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Notas finais do capítulo

Ok. Eu cortei algumas partes da musica porque elas não encaixavam.
Eu fiz a Mione lésbica, sim.
Foi mal se você não gostou.
Síndrome de Estocolmo é algo real e extremamente horrível. Eu li algumas fanfics no Archive Of Our Own em que a Bella tortura a Hermione e ela acaba desenvolvendo a doença. Foi uma leitura tenebrosa e eu fiquei assustada. É algo que acontece em algumas casas em que o marido machuca fisicamente mas sabe como trabalhar o psicológico da mulher de forma correta para a fazer ficar com essa síndrome.
O que você acha sobre violência doméstica? E não falo apenas de violência física, também entra a psicológica. Eu já sofri junto de minha mãe da psicológica porque o meu pai é uma manipulador desgraçado.