Four Five Seconds escrita por Castle and Beckett


Capítulo 5
Capítulo 5 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitoras(es) :) . Este capítulo ficou um pouco longo, mas acho que até nem ficou mal eheheh. Espero que gostem e quero agradecer muito as pessoas que comentam e acompanham, obrigada :) .
Sugestão: música romântica para este capítulo.
Boa leitura.



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No capítulo anterior:

–Castle… - Virei-me e olhei-o nos olhos. – Quando ela voltar eu te aviso.

–Obrigada. – Sorri, frágil, e entreguei-lhe um papel com o meu número de celular.

Sem mais palavras, abandonei o bar e aquilo que me resta é aguardar.

Haviam se passado dois meses. Dois meses que eles se tinham conhecido. Dois meses que eles nunca mais se voltaram a ver. Dois meses em que Beckett tinham ficado tomando conta de seu pai em casa dele. Dois meses em que Rick quase escreveu um livro inteiro pensando na sua musa de longos cabelos acobreados e olhos brilhantes. E durante esses dois meses, Rick, sempre ia ao bar todas as noites tentar encontrar Kate. E o mais incrível é que nesses dois meses, ambos tinham pensado um no outro todos os dias.

Pov Kate

Já tinham passados dois meses. Eu já tinha saudades de ir trabalhar, mas esta situação com o meu pai não ajudou nada. Não me arrependo de nada, afinal agora estamos bem.

–Tem a certeza que não se importa que eu vá? – Perguntei, insistentemente.

–Claro que não, Kate. Eu estou bem, pode ficar descansada. – O meu pai sorriu.

–Fica bem sozinho? Prometo vir visitá-lo todos os dias. – Vesti o casaco de couro castanho, preparando-me para sair.

–Não se preocupe e mais uma vez eu lhe agradeço por tudo. Desculpe, sei que cometi o maior erro de minha vida ao abandoná-la, mas eu fiquei de rastos. Quando a sua mãe morreu, eu fiquei sem chão. – O meu pai apertou as minhas mãos, proibindo as lágrimas de caírem.

–Está tudo bem. – Beijei a sua testa. – Nós já falamos sobre isso. Agora tenho de ir, o Michael está a minha espera no “New Iorque Moments”.

–Ok, bom trabalho. Te amo, filha.

–Te amo. – Olhei uma última vez para ele e saí para trabalhar. Finalmente eu ia voltar. Como eu tinha saudades.

Pov Castle

Começava a ficar preocupado com Kate. Se estava tudo bem com ela, como Michael disse, então porque estava a demorar tanto tempo a voltar? Uma ponta de solidão apoderou-se de mim. Fazia dois meses que não tinha estado com mais nenhuma mulher. Elas bem que queriam, mas havia alguma coisa que me impedia. Quer dizer, estive com uma chamada Meredith, mas apenas uma vez. Assim que vi que não conseguia tirar aquela mulher, Kate, da minha cabeça, desisti da ideia de tentar esquecê-la, porque não ia ser assim tão fácil.

O meu celular começou a tocar e senti uma energia positiva preencher o meu corpo. Sem mesmo olhar o número, atendi.

Ela voltou.

–Obrigada. – Foi a única coisa que consegui dizer. Não podia estar mais feliz. Sai de casa num ápice e em pouco tempo estava sentado no meu sítio junto do balcão.

O bar estava mais cheio do que o costume. Eu aguardava ansioso, com um sorriso.

Pov Kate

–Boa noite a todos! – Michael saudou as pessoas, divertido. – Hoje temos uma convidada muito especial que se ausentou por um tempo, devido a uns problemas, mas ela está de volta! Um grande aplauso para a nossa querida, Katherine Beckett! – O som dos aplausos e gritos encheu o bar de alegria a até que me emocionei com a alegria que as pessoas demonstravam ter ao ver-me de novo.

Como que se parecesse obra do destino a primeira coisa que encontrei na enorme plateia foram aqueles olhos azuis que tanto ansiei ver de novo. Lá estava ele, me encarando da mesma forma como da primeira vez – direto e intenso. Aquilo mexia comigo. E de que maneira. A forma como ele me olhava era desconcertante e eu ficava meio sem jeito. Conseguia sentir-me desejada. E isso não era uma má sensação. A verdade era que essa sensação era recíproca. Decidi parar de encará-lo e concentrar-me naquele momento. A verdade é que estou de volta e não podia estar mais feliz.

Pov Castle

Não sei por quanto tempo eu a fiquei admirando. Sem dúvida essa garota enchia-me as medidas. Acho que quase poderia afirmar que estava apaixonado.

Depois do seu show, as pessoas aplaudiram e ela recebeu imensos elogios. Vi a sua silhueta desaparecer do palco e aquilo inquietou-me. Será que ela ia fugir? Eu sei que ela me viu. Não podia fugir. Não outra vez. Levantei-me e fui ao seu encontro, mas rapidamente senti uma mão forte apertar o meu braço e arrastar-me.

Me empurraram com tanta força que nem tive tempo de tentar me equilibrar. O meu corpo caiu contra o chão frio e sujo.

–Não se mexa! – A voz era me familiar. Olhei para cima e deparei-me com Michael. Parecíamos estar num pequeno armazém. Devia ser do bar, pois tinha alguma comida enlatada e bebidas organizadas em prateleiras ou guardadas em grandes caixotes de papel.

–Qual é o seu problema? – Perguntei, nervoso. Assim que percebi que era ele.

–Sabe com quem está lidando? – Deu um valente pontapé no meu estômago e eu retraí-me com a dor. Não demonstrando a dor, tentei me por de pé, reunindo todas as minhas forças, mas Michael empurrou-me de novo contra a parede.

–Porque está fazendo isto? – Perguntei com dificuldade, tossindo devido ao impacto das minhas costas contra a parede.

–Levante-se! – Ordenou, gritando. Decidi fazer o que ele disse e antes que tivesse tempo de falar, Michael socou com toda a força o meu lábio inferior, arrebentando-o. Antes que me pudesse me defender fui agredido com violência abaixo do olho e senti o meu sangue refrescar a minha cara. – Acha que ela é uma vagabunda?! Ah? – Empurrou-me com força e os seus olhos pretos, demonstravam a sua fúria.

–Eu vi a maneira como você a olhou! – Gritou e pegou num pau que tinha na mão. Acertou-me na perna, me fazendo sentir uma dor forte na canela. Levei a mão ao sítio, acariciando e novamente Michael me golpeou com o pau nas costas, me fazendo cair. Voltou a pontapear-me.

–Michael! Você está doido? – Consegui ver a minha musa empurrar com força o corpo grande e musculado de Michael.

–Eu vi a forma como ele te olhou, Kate! Só estávamos tendo uma conversinha. – Riu, irónico.

–Sabe que mais? Vai embora, já fez merda o suficiente. – Abanou a cabeça, desapontada.

–O quê? Eu estava te protegendo! – Franziu as sobrancelhas, incrédulo com a atitude de Kate.

–Vá embora, JÁ! Amanhã falamos. – A sua voz rouca mostrava o quanto estava chateada com a situação.

–Como queira, mas se precisar de alguma coisa, diga. – Saiu batendo a porta. Assim que Michael saiu, Kate se agachou e olhou-me com atenção.

–Sei que é uma pergunta estúpida, mas: você está bem? – Aquilo me fez gargalhar, mas rapidamente parei com a dor que senti nas costelas. – Não se esforce, eu vou tratar de si, ok?

–Obrigada, Kate. – Agradeci.

–Consegue se levantar? – Assenti, afirmativamente.

Ajudou-me e passou o meu braço por cima do seu ombro.

–Vamos devagar. – Começamos a caminhar. Saímos pela porta das traseiras e abriu-me a porta do carro vermelho antigo. Calculei que fosse dela. Pôs-me o cinto de segurança e a única coisa que eu conseguia fazer era olhar para ela. Não consegui pronunciar nenhuma palavra.

Pov Kate

Tentei guiar o mais rápido possível, mas ao mesmo tempo cautelosamente até minha casa. O Michael enlouqueceu, só pode. O estado em que Castle se encontrava era mau. Sangrando e não conseguia falar. Queria levá-lo ao hospital, mas assim ia meter o Michael em sarilhos e por mais errado que ele estivesse era como se fosse um irmão para mim. Por isso ele teve essa atitude. No fundo para me proteger.

Ajudei Castle a sair do carro e levei-o apoiado em mim até chegarmos ao meu apartamento.

–Eu já volto. – Deitei-o no meu sofá e tapei-o com uma manta laranja acastanhada. Fui ao banheiro pegar na caixa de primeiros socorros e rapidamente puxei uma cadeira e me sentei junto dele.

–O que é isso? – Arregalou os olhos assim que me viu abrir a caixa branca com a cruz vermelha. Aquela atitude imatura, fez-me rir.

–Valeu a pena levar do Michael para puder ouvir a sua gargalhada. – Olhou-me nos olhos e senti as minhas bochechas corarem.

–Bem, acho melhor tirar a camisola. Deve estar machucado. Vou buscar gelo. – Levantei-me da cadeira e fui buscar gelo. Coloquei-o num saco de plástico e voltei para junto de Castle.

Engoli em seco assim que vi o seu peito másculo, nu. Os seus braços eram definidos e fortes. Estava deitado com a cabeça nas almofadas grandes e fofas e tinha os olhos fechados. Aproximei-me, ignorando os meus pensamentos maliciosos e vi que as suas costas e braços estavam negros. Também tinha uma marca roxa no abdómen.

–Desculpe pelo Michael. – Voltei a sentar-me junto dele e pousei o saco de gelo na sua barriga. Ouvi o seu gemido de descontentamento, mas ignorei. – Ele é muito protector em relação a mim, então achou que você devia ser um tarado e passou-se.

–Ele é apaixonado por si. – Ouvi, por fim a sua voz.

–Não. – Emendei-o. – Toda a gente pensa isso, mas é mentira. Somos como irmãos. Ele conhece a minha história, por isso é tão protector.

–Qual é a sua história? – Perguntou, interessado e afastou a cara assim que viu em colocar álcool numa bola fofa e macia de algodão.

–Porque os homens são tão piegas? – Ri, divertida.

–Eu não sou piegas, ok? – Falou, meio aborrecido.

–Ai não? Então esteja quieto. – Pedi e limpei o sangue que teimava em escorrer pela sua cara.

–Au! Arde! – Reclamou e eu ri, suavemente.

–Pensava que não era piegas. – Acusei e continuei limpando a sua cara e o seu lábio. Desinfectei bem até o sangue estancar. Ele me olhava curioso e aquilo me inquietava.

–Qual é a sua história? – Perguntou de novo.

–Nada de mais. – Respondi.

Pov Castle

O gelo que, começava a derreter com o calor do meu corpo, causava-me arrepios à medida que deslizava pelo meu corpo. Abanei a cabeça, abstraindo-me.

As nuvens escuras ameaçavam chuva forte e alguns relâmpagos.

–Ok, já percebi. Não quer falar. – Olhei-a nos olhos e vi uma lágrima descer pelo seu lindo rosto. Aquilo quebrou o meu coração. Senti-me tão mal que eu próprio comecei a chorar. Baixou a cabeça, tentando não transparecer a sua tristeza.

–Porque está chorando? – Os seus olhos umedecidos encararam os meus.

–Porque parte-me o coração vê-la chorar. – Disse honesto. – Por favor, não chore. Eu não consigo vê-la nesse estado. Fale comigo. – Pedi, limpando as lágrimas que escorregavam pelo meu rosto.

–É tão difícil sem ela, Castle. – Desabafou, apontando para uma moldura que tinha em cima de uma mesa baixa. Percebi as semelhanças entre ela e a linda mulher que estava na fotografia.

–É a sua mãe?

–Sim. Tem dias que é difícil. Tento ser forte, mas as vezes só precisava do seu abraço para me sentir bem. Depois meu pai não aguentou a dor, abandonou-me e eu fiquei sem ninguém. Não guardo rancor, porque também percebo a posição dele. Mas eu também perdi a minha mãe e não tive ninguém para me apoiar. O que me sobrou? As recordações mais felizes, foi ai que me segurei.

–Tenho a certeza que a sua mãe tem orgulho em si, esteja ela onde estiver. – Sorri.

–Obrigada por me ouvir. – Sorriu e pude ver o brilho dos seus olhos voltar a aparecer.

–Tive uma ideia, como eu não quero que você esteja triste, vamos fazer um jogo.

–Que jogo? – Abriu um largo sorriso que encheu o meu coração de alegria.

–Ok, eu começo e assim já percebe. Nome?

–Katherine Beckett. Cor preferida? – Perguntou, entrando no jogo.

–Verde. Se fosse um animal, qual gostaria de ser? – Perguntei.

Jogamos aquilo durante horas e quando demos por nós eram 4 horas da madrugada. Em pouco tempo fiquei a saber tudo sobre ela e ela tudo sobre mim. Gerou-se ali um grande clima de intimidade. Rimos com nossas histórias de vida. Contou-me sobre o que aconteceu com o seu pai. Contei-lhe a minha vida quase toda. Houve ali uma grande partilha.

–Posso confessar uma coisa? – Olhei-a intensamente e senti uma energia que nos envolveu aos dois.

–Acho que sim. – Respondeu, meia a medo.

–Nesses dois meses, eu não consegui deixar de pensar em si. Na verdade, o meu novo livro, foi inspirado em si.

–Mesmo? – Levou a mão aos lábios, admirada e eu ri com a atitude.

–Sim.

–Não sei o que dizer. Eu também… pensei em si. – Admitiu, envergonhada. Num impulso puxei-a contra o meu peito e ela acabou por cair em cima de mim. Olhamo-nos ao mesmo tempo e pude ver que o nosso sentimento era recíproco. Passei as minhas mãos suavemente pelos seus braços femininos e delicados. Acabou por levar os seus lábios quentes e molhados aos meus e uma electricidade entrou no meu corpo. Agarrei a sua cintura e a puxei mais para mim, assim que o nosso beijo se foi aprofundando.

Kate desceu a sua boca até o meu pescoço e sugou-o com pouca força, fazendo me suspirar.

Beijei a sua testa e tirei a sua camisola, arrepiei-me ao sentir o contacto de nossas peles quentes.

–Rick… - Juntou as nossas testas, ofegante.

–Desculpe… Desculpe. – Afastei-nos.

–Não tem problema. – Voltou a beijar-me e eu tomei isso como uma resposta positiva.

Durante um tempo de preliminares, as nossas roupas estavam jogadas no chão e os beijos dela estavam muito bons. Eu só queria beijá-la. Estava apaixonado. Perdidamente.

E foi ali, naquela humilde sala que nos amamos mais do que uma vez ouvindo a chuva e a tempestade que fazia lá fora.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?



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