– O que? – perguntou James incrédulo – Deve ter havido algum engano, Peter é nosso amigo, nunca nos trairia.

Para ele era difícil de acreditar que um dos seus melhores amigos o trairia assim. Ele não podia acreditar, era simplesmente um engano, ele pensava. Remus e Sirius não estavam diferentes.

– Não é um engano – fala o James Sirius com raiva, não era possível que depois de tudo que disse eles achassem que havia algo errado.

– Peter não faria isso – continuou insistindo James, mas parecendo menos confiante

– Será que dá para vocês pararem? – pergunta Lene – Desculpe, James. Mas se você não quer acreditar que ele faria isso, o problema é seu. Eu acredito neles.

Todos olhavam para ela. Os marotos se perguntavam como ela podia confiar tão cegamente neles. É claro que eles também acreditavam, entretanto não era possível que Wootmail os traísse. Pelo menos era o que pensavam. Lily ficou quieta, tal como Sophia. Mas o jovem do futuro não.

– Sua confiança nele só mostra o quanto você é cego.

– Eu só confio em meus amigos. – retruca James irritado

– Então morra acreditando nele, deixe Sirius ser preso no lugar dele e ficar 12 anos em Azkaban por um crime que não cometeu.

– Como as...

– Será que vocês podem parar?! – exclama Lily irritada com a discussão, finalmente se metendo

– Não – falam juntos

– O que disseram? – pergunta ela dando um olhar mortal

– Nada – respondem eles

– Ótimo

Há um silencio incomodo depois dessa calorosa discussão. James pensando que talvez, mas só talvez seu neto pudesse estar certo, tal como Remus e Sirius, que estavam quietos, mas ainda assim eles precisavam de provas. Sophia, Lily e Marlene, reviraram os olhos simultaneamente pensando, Garotos. De repente o silencio é quebrado com uma pergunta da avó de James.

– Espera, se eu e James estávamos mortos, com quem Harry ficou?

– Como o padrinho gostosão, nesse caso eu – responde Sirius

– Mas você não foi preso? – questiona Lene

– Foi – responde Sophia

– Não me diga que ele ficou, com quem eu acho que ficou – quase implora Lily

– Papai ficou com a tia, Petúnia Dursley – responde James Sirius

– Não pode ser – murmura baixinho Lily. Ela sabia que a irmã a odiava, sempre a chamando de aberração, mas torcia que ela não tratasse mal seu filho. Porém, no íntimo ela sabia que ela provavelmente o tratava da pior forma possível.

– Como ela o tratava? – pergunta ela num fio de voz

– Muito mal ... – então o jovem começa a contar como tratavam seu pai, por mais que esse não guardeasse tanta magoa, ele achava que era um absurdo o que fizeram com Harry.

Ao fim do relato, James estava sendo controlado por Lily para não ir até a irmã dela e seu futuro marido e tirar satisfações. Por mais que Lily tenha ficado horrorizada com tudo, ela não podia deixar ele cometer uma loucura. Todos os seus amigos estavam juntamente nervosos, principalmente Sirius, que estava bem disposto em ir ao mundo trouxa e dar um belo soco no porco ambulante de Valter Dursley.

Após alguns minutos, depois de todos estarem mais calmos, James Sirius começou a contar o que seu pai aprontava em Hogwarts. Lily ficou a maior parte do tempo preocupada e nem percebeu que ficou abraçada a James. Este ficou muito feliz em saber as marotagens que seu primogênito fazia, mesmo que sem perceber. Ele se sentia feliz e ao mesmo tempo triste, estando morto, perdeu primeiro a mulher da sua vida, que também estava morta, e a infância de seu filho. Mas ficou extremamente orgulhoso do que Harry se tornou. No final do relato, a maioria estava chocado por descobrirem sobre as horcruxes e Voldemort, mas tinham um sorrisinho discreto nos rostos, por Harry o ter derrotado. Uns é claro, mais discretos que outros.

– Meu afilhado é o melhor – fala Sirius, sendo ignorado pelo restante

– Acho que está na hora de vocês irem – falou Sophia

– Ainda está cedo, eu quero saber da vida de vocês dois e meus outros netos – protestou James

– Potter, ela está certa, vamos logo – contradiz Lily

– É Prongs, temos ainda muito tempo pra isso – comenta Sirius

– Certo – suspira derrotado, logo todos saíram, mas ele foi o último a ficar.

– Posso falar com você? – pergunta ao neto

– Claro

– Eu queria me desculpar – diz ele – Eu me descontrolei àquela hora, é que é difícil. Uma hora ele é um dos seus melhores amigos e na outra ...

– Ele te dedura para a morte – termina James Sirius

– É – ri sem humor ele

– Não precisa se desculpar, eu também exagerei

– Não você estava certo.

– Não eu ...

– Será que vocês podem se abraçar logo, para eu ir dormir – fala Sophia cansado e um pouco irritada. Os dois se olharam e deram um abraço.

– Certo, boa noite – fala James

– Boa noite – dizem os dois juntos

Enquanto James saia gritando para os outros o esperarem, Sophia pensou em duas camas, que logo apareceram em um canto da sala, para enfim dormir. Os dois, em silencio, se dirigiram a elas.

– É estranho, não é? – pergunta James um pouco depois

– Estranho? – pergunta Sophia sem entender

– Sabe, descobrir que nós voltamos no tempo, e acabamos de falar com nossos avôs – diz ele

– É – concorda ela

– Estou me sentindo como se estivesse roubando isso do meu pai

– Como assim? – pergunta com uma sobrancelha levantada

– Ah, você sabe. Ele sempre quis os conhecer, e agora eu volto no tempo e os conheço e conto a verdade, sinto como se o estivesse o roubando

– Bom a culpa é sua

– Não está ajudando

– Eu sei – diz simplesmente ela – Vou me trocar

Ela então faz aparecer roupas e vai em direção ao banheiro que se encontrava escondido no canto da parede, não sendo notado por James até então. Após alguns minutos, Sophia sai de lá de pijama. Logo ele também faz o mesmo processo. Durante alguns minutos a única coisa ouvida era os dois se arrumando em suas camas, até James falar.

– Soph’s

– É McKinnon, Potter – diz irritada

– Eu já disse que só vai ser McKinnon Potter quando nos casarmos – fala calmamente

– O que você queria? – pergunta/grune ela

– Que tal um acordo? – pergunta ele

– Qual? – pergunta pouco interessada

– Enquanto estivermos no passado podemos tentar ser amigos

– Amigos? – pergunta ela incrédula

– Sim. Você topa?

– Tenho escolha? – pergunta ironicamente

– Não. Bom agora que somos amigos, você tem de me chamar de James – fala confiante

– Ou eu posso simplesmente te chamar de Potter

– Amigos não chamam amigos por sobrenomes. Não quer que isso dê certo? – diz irônico

– Na verdade não – ela fala baixinho, esperando não se ouvida. O que não aconteceu.

– Eu ouvi isso. Qual é, vamos Sophia

– Certo, certo. Você venceu, Pot.. James – diz ela – Agora vamos dormir.

– Boa noite, Sophia – diz ele virando pro lado

– Boa noite, James