Four Five Seconds escrita por Castle and Beckett


Capítulo 3
Capítulo 3 - Descobrindo sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores(es) aqui está mais um capítulo, um pouquinho mais comprido :). Espero que gostem e agradeço imenso a todas as pessoas que comentam. Espero que estejam gostando :) . Neste capítulo haverá uma aproximação entre Rick e Kate, mas será que vai ser boa?
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608361/chapter/3

No capítulo anterior:

–Então o que acha de irmos dar uma volta? Está muito barulho aqui. Eu gostava de a conhecer melhor. – Convidou e hesitei uma um instante. – Se não quiser, tudo bem. Só precisava de falar com alguém. – Suspirou e vi os seus olhos começarem a ficarem baços. Olhou o chão, não demonstrando a sua tristeza.

–Porque não? Conheço um sítio bonito aqui perto. – Agarrei a mão dele e puxei-o para a saída. Apesar de não o conhecer, confio nele.

Pov Castle

Não que eu acreditasse em amor à primeira vista, mas eu estava completamente perdido por essa garota que neste momento me estava arrastando para fora do bar, desenvencilhando-se por entre a multidão alegre.

Sentia-me bem junto dela. Ela era diferente e percebi isso assim que a vi cantar.

Assim que nos afastamos os dois da multidão, a nossa caminhada acalmou e podemos usufruir melhor da brisa morna que refrescava o nosso rosto. Continuávamos de mãos dadas e o pior de tudo era que eu não queria larga-la.

As estrelas brilhantes completavam a paisagem linda que tínhamos à nossa volta. A grama verde inundava o ar com um cheiro fresco enquanto os grilos enchiam o sítio com uma música calma.

–Não sei se deva falar… - Confessei, sorrindo. Soltou as nossas mãos e senti um vazio dentro de mim. Parou na minha frente e olhou-me fixamente com um olhar que me deixava curioso. O que aquilo queria dizer? Essa garota era um mistério. E isso me fascinava.

–Quer ver um sítio lindo? E aí já pode falar. Quero me sentar um pouco. – Disse, honesta. Não podia estar mais rendido, admirado e surpreendido. Eu nem sequer lhe conseguia dizer que não. Aliás, eu não conseguia dizer nada. Só conseguia olhar para ela. Admirá-la. Ouvi-la.

–Acho uma ótima ideia. – Foi a única coisa que disse e depois ela voltou a agarrar a minha mão e puxou-me por entre um atalho entre a grama alta. Andámos por uns minutos e conseguia ouvir ao fundo água a correr lentamente. Rapidamente me deparei com um sítio que mais parecia ser outro mundo. A Lua grande e brilhante iluminava e davam um tom prateado ao pequeno riacho que corria apressado por entre as pequenas rochas. Ouvia-se duas rãs apaixonadas coaxar entre a grama e havia duas pedras grandes ao lado uma da outro que davam para nos sentar-mos. Nunca tinha visto um sítio assim.

–Uau! – Exclamei. – Onde você encontrou este sítio?

–Um dia ia a correr, brincando com a minha mãe e olha, acabamos as duas rindo aqui… - Suspirou e de seguida sentou-se numa das pedras.

–Você a perdeu recentemente… - Afirmei, sentando-me ao seu lado.

–Sim, mas ela está sempre presente. – Olhou o horizonte e sorriu. Um sorriso tranquilo. Pacífico. – Mas não viemos aqui falar de mim. Então qual a razão do seu espanto quando eu lhe disse que não sabia o seu nome? – Soltou um pequeno riso e olhou-me.

–Talvez porque eu sou um dos escritores mais conhecidos de Nova Iorque. – Justifiquei.

Olhou-me confusa e a sua expressão fez-me soltar uma gargalhada genuína.

–Nem assim? – Perguntei.

–Desculpe… Não. – Negou, encolhendo os ombros.

–Ok, então melhor assim. As pessoas sempre vêm ter comigo por ser quem sou, não pelo o que eu sou. Então muito prazer. – Estendi a minha mão para ela. – Richard Castle.

Pov Kate

Apertei a sua mão firmemente. Senti uma sensação estranha, mas boa, percorrer o meu corpo assim que as nossas mãos se apertaram ao mesmo tempo. Com o mesmo ritmo.

–Katherine Beckett.

As nossas mãos continuaram se apertando e nós continuamos nos olhando. Se acreditasse no amor, diria que estou me apaixonando por um estranho.

–Fugia de mim se eu lhe dissesse que me sinto atraído por si? – Aquilo me pegou de surpresa.

–Provavelmente. – Respondi, honestamente.

–Deve estar a pensar que eu sou um tarado ou algo do gênero, mas não é nada disso. Só que eu quando a vi… - Olhou para a água transparente tentando achar as palavras. – Eu nunca tinha visto ninguém cantar com tanta paixão. Era como se você estivesse ali sozinha. Depois aquela letra que estava cantando – encaixa perfeitamente na minha vida. Como é possível alguém que tem tudo na vida, sentir-se tão vazio? – Olhou-me, finalmente, enquanto brincava com uma pedrinha que estava no chão.

–Como eu o entendo. – Lembrei-me do tempo em que eu tinha o meu pai e a minha mãe, ainda casados, e não dava valor a nada. A minha mãe advogada. O meu pai médico de sucesso. Havia dinheiro. Namorava com qualquer rapaz que eu quisesse. Não ligava para nada, até que a minha mãe morreu. Tudo mudou, comecei a dar valor à vida, às pessoas e tive que aprender a viver sozinha.

Ficámos ali, no silêncio, contemplando a noite. Cada um submerso nos seus pensamentos. Como dois amigos de longa data. Os dois sentados, lado a lado.

Beneath Your Beautiful – Labrinth feat Emeli Sande

You tell all the boys no (Você diz “não” a todos os garotos)

Makes you feel good (Isso faz você se sentir bem)

I know you're out of my league (Sei que você está fora do meu alcance)

But that won't scare me way out no (Mas isso não vai me assustar ou afastar, não)

Começou a cantar baixinho até que chegou a parte da voz feminina. A sua voz rouca era bonita.

You let all the girls go (Você dispensou todas as garotas)

Makes you feel good, don't it? (Isso faz você se sentir bem, não?)

Behind your Broadway show (Por trás do seu show da Brodway)

I heard a voice say please don't hurt me (Ouvi uma voz dizer “por favor, não me machuque”)

Quando dei por mim, estávamos cantando o refrão em perfeita sintonia. Como se aquela música descrevesse exatamente as nossas vidas. Como se através da música eu o tivesse ficado a conhecer e ele me tivesse ficado a conhecer.

Ali não havia julgamentos. Havia duas pessoas sozinhas que precisavam uma da outra sem mesmo se aperceberem disso.

Acabamos nos olhando mais um vez e a vontade de aproximação aumentou.

Eu não conseguia desviar o meu olhar dos seus lábios definidos e Castle também não.

Pov Castle

Sem esperar-mos mais, os nossos lábios juntaram-se ansiosos. Só o simples facto de puder sentir os seus lábios quentes e macios mexia comigo. Coisa que nunca tinha acontecido com nenhuma outra mulher.

Gentilmente acariciei o seu rosto enquanto as nossas línguas travavam uma luta ao mesmo tempo que descobriam e exploravam cada canto de nossas bocas.

Kate passou os seus braços pelo meu pescoço e massajou a minha nuca, fazendo-me suspirar.

Algo que começou vagarosamente, depressa se tornou num beijo rápido, apaixonado e urgente.

Juntamos as nossas testas, ofegantes.

–Rick… Desculpe. – Balançou a cabeça e levantou-se rapidamente.

–Onde é que você vai? – Perguntei, incrédulo e vi que Kate começava a correr.

–Não me procure. – Gritou, afastando-se. Tentei correr, mas num instante a sua pessoa transformou-se uma sombra por entre a grama e as árvores.

Não me procure? Se ela pensa que eu vou desistir, está muito enganada. Afinal, eu procurei esta mulher quase toda a minha vida. Não irei desistir assim tão facilmente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Four Five Seconds" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.