A Sala Vira-Tempo escrita por Annie Black


Capítulo 8
Cap 8 - O Gêmeo de Harry


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo pra vocês :) Espero que gostem.



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POV Autora:

Ninguém parecia conseguir emitir resposta alguma para a pergunta de Dumbledore. Alguns realmente não tinham ideia de como começar a explicar tudo, outros (Hermione) estavam apenas emocionadas de ver o diretor novamente. Depois de alguns momentos constrangedores acabou que Luna disse com um sorriso amarelo:

– Bom diretor, a verdade é que entramos em Hogwarts com a sua permissão sim... Daqui a 20 anos. Então voltamos ao passado e aqui estamos.

Ela disse aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo. O Diretor começou a analisar cada detalhe daqueles meninos e então pediu para explicarem melhor. Nisso Ron deu um cutucão em Hermione que começou a falar:

– A Sala Escondida de Godric realmente existe, Diretor. Assim como a Câmara Secreta de Salazar... E ela é como se fosse uma Sala Vira-Tempo. Por isso Godric disse que tinha deixado uma sala escondida pro seu herdeiro reverter o mal causado pelo herdeiro da Sonserina...

– Entendo... Então vocês sabem muitas coisas sobre o futuro do povo de agora? – Hermione fez que sim – Entretanto pensaram nas consequências de se mudar o passado? Vocês podem fazer algo irreversível. Imagine se um de vocês encontra os pais e, por algum descuido, eles começam a se odiar? Então um de vocês não existiria no futuro. Logo, você também não poderia estar aqui agora para mudar algo do passado... E assim tudo se torna um ciclo vicioso que pode destruir todo o tempo.

– Eu entendo Dumbledore. A Professora McGonagall me disse isso quando me deu um Vira-Tempo no terceiro ano, mas se Godric se arriscou a colocar aquela Sala Escondida para um herdeiro significa que ele achava que seria necessário.

– Normalmente, é uma boa ideia deixar o passado no passado... - (POVAnnie: E então eles aceitaram isso e foram embora de volta pro futuro. Fim da fanfic. Toooo zuando hehehe) - Mas darei um voto de confiança à Godric. – Então ele olhou para Hermione – Vocês tem um plano?

– Ah, acredite, temos um plano. Demoramos quase uma semana pra preparar tudo. – Jorge disse e Dumbledore deu um sorriso – Claro que tivemos que checar tudo duas vezes porque a Hermione aqui é tãão perfeccionista...

– Então porque não começam me contando quem vocês são e quem são seus pais?

– Bom, meus pais são dentistas trouxas... E meu nome é Hermione.

– Sou Neville. – Ele parou por um momento antes de dizer o nome dos seus pais (Dumbledore percebeu a hesitação do menino). Evitava a todo custo falar sobre eles, mas como todos ali (do passado) já sabiam o que havia acontecido, acabou dizendo - Meus pais são Alice e Frank Longbottom.

– Sou Gina, estes são Ronald e Jorge. Nossos pais são Molly e Arthur Weasley.

– Eu sou Draco Malfoy. Meu pai é Lucio Malfoy e minha mãe é Narcissa Black. – Dumbledore olhou-o e o analisou completamente. Parecia que os olhou dele eram como um raio X que via tudo dentro da mente de Draco, por fim Luna disse sorrindo:

– Muito prazer em ter ver de novo, diretor. Eu sou Luna Lovegood. Meu pai é Xenophilius Lovegood e minha mãe se chama Pandora.

– E eu sou Harry Potter. Meu p...

Estranhamente, Dumbledore o interrompeu no meio da frase depois de ver uma cicatriz em forma de raio em sua testa dizendo:

– Essa cicatriz é um resquício de qual feitiço?

– Um feitiço da morte... Voldemort tentou me matar.

– E não conseguiu? Não existe forma de parar esse feitiço... – Dumbledore olhou para o quadro de um diretor antigo – A não ser que...

– Ah sim, mas ele conseguiu da segunda vez. Claro que acabei voltando. Nem me pergunte como, porque eu não entendi direito até hoje... – O Diretor olhou para Harry espantado. Como aquele adolescente tinha conseguido burlar a morte duas vezes? – Bom, até tenho umas teorias, Hermione tem outras, mas seria melhor te contar toda a nossa historia antes de explicá-las...

– Entendo... Então, quem são seus pais?

– James Potter e Lily Evans.

Naquele momento aconteceu algo que a maioria dos meninos da Armada nunca tinha presenciado. Dumbledore soltou uma divertida gargalhada e foi acompanhado por todos os quadros dos antigos diretores. Draco definitivamente ficou assustado.

– Eu sabia, eu sabia que aqueles dois iam acabar se entendendo! Ah, como é comovente o amor juvenil. – Dizia um dos quadros para o outro, secando uma lagrima pintada em seu rosto. Enquanto isso outro quadro dava dinheiro a um terceiro quadro, pelo visto existiam apostas quanto ao destino amoroso dos pais de Harry. – Mas acho melhor não contar isso a eles por enquanto, Harry. Agora, está quase na hora do jantar e acho melhor continuar essa historia toda depois dele, já que a barriga do seu amigo já está protestando. – E olhou para Ron rindo. – Como estamos na véspera de Natal vocês não precisam colocar uniformes. Podem ir e me encontrem aqui depois do banquete.

Então a Armada seguiu para o Grande Salão. Todos estavam felizes com a receptividade de Dumbledore, até Draco esboçava um sorriso.

– Um banquete de véspera de Natal! Estamos indo muito bem. – Ron disse sorrindo e todos riram do menino que só pensava em comida. – Vamos pra mesa da Grifinória, e nem adianta achar ruim, Draco, porque somos a maioria.

Draco não estava muito feliz com a escolha de mesa, mas seguiu o grupo. Ao sentarem viram que Dumbledore já havia chegado e que no meio da mesa da Grifinória estavam sentados todos que Harry queria conhecer. Lily sentava ao lado de duas meninas, provavelmente suas amigas, e James sentava ao lado dos Marotos. Harry quase se dirigiu até eles, mas Hermione o interrompeu dizendo:

– Melhor terminarmos de contar tudo a Dumbledore antes de falarmos com eles. Vamos sentar aqui. – Então todos se sentaram no final da mesa. Nesse momento um casal chegou correndo e se sentou ao lado de Neville. O homem, que estava um pouco descabelado, disse:

– Chegamos atrasados de novo Alice! McGonagall vai acabar matando a gente. – Neville olhou para os dois e ficou muito rígido. Não sabia o que fazer. Então Luna segurou sua mão e ele conseguiu parar de encarar o casal. Na mesma hora o diretor se levantou e começou a falar:

– Boa noite, alunos e professores. Hoje recebemos alguns convidados em Hogwarts que se juntarão a nós nesse banquete. Espero que sejam todos muito bem vindos, Harry, Hermione, Ron, Gina, Jorge, Luna, Neville e Draco. – Ele levantou uma taça e bebeu dela – Então, claro, vamos nos empanturrar. Ao banquete!

– Ela nem percebeu que nos atrasamos. – Disse Alice, que então deu um beijo na ponta do nariz do menino, que sorriu e depois de uns instantes se virou para os visitantes de Hogwarts dizendo:

– Bem vindos à Hogwarts! É claro que vocês se sentaram na mesa da galera mais legal. Eu sou Frank e essa é Alice, muito prazer. – Então todos se apresentaram inclusive Neville que continuava meio nervoso. Depois Frank continuou a falar, curioso – Então, o que vocês vieram fazer aqui?

– Matar um basilisco, invadir Gringotts... Coisas comuns, nada demais – Jorge disse sorrindo e Frank riu da piada (Ron gostaria que fosse apenas uma piada) enquanto Hermione chutava o menino ruivo por baixo da mesa.

Depois do banquete a Armada começou a se dirigir de volta ao escritório de Dumbledore, ao chegar em um corredor aleatório ouviram uma voz familiar dizer:

– Mas vocês não podem ir embora sem receber as devidas boas vindas de Hogwarts, queridos visitantes. – Era Sirius e os outros marotos o acompanhavam. – Como está a mudança de ares? O castelo é muito diferente de onde vocês viviam?

Gina ia começar a responder, quando Harry viu James levantar a varinha e se colocou na frente na menina logo antes de seu pai dizer “Levicorpus!”. Aparentemente Jorge, que segurava sua varinha, tinha feito um contra feitiço, porque nada aconteceu a Harry.

– Vocês vão ter que fazer melhor do que isso pra pegar a gente. – Jorge disse sorrindo. – Mas muito obrigado pelas boas vindas.

Nisso James e Harry se olharam e James começou a reparar em suas semelhanças com o menino. Os cabelos eram iguais, a altura era exatamente a mesma e seus rostos eram idênticos, exceto pelos olhos de Harry, que o lembrava de alguém, mas ele não se lembrava exatamente quem. Enquanto isso tudo o que Harry pensava era que aquele era seu pai, o pai que ele nunca teve acesso, e estava na sua frente. Harry teve que se conter para não ir correndo abraçar James. Nesse meio tempo Sirius e Remo também tiveram tempo de reparar essa semelhança e Sirius acabou dizendo:

– Ei, vocês tem um gêmeo do James...

– Temos. Vamos embora, Harry. – Gina segurou a mão do menino e o puxou para o próximo corredor, que levava ao escritório de Dumbledore. Então, enquanto o resto da Armada não chegava, ela parou na porta do escritório e disse para Harry – Você tem que tomar cuidado...

– Eu sei... – Harry, cabisbaixo, segurou a mão de Gina com mais força e ela o abraçou.

– Vai ficar tudo bem, vamos dar um jeito de reverter tudo, Harry. – E deu um beijo na mão do menino – E eu vou estar do seu lado o tempo todo.

Harry se apertou mais um pouco no abraço de Gina. Ele se sentia tão bem com ela que podia ficar daquele jeito por horas, mas, infelizmente, o resto da Armada acabou chegando e ele se viu obrigado a se soltar o abraço da menina. Então entraram no escritório de Dumbledore, onde ele e a Professora McGonagall os esperavam sentados. O diretor disse olhando para Ron:

– Todos saciados? – Ron fez que sim e Dumbledore sorriu. – Então comece a historia, Hermione. Minerva nos acompanhará por alguns momentos.

– Bom, tudo começou na Ordem da Fênix. O senhor já a fundou? – Dumbledore fez que sim – Então, agora começam as revelações que mudam o futuro... James, Sirius, Remo e Pedro entraram na Armada. Assim como Lily, Frank e Alice Longbottom... Então Sibila Trelawney produziu uma profecia sobre o filho de James e Lily...

– Na verdade a profecia poderia ter sido sobre o filho de Alice e Frank também, mas quando Voldemort decidiu ir atrás dos Potter acabou que ela ficou sendo sobre o Harry... – Ron disse rapidamente, então Hermione voltou a falar:

– Exatamente. Continuando, ela pronunciou a profecia na sua presença, Dumbledore, mas você não foi o único que a ouviu... Um dos servos de Voldemort – Hermione preferiu não dizer o nome de Snape naquele momento - estava no mesmo bar e ouviu tudo, então contou imediatamente ao Lorde das Trevas. Como era a profecia mesmo, Harry?

– "Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima… nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar do sétimo mês… e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece… e um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver… Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar…"

– Precisamente. Então Voldemort descobriu que quem o tinha desafiado três vezes eram apenas os Potter e os Longbottom. Ele acabou optando pelos Potter e no Halloween de 1981 foi até eles e os matou.

– Mas só conseguiu porque os Potter escolheram Pedro como o fiel do segredo de onde era a casa deles em Godrics Hollow. Acabou que Pedro era um comensal no final das contas. – Ron completou. – Aquele rato idiota...

– E Voldemort matou James e Lily Potter, mas quando chegou na frente de Harry e disse as palavras do feitiço da morte algo aconteceu... De repente ele perdeu os poderes e o mundo bruxo acreditou que ele tinha sumido para sempre... E ele até sumiu por algum tempo, mas claro que as coisas não podiam ser simples... Você já sabe o que é uma horcrux, não é diretor?

– Ah, Merlim. É isso o que Voldemort fez para sobreviver? – Harry fez que sim – Eu sei o que são horcruxez, mas não imaginei que ele estava tão desesperado assim...

– Ele fez sete horcruxes, diretor. – Dumbledore olhou para Harry com os olhos arregalados – Na verdade ele planejava fazer seis, mas naquela noite de Halloween ele acabou fazendo com que eu fosse uma horcrux.

– Claro que só conseguimos saber disso quando o Professor Slughorn nos entregou suas lembranças da noite que contou a Tom Riddle sobre as horcruxes. Harry o persuadiu no sexto ano com um pouco de sorte liquida... Mas, voltando ao Halloween de 1981, Pedro fugiu e acabou que Sirius foi culpado injustamente por aquele crime. Passou 12 anos em Azkaban por isso...

– Azkaban? Já chega. Dumbledore parece interessado na historia fantasiosa de vocês, mas eu tenho mais o que fazer. Com licença. – McGonagall começou a se dirigir para a porta quando o diretor disse:

– Por favor, Minerva. Preciso do seu apoio agora, fique. - Ela olhou para o diretor que parecia exausto com tantas informações e voltou parecendo emburrada. – Claro que seria bom ter algumas provas, meninos...

– Trouxemos as memórias, Dumbledore. – Hermione sorriu e entregou alguns frascos à Dumbledore – Tem a memória de Slughorn sobre as horcruxes, uma memória sua sobre o julgamento de Sirius Black, uma memória da Professora McGonagall, sobre a noite em que Voldemort perdeu seus poderes, e uma memória de Hagrid, sobre quando ele deixou Harry na porta da irmã da Lily depois que seus pais foram assassinados. Acho que é o suficiente para provar o que contamos até agora. Juro que essas memórias não foram alteradas, se quiser faço até um voto perpetuo....

– Não há necessidade, Hermione... Muito obrigado por ser tão cuidadosa com essas memórias. Vejo que as etiquetas estão até com a minha caligrafia. – Dumbledore sorriu. – Acho melhor vocês irem dormir agora. Já foi informação demais para um dia só... – Minerva concordou – Leve-os até algum lugar para dormirem, Minerva...

– Podemos dormir na Sala Precisa, Dumbledore. Não se preocupe com a gente. – Luna disse sorrindo – Estou com saudades de lá...

Então a Armada se dirigiu à Sala Precisa que se transformou em um corredor com vários quartos. Todos se deitaram e dormiram imediatamente, Neville nem chegou a tirar seus sapatos. Aquele tinha sido um dia cansativo e viajar no tempo não era nada relaxante.


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Notas finais do capítulo

Algum review pra mim???? :DD