Zumb'ers escrita por Eyelins Skye


Capítulo 2
Capitulo 2: Anahí.




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Ela narrando:
Passei uma noite e um dia no subterrâneo, após as bombas e a cidade parecer silenciosa sai mas levei minhas coisas junto, só tinha mais um lanche, um pacote de cereal e uma garrafa de água que eu ia guardar para último caso. Sai tentando fazer silêncio, tudo que eu encontrava eram pessoas mortas demais para se tornarem zumbis ou pessoas que haviam virado zumbi, fui até o carro de um dos professores e me tranquei dentro, não havia chave mas eu já tinha visto isso em filmes também.

–Não deve ser tão difícil... -eu disse para mim mesma enquanto tentava fazer o carro pegar, com os fios do painel.

Por sorte o carro ligou e o primeiro lugar que corri foi para casa, ela estava toda destruída, móveis por toda parte, janelas quebradas, um caos total.
No telefone uma mensagem de voz, minha mãe dizendo que me amava e então... Nada, ela foi atacada. Corri para o banheiro e consegui tomar um banho, a água gelada não me impediu de chorar, justo minha mãe... Sai do banho e corri pro meu antigo quarto, coloquei um vestido leve, botas que eram da minha mãe, prendi meu cabelo em uma tranca de lado e coloquei uma jaqueta de couro preta para combinar com a bota. Peguei uma bolsa e coloquei meus perfumes, cremes, pomadas e curativos, além de algumas faixas. Juntei minhas malas, em uma eu coloquei roupas minhas e algumas de minha mãe que serviam em mim, na outra coloquei calçados, produtos de higiene e limpeza e na última fui até a cozinha e a enchi de comida. Meu dever era ser forte como minha mãe me ensinou e achar sobreviventes, qualquer um que eu pudesse ajudar.
Rodei durante dias com o Porshe preto da minha mãe, parando apenas em alguns postos para abastecer e continuar caminho, a comida estava acabando, duas latas de chá gelado (agora nem tão gelado assim), um sanduíche de alface e queijo e um pacote de biscoitos. Parei em outro posto abastecer e escutei um grito, corri para ajudar mais já era tarde, a mulher havia sido mordida, eu bati com a vassoura quebrada no zumbi, o jogando para longe. Fui até ele e meti a vassoura na sua cabeça, depois voltei até a mulher mas ela segurou minha mão e apontou com o dedo, segui com o olhar na direção e vi uma menininha, encolhida, olhando para nós.

–Eu vou cuidar dela, prometo -eu disse para a mulher e ela sorriu fechando os olhos.

Peguei sua bolsa, talvez tivesse algo de útil e olhei em volta, notando que outros zumbis estavam por perto quase nos pegando, corri até a garotinha que chorava quietinha e a peguei no colo. Ao entrar no carro, a coloquei no banco do carona e arranquei com o carro quando um dos zumbis grudou na minha janela.

–Você está bem? Qual seu nome? -a olhei quando pude desacelerar um pouco.
–Anahí -ela disse com uma voz tão fofinha.
–Ok Anahí, o que sua mamãe e você estavam fazendo ali?
–Nós estávamos com fome -ela disse baixinho secando as lágrimas.
–A quantos dias você não come Anahí?
–Ah três dias -ela disse mexendo no painel do meu carro.

Eu paro com o carro no acostamento e olho em volta, só mato, nem um zumbi. Pego a comida (agora na bolsa), os chás gelado e olho para ela.

–Bom, temos pouca comida... Quantos anos tem?
–Cinco -ela olha para mim.
–Bom, temos dois chás gelados, tome -abro um dando a ela. -Não está gelado mas pelo menos ele vai te dar energia, tenho um lanche de queijo com alface e um pacote de biscoitos. Como não sei por quanto tempo vamos ficar sem comida, vou te dar esse sanduíche e amanhã você come os biscoitos ok? -ela sorri concordando. -Consegue comer e beber sem derrubar no carro, enquanto eu dirijo?
–Aham.
–Ok, vamos nessa então -digo pondo o sinto dela e logo em seguida o meu.

Nate narrando:

–Estamos sem poder buscar comida, muito pouco soldados e muita gente, a comida vai ter que ser racionada pelos próximos quinze dias, um pouco para cada um. Quem estiver bem com isso, com esse teto, com o banho e com a comida, obrigado pelo entendimento. Quem não estiver satisfeito pode ir embora, eu não me importo, só não vou manter aqui dentro alguém que possa por em risco a vida de todos -eu digo os encarando, alguns resolvem ir embora e Ryan abre os portões. -Boa sorte, agora... Mais alguém? -ninguém mais responde.

Mais tarde na minha sala...

–Então galera, vamos ter que dar um jeito e racionar comida e água por enquanto -eu disse para a minha única equipe de confiança.
–Quanto tempo Nate? -perguntou Ryan.
–Um bom tempo -suspiro. -Vai ser assim, o primeiro banho da manhã vai ser livre, água quente e um tempo a mais. Depois vai ter o café, Lia você vai ficar encarregada da comida, deem tudo que for leve como torradas, biscoitos, cereal, leite e água. Um por dia, não vamos poder ter diversidade de alimentos, entendido Lia?
–Sim capitão -ela responde.
–No almoço os mais velhos vão ter pouco e uma alimentação balanceada, os soldados vão ter pouco mas, mais carnes e saladas. Os mais novos vão ter pouco diferenciado e as crianças abaixo de sete vão ter bastante mais diversificado porque eles precisam. Sem exceções, a não ser as grávidas, se tiver alguma. Ok?
–Sim senhor -ela responde batendo continência e sai.
–Chad, você vai cuidar dos banhos. Na parte do primeiro banho é livre, mas depois do almoço é gelado e livre. Já a noite é quente mas com cinco minutos cada um ok?
–Ok -ele diz e sai sobrando eu e Ryan.
–Temos que arranjar mais gente de confiança Nate -diz Ryan olhando em volta.
–Eu sei, mas não se preocupe, por enquanto damos conta.

Ela narrando:

Após três dias, acho um posto abandonado, nem um zumbi por perto, estamos quase chegando até Nova York. Coloco a gasolina no carro e vou até a loja de conveniências, por sorte tem toalhas em um canto e comida, não bem comida, mas comida. Chamo Anahí e após ajudá-la a tomar banho, deixo ela se vestindo, enquanto eu tomo banho, termino me seco e visto minha roupa rapidamente. Penteio os cabelos de Anahí com os dedos, que é o que tenho uma vez que lembrei de pegar, shampoo, creme, sabonete, pasta de dente e escovas, mas não lembrei de pegar algo para pentear o cabelo. Depois prendo o meu em um rabo de cavalo e andamos até a loja, por sorte ela está cheia, olho pela porta da loja e não vejo nem um zumbi por perto.

–Certo Anahí, vamos pegar tudo que for de comer e levar correndo até o carro, ok? -ela balança a cabeça concordando e eu me apresso.

Após enchermos o carro com comida de todo o tipo que se tem em loja de conveniências, bebidas e algumas toalhas, corremos para o carro e eu dou a partida. Olho em volta e acabo achando uma estrutura de um prédio por fazer, abandonado, então encosto o carro e nós duas nos sentamos no chão, ao lado do prédio.

–Quando vamos ficar bem? -Anahí indaga.
–Logo, logo querida -a conforto mesmo sem ter muita certeza e separo dois lanches naturais para mim e para ela, enquanto pego duas latas de suco natural. -Tome -entrego o lanche a ela e dou uma mordida no meu.
–Pode trocar comigo? -ela me olha. -Não gosto do que tem no meu.
–Claro, mas já vou avisando que no meu tem o mesmo queijo, o mesmo molho e a mesma carne moída com pepino -entrego a ela.
–Mas não tem cenoura ralada e no meu tem -ela diz mordendo o meu, sorrio e começo a comer.

Nate narrando:
–Aqui quem fala é a organização Dombut, estamos na escola...
–Nate, não -me corta Ryan.
–O que? -o olho.
–Não fale a localização, alguém pode vir nos matar ou roubar. Diga algum lugar e um horário, aí vamos até lá.
–Tem razão -balanço a cabeça concordando.
–Eu sempre tenho -ele ri.
–Aqui quem fala é a organização Dombut, se você é um sobrevivente e precisa de ajuda e quer ajudar, venha até nos. Vamos encontrá-los hoje, daqui duas horas na frente dos escombros do hotel About Souber -desligo o rádio, após emitir mais um sinal.


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