Como foram as suas férias? escrita por Bitinho


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiii!!!

Finalmente terminei o segundo capítulo. Me empolguei e quase que não paro, rsrsrs. Esses dois primeiros capítulos são mais pra ambientar vocês na história , já que aqui todos os personagens têm idades diferentes das que tinham na novela e isso implica algumas adaptações. Maaas, no terceiro capítulo já rolará a festa e com ela o ou os ponta pés inciais de nossa história. Espero que gostem.

;)



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CAP. 02

Já se aproximava do fim da tarde quando Gina, chegou em casa. Ela se dirigiu para a cozinha para tomar um copo de água e nem reparou quando D. Tê entrou em seguida.

– Finarmente né, Gina?! Daqui um pouco dá a hora da festa, e a senhorita tá assim ainda, toda suja.

Gina se vira para mãe e fala de modo abusado. – Ara, mãe. Num instante ieu tomo banho.

– Ieu sei disso, mas bem que ocê podia dar um jeito nesse cabelo. Se ocê tomar o banho logo ieu posso inté fazer uma trança bem bunita.

– Már de jeito manêra. Ieu num vô fazer nada dessas besterage. Meu cabelo vai tudo do jeito que ieu uso mermo.

– Már fia, ia ficar tão bunito, seus cabelo numa trança bem formosa. Ainda mais com o vestido que ieu separei pra ocê. É aquele bem clarinho que eu fiz procê no aniversário do ano passado, lembra!?

– Araaaa, que ieu num vô vestir vestido nenhum – Disse Gina, já se esquivando da mãe e indo para a sala.

D. Tê ia atrás da filha tentando convencê-la.

– E ieu posso saber com que roupa ocê vai?

– Ieu vou com as minha roupa de sempre, e a senhora não me amole as paciência que se me dê na veneta ieu nem pra festa vô. – Finalizou Gina, já subindo a escada para o quarto.

Na sala D. Tê se lamentava.

– Ara, meu Deus, pruquê essa minina num pode só uma vez se arrumar feito gente.

–--

Na estação da vila de Santa Fé, o trem das 17hrs chegava. Os passageiros, a maioria parentes dos moradores da vila, desembarcavam apressados afim de chegarem na casa dos seus e se arrumarem para a grande festa que ocorreria dentro de poucas horas. Do último vagão, um jovem de cabelos ruivos desembarcava em meio aquela confusão e achava graça no jeito caloroso no qual as famílias recepcionavam os parentes. O modo como ele se portava e suas vestimentas denunciavam que ele não tinha nenhuma conexão com aquele local, pelo menos familiar. Após conseguir avançar alguns metros na estação, mais precisamente quando estava chegando próximo ao primeiro vagão, o jovem teve seu olhar atraído por uma cabeleira rosa que destoava de todos a sua volta. Após algum tempo observando-a ele percebeu que ela também não devia ser de lá, pois os moradores ao redor também a olhavam com bastante curiosidade e estranhamento. A jovem em questão, no entanto, não percebia que despertava tanto interesse pois estava bastante ocupada tentando carregar toda a sua bagagem. A adolescente era pequenina, tanto em sua estatura, quanto em seu físico. Se não se movesse os espectadores poderiam jurar se tratar de uma boneca de porcelana em tamanho real. O jovem vendo a dificuldade da garota, resolveu se aproximar.

– Ó Deus, não lembro dessa mala ter ficado tão pesada. Papai parecia carrega-lá com tanta facilidade.

– Com licença. A senhorita precisa de ajuda?

– Ah, olá. – Disse a jovem abrindo um largo sorriso. – Confesso que estou tendo um pouco de dificuldade para colocar minha mala na plataforma. Se puder me ajudar eu agradeço.

– Claro.

O garoto colocou a mão na alça da mala e ao tentar levanta-la constatou que ela realmente estava muito pesada como ele havia imaginado. Com algum esforço ele conseguiu repousa-lá na plataforma e comentou:

– Sua bagagem é bem pesada para alguém tão pequena e delicada como a senhorita.

A garota apenas riu do elogio e acrescentou enquanto passava por ele em direção ao interior do vagão.

– Creio que ficará surpreso em saber que ainda tenho mais uma aqui. Porém ela é menor e eu consigo carrega-lá. – Terminou saindo do vagão e voltando a plataforma.

O garoto ficou bastante surpreso, pois não esperava que além da grande e pesada mala que ele havia ajudado a colocar na plataforma, a garota tivesse também outra mala média.

– E qual é o nome do cavalheiro que tão gentilmente me ajudou sem nem ao menos me conhecer?

– Renato. Eu me chamo Renato. – Disse estendendo a mão para a garota.

– Prazer, Renato. Eu me chamo Juliana, e agradeço a sua ajuda. – Respondeu a garota com o mesmo sorriso largo com que tinha iniciado a conversa.

– Perdoe-me a pergunta mas, alguém vem busca-lá?

– Sim. Meu pai mandou uma carta pra minha tia e ficou acertado de que ela viria me buscar aqui na estação, mas no momento não a vejo por aqui.

– Bom vamos fazer o seguinte. Vamos mais pra perto da saída da estação e aguardamos sua tia lá. Eu lhe faço companhia até ela chegar.

– Ótimo.

Renato então pegou a mala grande de Juliana, além da dele, e assim os dois foram caminhando para a saída da estação.

–---

Na casa dos Napoleão, Ferdinando acabava de entrar pela porta da cozinha.

– Olá, Amância. Ocê poderia me dá um copo d’água, por gentileza?!

– Ara, Ferdinando, mai é craro que sim. – Amância era uma moça jovem, e tinha a mesma idade da madrasta de Ferdinando, 22 anos. Trabalhava servindo a casa dos Napoelão desde que atingira a maior idade.

– Gradecido, Amância – Disse Ferdinando, enquanto pegava o copo nas mãos.

Eis que da porta que dava acesso a sala de jantar, surge Catarina. Ela era uma moça bonita, muito vaidosa, e bem mais jovem que seu marido. Casou com o Coronel Epaminondas há 3 anos, e a dois era mãe da pequena Pituca. Quando casou, acolheu Ferdinando como seu filho e tem com ele uma relação de muita confiança e afinidade. Provavelmente pelas idades não tão distantes.

– Ah, ocê tá aí Ferdinando. Seu pai tá doido lhe procurando, pra modo de conversar com ocê antes de nóis ir pra festa.

– Ora, Catarina. Mais que conversa é essa que meu pai quer tanto ter comigo?

– Ieu não sei, meu querido. Ele não me falou. A única coisa que ele fez foi ficar me atazanando, aliás não só ieu, como todo mundo aqui dessa casa pra saber donde é que ocê tava.

– Bom, sendo assim ieu vou logo vê o que ele quer. Pra modo de poder me arrumar pra festa. – Dizendo isso, Ferdinando deu um beijo em sua madrasta e foi para o escritório.

–--

No escritório, Epaminondas Napoleão, olhava alguns papéis enquanto tomava um café. Ao escutar a porta abrindo, largou-os em cima da mesa, e disse:

– Até que em fim, Ferdinando. Eu posso sabê donde o senhor tava que faz már de hora que ieu tô lhe procurando.

– Ora meu pai, ieu tava andando na fazenda mais a Gina. Fazem dois dias que ieu vortei da capitar e ainda não tinha andado direito por esses campo.

– Tá certo, Nandinho. Mas agora sente aqui pra modo dieu prozear com ocê.

– O senhor diga meu pai.

– Bem, Nandinho. Ocê sabe que ieu fiz questão de punhar ocê pra estudá lá na capitar, pra modo de ocê ter uma educação de qualidade. Muito mior do que ocê teria estudando aqui nas Antas.

– Ieu sei meu pai. E foi somente por o senhor fazer questão que ieu fui pra lá. Porque por mim ieu preferiria estudar aqui nas Antas, pra modo de ficar mais perto dôces, da fazenda...

– Ieu sei, Nandinho, mas ieu tenho meus motivo pra querer que ocê estude lá. Ieu quero que ocê se relacione com gente importante, e não só essas pessoas de mente pequena aqui da vila. Quero que futuramente ocê possa fazer uma faculdade e vortár dotor formado, como ieu nunca pude fazer.

– Ara meu pai, ieu agradeço a oportunidade que o senhor tá me dando, mas ieu ainda nem pensei quar faculdade ieu gostaria de fazer. Pra lhe ser sincero ieu até tenho algumas afinidades,...

Epaminondas interrompe a fala do filho: - Ora, mas ocê não precisa se apoquentar com isso, Ferdinando. Quando chegar o devido momento, ocê vai se inscrever pra faculdade. Ieu já tenho tudo planejado.

Ferdinando, fica desconfiado e um pouco assustado com a fala do pai e não esboça nenhuma reação.

– Ieu queria ter essa conversa que é pra justamente lhe esclarecer quais são os meus planos procê. Ocê, Ferdinando, é meu fío primogênito. Ocê vai realizar tudo aquilo que ieu não pude fazer.

A cada palavra do pai, Ferdinando engolia seco. Seu pai não havia deixado claro quais seriam seus planos para a faculdade dele, mas havia deixado claro que a opnião de Ferdinando não estava em questão.

– Ieu quero somente pedir a ocê que se dedique aos seus estudo, e que faça valer todo esse investimento que ieu estou fazendo nocê. – Finalizou Epaminondas. – Agora vá se arrumar, que daqui a pouco nós vamos pra festa e ieu num quero chegar atrasado.

Ferdinando pensou em falar sua opnião, mas conhecendo o genio de seu pai resolveu tocar no assunto em uma outra oportunidade. Afinal as férias estavam apenas começando, e ele não queria se indispor com seu pai e muito menos correr o risco de arranjar um castigo que lhe tomasse esses preciosos dias. Além disso, daqui para faculdade ainda haveria muito tempo, até lá muita coisa iria acontecer. Pensando nisso Ferdinando, apenas se despediu do pai:

– Tá certo, meu pai. Ieu vou cuidar então. Inté daqui a pouco.

–--

Já fazia uma hora que Renato e Juliana esperavam na saída da estação da vila.

– Meu Deus, Renato. Estou ficando preocupada. Todas as pessoas que desembarcaram do trem já foram embora, e os funcionários já estão largando também e nada da minha tia.

– Pois é, acredito que a estação fechará mais cedo hoje, devido a festa. Tem certeza que sua tia sabe que você viria hoje?

– Tenho sim. Ficou tudo acertado entre ela e papai. Pior que não faço ideia de onde ela mora nunca vim pra cá antes. Conheço ela só por foto.

– Eu acho melhor nós sairmos daqui e perguntar. A vila é pequena, todo mundo por aqui deve se conhecer. Não deve ser difícil achar a casa da sua tia.

– Ótima ideia, Renato. Você está sendo um anjo, não sei o que faria aqui sozinha. Ainda mais com essas malas.

– Imagine, Juliana. Está sendo um privilégio estar em sua companhia.

Juliana deu um largo sorriso para o rapaz e começou a pegar sua bagagem. Os dois sairam andando em direção a uma pequena venda próxima. Ao chegarem nela encontram o dono, Seu Giácomo, organizando alguns produtos atrás do balcão.

– Boa Noite senhor. – Disse Renato.

– Buona notte, ragazzo.

– O senhor poderia nos ajudar? Nós estamos procurando a casa da tia dessa jovem. – Renato olhou para Juliana, para que ela dissesse o nome da tia que procuravam.

– Sim, senhor. Cheguei agora a pouco e estou procurando a casa da minha tia Teresa. Ela é casada com o Seu Pedro Falcão. O senhor a conhece?

– Oh, Sí, sí. Ío conheço Pedro Falcão e a sua “molhê”. Eles não moram distante daquí. Vamos pra frente da venda, que ío mostro pra vocês donde fica a casa deles.

Após Seu Giácomo ter dado todas as instruções, que não eram muitas, Renato e Juliana finalmente chegaram em frente a casa dos Falcão.

– Renato, eu quero lhe agradecer imensamente por tudo o que você fez por mim hoje. Muito obrigada, de verdade, por toda a ajuda.

– Foi um prazer lhe conhecer e poder ajudá-la, Juliana.

– Ora, Renato. Não seja galante. Eu sei que lhe dei muito trabalho. Se não fosse por mim você já estaria na casa dos seus, descansado, ao invés de ficar carregando uma mala pesada para uma desconhecida por todo o canto.

– Garanto que nenhum descanso me faria melhor do que ter tido a oportunidade de conhecê-la.

A garota sorriu. Juliana era o tipo de garota que adorava ser cortejada e sonhava com grandes e doces paixões. Aliás, tal qual várias garotas de sua idade.

– Bom, de qualquer forma eu estou em dívida com você. Agora acho melhor você ir andando, se não vai chegar muito tarde.

– É verdade. Tenho que chegar a tempo de me arrumar para a festa. Creio que toda a vila estará presente, e conto com isso para encontrá-la novamente.

– Quem sabe?! – Disse Juliana, subindo os degraus da varanda da casa dos Falcão. – Adeus, Renato.

– Até logo, Juliana.

Renato sai caminhando enquanto Juliana virava-se e batia na porta de entrada.

–--

Do lado de dentro, Gina e Pedro Falcão estavam sentados na sala, enquanto D. Tê recolhia a toalha de mesa da janta.

– Pedro, ocê num me invente de beber muito na festa hoje que é pra modo de num vir com as perna trocano pra casa.

– Ara mãe. Ieu num vô beber muito não. Falando nisso eu vou até pegar um aperitivo aqui, que é já pra dar uma esquentada antes de ir.

Nesse momento ouve-se batidas na porta.

– Ara, quem será essa hora? – Falou D. Tê antes de ir para cozinha.

– Dêxa que ieu abro, mãe. – Seu Pedro foi até a porta e ao abri-la se perguntou se não estava ficando fraco para a bebida, pois bem na sua frente uma garota com cabelos de algodão doce e grandes olhos azuis dava um largo sorriso e dizia:

– Boa Noite! A Dona Teresa está?

–--


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Notas finais do capítulo

Como falei lá em cima, me empolguei e por isso o terceiro capítulo já está iniciado.*.* Estou me divertindo muito escrevendo. Apesar de estar bem no início, está sendo uma experiência bem legal estar do outro lado. Bem, por hoje é só. Preparem-se para festa que ela vêm aí.

Ah, agradeço os comentários e o apoio.

Bjs.



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