Lysandre ON

Não estava cogitando que o show iria acabar desta maneira, contudo foi realmente inusitado! Acabo franzindo o cenho, pensando que as vezes o inusitado pode ser ruim.
Me espanto com meu pessimismo, pois afinal, quem disse que não irá sair coisas boas desse ocorrido? Chame-me de bobo, porém só eu sei o quanto Castiel gosta desta menina. Tenho certeza que ele vai perdoa-la.
Onde estou agora? Acho que andei em círculos durante 15 minutos. O que estava indo fazer mesmo...? Ah sim, consolar a Luna.
Ela deve estar despejando suas lágrimas agora - e apesar de ter estragado nosso show, ainda me importo com seu bem estar.
É fácil descobrir onde Luna está, afinal seu "esconderijo não tão secreto" é o lugar mais fedido da escola, logicamente o banheiro do ginásio.
–Luna? Irei conversar com você. - passo pela porta.
–Não! Eu não quero receber sermões Lysandre. Não hoje. - ouço-a soluçar.
–Acha que tenho cara de quem lhe dá sermões? - me encosto perto da porta do banheiro onde ela está - Saia daí. Não adianta nada se entristecer.
Rapidamente, mãos quentes agarram meu pescoço e sou derrubado, logo ela aninha a cabeça perto do meu peito e me abraça forte.
–Lysandre, você está no banheiro feminino... - ela sorri, ainda soluçando.
–Você é minha melhor amiga. - beijo-lhe a testa.
01 hora depois
Agora Luna já voltou para casa, e ainda procuro meu bloco de notas.
Sabe, Luna daria uma ótima namorada, entretanto meus sentimentos já são de outra pessoa: Uma menina que não paro de pensar na linda face; em seu sorriso tímido e cativante; em seu olhar penetrante; e sua boca, tão vermelha.. falta-me coragem para beijar aqueles doces lábios.
É angustiante, entretanto toda vez que a vejo e não consigo sequer conversar, um dia ainda hei de me declarar.
Finalmente encontro meu bloco de notas e começo a escrever um poema.

Luna ON

Chego em casa e não aguento mais chorar, Lysandre aconselhou-me a pedir desculpas a nossa classe. Acho que não tenho coragem...todos devem estar bravos comigo.
Agora para Castiel não pedirei desculpas, prefiro não saber se ele me odeia.
O dia seguinte..
Quase não fui para a escola hoje, mas sabia que um dia iria ter que "encarar". As pessoas estão me olhando de modo estranho - algumas curiosas, outras com caras feias, espero que elas me perdoem.
Entro na sala de aula - Faraize está dando aula de inglês - começo a desenhar no caderno: uns alunos cochicham sobre mim e Castiel me observa, o que ele quer?
–Faraize, não estou passando bem - murmuro em uma voz manhosa.
–Então, senhorita Bordeux, acho melhor você ir para casa - ele me olha com ares preocupados.
Agarro minha mochila e corro pelos corredores, sem olhar para a sala.
A única coisa que me fez parar de correr foi minha foto do perfil do facebook - ela estava em umas revistas - era o jornal da escola!!
Com medo de estar sendo observada pego uma revista e continuo a correr.