Four Five Seconds escrita por Castle and Beckett


Capítulo 4
Capítulo 3 - Inspiração


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras, desculpem pela demora, não consegui postar antes. Espero que gostem e quero agradecer todas as leitoras(es) que comentam e que estão acompanhando. Será que Castle irá procurar Kate?
Boa leitura :) .



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No capítulo anterior:

–Não me procure. – Gritou, afastando-se. Tentei correr, mas num instante a sua pessoa transformou-se uma sombra por entre a grama e as árvores.

Não me procure? Se ela pensa que eu vou desistir, está muito enganada. Afinal, eu procurei esta mulher quase toda a minha vida. Não irei desistir assim tão facilmente.

Pov Castle

Olhava para a sombra ainda confuso, mas, ao mesmo tempo admirado. Que mulher é esta?

Eu estava fascinado. Vagueei por um tempo entre a grama alta, enquanto era acompanhado pelo som da água. Esses olhos cor de mel estavam entrando na minha cabeça de uma maneira que até a mim próprio me assustava. O sabor dos seus lábios teimavam em adoçar a minha boca.

Decidi ir para casa ainda submerso nos meus pensamentos. Assim que entrei em casa, enchi um copo com água e olhei através da janela. Dei um gole, vagarosamente. Passado um tempo apanhei-me sorrindo feito um bobo. Como me poderia apaixonar numa noite? Era quase impossível. Nunca me acreditei em amor à primeira vista, mas eu queria essa mulher na minha vida. A minha musa, Kate.

A minha mente começou a trabalhar e rapidamente me sentei e comecei a escrever. Algo me diz que a noite vai ser longa.

Pov Kate

Cheguei em casa meia “desnorteada”. Atirei-me para o sofá castanho e macio que moldou o meu corpo.

Fechei os meus olhos tentando procurar aquele beijo de há pouco. Seria possível? A intocável Katherine Beckett apaixonada por um estranho?

O som do celular despertou-me para a realidade. Não conhecia o número, mas decidi atender.

Fala Katherine Beckett, filha do senhor Jim Beckett? – A voz masculina falou, deixando-me nervosa e preocupada. Apesar de o meu pai me ter abandonado, continua a ser o meu pai.

Sim, porquê?

O seu pai envolveu-se numa luta e está em estado grave no hospital. Ele foi baleado.

–Em que hospital ele está?- Perguntei, as lágrimas rolando pela minha cara.

Tenha calma, o seu pai agora está estável. A última coisa que ele pediu foi para lhe ligar e dizer para vir ter com ele. Ele estava muito transtornado.

–Estou indo para ai. – Depois de anotar o endereço do hospital, sai quase voando e em pouco tempo cheguei no hospital.

O meu coração congelou quando vi meu pai, dormindo, esmurrado e com a cara negra. O silêncio chegava a ser constrangedor, ouvindo-se apenas a máquina que mostrava as batidas do seu coração.

Aproximei-me dele e deixei uma lágrima deslizar pelo meu rosto.

–Eu sei que você não me quis abandonar, apenas não aguentou a perda da mamãe. – Sentei-me numa cadeira, perto do meu pai e agarrei sua mão. Mesmo depois de me deixar sozinha, eu compreendia-o. Afinal ele perdeu a sua alma gémea e por mais “lamechas” que isto pareça eu realmente acredito que há duas pessoas que têm que se encontrar algum dia para se complementarem.

Estava cansada e acabei por adormecer, acariciando a mão de meu pai.

Pov Castle

Quando olhei para o relógio marcava 6 horas da madrugada. Já tinha escrito 22 páginas no Word e o problema é que a cada palavra que eu escrevia, a inspiração crescia cada vez mais. Tudo por causa daquela mulher que apenas conheço o nome, o sabor do seu beijo e o seu doce cheiro a cerejas.

Entusiasmado e sem pensar bem, liguei para a Gina – minha assistente.

–Richard? Passou-se alguma coisa?

–Bom dia, Gina! – Disse alegre. – Que acha de eu passar em sua casa para ler a ideia que eu tive para o meu novo livro?

–Acho uma óptima ideia, mas são 6 horas da manhã! Podemos falar depois, Richard?

–Claro que sim, desculpe. Beijo e até mais logo. – Atirei o celular para cima da cama e continuei escrevendo.

E lá estava eu, sentado junto do balcão do “New Iorque Moments”, esperando que a minha musa aparecesse.

Não sei quantas vezes olhei no relógio, mas decidi desistir assim que se haviam passado duas horas e Kate não tinha aparecido. Senti-me desiludido. Contava que ela aparecesse. Tinha tantas coisas para lhe contar. Queria lhe agradecer por me ter dado inspiração. Queria lhe dizer o quanto ela beija bem. O quando senti vontade de a ouvir falar das suas coisas.

–Você realmente gostou dela, bro. – Esposito aproximou-se.

–Nota-se assim tanto? – Aos poucos o bar começava a esvaziar, instalando o silêncio e a calma.

–Pelo menos, eu reparei. Acho que aconteceu qualquer coisa com o pai dela. Posso dar uma ajuda, se quiser. – Piscou para mim.

–Claro que quero. – Olhei para ele, esperançoso.

–Está a ver aquele homem ali? – Apontou para o moreno de olhos verdes que estava sentado, sozinho, num dos enormes sofás. Abanei a cabeça, positivamente. – É o Michael. Ele é grande amigo de Kate, tenho a certeza que ele sabe o que se passa.

–Obrigada, Esposito. Muito obrigada. – Olhei para ele e abri um largo sorriso, demonstrando agradecimento.

Dirigi-me até ao homem que parecia concentrado no que fazia. Parei na frente dele. Olhou-me confuso e depois sorriu abertamente.

–Richard Castle? – Perguntou, admirado.

–O próprio. – Retribui o sorriso, humildemente.

–Sente-se. – Agradeci e de seguida sentei-me de frente para ele. – Posso ajudá-lo em alguma coisa?

–Espero que sim. – Respondi, honesto. – Eu vim falar consigo acerca da Kate. O que houve com ela?

–De onde você a conhece? – O seu bonito sorriso transformou-se em algo chateado.

–Somos amigos. – Menti.

–Como assim amigos? – Perguntou, ligeiramente alterado. Aquela atitude enervou-me. Qual é o problema dele?

–O que se passa? – Perguntei, franzindo as sobrancelhas. Aquela atitude estava a inquietar-me.

–A Kate não tem amigos. Muito menos amigos famosos. O que você quer dela?

–Não é nada disso que você está pensando! – Comecei a perceber onde ele quis chegar, mas preferi calar os meus pensamentos antes que me chateasse com ele.

–Então o que é? Estou esperando uma explicação.

–Eu a vi ontem aqui. Estou a passar por uma fase estranha da minha vida e quando eu a vi no palco - tão entregue à música, tão dedicada. Fiquei fascinado. Depois começamos a falar e acabamos saindo de mãos dadas. Eu vou dizer a verdade. Eu posso ter qualquer mulher, mas com ela foi diferente. Há qualquer coisa nela. – Michael me olhava atento, reparando em cada traço do meu rosto, como que se estivesse a tentar detectar alguma “ameaça”. – Hoje vim aqui para pudermos conversar melhor, mas o Esposito disse que tinha acontecido algo com o seu pai e eu pensei vir até aqui.

–Não sei se deva contar, afinal eu não o conheço de lado nenhum – tirando a parte de que é um escritor famoso.

–Está no seu direito. Só gostava de saber o que aconteceu e se está tudo bem com ela.

–Está tudo bem com ela e com o seu pai. Pode ir embora agora. – Sem dizer mais nada, levantei-me. Quando voltei as costas, a voz de Michael chamou-me.

–Castle… - Virei-me e olhei-o nos olhos. – Quando ela voltar eu te aviso.

–Obrigada. – Sorri, frágil, e entreguei-lhe um papel com o meu número de celular.

Sem mais palavras abandonei o bar e aquilo que me resta é aguardar.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? :) .



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