A Sala Vira-Tempo escrita por Annie Black


Capítulo 7
Cap 7 - Firebolts e Meias Tricotadas


Notas iniciais do capítulo

A cena que me inspirei no ultimo capítulo é do filme Thor 2 *---*
https://www.youtube.com/watch?v=BlVV3PEImbE

Aí está um capítulo novinho pra vocês :)
Lembrem-se de comentarrrr :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608037/chapter/7

POV Autora:

Harry tinha decidido que, como não sabiam como seriam os dias iniciais no passado, seria melhor se todos chegassem lá bem descansados e alimentados. Então disse que todos podiam acordar tarde e que eles partiriam depois do almoço. Enquanto todos estavam dormindo, Hermione, é claro, tinha passado a manhã acordada, checando tudo que estava na sua bolsa. Em um determinado momento Draco apareceu na Sala Comunal e a viu enfiando muitas coisas grandes naquela bolsa aparentemente pequena, quando Hermione percebeu a confusão do menino ela deu um pequeno riso e disse:

– O feitiço indetectável de extensão faz caber qualquer coisa nessa bolsa. Já coloquei quase uma biblioteca nela.

– Qualquer coisa?

– Acho que sim. – Ela ainda tinha que fazer um certo esforço para tratar Draco de uma forma educada (não conseguia nem tratá-lo pelo primeiro nome ainda), mas fazia isso em prol da missão. Seria mais fácil ter sucesso se todos estivessem em sintonia. – Não ouso afirmar isso porque não sei se ela comportaria um dragão ou algo assim. – Draco sorriu e ficou pensando por alguns momentos, então disse:

– Eu fiquei pensando na missão ontem à noite... Quando chegarmos no passado podemos precisar nos mover rapidamente e talvez tenhamos que nos separar, talvez não possamos aparatar... Pode acontecer muita coisa...

– É tudo muito arriscado mesmo, mas temos que tentar...

– Claro, nós vamos pra lá de qualquer maneira. O que quero dizer é que pensei numa possível solução... – Hermione olhou para Draco curiosa com as ideias do menino – Bom, as vassouras do passado, mesmo as melhores, ainda são muito mais lentas do que uma Firebolt de hoje em dia... Então ontem antes de dormir eu pensei em levar as que estão lá em casa já que tem o suficiente pra todo mundo. Acabei descartando esse pensamento na mesma hora já que não teríamos como levá-las, mas agora com essa bolsa acho que conseguiríamos.

– É uma boa ideia... Você consegue trazer essas vassouras até a hora do almoço? – Ele fez que sim. – Então faça isso mesmo. Odeio vassouras, mas às vezes precisamos fazer exceções. – Ela sorriu – Aviso aos outros que você saiu para pegá-las. - Ele começou a sair da Sala Comunal, quando virou e disse:

– Também seria bom levar uniformes pra todo mundo, Hermione... Se passarmos um tempo estudando em Hogwarts vamos precisar deles. – Então ele saiu rapidamente.

Hermione ficou incomodada com a com a facilidade que Draco tinha para chamá-la pelo primeiro nome, sendo que ela mesma não tinha conseguido. Então começou a pensar no tanto que Draco estava diferente da doninha que a infernizou durante os anos letivos em Hogwarts. Ela ainda tinha que lutar contra si mesma na hora de confiar nele para qualquer coisa, mas estava tentando não desconfiar muito do menino, afinal a ultima coisa de que precisavam era de uma briguinha dentro da Armada de Dumbledore durante a missão. Mas e se toda essa atitude arrependida de Draco fosse só uma atuação e ele estivesse realmente planejando trair todo mundo? Então Hermione sacudiu a cabeça e começou a pensar em outras coisas para não acabar ficando paranoica.

Depois de algumas horas todos já estavam de pé e já tinham comido o almoço. Draco já havia entregado as vassouras para Hermione (os Weasleys queriam sair para testá-las no campo de quadribol, mas lembraram que ele estava destruído) e estavam todos se dirigindo para a Sala Vira Tempo. Ao entrarem o leão sorridente não estava mais sorrindo após ver Draco, mas não comentou nada sobre isso. Ao invés disso se dirigiu a Harry dizendo:

– Estão todos prontos? – Harry fez que sim – Então me digam quanto tempo vocês querem voltar.

– 21 anos, 5 meses, 1 semana e 5 dias. Na véspera de Natal de 1976. – Hermione disse precisamente.

– Muito bem, entrem no Vira Tempo agora. – Todos eles subiram naquela espécie de palco dourado. – Façam um circulo e deem as mãos. Não as soltem de jeito nenhum. O Vira Tempo vai girar bastante já que vocês querem voltar muito tempo e se vocês soltarem as mãos vão cair em algum tempo errado. – Todos obedeceram rapidamente, com um certo frio na barriga por medo de acabarem caindo na época dos fundadores de Hogwarts, ou algo assim. – OK, Harry, agora diga em alto e bom tom, como se fosse viajar com pó de flú, a data escolhida. Boa viajem.

– Harry tem que falar como se fosse numa viajem com pó de flu – Ron deu uma risada – Vamos acabar indo pro tempo de Merlim.

– Cale a boca Ron. – Hermione disse rapidamente, mas mostrou uma certa hesitação na voz – Não vamos brincar com isso. Diga a data Harry.

– 24 de dezembro de 1976.

Harry disse a data corretamente, mas não parecia ter surtido efeito algum. Quando eles estavam quase soltando as mãos para analisar o problema, o Vira Tempo gigante começou a girar. E ele girava muito rápido, quase jogando Luna para fora da roda, mas Jorge e Neville a seguraram com força. Depois do que pareceu uma hora num brinquedo de parques de diversões o Vira Tempo foi parando de girar lentamente, até que em um determinado momento ele parou completamente. Ainda bem, Hermione estava quase vomitando.

– Tudo bem, tudo bem, podem soltar as mãos. – Eles ouviram o leão dizendo. Ele parecia idêntico ao do futuro. Então quando todos perceberam que estavam parados eles soltaram as mãos, que estavam brancas de tanta força que usaram pra se segurar.

– Em que ano estamos?

– 1976. Bem vindos à Hogwarts. – Então o leão deu um de seus sorrisos típicos antes de ficar completamente imóvel.

Neville e Hermione estavam sentados tentando segurar o almoço e não vomitar, os Weasleys estavam mais brancos do que o normal, Luna estava meio tonta e Draco estava meio verde e se segurava a uma das paredes. A missão havia começado bem.

Depois de alguns minutos descansando da viagem Harry decidiu que era hora de ir atrás de Dumbledore. Ele abriu a porta da Sala Vira Tempo e todos saíram depois dele chegando aos corredores que, segundo Hermione, pareciam os mesmos corredores do futuro, com portas e paredes idênticas. Talvez não tivessem voltado ao passado e o leão estivesse pregando uma peça em Harry? Ron estava quase voltando à Sala Vira Tempo para destruir aquela estátua idiota quando Draco os lembrou que o castelo do futuro estaria destruído.

Então eles viraram o corredor para a sala do diretor e viram outro sinal de que realmente estavam no passado. Uma menina com o uniforme de Hogwarts e com cabelos ruivos (um pouco mais escuros que o típico ruivo Weasley) estava vindo na direção contraria da Armada. Ao ver Harry, ficou muito vermelha e começou a gritar:

– NÃO OUSE TENTAR EXPLICAR O QUE EU VI NO CORREDOR DO TERCEIRO ANDAR COM AQUELA MENINA DO QUINTO ANO. VOCÊ É TÃO PREVISIVEL, POTTER. E NUNCA MAIS ME CHAME DE LIRIO.

Então ela saiu rapidamente pelo corredor, parecendo não perceber o resto dos meninos. Harry apenas encarou o resto da Armada e todos começaram a rir.

– Sua mãe é tão engraçada, cara – Jorge dizia entre risadas. – Parece que os Potters curtem mesmo as ruivas.

Nisso Gina ficou corada, Harry riu disso e disse:

– Temos bom gosto. – E deu um beijo na bochecha de Gina. – Vamos logo encontrar Dumbledore. Ainda temos que adivinhar a senha da sala dele.

Ao chegar na frente da estátua que levava à sala de Dumbledore eles começaram a falar nomes de vários doces diferentes, até que Neville acertou ao dizer “Picolé de Limão.” Então subiram as escadas e bateram na porta do escritório do diretor, que disse em um tom alto e claro:

– Entrem.

Harry olhou para o resto da Armada, entrou hesitante na sala e viu o Diretor. Não era o fato de que Dumbledore estava 30 anos mais novo que chocava Harry, mas sim vê-lo com vida. Hermione teve que se conter para não chorar e Gina segurou sua mão na mesma hora, todos estavam muito felizes de ver Dumbledore ali tricotando uma meia. Então ele deixou a meia na sua mesa e disse calmamente:

– Vocês não estudam aqui. Podem me explicar como entraram no castelo sem minha autorização?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Algum review? Please? :D