Zumb'ers escrita por Eyelins Skye


Capítulo 3
Capitulo 3: Dombut.


Notas iniciais do capítulo

Os capítulos são narrados pelos dois, mas em vez de escrever seus nomes, escreverei Ele e Ela.



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Anteriormente...

–Aqui quem fala é a organização Dombut, se você é um sobrevivente e precisa de ajuda e quer ajudar, venha até nos. Vamos encontrá-los hoje, daqui duas horas na frente dos escombros do hotel About Souber -desligo o rádio, após emitir mais um sinal.

Ela narrando:
–Eu já disse, por aqui -ele sussurrou me levando pelos corredores escuros.
Apesar de não poder ver nada além de seus cabelos, sei que ele ainda está com a mesma roupa preta de sempre, o caminho fica mais fechado, as paredes são lisas e escorregadias como pedras molhadas. Ele continua correndo na frente, enquanto eu corro mais atrás, ele vira em algum lugar e pronto. Sozinha de novo. Seus passos se foram, deixando o escuro e o silêncio, escuto um zumbido e corro para fora rompendo na noite, tento correr para longe deles mas é em vão. Sou tomada por milhares de zumbis rasgando minha pele, minha carne, quebrando meus ossos e então comendo meu coração.

Me sento rápido e vejo que foi só mais um pesadelo, dessa vez ele mudou e eu joga sei o que isso significa, nem sei porque ainda sonho quando tudo o que eu sonho já está acontecendo.

–Anahí, acorde... -acordo Anahí que dorme no banco de trás.
–Onde estamos?
–Não saímos do lugar ainda, prefiro que venha para o banco da frente e ponha o sinto ok?
–Ok -ela responde fazendo exatamente o que eu pedi.

Começo a dirigir e acabamos encontrando um grupo de zumbis bloqueando a passagem, eu diminuo a velocidade.

–Feche a janela Anahí, se abaixe no banco e feche bem os olhos -a alerto.

Assim que ela faz o que mandei, engato a marcha e me preparo pondo o sinto.

–Segure-se -grito e meto o pé no acelerador.

O carro voa para frente e passamos atropelando alguns zumbis, alguns ficam presos no vidro, mas faço um giro rápido os jogando longe. Quando um gruda na traseira, faço uma freada brusca e acelero de novo, assim que passamos por eles, ainda continuo dirigindo em alta velocidade até chegarmos a outra cidade, diminuindo para que não escutem o carro.

–Anahí pode sentar de novo -ela se senta e põe o sinto.
–Estou com fome -Anahí choraminga.
–Eu sei, prometo que vamos achar um lugar para comer... Mas agora precisamos trocar de carro, esse está muito sujo e é perigoso.

Rodamos por um bom tempo até que achamos um carro com tudo dentro, inclusive as chaves, após verificar a gasolina, trocamos de carro. Anahí acha umas barrinhas e está prestes a comer quando eu arranco da mão dela.

–Já passou da validade Anah.
–Mais estou com fome.
–Só mais um pouco meu amor...

Após longos minutos, achamos um posto de gasolina, me desespero ao ver que os tanques estão vazios, até que acho um último tanque mas atrás, enquanto ligo a bomba pego meu celular mas não adianta, nunca mais ele terá sinal.

Ele narrando:
Após passar o aviso mais umas três vezes, arrumo quem eu vou levar comigo para resgate, depois tomo um bom banho e me arrumo também.

–Todos têm que estar vestidos como eu, sem exceções. Roupas pretas, limpas, as armas Ryan entregará. Lia busque os primeiros socorros, vamos precisar.
–Pode deixar capitão.
–É isso pessoal, vão.

Ela narrando:

Após um longo tempo, acho um supermercado, está quase vazio mas tem bastante comida até, encho algumas sacolas e jogo no banco de trás do carro. Anahí não está no carro onde eu a deixei e me desespero.

–Anahí? -grito sem me importar muito. -Vamos, apareça...
–O que que foi? -ela chega correndo e falando engraçadinho como sempre.
–A onde você estava?
–Tinha que fazer xixi -ela entra, fecha a porta e põe o sinto.
–O que eu disse sobre você sair sem mim?
–Desculpe.

Saio com o carro e encontramos um canto da onde podemos observar os zumbis e comermos, eu pego a sacola que enchi de lanches naturais (agradeço a Deus por humanos não gostarem muito de lanches naturais e preferirem carne) e dou um de atum a Anahí enquanto como um de molho branco e cenoura.

–Quero refrigerante -Anahí diz de boca cheia.
–Já disse que você precisa de uma alimentação saudável e infelizmente não tinha, mas peguei boas garrafas de água.
–Água é ruim.
–Eu também não sou fã de água normal, mas essas são com gás e tem algumas com gosto.
–Tem de limão? -ela se anima outra vez.
–Ahn... -procuro na sacola. -Não, mas tem de morango pode ser?
–Pode -ela sorri e entrego a ela, verifico os zumbis mais uma vez e pego uma água com gás para mim.

Após sairmos de onde estávamos, Anahí liga o rádio, encontrando como sempre apenas estática, até que eu ouço alguma coisa.

–Espera, volta -digo a Anahí e ela obedece voltando de vagar.
–Quem fala é a organização Dombut, se você é um sobrevivente e precisa de ajuda e quer ajudar, venha até nos. Vamos encontrá-los hoje, daqui uma hora na frente dos escombros do hotel About Souber.
–O que acha Anahí, vamos para lá ou seguimos sozinhas?
–Vamos para lá -ela responde se atrapalhando toda e eu concordo com a cabeça.

Ele narrando:
Após emitir um último sinal, pego minha jaqueta e saio da sala, deixo Briana no comando, ela não é tão confiável mas é irmã de Lia e é a única que dá para deixar.
Entro no ônibus sendo seguido por Ryan e Lia, após sairmos do local minha tensão aumenta e sinto meus nervos agitados.

Ela narrando:
O lugar é longe de onde estamos, então dirijo o mais rápido possível mas também não quero atrair atenção desnecessária, então as vezes diminuo.
Anahí está tão elétrica por conhecer novas pessoas que nem se quer parar quieta, eu estou mais com medo do que feliz, pode ser uma armadilha e se for estarei entrando em uma com Anahí o que é um mal sinal.

Ele narrando:
–Já acabou o tempo Nate, não podemos mais ficar aqui -Ryan argumenta.
–Só mais um pouco Ryan, você me conhece, eu estou sentindo que tem alguma coisa... Só não consigo explicar o que é... -olho para todos os lados, mas não vejo nada e isso me da uma sensação estranha a cada segundo que passa.

Ela narrando:
Tivemos que passar por alguns zumbis no caminho, o que nos atrasou, Anahí olha para frente e vejo sua expressão mudar.

–Calma Anahí, vamos alcançá-los -prometo a ela e acelero o carro.

Há um ônibus a alguns metros da gente e eu o sigo torcendo para que sejam eles.

Ele narrando:
Noto um carro nos seguindo, então paramos antes de chegar à escola em uma rua vazia e eu desço bem armado.
As portas do carro abrem e uma garota não mais velha que eu desce junto com uma menininha.

–Anahí eu te mandei ficar dentro do carro, pelo amor de Deus me obedece -ela gritou preocupada, mas sua mão não saiu do gatilho de sua arma.
–Não mata ela moço -gritou Anahí e entrou no carro de novo batendo a porta.
–Por que está nos seguindo?
–Íamos encontrar um grupo chamado Dombut no local de qual saíram mas chegamos atrasadas.

Eu a analiso atentamente mas não vejo nada além de um par de botas, cabelos presos fortemente, uma camisa suja um pouco e uma arma prata.

–Nos siga com o carro. Lentamente. Entendido?
–Sim -ela revira os olhos e finalmente abaixa a arma entrando no carro.

Ela narrando:
Depois que chegamos, noto que é uma escola mas muito bem protegida, estaciono meu carro ao lado do ônibus e vejo muitas pessoas descendo, fico encostada no carro observando apenas. Ainda não deixei Anahí descer e estou preparada para qualquer coisa.

–Sou Lia, Nate me mandou aqui... Alguma de vocês está machucada? Se estiverem mordidas tem que ir embora... -ela diz amigavelmente.
–Não, nada.
–Sério? -ela pergunta surpresa.
–O que é sério Lia? -o mesmo garoto de antes chega de braços cruzados perto dela, de frente para mim.
–Elas não foram mordidas e não tem nenhum machucado pelo que ela me falou -a tal Lia explica.
–Isso é bom, deixe Anahí com Lia, ela vai levar a pequena até onde os outros pequenos estão e ela poderá se alimentar e tomar banho ou dormir.
–Não sei se Anahí vai querer ficar longe de mim...
–Hey princesa, quer sair um pouco desse carro e ir com a Tia Lia até alguns amiguinhos? -Lia pergunta se debruçando na janela e Anahí olha para mim.
–Se tocar em um fio de cabelo dela sem a permissão dela, eu quebro seus dedos -aviso Lia e abro a porta, Anahí me abraça e me da um beijo.
–Se acalma, eu corro antes -ela diz rindo toda enrolada.

Olhos as duas saírem e ele começa a andar, o sigo entrando em uma sala que parece ser um escritório, ele se senta e gesticula para que eu me sente mas continuo em pé.

Ele narrando:
–Meu nome é Nate Shword e sou o capitão daqui, eu os protejo e cuido, mas se alguém quiser sair podem ir...
–Sou Isabella Trade -apertamos as mãos e ela olha em volta.
–Então, Isabella... Me conte tudo o que houve com vocês -peço o mais gentilmente possível.
–Eu estava na escola quando aconteceu tudo, não tive como ajudar ninguém, passei dias em um porão ante bomba trancada, quando sai minha mãe havia sido morta. Rodei durante dias com um porshe e tudo que consegui pegar em casa...
–Espere, você sozinha? -olhando para essa garota magra, com determinação no rosto e de olhos castanhos não dá para acreditar.
–Sim, até que parando para abastecer escutei um grito, um depois de dias tem noção do que é isso?
–Sim -balanço a cabeça.
–Corri mais já era tarde, a mãe de Anahí havia sido mordida, tirei o zumbi de cima dela e prometi a ela que cuidaria da Anah, ela me agradeceu e morreu. Rodamos dias a fio viajando de cidade em cidade mas não encontramos mais ninguém, por sorte achamos bastante lugares com comida.
–Você fez um bom trabalho, pelo que me contou é corajosa e determinada. Acha que pode entrar para a minha equipe?
–Claro que sim, por tanto que Anahí fique protegida.
–As manteremos em segurança. Tem algo de que precise? Comer ou sei lá... Temos pouco mas o dia de ir buscar é amanhã já. Perdemos muita gente que resolveram ir embora e por isso estamos racionando.
–Na verdade... Acho que posso ajudar com isso -ela sorri.


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