Encantada escrita por SBFernanda


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Agradeço imensamente a Hinadiva e a UzumakiHyuuga17 por seus comentários no último capítulo. Vocês continuam me dando força para continuar e isso é muito importante pra mim, de verdade! Espero que continuem gostando...

Agradeço também quem está acompanhando a fanfic (agora 17 pessoinhas lindas) e Heloo pelo novo favorito! Obrigada!

Enjoy!



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III.

Naruto saiu antes que seus pais pudessem o fazer, o que acabou deixando Kushina muito apreensiva. Mas era algo inevitável. Apesar de ter estado em um sono profundo, ele era mais rápido do que os pais de idade já avançada.

Se encontrava exatamente como fora dormir: descalço e sem camisa, apenas vestindo sua calça de motelon cinza. Lá fora encontrou um garoto com cabelos negros e espetados, sentado no chão no meio de baldes e tentando segurar um grande cachorro branco que estava muito agitado.

De imediato Naruto não riu, mas ao ver o olhar desesperado do rapaz a sua frente, ele não conseguiu mais se segurar e soltou uma sonora gargalhada. Seus pais chegaram naquele instante, olhando meio confusos com a cena que estavam vendo.

– Kiba? - Kushina perguntou, arrumando o robe que colocara por cima da camisola. - O que faz aqui a essa hora, querido?

Kiba era um velho amigo de Naruto. Ele e os pais conheciam a família Uzumaki há muito tempo e por isso a amizade entre eles acabava se prolongando.

– Ah, senhora Uzumaki… Eu… eu… - e olhou para Naruto pedindo ajuda.

– Mãe, quando a mãe do Kiba manda ele se livrar do Akamaru, os dois vem dormir lá no celeiro até a raiva dela passar e eles poderem voltar. - Naruto não mentira, por isso Kiba o olhou desesperado. Agora sua mãe saberia tudo.

– Oh, querido… Sua mãe ainda implica com seu cachorro?

Minato e Naruto riam.

– Se é assim, por que esse escândalo todo hoje? Pensamos que pudesse ser um ladrão…

– Desculpe senhor. - Kiba agora tinha se levantado, mas ainda segurava um Akamaru muito agitado. - Não sei o que deu no Akamaru. Ele costuma sempre me obedecer, mas agora parece que viu até fantasma, não consegue se acalmar.

– Ele deve estar sentindo alguma tempestade ou algo assim… - disse Minato. Olhou rapidamente para Kushina que acenou com a cabeça.

– Venha Kiba, vamos arrumar uma cama pra você no quarto do Naruto e colocaremos o Akamaru na varanda lá trás, não tem nada que ele possa quebrar lá.

– Eu não quero incomodá-los…

– Imagine querido… Amanhã sua mãe estará calma e vocês vão poder voltar para casa. Agora, vamos dormir, sim?

Assim ela fez. Colocaram um colchão no quarto de Naruto e arrumaram para que Kiba pudesse dormir ali. Ele mesmo prendeu Akamaru na varanda, e mesmo o cão estando agitado não parecia mais amedrontado.

Quando todos se deitaram, Naruto enfim pôde pensar no que sonhara e se perguntara porquê sonhara com alguém que nunca tinha visto antes. Não fazia sentido imaginar alguém assim, já que esse alguém nem mesmo existia.

– Cara, foi muito estranho. - ouviu Kiba falar e virou o rosto na direção do amigo. - Akamaru estava bem e do nada começou a chorar e ficar agitado. Eu olhava pra onde ele olhava e não via nada.

– Vai ver ele estava mesmo pressentindo uma tempestade. Animais são mais sensíveis a isso. Os cavalos sempre ficam agitados quando uma tempestade está chegando.

– É… pode ser. Todos os animais que estavam lá presos estavam mesmo bem agitados.

– Me diz… pra onde ele estava olhando? - Naruto abriu um sorriso divertido. Sempre brincavam com Kiba dizendo que ele falava “cachorrês”, e algumas meninas até concordavam… mas com elas não era algo bom.

– Ah, vai se ferrar, Naruto! - soltou, rindo e virou-se para dormir. - E se você quer mesmo saber, ele estava olhando pras suas malditas flores.

Aquilo sim tirara o sono do loiro.

No dia seguinte Naruto acordou mais sonolento do que nunca e com grandes olheiras embaixo dos olhos. Passara a noite inteira se perguntando se seu sonho poderia ter algo a ver com a reação de Akamaru, mas no fim, concluíra que apenas ficara deslumbrado demais e surpreso ao sonhar com alguém que nunca vira.

Mesmo com essa conclusão, não conseguira dormir. Rolara na cama até quase o amanhecer e cochilara apenas porque seu corpo vencera pela cansaço. Agora estava pagando o preço disso enquanto seu amigo e causador daquilo tudo, estava melhor do que ninguém, assim como também o seu cachorro.

Enquanto tomavam o café que Kushina preparara, Kiba narrava o que tinha acontecido para que sua mãe mandasse Akamaru embora daquela vez.

– Vocês sabem, minha mãe ama aquelas plantas medicinais que ela cultiva, mesmo que nunca as use realmente. Mas Akamaru acabou gostando de lá pra enterrar seu osso e pronto, ele acabou com tudo.

Minato rira, revirando os olhos. Naruto estava cochilando, com a cabeça apoiado na mão que tinha o cotovelo apoiado na mesa, por sua vez. Kushina, por outro lado, prestava atenção e negava com a cabeça.

– O que te aconselho, meu filho, é que treine o Akamaru. Ou então vai chegar o momento que seu pai não vai mais convencer sua mãe de aceitá-lo e você vai ter mesmo que se livrar dele.

– Oh não! Eu vou… eu vou cuidar pra que ele obedeça melhor… Se bem que… - ele foi ficando vermelho então. Naruto não ouvia nem via, ou então já teria pressionado até o amigo ficar mais sem graça e falar.

Minato e Kushina, mais discretos, insistiram para ele dizer o que era sem que se sentisse constrangido.

– Eu estou noivo, então… minha mãe terá pouco tempo pra se preocupar com Akamaru. Se bem que… acho que é por isso que ela anda brigando tanto comigo. Não queria que eu casasse logo.

– Oh! Querido, não sabíamos… que coisa boa! Meus parabéns! Naruto! - ela bateu com o pano na cabeça do filho que levantou assustado e olhou em volta.

– Quê? Tô atrasado?

– Não, ainda não. Filho, seu amigo está aqui nos contando uma novidade e você aí dormindo?

– Ah… desculpe… Depois que ele me acordou eu não consegui dormir direito. Que foi?

– Kiba vai casar. - seu pai resumiu rapidamente e ele olhou para Kiba, que estava sem graça, e para sua mãe em seguida que parecia que queria dizer algo.

– Ahn… Parabéns? - Naruto soltou como uma pergunta e sua mãe lhe deu um tapa com o pano de prato novamente. - Ai, mãe! O que? Eu nem sabia que ele estava namorando.

– É que… foi tudo bem rápido… entende… - Kiba estava ficando mais sem graça a cada momento. Naruto ia dizer algo, mas mudou de ideia, apenas dando de ombros.

– Vem, te dou uma carona até em casa. Tchau mãe, tchau pai… até mais tarde.

Depois de se despedirem, os dois rapazes foram para a caminhonete de Naruto e o loiro rapidamente começou a sair da fazenda.

– Então me diga… Porque o casamento rápido?

– Você notou, não é? Pois é… Ela está grávida. E é de uma família tradicional, então tivemos que fazer isso rapidamente.

– Cara, tu é burro ou o que? - Naruto deu um tapa na cabeça do amigo que revirou os olhos.

– Eu sei, ta? Mas fique no calor do momento com uma namorada e vai saber…

Naruto não disse nada. A verdade é que aquilo nunca tinha acontecido porque apesar de ser hiperativo e completamente impulsivo, para essas coisas sempre tivera muito controle sobre si. Já Kiba….

– Tu é um cachorro mesmo viu? - após o loiro dizer isso, o amigo olhou para a carroceria da caminhonete, onde estava Akamaru devidamente preso e sentindo o vento enquanto tentava comê-lo.

O resto do dia de Naruto passou como sempre, exceto que ele acabou cochilando algumas vezes durante a aula, por isso mesmo acabou indo sentar no fundo da sala. Fora um dia quase lerdo. Enquanto ajudava seu pai, quase dormira em cima dos papeis, por isso mesmo acabou saindo mais cedo para trabalhar no campo em vez de na sala.

Lá foi que conseguiu se animar novamente e seu estado agitado e hiperativo veio a tona. Estivera receoso de ir para o jardim, por isso, quando lá chegou, olhou em volta. Seu sonho estava mais vívido do que qualquer outro que tivera. Isso que lhe era estranho, pois sempre esquecia seus sonhos, exceto aquele.

Tudo estava no seu determinado lugar aquele dia e ele continuou seu trabalho de sempre até sua mãe lhe chamar para jantar. Antes tomou um banho e quando finalmente parou, sentiu o sono de volta como se tivesse se dobrado.

Naquela noite nem mesmo tentara ficar muito mais tempo conversando. Rapidamente se despediu e foi para a cama. Em poucos segundos estava dormindo.

Porém, novamente, não fora um sono sem sonhos. Novamente não sabia como tinha chegado ali, mas estava no seu jardim com o sol que acabara de de pôr, deixando a noite chegar. E mais uma vez ela estava ali, só que sentada no chão, passando os pequenos dedos pelas pétalas de uma flor.

Haviam vários tipos e muitas cores diferentes, mas ela tocava uma específica. Era uma Asagao azul com alguns detalhes em lilás por dentro. Quando Naruto se aproximou, ela o olhou e sorriu.

– Você por aqui novamente… - ele soltou antes que pudesse se conter. Sentou-se de frente para ela e também sorriu.

– Aqui é tão lindo e me da tanta paz que poderia ficar até no maior sol que fosse.

– Ah, isso eu duvido. Aqui realmente fica quente quando está com esse sol. Tenho de vir várias vezes cuidar delas.

– E pelo visto cuida muito bem, pois elas são e estão lindas. - ele agradeceu e ficou a olhando tocar as pétalas delicadas da flor. - É a minha preferida, sabe… Quando eu era pequena minha mãe me dava todos os dias, mas…

– O que?

– Eu não lembro… - ela suspirou, parecendo triste e frustrada.

– Mas se lembra de sua infância… de seus pais.

– Apenas lembrei disso. - murmurou parecendo um pouco sem graça. - Deve achar que estou mentindo…

– Não. Acho que pode ter perdido a memória e agora não sabe como encontrá-los. Mas… onde passou o dia?

– Eu não… - ela parou, parecendo fazer força para se lembrar. - Por aqui.

– Aqui?

– Não… mas ainda aqui dentro. Mas não lhe vi…

– Eu estudo pela manhã, trabalho com meu pai e com alguns funcionários e só depois venho pra cá. Mas que tal me ver aqui antes do pôr do sol em vez de só à noite?

Por mais que Naruto quisesse, não conseguia se lembrar que era apenas um sonho. Ele apenas queria que tivessem um momento além de a madrugada escondidos. Fora que se sua mãe a conhecesse, poderia ajudar aquela bela jovem.

– Acho… Acho que sim… - só então Naruto notou que ela ficou vermelha. Por algum motivo Hinata ficara envergonhada.

Ele então se inclinou e ela tirou a mão da flor, percebendo que era onde ele estava levando a própria mão. Com cuidado que apenas ele, o cuidador daquelas plantas tinha, Naruto cortou a flor e entregou a ela.

– Toma, pra você. Combina mesmo com você. - aquilo a fez ficar ainda mais vermelha e ele também. Por isso o loiro desviou o olhar e coçou a nuca. Quando olhou pra ela, mesmo vermelha, havia um olhar fixo em si por porta da Hyuuga. - Você vem amanhã? Promete?

– Si-sim… - ela gaguejou. Naruto sorriu e antes que pudesse dizer algo mais, seu despertador o acordou.

No mundo dos sonhos o tempo, realmente, não passava como no mundo real. Chegava a ser ainda pior de mais rápido


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