Zumb'ers escrita por Eyelins Skye


Capítulo 8
Mayra Luckehard Finally.


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Eu estava realmente doente, mas já melhorei.
Espero que gostem do capitulo e comentem por favor.



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Ele narrando:

–Qual é Ryan, ela quase quebrou meu nariz!

–Nem vai aparecer amanhã Nate -ele revirou os olhos.

–Ela que pediu, não sei porque você está aqui, se foi ela quem começou.

–Nate você fica um cu quando está extressado, óbvio que ela começou.

Uma semana depois.

Ela narrando:

Nós nos levantamos cedo pela manhã, iamos buscar alimentos, remedios e todos os meios de protegermos o colégio. Eu tomei um banho meio gelado, quase morri de frio, mas aquilo serviu para me acordar bem, eu vesti meu uniforme, agora arrumado depois das reclamações que eu fiz, os uniformes continuavam sendo pretos, mas agora era uma calça tipo saruel, uma blusa de mangas finas e coturnos.

Então sai de meu quarto, batendo em Nate, basicamente no ombro dele, mas antes que ele pudesse dizer algo, sai para a cantina. Eu peguei meu café da manhã que consistia em um copo de café puro e três torradas com geleia, estava me dirigindo a uma mesa no canto, quando Ryan (sentado em cima da mesa como sempre) me puxou pelo braço e sorriu.

Eu sentei na mesa, ao lado dele, apoiando a bandeja em cima do colo.

–Cadê sua bandeja?

–Eu já comi, a maioria de nós já. Você vai comer só isso?

–Sim, por que?

–Por isso é magrinha desse jeito -ele sorriu.

Eu comecei a tomar meu café, conversando com Ryan e os outros soldados que estavam lá, da mesa em que estavamos sentados e os da mesa da frente, todos prestavam atenção em mim e eu neles, a conversa tinha virado piada e eu não parava de rir. Vi Nate entrando, pegando seu café, ele apenas passou no nosso meio e saiu, sem uma palavra.

–Ele só está bravo.

–Eu não ligo -dei de ombros.

Após comermos, fui até o quarto das crianças, queria ver como a pequena estava antes de ir e me surpreendi ao ver Nate com ela no colo, sentado em uma das camas, conversando e principalmente, rindo com as crianças ali. Ele notou que eu estava na porta, me olhou e chamou Anahi que veio correndo até meus braços.

Ao sair dali, nos dirigimos ao onibus, ainda sem dizer nada um ao outro, ao entrar no onibus encontrei Mayra ali e sorri.

–Vai com a gente?

–Vou, vão precisar de toda a ajuda possível.

–Que bom, vamos ficar juntas ok?

–Ok -ela sorriu.

Ao chegarmos, foi o mesmo esquema dos outros dias, então eu, Nate, Lia, Ryan e Mayra ficamos em campo aberto, enquanto os outros ficavam em prédios, lojas e mercados.

–Todo cuidado é pouco em campo aberto -Nate nos avisou.

–Tomem cuidado, fiquem juntos -Ryan disse.

Nós andamos com as armas na mão, concentrados, tentando não fazer nenhum barulho, ouviamos os zumbis ali perto e aceleramos o passo. Achamos madeiras, então arrastavamos até o onibus, enquanto Lia pegava os pedaços pequenos.

Não sei o que houve, mas Lia gritou, então nos olhamos e todos os zumbis estavam vindo em nossa direção, milhares deles, corremos por entre as arvores, cuidando um dos outros e decemos até os tuneis da cidade, mas cometemos um grande erro, havia mais zumbies ali. Muitos zumbis, nos dirigimos até um tunel do esgoto que estava com a passagem livre, estavamos para entrar quando eu notei o que era e puxei Nate para trás.

–O que foi Isabella? -ele perguntou. -Ah, deixe para lá, temos que entrar agora ou vão nos alcançar.

Ele correu para dentro, sem me dar tempo de falar, então o segui e chegamos a uma area clara onde todos nos esperavam olhando em volta.

–O que foi?

–Há três caminhos e agora? -Ryan perguntou.

–Vamos nos separar -Nate disse.

–Mas... Nate... -eu tentei dizer e Nate me puxou.

–Temos que nos separar, se estivermos todos juntos, podemos acabar sendo pegos, mas separados a chance de pelo menos um se salvar.

Então segundos depois estavamos correndo, eu e Nate fomos correndo para o mesmo lado, pegando o tunel da direita, sua mão estava na minha, então eu sabia, Nate era o garoto dos meus sonhos/pesadelos e eu precisava avisa-lo.

–Nate, espera -sussurro.

–O que foi?

–Eu já sonhei com isso antes, antes de te conhecer.

–O que?

–Eu sei que parece loucura, mas eu já sonhei com nós dois nesse tunel, por favor, acredite em mim. Precisamos ter muito cuidado, você principalmente.

–Você sonhou que eu morro?

–Não, eu sonhei que estavamos aqui, que você soltava minha mão e depois eu ouvia um rastejar, saia na noite e os zumbis me pegavam, eu ouvia ossos quebrando -contei a ele com todo o medo possível.

–Nada vai acontecer, não vamos soltar nossas mãos ok?

–Ok.

Então ele entrelaçou seus dedos nos meus, saimos correndo pelo corredor estreito e escuro, eu mal podia enxergar Nate na minha frente. Nate corre na minha frente, nossas mãos ainda estão juntas, até chegar ao lado que começa a ficar mais estreito, Nate segura com seus dedos os meus e é só isso que nos mantém juntos.

Então vem o estrondo, seus dedos se foram, estou sozinha e com medo, não acredito que está acontecendo, então estou chegando ao fim do tunel e sinto braços me envolverem. Estou pronta para gritar, mas uma mão tapa minha boca, eu penso que é meu fim e sou arrastada para o outro lado, não entendo o que está acontecendo, até meus olhos se acostumarem com a claridade e eu perceber que era Nate me segurando.

–Você está bem? -sua fala estava entrecortada por ter me arrastado.

–Sim, onde estamos?

–Eu sai por aqui e vi que você não tinha saido, então entrei atrás de você e vi quando você ia sair ali do outro lado, onde tinha zumbis e te peguei.

–Obrigada.

–Não foi nada.

–Foi sim, é a segunda vez que salva minha vida.

–Vocês estão bem? -Ryan perguntou, chegando correndo até onde estavamos, com Lia logo atrás.

–Espera, se vocês estão aqui, então... -eu comecei, mas o som de um grito e de ossos quebrando interromperam. -Mayra, não! -eu gritei.

Minutos depois, estava com a boca tampada, outra mão na minha cintura e por mais que eu lutasse, me arrastavam para o outro lado, a ultima coisa que vimos, foi o corpo de Mayra preso entre uma grade e varios zumbis que a comiam. Eu virei o rosto, só notei as minhas lágrimas quando Ryan foi limpar meu corte na testa (que eu nem sei onde eu fiz) e ele mandou eu parar de chorar, se não ele não ia conseguir passar o remédio. A verdade é que eu estava revoltada, aquilo doia, ela era tão linda e tão nova... Eu não percebi quando pegamos o onibus, eu não percebi quando chegamos na escola e eu não percebi quando fui levada ao meu quarto.

–Isabella, você tem que reagir! -Nate me chacoalhou e eu o olhei. -Por favor, isso acontece.

–Você tem razão, mas ainda sim... -eu senti as lagrimas descendo como um rio de volta e depois os braços de Nate me abraçando com força.

–Olha, toma um banho, eu vou juntar as coisas de Mayra para queimarmos.

–Não, eu quero que ela morra como uma heroina.

–Mas ela já morreu...

–Mas eu tenho uma ideia, por favor Nate -pedi.

–Ok, o que, quer que eu faça?

–Chame todos para o telhado depois do jantar, vamos fazer um funeral de heroina para Mayra.

–Ok, agora tome um banho.

Ele narrando:

Estava cheirando a esgoto, então entrei no banho e fechei os olhos por alguns segundos, me permitindo sentir a morte de Mayra, era mais uma que saia da minha vida. Após ter certeza que o cheiro de esgoto havia saido, fui até minha cama e me vesti, depois baguncei os cabelos apenas e me dirigi para o refeitório. Nós jantamos, todos em silencio, até que vi Isabella jogar a bandeja pro lado e se levantar correndo, então eu fui atrás e subi pro telhado.

Ela me olhou, lagrimas em seus olhos e me abraçou, então eu passei a mão por seu cabelo, fazendo carinho, apenas esperando que ela parasse de chorar. Ryan nos olhou, mas não disse nada, em seguida todos subiram no telhado, menos Lia, mas isso não me surpreendia, afinal ela não gostava de nenhuma menina ali.

–Eu mandei trazer as coisas da Mayra que você me pediu -a avisei, me afastando um pouco e ela olhou em meus olhos antes de se dirigir para a ponta do telhado.

–Todos aqui eram amigos ou conhecidos de Mayra, os chamamos aqui -ela parou, me estendendo a mão, que eu aceitei. -Para fazer uma espécie de despedida, como heroina.

–Como vamos fazer isso? -Ryan se manifestou.

–Estão vendo os zumbis se aproximando?

–Sim.

–Como sabem, o fogo os afasta, mas não tem como descermos lá e fazer, sem que viessem atrás de nós. Então vamos nos dividir em grupos, montar uma fogueira aqui em cima, colocar fogo nas coisas de Mayra e arremesar para perto deles. Pelo menos para que eles se afastem um pouco e que Mayra morra como alguém que nos salvou dos zumbis.

Todos concordaram e em minutos, só se via as coisas, desde roupas a comida e brinquedos pegando fogo, enquanto alguns arremessavam longe, afastando os zumbis. Depois que terminou, todos desceram dali, mas eu e Isabella continuamos ali, de mãos dadas, vendo enquanto o fogo diminuia.

–Não quero dormir sozinha Nate, não sei se posso suportar -Isabella me disse quando chegamos ao fim da escada.

–Pode dormir no meu quarto, se quiser.

Então, eu deitei no chão e ela em minha cama, mas Isabella começou a ter pesadelos e chorar no meio da noite, então eu fui a alcamar e ela pediu para que eu deitasse ao seu lado. Conversamos até pegar no sono, minha mão em seu cabelo e outra em suas costas, enquanto ela estava deitada em meu peito.

Pela manhã quando acordei, Isabella e eu estavamos abraçados, ela ainda dormia, então me mantive parado, sentindo o cheiro bom que emanava de seu cabelo.


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Notas finais do capítulo

Comentem, beijos.



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