Frozen - A Different Story escrita por Black


Capítulo 6
Capítulo 6: Charming


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu estou com sono, então apareci apenas para postar.
Espero que gostem e boa leitura!



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Era mais uma manhã no reino de Arendelle e Elena, como sempre, levantou-se cedo de sua cama, esfregando os olhos com as mãos para afugentar o sono. Ela agora tinha vinte anos, faltando apenas um ano para que atingisse a idade de poder governar, embora ela e seus pais houvessem decidido que isso só ocorreria se algo acontecesse aos atuais rei e rainha.

Como era habitual, ela não estava realmente animada para começar o dia. Seu quarto era ao lado do de Elsa, de modo que ela poderia muito bem escutar sua irmã chorando à noite. Ela olhou para as paredes à sua volta e o gelo rastejando por elas. A morena havia vindo ao quarto da loira durante alguma hora da madrugada e conseguira convencer a mais jovem a abrir a porta. Então, ela havia passado a noite no quarto de Elsa. A segunda filha de Agdar e Idun ainda estava adormecida, embora a mais velha soubesse que não tardaria muito a acordar. Elena estava, francamente, cansada. E, em acréscimo, infeliz. Aquele era apenas mais um dia em que ela notava o quão infeliz sua irmã mais nova realmente estava.

Ela ficou de pé e moveu as articulações rígidas, ouvindo estalos suaves. Retornou ao seu quarto e fez sua higiene pessoal antes de colocar um de seus muitos vestidos vermelhos e retornar ao quarto de Elsa, agradecendo aos céus por Anna não ser uma pessoa da manhã e não poder ver aquilo, uma vez que a ruiva ficaria extremamente magoada se soubesse que Elena poderia entrar no quarto da loira e ela não. A morena jamais escondera o quanto desaprovava o isolamento de Elsa, mas sabia que de nada adiantaria falar com seus pais ou com sua própria irmã mais jovem. Nenhum deles iria ouvi-la. Talvez sua mãe fosse, mas isso não iria contribuir muito para convencer Agdar ou mesmo Elsa. Então, ela desistira de tentar e apenas se esforçava para conviver, torcendo para que algum dia as coisas fossem mudar.

Estava no caminho para retornar ao quarto de Elsa quando sua mãe a parou, fazendo com que ela olhasse a mais velha com uma sobrancelha arqueada, a espera de uma explicação.

– Andersen chega hoje para visita-la. – Idun lembrou, fazendo com que a princesa de Arendelle se desse conta de que havia esquecido completamente da vinda de seu melhor amigo. Ela pensou por um curto segundo antes de se voltar para sua mãe.

– Pode ficar com a Elsa até ela acordar enquanto eu vou busca-lo? – Pediu com uma expressão incerta, recebendo um sorriso e um aceno positivo de sua mãe. – Obrigada, mãe. – Agradeceu antes de sair rapidamente na direção das portas do castelo.

Embora os portões fossem sempre fechados, ela usualmente saía para receber seu melhor amigo leva-lo para a propriedade real. E aqueles eram os únicos momentos em que os portões eram abertos. Andersen ainda era permitido a entrar porque sabia dos poderes de Elsa. Por várias vezes ele havia testemunhado o que ela podia fazer e, tal qual Elena e, uma vez, Anna, ele adorava as habilidades da loira.

Enquanto caminhava na direção do porto aonde um navio vindo de Weselton acabava de atracar, Elena pensou em como havia conhecido o rapaz e ainda se lembrava de como havia acontecido. Tinha sérias dúvidas de que algum dia iria esquecer, mesmo que ainda fosse muito jovem. Fora alguns dias depois do nascimento de Elsa, quando a família real de Weselton viera visitar a menina e conhece-la.

...

Com o nascimento da princesa Elsa de Arendelle, um baile foi feito em comemoração á mais nova filha do rei Agdar e da rainha Idun. A realeza de vários reinos fora convidada e, com a riqueza financeira e cultural de Arendelle, muitos foram os que vieram ao evento, dentre os quais estava a família real de Weselton, que constituía no rei Aaric, na rainha Isabelle, o príncipe herdeiro Andersen, que tinha sete anos, e o príncipe mais jovem Christian, que tinha pouco menos de um ano.

Naquele momento, Elena acompanhava sua mãe para falar com todos os convidados da festa. Há alguns dias, ela estava sendo mais sociável e gentil do que em geral com as pessoas, o que surpreendia tanto seus próprios pais quanto a todos os empregados do castelo. Ela seguira sua mãe até onde estavam três mulheres, rainhas, ela diria pela coroa em suas cabeças.

Uma delas era alta e magra, de pele cor creme e longos cabelos castanhos que quase chegavam aos tornozelos. Usava um vestido verdes de mangas longas e largas. Seus olhos eram castanhos e ela segurava uma menina de cabelos cor de fogo e olhos azuis que parecia não ser muito mais velha do que a própria Elsa, talvez por alguns meses, em seus braços.

A segunda era um pouco mais baixa que a primeira. Ela tinha cabelos castanho-claros e olhos verdes brilhantes que traziam um sentimento especial de felicidade. Usava um vestido lilás discreto e de mangas curtas. Segurava as mãos frente ao corpo e trazia um sorriso enorme em seu rosto. Ela estava, evidentemente grávida, talvez de sete meses. Elena também percebeu que ela trazia inegáveis semelhanças com sua mãe e, depois de alguns minutos, a reconheceu como sendo sua tia, a rainha Primrose de Corona.

A terceira era uma mulher bastante alta, a mais alta das três, e magra, de braços e cintura fina. Tinha cabelos loiro-dourados que pareciam ainda mais brilhantes à luz do salão de festas do castelo de Arendelle. O rosto era fino e bem-esculpido e formava uma expressão calorosa com um sorriso amoroso dirigido ao bebê de cabelos pretos e olhos azuis em seus braços. Ao olhar para os olhos da mulher, tudo o que Elena conseguia fazer era observar as íris que pareciam conter uma floresta inteira, verdadeiramente impressionada.

– Elena. – A voz de sua mãe, Idun, chamou sua atenção, de modo que ela fitou a rainha de Arendelle, aguardando o que ela diria. – Esta é a rainha Elinor de Highland e sua filha Merida. – Apresentou a primeira mulher do trio, que sorriu para ela. A jovem princesa de Arendelle fez um pouco de esforço para retribuir o gesto, decidida a ser um pouco mais sociável. – Esta é sua tia, minha irmã mais nova, a rainha Primrose de Corona. – Apresentou a segunda, mesmo que a morena já houvesse ligado os pontos sobre quem ela era.

– Olá, Elena. – Primrose se aproximou dela e sorriu, pegando uma de suas mãos, que pareciam pequenas em comparação com as dela. – Eu a conheço, desde que você era apenas um bebezinho. – A mulher disse sorridente e, honestamente, a princesa de Arendelle não conseguiu não sorrir para ela. – Você cresceu numa linda menina. – Elogiou. – Venha. Dê um abraço na sua tia. – Elena olhou para sua mãe em busca de alguma orientação, seus olhos azuis glaciais traindo uma espécie de pânico.

Idun assentiu encorajadoramente e Elena respirou fundo antes de se aproximar de sua tia e passar os braços em volta da cintura dela, tomando cuidado para não empregar muita força, visto que Primrose estava grávida. A irmã mais nova de sua mãe retribuiu o gesto com entusiasmo e plantou um beijo no topo de sua cabeça antes de se afastar, gesto este a qual ela se surpreendeu. Aquelas coisas simples eram raras em sua vida, visto que ela quase nunca permitia que seus próprios pais se aproximassem dela. E, francamente, ela havia gostado. Fez uma nota mental de jamais rejeitar os avanços de Idun e Agdar novamente. Definitivamente, ela queria ser uma pessoa melhor.

– Ela é adorável, Idun. – A terceira mulher, a única que a rainha de Arendelle ainda não havia apresentado à sua filha, se pronunciou, chamando a atenção de Elena para si mais uma vez, sendo que a morena de quase sete anos arqueou uma sobrancelha, perguntando-se quem ela seria.

– Elena, esta é a rainha Isabelle de Weselton e o filho mais novo dela, Christian. – Idun finalmente os apresentou.

– É um prazer finalmente conhece-la, Elena. – Isabelle disse, abrindo um sorriso suave e carinhoso para a menina, que retribuiu o gesto por puro reflexo, mas o manteve ao finalmente perceber o que estava fazendo.

Finalmente, Primrose, Elinor, Isabelle e Idun iniciaram uma conversa que, francamente, Elena não tinha o menor interesse em entender ou participar. Algo sobre nomes que a irmã mais jovem da rainha de Arendelle deveria dar ao filho ou filha quando nascesse. Era, no mínimo, entediante para uma criança de seis anos, mesmo que fosse uma criança de seis anos mais inteligente que a maioria. Por fim, Elena pediu permissão à sua mãe para se retirar, o que Idun concedeu, e começou a caminhar pelo salão de festas, observando os convidados dançarem. Avistou seu pai ao longe, orgulhosamente exibindo Elsa para os amigos, completamente contente com a nova filha.

Finalmente, a princesa herdeira do trono de Arendelle parou de andar numa parte mais afastada do salão e começou a observar a festa, apesar de não aparentar prestar muita atenção. Constantemente seu olhar se desviava para onde Agdar estava com Elsa, apesar de sempre voltar a olhar para os convidados dançando. Em pouquíssimos dias, sua nova irmãzinha havia ganhado um espaço em seu coração. Ela não pôde evitar sorrir. Aquilo seria melhor. Ela, Elsa, seu pai e sua mãe seriam felizes, como uma família de verdade. E, mesmo que aquela possibilidade jamais houvesse passado por sua cabeça, verdadeiramente lhe trazia alegria.

– O que faz aqui sozinha? – Escutou uma voz de criança, claramente pertencente a um menino, e logo se virou para o dono desta, percebendo ser um garoto de sua idade, alto e magricela usando os típicos trajes de príncipe em tons discretos de azul. Ele tinha cabelos negros e olhos verde-floresta, iguais aos da rainha Isabelle de Weselton, e sorria cordialmente para ela. – Não gosta de bailes? – Ele arriscou, claramente brincando.

– Este não é exatamente meu passatempo preferido. – Ela deu de ombros e, por um curto momento, pensou ter sido mais formal do que uma criança de sua idade deveria, mas não se importou. Finalmente, voltou a fitar o salão.

– Entendi. – Ele concordou, mantendo o sorriso. – Mamãe disse para eu fazer amigos, então, quer dançar? – Ele perguntou, estendendo a mão para ela e sorrindo como a criança que era, claramente se divertindo, apesar de ela não ser muito sociável.

Elena olhou para ele e desta vez pareceu prestar atenção, logo sorrindo inconscientemente e com uma sobrancelha arqueada.

– Ora, se não é um Príncipe Encantado. – Disse brincando. Seu senso de humor, ela tinha que admitir, era um pouco ácido. Demais para uma criança, mas pareceu divertir o menino à frente dela.

– Eu tenho um nome, sabe? – Ele cruzou os braços e fez bico, mas estava claramente entrando na brincadeira.

– Não importa. – Ela respondeu com um dar de ombros, abrindo um sorriso provocativo. – Encantado combina com você. – Declarou, por fim.

– Encantado ou não, dançaria comigo? – Ele perguntou novamente, ainda sorrindo.

– Acho melhor não, Encantado. – Ela negou e começou a se distanciar.

– Ei, eu não sei o seu nome. – Ele declarou e, apesar de nenhum dos dois saber o nome um do outro, o jovem menino sabia que havia acabado de conseguir uma nova amiga, embora não das mais convencionais.

– É claro que não. – Ela respondeu ainda de costas para ele, andando para longe dali. – Eu não te disse. – E desapareceu por entre os convidados.

Ele prosseguiu fitando o lugar por onde ela desaparecera com um sorriso infantil e brincalhão, mas logo decidiu que era melhor ir procurar por seus pais, tendo os perdido de vista quando Aaric foi conversar com o rei Agdar de Arendelle e Isabelle com a rainha Idun.

...

E, absolutamente, ela ainda se lembrava de quando o vira pela segunda vez, quase quatro anos depois, quando foram finalmente formalmente apresentados e se tornaram verdadeiros amigos.

...

Pela manhã, uma Elena de nove anos estava no quarto construído para Elsa, que, por sorte, ficava ao lado do seu. Ela estava brincando com o bebê, que acordara chorando e, consequentemente, acordando-a também, visto que a morena tinha um sono leve e a loira-platina era dona de cordas vocais impressionantes. A loira tinha pouco mais de três anos e crescia cada vez mais parecida com Elena e Idun. Àquela altura, a morena já sabia bem dos poderes de gelo que sua irmã caçula carregava, visto que uma nevasca ocorria no ambiente em que ela estava sempre que chorava.

Sua atenção se voltou para a porta do quarto quando seus pais entraram. Idun e Agdar imediatamente se aproximaram e beijaram a testa de ambas as filhas. A rainha de Arendelle estava grávida de nove meses, mas ainda insistia em caminhar por todos os cantos do castelo com seu marido. Sem dúvidas, era extremamente teimosa e obstinada, apesar da aparência calma.

– Elena, a família real de Weselton está vindo para nos visitar. – Seu pai avisou e ela assentiu, imediatamente despedindo-se de Elsa com um beijo na testa antes de seguir para seu próprio quarto para assumir uma aparência apropriada para receber os convidados.

Finalmente, vestida apropriadamente, ela retornou ao quarto de Elsa, onde seus pais a esperavam enquanto brincavam alegremente com a filha caçula. Então, Agdar tomou a jovem loira nos braços e ajudou-a a ficar de pé, visto que ela já andava. Elsa era bastante inteligente e muito cedo aprendera a falar, algo que pouco fazia. Ela era extremamente silenciosa e, se não fosse por seus choros quando acordava de um pesadelo, mal fazia qualquer ruído. Elena ainda se lembrava de quando estivera sentada naquele mesmo quarto brincando com sua irmã e, de repente, a boca da mais nova se abriu e um som parecido com “Lena” saiu. Ela havia pulado de felicidade e abraçado e beijado a menina várias vezes, verdadeiramente feliz.

Então, Agdar, Idun, Elena e Elsa seguiram para a sala de jantar, onde a família real de Weselton já o estava aguardando. Elena viu a mesma mulher alta e magra, de braços e cintura fina, cabelos loiro-dourados brilhantes, rosto fino e bem-esculpido e íris que pareciam conter uma floresta inteira. A rainha Isabelle, ela reconheceu rapidamente. O homem ao lado dela era ligeiramente mais alto que a loira e tinha o porte atlético de um soldado. Seus cabelos pretos e desorganizados, claramente sem nenhuma tentativa de serem postos em linha, eram curtos. Seus olhos eram azul esverdeado. Tratava-se do rei Aaric de Weselton. E, finalmente, havia as duas crianças que os acompanhavam. Um deles, claramente o mais novo dos dois, de quatro anos, se Elena não estivesse enganada sobre a idade dele no dia em que o conhecera. Tinha os cabelos pretos do pai e tinha olhos azuis como os dele. O segundo era uma versão mais velha do mesmo garoto de cabelos pretos e olhos verde-floresta que conhecera no baile do nascimento de Elsa, o mesmo que a convidara para dançar, o mesmo que chamara de...

– Príncipe Encantado? – Ela arqueou uma sobrancelha, confusa com a presença dele ali, sendo que o menino de cabelos negros e olhos verdes era a última pessoa que esperava ver. Porém, logo ligou os pontos. Aquele era o filho mais velho de Isabelle e Aaric e príncipe herdeiro de Weselton.

– Vocês se conhecem? – Isabelle questionou, abafando uma risada pelo modo como a princesa de Arendelle havia chamado seu primogênito.

– Sim. – Foi o menino quem respondeu, virando-se para Elena logo em seguida. – E eu já falei, eu tenho um nome. – Ele respondeu divertido, percebendo que ela também sorrira verdadeiramente para ele. – É Andersen. – Apresentou-se finalmente.

– É um prazer te conhecer, Andersen. – Ela deu um passo na direção dele, curvando-se respeitosamente para o menino, que fez o mesmo. Finalmente, ela decidiu se apresentar. – Sou Elena. – Disse por fim.

– É um prazer finalmente conhece-la também. – Ele respondeu sorrindo. – Nós nos conhecemos no baile de nascimento da princesa Elsa. – Explicou para os adultos confusos ali presentes e acenou alegremente para a menininha de cabelos loiros atrás de Elena, que timidamente respondeu ao seu gesto.

– Mas isso é ótimo! – Aaric exclamou animado, enquanto que Isabelle e Idun soltaram risadas baixas e Agdar trazia um olhar estranho em seu rosto. Elena pensou ter visto ciúme ali, mas na época, não entendeu o motivo. Finalmente, ela se virou novamente para o príncipe de Weselton.

– Bem, amigos? – Ela arqueou uma sobrancelha, estendendo uma mão para ele, a qual ele logo apertou.

– Absolutamente. – Andersen respondeu com um sorriso que continha uma felicidade infantil.

– Então, quer que eu te mostre o castelo? – Ela propôs com um sorriso torto, feliz por ter um novo amigo, afinal havia se tornado um pouco mais, como sua mãe dizia, sociável, com o passar do tempo. Agora verdadeiramente apreciava a companhia de outras pessoas.

– Eu adoraria. – Ele respondeu com uma formalidade que era puramente brincadeira, pelo que ela percebeu.

– Tudo bem. – A morena concordou com um sorriso travesso e então se virou para sua irmã caçula, estendendo uma mão para ela. – Vem, Elsa. – Chamou e a loira logo pegou sua mão, começando a caminhar com ela pelos corredores do castelo, distanciando-se do grupo de adultos. – Você também, Encantado. – Declarou ao perceber que o menino não havia se mexido.

– Eu já falei, é Andersen. – Ele disse enquanto corria para alcança-la.

– Não. – Ela negou com um sorriso divertido, olhando-o por cima do ombro, observando-o se aproximar enquanto caminhava. – Encantado combina melhor. – Falou por fim.

Andersen revirou os olhos, mas riu, alcançando-a e caminhando lado a lado com ela e Elsa, deixando o grupo de adultos que os observavam para trás.

...

E lá estava ele, agora seu melhor amigo em todo o mundo. Desde aquele dia, ele vinha com cada vez mais frequência para visita-la. Definitivamente, crescia mais a cada dia. Era agora mais alto do que ela, embora não muito, e não era mais tão magricela quanto fora um dia. Tinha o porte físico de alguém que se exercitava todos os dias. Os olhos continuavam sendo aquelas vastas florestas brilhantes e o cabelo ainda era negro como carvão e desorganizado. Algumas coisas jamais mudariam. Ele sorria para ela, entusiasmado ao vê-la novamente.

– Oi, Elena. – O príncipe de Weselton cumprimentou quando a princesa de Arendelle se aproximou o suficiente para que fosse capaz de ouvi-lo falar.

– Andy. – Ela respondeu com simplicidade, observando como ele arqueara uma sobrancelha em sinal de confusão em resposta ao que ela dissera, como se não a houvesse entendido bem.

– Andy? – Ele repetiu confuso e incrédulo. – O que aconteceu com “Encantado”? – Quis saber, curioso. Embora jamais fosse admitir, ele gostava do apelido que ela o dera no dia em que se conheceram. É claro que jamais iria dizer isso em voz alta, principalmente para ela.

– Percebi que você não é tão encantador assim. – Ela explicou em tom provocativo e com um sorriso desafiante em seu rosto e, em conjunto com a sobrancelha arqueada, formava uma expressão malditamente pretensiosa que ele detestava e amava.

– Eu deveria me sentir ofendido? – Ele perguntou de brincadeira.

– Provavelmente. – Ela admitiu e se voltou na direção do castelo do reino, começando em caminhar em direção a ele.

– Alguém já te disse que você tem um senso de humor bastante curioso, vossa alteza? – Ele perguntou, embora já soubesse a resposta, seguindo-a em direção à propriedade real, que tinha os portões abertos até que ela retornasse. Elena era a única a ser vista do lado de fora do palácio e isso apenas acontecia quando ela ia ao porto buscar o melhor amigo recém-chegado.

– Você diz isso sempre que nos vemos. – Ela deu-lhe a resposta que ele esperava que desse, sorrindo para ele por cima do ombro. – Agora, vamos. – Chamou. – Talvez você consiga me convencer a chama-lo de Encantado novamente. – Ele revirou os olhos para a provocação e a seguiu em direção ao castelo de Arendelle. Com certeza, algumas coisas jamais iriam mudar.


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Notas finais do capítulo

Por favor, perdoem e comuniquem qualquer erro presente no capítulo.
E, por favor, deem-me suas opiniões sobre o capítulo e teorias para o futuro.
Boa noite e até o próximo capítulo!