A Sala Vira-Tempo escrita por Annie Black


Capítulo 6
Cap 6 - O Voto Perpétuo


Notas iniciais do capítulo

Mais uma cena inspirada num filme. Vejam se vocês descobrem qual é, aí me contem nos comentários! :)

Demorei um pouquinho pra postar, sorry amados, mas aí tem um capítulo novinho pra vocês. Draco se mostrando um pouco mais legal do que o esperado hahahaha.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608037/chapter/6

POV Harry:

Obviamente a presença de Malfoy não foi muito bem vinda pela Armada. Decidi que seria melhor fazer o voto perpétuo em uma outra sala, longe do resto dos meus amigos. Então chamei Hermione e Draco para fazer esse voto de uma vez e saí da Sala Comunal. Hermione me seguiu rapidamente e Malfoy demorou um pouco, mas logo apareceu.

POV Neville:

Malfoy estava sentado na frente da lareira da Sala Comunal da Grifinória. Nem acredito que ele realmente aceitou o acordo... Agora eu teria que aturar o menino mais mimado de Hogwarts durante toda a missão. Era bom ele não me encher a paciência, porque agora eu não era mais aquele menino do primeiro ano assustado e com um lembrol.

Definitivamente era estranho ter o Malfoy como um aliado. Não sei se algum dia eu conseguiria confiar nele, ainda mais depois de tantas coisas que ele me fez durante os anos em Hogwarts... Ele se levantou para seguir o Harry, então eu levantei minha varinha e disse:

– Traia o Harry, e eu te mato.

– Muito bom te ver também, Longbottom.

Então abaixei a varinha e deixei a doninha passar.

POV Jorge:

Okay, ter um Malfoy do meu lado não era nada normal. Se Fred estivesse aqui com certeza iríamos fazer alguma piadinha, mas não íamos parar de desconfiar dessa doninha. Depois que Neville o ameaçou, Malfoy começou a se dirigir até o retrato da mulher gorda para sair da Sala Comunal, então eu levantei minha varinha em sua direção e disse:

– Não me dê mais nenhum motivo pra desconfiar da sua lealdade, Malfoy. Senão juro que te mato.

Então abaixei a varinha e deixei a doninha passar.

POV Ron:

Harry era louco de confiar naquela doninha. Depois que Jorge ameaçou o menino, ele começou a andar novamente até a saída da Sala. Então eu e Gina entramos na sua frente com as varinhas em punho e ela continuou a ameaça dizendo:

– Se você apenas pensar em trair o Harry...

Então ele olhou pra nós e disse:

– Vocês vão me matar? Aparentemente teremos uma fila.

Ele se desviou de nós e saiu. Aquela doninha era realmente insolente.

– - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

POV Hermione:

– Bom, vocês sabem como isso funciona. Segurem a mão um do outro. – Quando Harry e Malfoy fizeram isso eu apontei minha varinha para suas mãos e comecei a me dirigir à doninha. – Você, Draco Malfoy, jura ajudar Harry Potter em toda a sua missão no passado?

– Juro.

– E jura que não procurará nenhum dos antigos comensais ou até Voldemort para contar nada do futuro?

– Juro.

– E jura não interferir em nenhum momento na missão, a não ser para ajudar na sua execução?

– Juro.

– Tudo bem... Está feito. Acredito que podemos confiar nele agora, Harry.

– Acredito que podemos ser melhores amigos agora, Potter. – Malfoy disse ironicamente e Harry acabou soltando uma risada.

– Só não conte a seu pai. – Dessa vez foi Malfoy quem riu. Então nos dirigimos até a Sala Comunal.

Ao chegarmos lá percebemos que o jantar já tinha sido servido, então comemos com Malfoy. Quando terminamos Harry se levantou e disse a todos:

– Bom, vocês já sabiam disso, mas vou dizer mais uma vez: agora Draco é nosso aliado. Hoje ele entrou na Armada de Dumbledore. Todos nós sabemos de todas as coisas que ele já fez contra nós, mas temos que deixar isso no passado. Fizemos um voto perpétuo conduzido por Hermione e vocês sabem que ela é a pessoa mais lógica de Hogwarts, então Draco não deve encontrar nenhuma forma de nos trair. Nem se tentar muito. – Harry deu um sorriso e disse calmamente, parecendo com Dumbledore dando seus discursos de inicio de ano - Confiem nele. Sei que é difícil, mas a união faz a força e é disso que precisamos a partir de agora. Agora vou dormir. Boa noite, amigos.

Harry subiu e ficamos todos nós encarando o Malfoy. Por fim ele disse:

– Eu sei que não sou muito bem vindo aqui, mas preciso ajudar o Harry dessa vez. Sinto muito se vocês se sentem desconfortáveis. Ficarei fora do caminho de vocês.

Então ele subiu e foi para o dormitório masculino. Eu acabei dizendo:

– Confiar em Malfoy vai ser mais difícil que invadir Gringotts.

– - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

POV Autora:

O dia seguinte começou cedo. Hermione checou cada item que eles iriam levar para o passado e os colocou em sua bolsa. Eles tomaram o café da manhã e sentaram na Sala Comunal, então Harry disse:

– Precisamos decidir a melhor data para chegarmos ao passado, gente. Agora preciso de várias cabeças pensando. A data que Voldemort matou meus mais foi 31 de outubro de 1981... – Hermione o interrompeu dizendo:

– Acho que podíamos voltar com tempo de sobra, só pra garantir. São muitas horcruxes e até convencermos Dumbledore podemos levar muito tempo... Então um ou dois anos seriam suficientes, só pra garantir que vai dar tempo mesmo.

– Dois anos? – Malfoy perguntou, parecendo assustado. Ele teria que passar dois anos na companhia daquelas pessoas que o odiavam, obviamente não era uma coisa que desejava. – Isso é bastante tempo... – Hermione fez força para responder Malfoy educadamente ao dizer:

– Só pra garantir, Malfoy.

– E dá pra passar um tempo agradável estudando em Hogwarts, caso Dumbledore deixe – Luna disse, sonhadora. Ron disse rapidamente:

– Não estamos indo pra lá passear Luna...

– Se Dumbledore achar que essa é a melhor ideia, tudo bem... Não acho que devíamos contar com isso. Mas, pessoalmente, eu adoraria passar um tempo com os Marotos. – Jorge disse sorrindo.

– Você está esquecendo que na data que Voldemort matou os pais do Harry, Lily e James já tinham saído de Hogwarts a 3 anos. – Hermione disse rapidamente.

– Bom, podíamos voltar 4 anos antes disso... Aí eles estariam todos no último ano. Voldemort provavelmente já vai ter criado todas as horcruxes e tal... E ainda dá pra ver Hogwarts com os marotos. Qualquer coisa terminamos o serviço antes dos 4 anos acabarem. Aí voltamos pra nossa época mais cedo. – Neville disse. Todos olharam pra ele como se não fosse o Longbottom cabeça-oca que estavam acostumados. Então ele disse sorrindo. – Eu consigo bolar bons planos de vez em quando, gente.

Todos sorriram de volta para o menino e concordaram com seu plano. Então Harry falou para todos descansarem para a viagem no tempo, que aconteceria do dia seguinte. Eles passaram as ultimas horas no passado jogando conversa fora e tentando incluir Draco na Armada (Harry tinha pedido para Ron, Jorge e Luna se encarregarem de fazer a aceitação da presença de Draco mais tranquila para o resto dos membros). Incrivelmente, ele parecia estar indo bem. Parece que quando não estava tentando zuar todo mundo, ele era até agradável e engraçado.

Ao pôr do sol uma coruja chegou ao castelo trazendo uma carta para Harry. Depois de ler a carta, Harry chamou Draco para uma conversa privada e entregou-a para ele.

Prezado Harry Potter,

Obrigado por seu testemunho em favor da família Malfoy. Um julgamento justo deles seria realmente impossível sem a sua ajuda. Obviamente confio na sua palavra de que eles estiveram sobre a Maldição Império o tempo todo, principalmente porque foi você quem derrotou o Lorde das Trevas. Garanto-lhe que eles não serão responsabilizados por um crime que não cometeram conscientemente.

Atenciosamente,

Kingsley Shacklebolt, Ministro da Magia.

– Cumpri minha parte de uma vez para caso não voltemos todos dessa missão suicida, Draco.

– Obrigado, Harry...

– Amanhã então partimos para o passado. – Harry disse sorrindo. – Preparado?

– Não. Mas o que se pode fazer? – Draco disse sorrindo de volta. Então ele decidiu falar uma coisa que estava pensando desde que Harry explicou o plano na mansão Malfoy – Escuta... Será que podíamos incluir uma coisinha na missão? Podíamos impedir que meus pais se juntem a Voldemort até o fim...

Draco parou de falar e esperou a resposta de Harry, que pensou um pouco por uns momentos e por fim acabou sorrindo e dizendo:

– Quem sabe conseguimos... Parece que Hermione tem mais coisas pra planejar agora...

Era muito estranho para os dois se tratarem daquela forma amigável, só o fato de se chamarem pelo primeiro nome já causava uma sensação estranha... Entretanto ambos faziam esse esforço em prol da missão. Não podiam brigar por qualquer coisinha enquanto iam para o passado. E aquele plano não podia dar errado. Era a chance de Harry ter seus pais de volta e a chance de Draco de impedir seus próprios pais de se juntarem a Voldemort.

– O resto do pessoal deve continuar com o pé atrás por algum tempo Draco, mas saiba que eu estou fazendo de tudo para deixar todo o nosso passado pra trás e começar do zero. – Harry disse e deu um sorriso.

– Ei, eu também tenho coisas pra deixar pra trás, Potter. – Draco disse sorrindo. – Por exemplo todas as vezes que você ganhou de mim no quadribol.

– E eu continuarei ganhando, Malfoy. Você sempre está muito mais preocupado em me zoar do que em pegar o pomo. – Harry disse rindo da cara de Draco. – Quem sabe agora que somos aliados você me esquece e foca no pomo.

– Quem sabe. – Draco disse e os dois começaram a rir.

Pelo visto ser amigo um do outro não era tão difícil assim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lembrem de me falar qual cena do capítulo é inspirada num filme (dica: Marvel).

E deixem comentários!!!! :))
See you soon ;)