Como foram as suas férias? escrita por Bitinho


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi, povos e lulas!
Finalmente a continuação. Bem, vamos pra leitura que hoje tem FESTA!

Ah, não sei se é bom ou ruim, mas o capítulo tá gigante. Já aviso.



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CAP. 03

Seu Pedro piscou os olhos algumas vezes para conferir que não estava vendo coisas devido a pouca bebida. Na sala Gina olhava para o pai e achou estranho ele parado na porta.

– Ara, pai. Mai quem é, que o senhor tá parado aí com cara de abobado?

Ao escutar a voz da filha Seu Pedro despertou e finalmente respondeu a pergunta de Juliana.

– A minha esposa tá sim. A senhorita quereria falar cum ela?

– Sim. – Como Seu Pedro continuou parado a observando, Juliana meio sem jeito perguntou - Será que eu poderia entrar?

– Ah, craro. A senhorita me adescurpe minha indelicadeza. Vamo entrando, faz favor.

Enquanto Seu Pedro ia até a varanda pegar a grande mala de Juliana, ela entrou na sala. Gina, que já estava curiosa pra saber quem era desde que vira a reação do pai, não pode esconder a estranheza que a visitante lhe causou. Com as sobrancelhas franzidas e os olhos arregalados Gina olhava Juliana de cima a baixo e procurava entender o que era aquela garota. Tudo nela era muito rosa e Gina poderia jurar que sentia um desconforto no estômago só de olha-lá. Juliana observava Gina atentamente e a achou bastante exótica. Não era todo dia que ela via uma garota usando um macacão folgado, sem nenhum adorno e com os cabelos que pareciam nunca terem sido penteados. Enquanto as duas se analisavam, Seu Pedro chega a sala e já vai gritando pela esposa:

– Ôh mãe! Vem aqui na sala que tem visita prôcê.

Tê vem apressada da cozinha e ao chegar na sala, recebe logo uma explicação do marido:

– Mãe, essa senhorita tá lhe procurando.

– Ah, boa noite. Posso lhe ajudar?

– Boa noite, D. Tê. Eu sou Juliana, filha do seu primo Heitor. Meu pai mandou uma carta para a senhora avisando que eu chegaria hoje...

Antes que Juliana pudesse continuar, D. Tê coloca as mãos na cabeça e olha para o marido.

– Deus dos Exército, Pedro nós esquecemo de que a fia do meu primo Heitor chegava hoje.

– Eita, mãe. É mermo. Ela chegava hoje. Nós esquecemo de buscar ela na estação por causa da festa.

– Fia ieu lhe peço descurpa. Deus do céu ocê não conhece nada por cá. – Dizia D. Tê enquanto se aproximava da jovem.

– Não se preocupe Tia, a Vila não é grande. Além disso eu conheci um rapaz na estação que me ajudou a chegar até aqui.

– Que bom fia. E quem é ele?

– Ele não é daqui tio Pedro. Veio visitar alguém também pelo que entendi.

– Mas me dê cá uma abraço fia. Como ocê tá grande e bunita.

– Agradecida, tia Teresa.

– Dêxa ieu lhe apresentar minha fia. Essa aqui é a Gina. Gina essa é a Juliana, aquela sua prima que ieu lhe falei que tava pra vir pra cá passar um tempo cum nóis.

Juliana estendeu a mão para Gina:

– Olá Gina! Muito prazer em conhecê-la.

Gina titubeou um pouco antes de apertar a mão de Juliana, mas ao ver o olhar dos pais resolveu fazer um esforço e respondeu de forma simples:

– Prazer também.

Ao sentir o aperto da mão de Gina, Juliana desmanchou de leve o largo sorriso, e tratou logo de puxar a mão que ficou levemente dolorida pela força que Gina usou.

– Ô fia, ocê tá com fome? – perguntou Seu Pedro – Se quiser a mãe põe arguma coisa pra modo de ocê comer.

– Ieu acho melhor ela comer na festa, porque se nóis for esperar a mãe fazer arguma coisa e ela ainda for comer, nóis só vai pegar os pessoal trocano as perna.

– Ara fia. Isso é coisa que se digue pra sua prima. Ocê me adescurpe o jeito da Gina, Juliana. Mas se ocê quiser ieu preparo argo bem rapidinho prôcê.

– Não precisa Tia. Eu posso esperar para comer na festa, além de quê não quero atrapalha-los. Desde que cheguei não ouço falar em outra coisa se não nessa festa do padroeiro da Vila. Sei que é um dia muito importante pra todos vocês e não vejo forma melhor de comemorar minha chegada, do que indo com vocês a festa. Peço apenas para tomar um banho e trocar a roupa da viagem.

– Craro fia, não tem problema nenhum. Ocê pode tomar seu banho sussegada que só quando ocê tiver pronta é que nóis vai pra festa.

Tê encaminhou Juliana para o quarto de hóspedes e foi preparar o banho da sobrinha.

–---

Renato conversava na casa dos Napoleão com Ferdinando.

– Peço desculpas por ter vindo um dia antes do combinado meu amigo, mas papai recebeu um chamado de urgência para atender um paciente no interior e antes que ele resolvesse me levar com ele eu resolvi dizer a ele que tinha falado com você e vir logo pra cá.

– Ara não tem problema nenhum, meu amigo. Só me preocupei de ver ocê sozinho na minha porta. Ieu poderia ter ido buscar ocê de carro na estação, como faria amanhã.

– Quanto a isso não se preocupe. Apesar de sua casa não ser tão próxima do centro da Vila, não foi difícil encontra-la. Seu pai é um homem bastante influente na região, além de que Santa Fé é bem menor que a capital. Aqui, ao que parece, todo mundo se conhece.

– Isso é verdade, meu caro. Mas ocê disse que chegou no trem das 17h. Parece que ocê teve um pouco de dificurdade de achar a minha casa, já que levou uma hora e meia pra chegar inté aqui. – Zombou Ferdinando.

– Hahahaha, não meu amigo. Na verdade eu fiquei na estação por mais uma hora, depois que desembarquei, mas foi por uma boa causa. Uma maravilhosa causa eu diria.

– Ora, agora ieu fiquei curioso. Até imagino do que se trate, só preciso que ocê me diga de quem se trata. – Falou Ferdinando sorrindo maliciosamente para o amigo.

Renato sorriu e explicou:

– Fiquei fazendo companhia a uma bela garota. Aparentemente os parentes dela esqueceram de ir busca-la e eu a ajudei a chegar até a casa deles.

– Hahaha, sabia que tinha garota no meio.

– Não é só uma gatora, meu caro. É “A” garota. Nunca vi menina mais bonita que ela. Uma verdadeira dama, diferente de tudo que já vi.

– Nossa! – Falou Ferdinando com a cara surpresa. – Se não lhe conhecesse, diria que você está verdadeiramente apaixonado por ela. Mas diga, quem é essa garota?

– Não acho que você a conheça. Ela também está de visita. Veio visitar a tia. Deixei ela...

Nesse momento, os garotos são interrompidos por Catarina que surge do alto da escada.

– Pronto, meus queridos. O quarto de hóspedes está devidamente arrumado pra recebê-lo. Peço que ocê suba e se acomode pra modo de poder tomar seu banho e trocar de rôpa pra nóis ir pra festa. Epaminondas já tá agoniado apressando a Amância que foi dar banho na Pituca. É o tempo que ocê se arruma também.

– Tá certo, Madame Catarina. Prometo que não demoro. Mais uma vez, agradeço pela hospitalidade.

– De nada, meu querido. Agora ieu vou cuidar de arrumar a Pituquinha, antes que Epaminondas resorva ele mesmo vestir a menina e ela saia de lá pareceno um espantáio. HAHAHAHAHA.

Enquanto Renato subia para seus aposentos, Ferdinando ficou aguardando na sala.

– Ara, agora ieu fiquei encafifado. Quem será essa tal garota?

–--

Os habitantes da Vila já começavam a chegar na festa. Padre Santo que foi um dos primeiros a chegar recebe os cumprimentos dos moradores. Na frente da venda, Giácomo também cumprimenta as pessoas, enquanto espera a filha, Milita.

– Boa noite, Seu Giácomo.

– Buona Notte, Padre Santo.

– O senhore vai passar a noite toda na frente da sua venda?

– No, no, padre. Ío tô esperando a Milita. De uns tempos pra cá ela anda demorando pra ficare pronta.

– Coisas da idade, Seu Gíacomo. Afinal a menina Milita está crescendo e começando a se tornar uma bela moça.

– Sí, sí, padre. No é porque é mia filha não, mas a minha Milita é mesmo muito bonita.

– Logo, o senhore vai ver ela de namorico com algum jovem rapazinha.

– Má que?! De jeito maneira, padre Santo. Minha Milita é muito nova pra essas coisas. Além do mais no vai ser qualquer mininote que vai ficar de namorico co’nela.

– A bença, padre Santo.

– Deus lhe abençõe, minha filha.

– Podemos ir, papá.

– Finalmente, Milita. Você demora demais pra se arrumar.

– Ara, papá. Não demorei tanto assim. O pessoal tá tudo chegando agora.

– É vero, mas vamo andando que se no nóis no pega uma mesa.

–--

Após alguns minutos, a família Falcão chega a festa.

– Ara que ficô tudo muito bonito, né pai?

– Tá mermo.

– Realmente a ornamentação está muito bonita Tia. Acabei não reparando quando passei por aqui procurando informação sobre a sua casa. Quem é o responsável?

– Ara fia, não tem um responsável não. As festas aqui na Vila é tudo feita com a participação de todos os moradores. Cada um dá um tiquinho, e de tiquinho e tiquinho nóis faz a festa.

– Que maravilha. É muito bonito poder ver como toda a Vila participa, como todos se unem. Lá na cidade é bem diferente.

– Ô mãe, ocês vão se sentando aqui nessa mesa que ieu vou ali dar uma proseada com o Giácomo.

– Tá certo, pai.

As três mulheres sentaram na mesa.

– Fia, dispois que seu pai vortá, ocê pode levar a Juliana pra dá umas vórta e olhar o resto da festa. Ocê pode apresentar ela também pro pessoar.

– Agora ieu vou ter que levar a Juliana pra todo canto que ieu for?!

D. Tê e Juliana ficaram surpresas com a colocação de Gina. No entanto Juliana não ficou ofendida. De alguma forma ela sentia que ainda seria amiga de Gina. Nunca tinha se relacionado com uma garota tão diferente de si, e achou que aquela seria uma relação bastante enriquecedora.

– Ara fia, quié que custa ocê mostrar as coisas pra sua prima. Além do mais ocês tem quase a merma idade.

– Nóis até pudemo ter quase a merma idade, mas o gosto é bem diferente.

Juliana resolveu se meter na conversa. Bem ou mal seria a primeira conversa que teria com a prima depois de cumprimentarem-se na casa dos Falcão.

– Ora essa Gina, você nem me conhece pra saber quais são meus gostos.

– Ocê me adescurpe Juliana, mas ieu também num tô muito interessada em saber.

– Pois eu estou muito interessada em saber quais são os seus. Porque você não me mostra quais as suas partes preferidas da festa? Eu vou adorar lhe acompanhar.

Nesse momento, outra garota ruiva se aproxima da mesa.

– Boa Noite procês.

– Boa noite, Milita. Como ocê tá bonita.

– Agradecida D. Tê.

– Essa aqui é a Juliana, minha sobrinha. Ela veio passar as férias mais nóis.

– Olá Juliana. Seja bem vinda. Eu sou Milita.

– Muito prazer, Milita.

– Gina, ocê vai ficar aí sentada? Vamo dar uma olhada pela festa?!

– Ocês pudia ir com a Juliana até a mesa de comida. A coitadinha ainda num jantô. Ocês aproveita que tá no começo e come do meu cural. Modéstia a parte ele nunca fica por lá muito tempo. Num instante acaba.

– Ara, mái é craro mãe. Cural que nem o seu num tem não. Ieu tinha inté esquecido que a senhora trouxe ele pra festa. Só por causa disso ieu vou agora lá na mesa das comida.

– Vão. Ieu vou atrás do padre Santo que ieu ainda não vi.

As garotas se dirigiram a mesa, que estava bastante farta e variada. Gina foi direto a panela que a mãe trouxera e serviu-se de uma boa quantidade de cural. Milita pegou apenas uma fatia de bolo de laranja e um copo de suco de acerola. Enquanto as duas garotas começavam a comer, sentadas em banquinhos distribuídos próximos da mesa, Juliana percorria toda a extensão da mesa avaliando os pratos para decidir o que ia comer. Caminhava com a mão esquerda por cima da comida enquanto os dedos tamborilavam, dando a impressão de que a mão estava a passear por toda a mesa. De súbito sua mão parou, dando uma leve levantada, e em seguida se dirigiu ao alvo escolhido, uma cesta repleta de pães de queijo. Juliana colocava alguns em seu prato, enquanto ria de felicidade por ter encontrado sua comida preferida.

Um pouco mais adiante, um garoto olhava paralisado toda a cena. Zelão havia ido pegar um copo de suco para sua mãe, que estava sentada em uma das mesas da festa. Ao avistar Juliana andando ao lado da mesa, tamborilando os dedos, enquanto escolhia a comida, Zelão sentiu algo em seu peito que nunca sentira antes. Perguntava-se se não estava sonhando. Concluiu que não, ao ver a garota aproximar-se de duas meninas que ele conhecia muito bem. Pegou o suco que estava mais próximo, não reparando no sabor, e saiu rápido dali.

–--

Perto da venda de Seu Giácomo os Napoleão desciam do carro.

– Isso não tem cabimento Catarina. Nóis semo os úrtimo a chegar na festa, por causa do atraso em vestir uma menina que não veste nem meio metro de pano.

– Ocê se acarme, Epaminondas, que as cerimonias nem começaram. Além do mais ieu não tenho curpa se dispois de toda pronta nossa fia gorfou e se melecou toda, fazendo a gente trocar a rôpa dela. Ô ocê queria que eu trouxesse ela toda melecada?

– Claro que não, Catarina. Ieu quero nossa fia linda, como a princesa que ela é. Agora vamo tratar de arrumar um lugar pra sentar. Ieu tô vendo o Pedro Farcão, mais o Giácomo naquela mesa. Vamo sentar lá mais eles.

Enquanto isso, Zelão entregava o suco para mãe.

– Tá aqui, mãe, seu suco.

– Brigada meu fío. Tô morrendo de sede. – Disse Mãe Benta dando um grande gole no suco e fazendo uma cara azeda logo em seguida. – Zelão, ocê me trouxe suco de tamarindo. O único suco que ieu num gosto fío. Ieu num pedi pra ocê me trazer suco de carambola?!

– A senhora me adescurpe mãe. Ieu num fiz por má. Ieu devo ter confundido as jarra. – Dizia Zelão sem jeito. – Pode dexá que ieu lhe arrumo outro. – E saiu em direção a mesa de comidas novamente.

–--

Após terminarem de comer, Gina e Milita fora mostrar o resto da festa para Juliana.

– Aqui são as barracas, Juliana. Têm várias brincadeiras pra gente escolher. – Mostrava Milita.

– Que divertido. Qual a sua barraca preferida, Milita?

– Bão, de brincadeira é a da pescaria. Mas a minnha preferida mermo é a do correio elegante. Ieu nunca que recebi uma carta, mas acho tão lindo ver as pessoas recebendo. Têm umas que são inté engraçada.

– E você, Gina? Qual a sua preferida? – Perguntou Juliana para a prima que andava mais a frente.

– Ieu vou lhe mostrar agora. – Deu mais alguns passos a frente e parou em frente a uma barraca grande e, como as outras, cheia de brindes pendurados no teto e pelas laterais. – Essa aqui é a minha barraca preferida. – Disse sorrindo.

Em cima do balcão da barraca várias armas de chumbinho repousavam.

– A barraca do tiro?!

– Se deixar a Gina passa horas aí. – Dizia Milita virando os olhos

– O senhor me veja 5 bala, faz favor. – Pediu Gina. – Ocê vai querer tentar também Juliana?

– Não. Deus que me livre. Não quero pegar em arma nem por brincadeira. Nem saberia como segurar isso.

– Tá bom então. Ocê que sabe. O que é que ocê vai querer, Milita?

– Como assim? Você também atira, Milita?

– Não. Ieu também não gosto dessas coisa não. É que como a Gina nunca gosta dos brindes ela sempre me pergunta o que ieu quero e dá pr’eu. Essa é a única parte boa dela passar tanto tempo aqui.

– Entendi. – Sorriu Juliana.

Após ter analisado os brindes Milita escolheu.

– Ieu vou querer aquela tiara ali bem bunita cheia de flor.

– Certo. E ocê Juliana vai escoier o que?

– Você vai pegar um pra mim também? – Perguntou Juliana surpresa

– Ara, mai é craro. Assim eu jogo mais.

Juliana riu e observou os brindes. Até que algo chamou sua atenção.

– Ah, eu queria aquele ali. – Apontou – Aquele urso rosa com um laço no pescoço. – O urso estava bem atrás e quase passava despercebido devido a quantidade coisas.

– Que lindo, Juliana. – Olhava Milita. – Pelo que eu tô vendo só tem ele.

Gina viu qual era o urso e falou:

– Tá bão então. Vou tirar primeiro o da Milita e dispois tiro o seu. – Pegou a arma com gosto e começou a atirar.

Juliana ficou impressionada com a habilidade com que Gina atirava. Ela acertou os 5 tiros e conseguiu a tiara que Milita havia pedido.

– Pronto Milita, aqui tá sua tiara.

Nesse momento as meninas foram surpreendidas.

– Sabia que ia encontrar ocê aqui.

– Ara, é ocê Ferdinando.

– Olá Gina. – Disse Ferdinando chegando mais próximo, seguido por Renato. – Oi Milita.

Nesse momento Renato e Juliana se vêem.

– Renato.

– Juliana. Sabia que ia lhe encontrar por aqui.

– Ocês se conhecem? – Perguntou Gina desconfiada.

– Sim, Gina. Ele é o garoto que eu falei que me ajudou a chegar na sua casa lembra?

Ferdinando que acompanhava tudo calado, pensou: “Ah, então essa é a garota de que o Renato falou. Tenho que concordar com ele, ela é realmente muito bonita.”

– Ora, Gina, e ocê não vai me apresentar sua amiga?

– Ela não é minha amiga. É minha prima de segundo grau. Juliana esse é o Ferdinando.

– Prazer, Ferdinando.

– Prazer em conhecê-la, Juliana

– Bão agora que ocês tudo se conhece, ocês me dão licença que ieu vou continuar meus tiro aqui.

– É Gina. Você ainda tem que pegar meu brinde.

– A Gina vai pegar um brinde pra você? – Perguntou Renato

– Sim, ela vai me fazer essa gentileza. Eu não mexo em armas.

– Pois eu faço questão de pegar esse premio pra você. – Falou Renato já se posicionando no balcão.

– Ara, mai que esse almofadinha chegou agora e já que sentar na janela. Ieu já vou pegar o brinde pra ela, além de que ieu duvido que ocê saiba atirar.

– Pois eu lhe digo que não só sei atirar, como vou para pegar o brinde para Juliana.

Gina já estava com as mãos na cintura. Juliana e Milita observavam tudo um pouco assustadas. Ferdinando não acreditava que o amigo estava peitando ela. Temendo que Gina agisse de uma forma mais grosseira com ele, Ferdinando resolveu intervir.

– Carma Gina, quié que custa deixar o Renato tentar. Se ele não conseguir ocê pega o brinde pra Juliana depois. A gente sabe que ocê pega de olho fechado. Deixe o Renato tentar pelo menos.

– Ieu vou deixar, mas vai ser só pra vê esse marica passando vergonha.

– Pronto Renato, ocê pode tentar.

Renato pegou a arma e começou a colocar a primeira balinha. Ferdinando chegou o mais próximo que pode do amigo e cochichou:

– Ocê tem certeza que sabe fazer isso meu amigo? Olhe que se ocê perder vai ser o maior vexame.

– Fique tranquilo meu caro. Eu sou criado na cidade, mas isso não significa que eu nunca tenha pego numa arma. Eu vou calar a boca dessa sua amiguinha. – Falou enquanto olhava pra Gina de canto de olho.

Renato apoiou os braços no balcão e se pôs a mirar em um dos alvos. Os 4 adolescentes que observavam estavam na maior expectativa. Após respirar alguns segundos, Renato disparou. A bala atingiu o alvo, não de forma certeira como os de Gina, mas ainda assim era válido. Renato deu um pequeno sorriso em direção de Gina, e colocou a segunda munição na arma. Assim como o segundo tiro, este também acertou o alvo. A cada tiro dado Gina fechava mais a cara. Renato estava com um largo sorriso no rosto e bastante confiante. Preparou-se para o terceiro tiro e escolheu um alvo que estava bem a sua frente. Novamente respirou alguns segundos e atirou. Mas dessa vez o alvo não foi atingido. Ao ver que ele tinha errado Gina vibrou e soltou uma risada, porém logo percebeu que algo errado havia acontecido.


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Notas finais do capítulo

O que será que aconteceu hein?
A título de curiosidade adianto que, o que vem por aí é baseado em fatos reais, rsrsrs.
—--
Malz a demora em postar esse capítulo, essas semanas foram bem cheias e minha cabeça também tava cheia de ideias pra por aqui. Aí resultado, demorei a postar o capítulo, mas ele está gigaaanteee. HAHAHA. Pelo menos eu achei.

Xêros e até o próximo.



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