Waves of Fate escrita por Lirael


Capítulo 7
Os três


Notas iniciais do capítulo

Pois é, gente, já estava pronto mesmo, então resolvi adiantar pra vocês. Boa leitura.



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O vento despenteava os cachos rebeldes de Kyle, mas pendurado no cordame, de olhos fechados, sentindo o cheiro salgado que a brisa trazia, ele mal se deu conta. Ao longe, gaivotas gritavam contra o som das ondas e o seu coração gritava de felicidade. O barco de pesca finalmente atracou, e a voz de um dos marinheiros o trouxe de volta a realidade, uma realidade chata em que ele era uma criança esquisita que tinha medo de dragões.

– Garoto, você não tinha uma prova para fazer ou algo assim?

Os olhos de Kyle se arregalaram e seu coração falhou uma batida. A arena! Com incrível agilidade ele girou o corpo e saltou dos cordames, correndo assim que seus pés tocaram o convés. Se ele perdesse a prova, seu pai nunca iria perdoá-lo, e Merida certamente ficaria decepcionada.

"Como pude me esquecer? Droga, como pude esquecer?" Kyle praguejou enquanto subia a encosta da colina correndo como se um demônio fungasse em seu cangote. O vento fresco vindo do mar já não fornecia nenhum alívio agora, e o cheiro do sal entrava rápido em suas narinas, mas ele não tinha tempo de se deliciar com ele. Sua respiração era ofegante com a corrida. Desesperado como estava para não se atrasar, Kyle mal percebera a quase total ausência de pessoas nas ruas de Berk.

"Onde estão todos?" Ele pensou, enquanto cruzava a ponte que levava até a arena. Não precisou pensar muito no que acontecera, pois assim que chegou até lá teve sua resposta.

Ao ver a arena, uma onda de náusea e um calafrio se apoderaram dele quase ao mesmo tempo. Toda a Berk estava ali reunida para assistir o filho do Líder escolher um dragão. Kyle não sabia se estava corando ou empalidecendo e quase desejou ter se atrasado um pouco mais, tomado um banho e escolhido roupas melhores.

Andando devagar para não correr o risco de cair, ele desceu a rampa e parou antes de entrar na arena e ficar exposto aos olhos dos outros.

– Você está atrasado. - acusou Freya, com raiva.

– Eu sei. - retrucou Kyle, um pouco nervoso.

Ela se aproximou dele e seu nariz enrugou-se.

– E está cheirando a peixe também! Estava nos navios! - ela apontou um dedo gordinho para ele, o rosto em uma careta de desaprovação.

Kyle não tentou se defender daquela acusação. Era verdade. Ele engoliu em seco ao ver as pessoas esperando por ele na arena. Pedrada, aquele garoto baixo e corpulento, filho de Melequento. Mordida, a filha única de Perna de Peixe, uma garota de cinco anos, baixinha, sardenta e com um sorriso de covinhas. Tropeço, filho de Cabeça Quente, um garoto de rosto comprido e olhar enfezado. Ele limpou a testa com as costas da mão ao ver seu pai lá em cima, em pé, com Banguela ao seu lado. Ele estava olhando direto para Kyle, e sorrindo. Kyle tentou sorrir de volta, mas não conseguiu. De repente pareceu um erro gigantesco ter concordado com aquilo. Ele queria voltar, sair e dizer que ainda não estava pronto. Mas ao ver Merida, sentada ao lado de seu pai, ele sentiu uma pontada de vergonha de si mesmo. Ela estava ali para assisti-lo. Haviam muitas pessoas que ele não queria que estivessem ali, mas ela era sua mãe. Estava ali, por ele. Ele inspirou fundo e caminhou a passos curtos para a arena, com os punhos cerrados e a respiração controlada. Não olhou para ninguém, mantendo a visão no chão para não arriscar cair.

Ele seria o primeiro. Nem precisava perguntar. Era o filho do líder e faria a prova primeiro. Tentou se lembrar dos conselhos de Soluço, mas no momento, nada veio à sua cabeça. Havia uma bancada com coisas que poderiam ser úteis. Objetos brilhantes, para um Terror Terrível. Erva de dragão. Kyle suspirou. Esperava não ter que usar essa última.

Havia um enorme banco de madeira, no extremo oposto, onde as outras crianças se sentaram para assistir e esperar sua vez. E haviam os dragões. Várias espécies deles.

Do alto da arena, Soluço ergueu uma mão e as pessoas silenciaram-se, quase imediatamente. A voz do líder ecoou firme pela arena, preenchendo o ar e tranquilizando Kyle.

– Hoje é um dia a ser comemorado. Estamos aqui para testemunhar a construção de um dos mais fortes laços que pode haver: um treinador e o seu dragão. Graças a esse laço, nosso povo prospera em paz e igualdade. Que os jovens aqui presentes hoje mantenham acesa a chama da paz e conquistem uma amizade para a vida toda e além dela!

Os vikings bradaram vivas, acompanhados pelos rugidos de satisfação de seus dragões. Durante um longo momento, tudo o que se pôde ouvir foram gritos, assobios e palmas. Não havia dúvida de que o sentimento geral era de aprovação e alegria. Aquelas pessoas estavam torcendo por eles. A sobrevivência de Berk dependia dos laços dos vikings com os dragões e na vida de um jovem viking, nada deveria ser mais importante que isso.

Novamente, Soluço ergueu sua mão e o silêncio surgiu, tão rápido e solícito que era como se nunca tivesse realmente ido embora.

– Que comecem os testes! - ele anunciou, e dessa vez não houve nenhum som de comemoração. Apenas silêncio e expectativa.

Todos, humanos e dragões que assistiam, trancaram-se em um silêncio expectante, para não atrapalhar os candidatos abaixo. Kyle procurou Soluço com o olhar e seu pai assentiu para ele, incentivando-o. Depois, virou-se para Merida, tranquilizando-se um pouco ao ver seu sorriso gentil. Merida acreditava nele, acreditava que ele seria capaz. Aquilo o encorajou. Desde muito cedo, Kyle aprendera a confiar na força de sua mãe. Se ela acreditava nele, o que poderia correr mal?

Ele deu alguns passos incertos, observando a fileira de dragões com um ar avaliador. Um Zíper Arrepiante. As duas cabeças olhavam uma para a outra, as línguas bifurcadas saindo e entrando de suas bocas repletas de dentes. Esse não. Nem mesmo estava prestando atenção nele. Avançou mais um pouco, deixando o dragão de duas cabeças para trás.

O próximo era um Transformasa. O dragão o encarou longamente, com aquele par de olhos amarelos, mas quando Kyle fez menção de se aproximar, ele recuou alguns passos, nitidamente desinteressado em qualquer contato. A multidão cochichava furiosamente acima dele agora, mas Kyle tentou ao máximo ignorá-los, concentrando-se nos próximos dragões. Um Gronckel, cochilando. Um Corta Chuva que se empinou orgulhosamente nas patas traseiras ao vê-lo. Um Nadder.

Por último, havia um Pesadelo Monstruoso. Kyle franziu a testa, incerto de que aquele era um laço que queria para a vida toda. Pesadelos Monstruosos costumavam ser extremamente temperamentais e geniosos. Não era bem o tipo de dragão que Kyle imaginava sempre ter ao seu lado. Se ao menos houvesse outro Fúria da Noite...

Ele suspirou, resignado. Talvez estivesse sendo preconceituoso, afinal. O dragão parecia bastante receptivo ao contato. Era lindo. Um vermelho puro e sanguíneo, salpicado de manchas negras. Kyle avançou um passo, evitando olhar o dragão nos olhos. Sem ver nada que parecesse perigoso ele avançou um passo mais, ganhando mais confiança conforme se aproximava. Toda a sua concentração estava em reduzir a pequena distância que o separava do dragão agora. Talvez não fosse tão difícil afinal. Ele estava indo bem.

Kyle estendeu uma das mãos para a fera, feliz por estar tão próximo de realizar seu objetivo. Estava pronto para gritar de júbilo e comemorar quando algo deu errado. O Pesadelo Monstruoso farejou a mão de Kyle e se afastou, repugnado. A expressão de Kyle mudou de alegria para incredulidade e trocou de uma mão para outra, esperando que o problema se resolvesse. Mas ao farejar outra vez, o dragão pareceu enlouquecer. Acendeu fogo por todo o seu corpo, afastando-se de Kyle como se ele fosse a própria morte. O garoto parou, mortificado, ao ver o dragão fugir dele, descontrolado, esbarrando no Nadder no processo.

Em menos de nada a arena estava imersa em caos. O Nadder assustou-se, atirando seu fogo aleatoriamente, acertando a para traseira do Zíper Arrepiante sem querer. O Zíper Arrepiante começou a cuspir gás, mas antes que pudesse acender uma faísca e colocar fogo em tudo, foi atingido com força pelo Gronckel, que perdido em meio à fumaça, estava voando às cegas.

Pessoas gritavam, apavoradas e houve correria em algum lugar lá em cima. Kyle não podia ver muita coisa com todo aquele gás verde cegando-o, mas podia escutar muito bem a confusão de sons ao seu redor. Alguém tinha derrubado a bancada de madeira e em algum lugar daquela balbúrdia, dois dragões lutavam um contra o outro, rosnados e dentes batendo chegando até ele. Freya gritou e o coração de Kyle falhou uma batida.

– Freya! - ele berrou a plenos pulmões, esperando pela resposta.

– Kyle! Estou aqui! Kyle! - ela respondeu.

Desesperado, ele seguiu o som da voz da amiga, tropeçando em alguma coisa no caminho.

– Freya! - chamou outra vez.

– Aqui!

Durante o tempo que pareceu ser uma eternidade, Kyle gritava e Freya chamava até que a voz dela o guiou para fora da nuvem de fumaça. Ele a encontrou encolhida contra o banco de madeira derrubado, chorando, com o tornozelo esquerdo virado em uma posição antinatural. Inclinou-se e a agarrou pelos ombros, erguendo-a com dificuldade.

– Vem, nós temos que sair daqui. - ele disse, olhando em volta e calculando onde deveria estar a saída.

Um guincho sinistro preencheu o ar, seguido por um rosnado familiar. Banguela. Poucos instantes depois, a situação estava sob controle e Soluço acalmava um Pesadelo Monstruoso histérico enquanto outros vikings ajudavam a tirar as pessoas da arena.

– Freya! - A voz de Astrid ribombou pela arena.

– Mamãe! - a garotinha respondeu, sem nenhuma gota da bravata anterior.

Em menos de nada, Astrid chegou a eles, parecendo pronta para lutar contra um exército.

– Vocês estão bem? - perguntou, olhando-os rapidamente.

– Eu estou bem, mas a Freya machucou o pé. - Kyle explicou.

Rapidamente Astrid abaixou-se e Freya subiu-lhe nas costas, segurando-se a ela com força.

– Venha, Kyle. Vamos sair daqui agora. - Astrid ordenou, e Kyle não teve nenhuma vontade de desobedecer.

Lá fora, as coisas não pareciam muito melhores. Pessoas e dragões corriam para lá e para cá. Mordida passou por eles, correndo e chorando com um enorme corte na testa. Kyle olhou para ela, tentando entender o que havia acontecido, como as coisas haviam corrido tão mal. Então foi puxado com força pelo braço e prensado no abraço de Merida. Ela chorava e soluçava, correndo as mãos pelo corpo dele, aflita.

– Você está bem? Está ferido em algum lugar? Está machucado? - perguntou, mal dando tempo para que ele respondesse.

–Estou bem mãe... Só...

– Por que está cheirando a peixe? - Ela perguntou, franzindo o sobrolho. - Estava nos barcos de novo, não estava?

– Estava ajudando os pescadores. - ele justificou, dando ombros.

Merida fez uma pausa, olhando-o longamente.

– E o que é que vocês estavam pescando? - ela perguntou, dando uma ênfase lenta em cada palavra, com um pouco de medo da resposta.

– Enguia. - Kyle gemeu, enquanto a compreensão iluminava seu rosto.

Em um instante, toda a tensão acumulada escoou dele em forma de lágrimas e Merida o puxou outra vez para junto de si, escondendo o rosto do filho no ombro para que não o vissem chorar.

– Ah, querido... - ela murmurou, mal contendo as próprias lágrimas.

Merida chorou com ele. Em parte, aliviada por seu filho estar bem e sem ferimentos, em parte, triste por ele. Ela sabia o quanto doía não ser capaz de corresponder às expectativas dos pais. Queria dizer alguma coisa, qualquer coisa que pudesse livrá-lo daquela dor, aquele sentimento horrível de não se encaixar em lugar algum, mas não conseguiu.

Permaneceram assim por algum tempo, abraçados um ao outro, até que uma umidade no vestido de sua mãe chamou a atenção de Kyle.

– Mãe? - ele se afastou dela, olhando assustado uma crescente macha escura formar-se no vestido de Merida, logo abaixo do ventre. Ela arquejou surpresa.

– Eu vou chamar ajuda. - Kyle prometeu, e Merida apenas assentiu.

_______

Soluço ainda estava lidando com os estragos quando Melequento foi chamá-lo. Ao vê-lo se aproximando com um olhar urgente no rosto, seu coração falhou uma batida.

– O que houve? Onde está Merida? - ele perguntou.

– Estóico a levou. Parece que ela vai ter o bebê agora. - Melequento anunciou. - Vá. Nós damos conta das coisas por aqui.

Soluço olhou para ele, parte gratidão e parte ansiedade. Agradeceu e correu até sua casa, desviando-se das pessoas agitadas e confusas pelo caminho. Cruzou a porta e subiu as escadas sem nem ao menos se lembrar como. Estóico estava parado no corredor, enquanto Maudie, Gothi e Astrid entravam e saiam do quarto carregando toalhas, água quente, lençóis. Através da porta entreaberta, Soluço ouviu Merida gritar e todos os pelos de seu corpo se arrepiaram. Ao seu lado, Estóico pousou uma das mãos em seu ombro, com uma expressão solidária.

– É assustador, não é?

Soluço apenas assentiu, sem força para falar. A porta se fechou e ele pôde escutar o som de vozes abafadas, mas a única coisa que se destacava era o som da voz de Merida.

______

Sem segurar a mão de Astrid, Merida rangeu os dentes quando uma contração a atingiu. "O segredo é respirar. Eu já fiz isso antes. Eu consigo. Eu consigo." ela dizia a si mesma, entredentes, mal percebendo que estava falando em voz alta. Concentrou-se em fazer o ar entrar e sair dos pulmões, desligando a mente de todo o resto, tentando ignorar conforme as contrações ficavam mais fortes e mais próximas umas das outras. Gothi fez sinais para Maudie.

– É agora, Merida.

Merida assentiu e sem mais demora empenhou todas as suas forças em empurrar, parando apenas quando seu corpo pedia ar. "Eu consigo. Eu consigo..." repetia para si mesma, fixando-se naquele pensamento como se nada mais tivesse qualquer importância. A dor se intensificou uma vez mais, parecendo cortá-la ao meio. Então vieram as exclamações e os gritos e Merida piscou para afastar as lágrimas. Astrid segurava um pequeno embrulhinho de vida, menor do que Kyle alguma vez tinha sido. Aproximando-se para entregar o bebê a ela, murmurou baixinho.

–Parabéns, Merida. É um menino. - Astrid anunciou, inclinando-se para entregá-lo a Merida.

Merida riu entre arquejos. Estendeu os braços para alcançar o filho, mas afastou-os assustada quando a dor retornou, dessa vez com o dobro de intensidade. Merida gritou outra vez, olhando para Gothi, confusa. Em menos de nada voltou a ter duas mulheres entre as pernas.

– Ainda não acabou! - anunciou Maudie. - Merida, precisa se esforçar um pouco mais!

– O quê...? - ela começou, sendo prontamente interrompida por outra contração.

– Merida, você vai ter outro filho. Precisa fazer força agora! - Maudie explicou, em tom urgente.

Merida mal teve tempo de absorver a informação. Não queria pensar sobre o que quer que estivesse acontecendo ou jamais conseguiria. A mão de Astrid segurou a dela e Merida a olhou nos olhos por um segundo.

– Você vai conseguir, Merida. Lute!

Ela apenas mordeu o lábio e assentiu, fazendo o máximo de força que podia, nem percebendo o fino filete de sangue escorrendo da boca. Mais um vez, ela cerrou os dentes, fechou os olhos e lutou.

______

Soluço estava literalmente tremendo. O resto da manhã passou voando, assim como a tarde. Em menos de nada estava anoitecendo e nenhum sinal daquela porta se abrir. Em determinado momento ele quase a colocou abaixo a pontapés, sendo prontamente contido pelo pai. Estava suado, nervoso e tremendo. E se perdesse a esposa? E se perdesse o filho? E se perdesse os dois?

– Algumas crianças nascem antes do tempo. Não é tão incomum quanto parece. - Estóico explicou, como se lesse os pensamentos dele. - Mesmo você não quis esperar para vir a este mundo. - disse, com um sorriso gentil.

Os dois estavam sentados no meio do corredor, embora Estóico parecesse mais sentado que Soluço. Soluço parecia apenas meio jogado lá, as pernas espalhadas de qualquer jeito, como se tivesse caído e nem se importado em se ajeitar.

– Pai... Se eu os perder... - ele foi incapaz de terminar, enterrando o rosto nas mãos.

– Não vai perder. Merida é mais forte que nós dois juntos. - ele garantiu.

Lentamente a porta se abriu e Soluço pulou para cima, torcendo as mãos nervoso. Astrid saiu, segurando a própria mão, com uma expressão extremamente cansada.

– O que está esperando? - Ela perguntou, abrindo um sorriso gentil para ele. - Vai lá conhecer os seus filhos! - ela encorajou.

– Filhos? - Estóico perguntou atrás dele, mas Soluço nem mesmo esperou por uma resposta.

Dormindo serenamente, Merida aninhava um bebê muito pequeno entre os braços. Tinha um corte no lábio, mas parecia muito bem. Maudie segurava outro bebê, ainda menor do que o primeiro, mal contendo um sorriso ao vê-lo entrar no quarto. E nos braços de Gothi, uma terceira criança repousava, embora a anciã parecesse ter alguma dificuldade em contê-la.

Três.

– Um menino e duas meninas. - Maudie explicou, baixinho.

A gargalhada de Estóico ribombou pelo quarto, mas nem isso pareceu acordar Merida. Ela estava simplesmente exausta. Quando conseguiu reunir fôlego suficiente parar falar, Soluço lançou um olhar rápido para o pai.

– Ainda estou de pé? - perguntou, com a voz esganiçada e sem força.

– Está na vertical. - Estóico respondeu, os olhos brilhando de orgulho dos netos.


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Notas finais do capítulo

Rá! Enganei vcs de novo. Acharam que ia ser um só, né?



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