If It Was All Just Normal. escrita por Srta Who


Capítulo 5
Como Pagar um Favor


Notas iniciais do capítulo

oi, como vai você? Eu estou bem, principalmente porque finalmente eu tenho um quarto de novo, e pra comemorar eu vim portar pra vocês! aaaaeeeeewwww, bem espero que gostem, comentem por favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608217/chapter/5

A chuva estava extremamente forte, até doía quando batia em minhas costas, era piorada ainda mais pelo vento e pelo fato de eu estar apenas usando o vestido da noite anterior, e sem ter nenhum guarda-chuva... Não era assim que eu esperava que meu dia começasse...

Flashback on.

–Ei você. Disse Matt dando um beijo no topo da minha cabeça.

–Oi.

–Olá. Ele ainda me abraçava, seus braços eram quentes, ele era um pouco magro, não muito, só um pouco, tinha um corpo normal. –Quer tomar banho? Ele disse com uma voz incrivelmente sexy. Ele se quer esperou minha resposta, ele levantou da cama me pegou nos braços e me levou até o banheiro, eu ria enquanto ele me fazia cocegas.

...

Meu telefone começou a tocar enquanto eu me vestia.

–Alô.

–Rose? Onde você está?

–Com o Matt.

–Isso não responde!

–Qual o problema? Porque está zangado? Não é a primeira vez que eu passo a noite fora!

–Rose Marion Tyler... Trate de me explicar agora que fotos são essas que eu acabei de ver na internet.

–O que? Que fotos?

–Você está bêbada!

–O QUE!?

–Não tente se fazer de desentendida! É bom me explicar agora.

–Eu não sei!

–É seu pai Rose? O que ele quer?

–É o Matt? Passe o telefone para ele! Eu o fiz sem nem entender direito o que estava acontecendo, mas os gritos do meu pai podiam ser ouvidos de longe. Depois de algum tempo ele desligou.

–Rose... Você tirou uma foto completamente inadequada com a Amy. Não devia ter ficado bêbada. Sabe o que eu acho disso.

–Eu já disse que não lembro!

–Mas não deveria ter feito de qualquer jeito! Eu só quero escolher o melhor pra você! Escolher o melhor pra mim!? O que ele queria dizer com isso?

–Então quer dizer que não sou boa o suficiente para escolher por mim mesma!?

–Eu não estou dizendo isso... Eu só.

–Não Matt! Todos me dizem o que fazer! Meus pais, meus amigos, e até você! Eu estou cansada disso!

–Rose...

–Não quero saber! Eu saí pisando pesado e bati a porta quando passei.

...

Eu se quer percebi que estava chovendo antes de sair, se bem que aqui fora mais parece o fim dos tempos do que uma chuva, eu estava tremendo de frio, mas nem por isso menos obstinada a minha missão de caminhar por ai sem rumo até que todo o universo se explodisse! É horrível ter todos ao redor dizendo ‘’faça isso, faça aquilo’’. O que eles acham que eu sou? Uma retardada que não consigo decidir por mim mesma o que é certou ou não pra mim!?

–ARG! E ainda tem essa maldita chuva! Como se tudo conspirasse contra mim! –Tudo bem! Talvez eu seja meio louca, inconsequente e sem noção! Mas dá pra pelo menos parar essa maldita chuva!? Ela gritou para os céus, como se alguém pudesse ouvi-la e se compadecesse com ela lá de cima. Ela estava com lágrimas nos olhos. E ficou parada no meio da chuva esperando que o céu caísse sobre sua cabeça e a esmagasse.

–EI! Eu ouço alguém gritar. Eu olho para trás, aparentemente estava me chamando, até porque acho que não tinha nenhum outro ser vivo naquelas ruas. Era uma cara magro, com calça preta e o que parecia ser uma camisa do Star Wars, ele também estava molhado, mas tinha um guarda-chuva. Apontei meu indicador para mim mesma para perguntar se era a mim que chamava. Ele fez que sim com a cabeça. E correu até mim, eu conhecia aquele homem, o homem perdido... John... John Smith, acho que era esse seu nome.

–Você parece... Ele gritou, perto de mim fazendo o guarda-chuva me cobrir também, mesmo que fosse meio inútil a essa altura do campeonato era bom não sentir a chuva forte.

–Louca? Eu falei lembrando da nossa primeira conversa. E com um sorriso fraco para esconder as lágrimas.

–Perdida. Nos rimos.

–Você está me seguindo? Eu disse fungando e passando a mão nos olhos vermelhos.

–Na verdade eu moro naquele prédio agora. Eu ouvi você gritar, eu ainda estou te devendo por aquele dia. Ele disse apontando, eu se quer tinha percebido que eu estava na rua na qual eu o tinha levado aquele dia. –O que você faz no meio desse diluvio?

–Estava com vontade de tomar banho! Brinquei, sabendo que a razão real que me levava aquela chuva era bem diferente.

–Na sua casa não tem banheiro?

–Uma garota não pode tomar banho na chuva?

–Se isso fosse chuva! Vai se afogar aqui fora!

–Seria bom...

–Não enquanto eu estiver aqui! Vamos, você pode ficar na minha casa até a tempestade passar ai eu posso te pagar por aquela ajuda.

–Como eu vou saber que você não é nenhum assassino?

–Se eu for um assassino você pode me matar.

–Hahaha.

...

–Aqui.

–Obrigada. John entregou a Rose uma toalha para que ela se secasse.

–Sinto muito mas acho que nenhuma das minhas roupas caberia em você. Ele disse olhando para o próprio corpo magro. No qual as roupas ficavam folgadas

–Tudo bem, ela disse parecendo bem interessada nas fotos e desenhos colados na parede. –O que você faz John?

–Segundo você cometo assassinatos. Ele disse com humor, ela deu uma risada.

–Não, o que você realmente faz?

–Sou astrofísico.

–Serio? Os olhos dela brilharam. –Onde você trabalha?

–Na Torchwood. De todos os lugares do mundo porque ele tinha que trabalhar justamente para o pai dela? Logo lá? Que bom que ela tinha se apresentado como Rose Marion, geralmente ela não sabia se as pessoas gostavam dela ou só falavam com ela por ser filha de Peter Tyler.

–E como é? Trabalhar de astrofísico?

–É incrível, tem tanta coisa lá fora pra se ver, pra se descobrir, é uma ótima época para se viver.

–Para alguns pode ser que sim.

–Aquele dia, você disse que estava num curso contra sua vontade, o que você queria fazer de verdade?

–Qualquer coisa menos direito. É ocioso e não combina comigo. Quem é essa? Ela disse apontando para o desenho de uma mulher na parede, John se quer tinha percebido que ele tinha colocado aquele. Ele o arrancou bruscamente da parede.

–Não é ninguém. Ninguém mesmo. Ele foi colocar no fundo de uma gaveta da cozinha, quando olhou de volta pra ela percebeu que ela tremia um pouco. –Quer um pouco de chá?

–Eu adoraria. O que você estuda? Ela perguntou.

–No momento eles me deram coisas meio impossíveis. Rose riu, a Torchwood adorava coisas difíceis.

–Tipo?

–Viagem temporal. Viagem mais rápida através do espaço. Essas coisas.

–Alguma ideia? Ela disse tocando um desenho da enterprise que ele tinha na parede, estava perfeito.

–Beeeeem. Ele se aproximou e entregou a ela uma xícara de chá preto fumegante. –Gostou?

–Você que fez?

–Yep. Ele disse estalando o ‘’p’’.

–Está perfeito! Eu mal consigo fazer bonequinhos de palito! Ele deu uma risada.

–Você gosta de Star Trek?

–Sim, é uma ótima série! Os filmes novos também são bons.

–Vida longa e prospera. Ele disse fazendo o sinal do Sr. Spock. Ela riu.

–O chá está bom? Eu nunca sei... Minha mãe dizia que eu cozinhava bem, mas o julgamento dela é suspeito. Uma risadinha.

–Está muito bom na verdade, chá preto é meu favorito, minha teoria de que você me espiona faz mais sentido a cada segundo.

–Quem sabe eu esteja. Ele disse, eles riram um pouco mais. Depois disso se fez um silêncio ensurdecedor.

–Então... Você gosta de livros?

–Uma vida é longa de mais para nunca se ler um livro.

–Já leu esses? Ele disse apontando para a estante.

–Quais? Ela está abarrotada.

–Aqueles. Ele apontou de novo

–Segunda prateleira da esquerda pra direita.

–Percy... Jackson? Não nunca.

–Cara... Eu chorei.

–Como é a história?

–Bem... É sobre um garoto que descobre ser um semi deus e que a partir daí passa a viver enormes aventuras com seus amigos, contra os seus inimigos, e uma profecia mortal.

–Parece incrível!

–E é! E quanto a Harry Potter? Já leu?

–O espaço tempo pode ser curvado? Ele riu.

–Você entende de física!

–É claro que sim! É incrível! Como você disse, há tanto pra ver, tanto por descobrir, estamos apenas engatinhando.

–É exatamente assim que eu penso. Onde você estava por toda minha vida? Ele disse olhando para ela.

–Parece que vamos ser bons amigos. Ela disse.

–Os melhores. Ele deu um imenso sorriso. Ela também sorriu. –A chuva parou ele disse olhando para a janela.

–É...

–Quer que eu chame um taxi? Ou que eu te acompanhe até em casa? Não estou te expulsando nem nada disso, mas você vai acabar pegando uma pneumonia com essas roupas encharcadas.

–Tem razão. Poderia chamar o taxi? Ela não queria que ele a acompanhasse até em casa, por algum motivo não parecia uma boa ideia chegar em casa com a roupa toda encharcada e com um dos funcionários da empresa do pai dela, de fato seria uma ideia terrível! O taxi buzinou na frente do prédio depois de alguns minutos. Ele a acompanhou até a entrada do prédio.

–Ah... Olha, fica depois você me devolve. Ele disse entregando o primeiro volume de Percy Jackson.

–Não precisa... Ela olhou pra ele, como dizer não para aquela carinha? –Eu te devolvo logo.

–Não tenha presa. Ele a acompanhou até o taxi e pagou a corrida como um bom cavalheiro britânico faria. Eles se despediram com um aceno.

...

Rose entrou em casa de fininho para não alertar ninguém, ela entrou no quarto e trancou a porta, olhou seu celular em cima da mesa, estava escrito ‘’Matt chamando’’.

–Rejeitar. Ela rejeitou a ligação e depois foi tomar um banho quente. Quando saiu vestiu seu pijama e viu em cima da cama o volume de capa verde com um garoto segurando um raio. Ela começou a ler, mas logo foi forçada a parar, já que nem uma linha formava-se em sua cabeça e também as lágrimas borravam sua visão, ela abraçou seu travesseiro e chorou sozinha, enquanto seu celular tocava desenfreadamente sobre a mesa e o mundo ao seu redor desabava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem e até a próxima.
Allons-y



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "If It Was All Just Normal." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.