Encantada escrita por SBFernanda


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas bonitas... Mais uma vez venho com um capítulo que não ficou exatamente como eu queria (culpa do sono, mas foi o momento que tive tempo), e peço que me perdoem os eventuais erros de português, meu sono não está me permitindo revisar...

Bem, quero agradecer a hinadiva, Petniss2, UzumakiHyuga17 e MaddieHimeChan pelos comentários, prometo que logo estarei respondendo. Agradeço também a deise hyuuga pelo novo favorito e aproveito para fazer todos bem vindos!

Enjoy!



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Naruto se levantou frustrado com aquilo. Se sentia tão bem no sonho, como nunca antes, de modo que parecia real. Era como se ao ouvir o som do despertador ele fosse arrancado de onde estava para novamente estar na sua cama. Aquilo o deixou de mal humor. Tanto que sua mãe, pelo bom dia, fez uma careta ao notar como o filho estava.

Silencioso, tomou seu café da manhã e se despediu, indo para a universidade. Não sabia ao certo porque estava tão frustrado, mas tinha certeza que era por causa do sonho. Talvez estivesse cansado, cansado de sonhar com alguém que nem mesmo existia. Ou então, ficara apenas furioso com sua imaginação ser tão fértil a ponto de criar uma situação assim.

Ao fim, culpou seus pais, que diziam que ele precisava encontrar alguém e seu inconsciente acabara criando uma menina que não existia e que era extremamente perfeita. Ao mesmo tempo, sabia que sua raiva também vinha com o seu desejo interior de que aquilo, de alguma forma fosse real.

Loucura, disse a si mesmo enquanto anotava algumas coisas na borda de seu livro. Aquilo era loucura, porque além de ser uma moça fictícia, ele não a conhecia, não podia gostar tanto de alguém assim.

Mas tinha que admitir, parou de escrever pensando, que nunca se interessara tão prontamente por alguém como estava por aquela menina de seus sonhos. Riu de si mesmo de forma silenciosa. Era justamente por isso que ele estava interessado, porque por ser um sonho, ela era exatamente como ele desejava.

Ao chegar em casa depois das aulas, comeu algo rapidamente, deixando sua mãe frustrada já que havia feito comida para ele e o mesmo não comera. Rapidamente foi até o escritório, pedindo ao pai para que o deixasse na terra. Minato conhecia o filho bem o bastante para saber que Naruto precisava fazer o trabalho braçal para se distrair e soltar um pouco da frustração que sentia.

E era justamente este o motivo. Assim que começou a trabalhar sozinho em uma área, pois naquele momento ele não era uma boa companhia para nenhum dos outros trabalhadores, seu sentimento de raiva foi deixando seu corpo. Aos poucos se concentrava e até mesmo se divertia como sempre.

Mas aquele não era mesmo para ser um bom dia para o Uzumaki. Enquanto amarrava uma planta para que ela se mantivesse erguida, viu uma sombra ao longe. No mesmo instante parou e olhou para lá. Achava que vira algo específico, mas se enganara. Porém o cavalo que usava estava agitado agora.

Desconfiado, Naruto foi até o animal tentar acalmá-lo. Nada adiantava, nem mesmo dar algumas maçãs a ele. Naruto suspirou, exasperado e olhou mais a frente. Mais uma vez pensou ter visto algo, mas a distância era grande, não tinha como ter certeza. Gritou um dos funcionários e pediu que eles terminassem aquela parte, pois precisaria ir naquele momento.

Nem mesmo esperou uma resposta e saiu correndo na direção do vulto desconhecido. Se tivesse sorte pegaria alguém tentando roubar algo e evitaria aquilo. Mas nada viu, até notar onde estava indo. Era o fundos de sua casa, a parte mais afastada, onde ficavam as suas flores.

Ao chegar ao local se perguntou se não tinha desmaiado no meio do trabalho. Aquilo que via não fazia o menor sentido. Mas ainda assim ele via. Não conseguia nem mesmo conter seus pés para que ficassem no mesmo lugar até ter certeza que não estava no meio de um sonho como sempre.

Talvez por ouvir seus passos, a moça se virou e sorriu, sem graça. No mesmo instante ele parou, quase caindo. De alguma forma ele sabia que não era um sonho, porque ele soube a diferença. Mas era ela ali. Estava com o mesmo vestido das noites anteriores, os cabelos ainda soltos e compridos pelas costas, a pele ainda tão branca e ainda aparentando serem bem macias. Ele não conseguia acreditar que era ela ali, realmente.

– Cheguei muito cedo, mas achei que… não iria me ver… - ela explicou, parecendo tão surpresa quanto ele, mas muito mais sem graça.

Naruto não conseguiu responder. Se a estava vendo fora de seus sonhos e com a conversa seguindo a lógica dos sonhos então algo deveria estar errado. Será que ele estava dormindo e não sabia?

– Eu estou sonhando? - ele perguntou. Não queria ser rude, mas precisava perguntar.

Hinata ficou sem graça com aquilo, abaixando a cabeça e desviando o olhar dele por isso. Não sabia o que responder, então apenas negou com a cabeça em resposta a ele.

– Não entendo… as outras vezes… - Naruto se aproximou mais sem perceber que o fazia. Passava a mão pela nuca e nunca desviava o olhar dela. - Você sabe o que está acontecendo, Hinata?

– Nã-não muito bem… - ela tentou, mas acabou gaguejando. Suspirou frustada. Naruto percebeu que ela queria dizer ou ao menos tentava, mas não conseguia. - Eu… eu só me lembro de andar por aqui.

– Mas… você estava no meu sonho. E eu não te conheço! - ele riu meio nervoso justamente por também estar sem graça.

– Eu sei… Isso pra mim também não faz sentido. - ela explicou, ao olhar para os olhos dele, Naruto conseguiu notar que ela estava igualmente confusa.

– Tudo bem… Ahn… Vamos fazer assim, você senta naquela parte ali. - apontou para o lado oposto de onde ela estava e que tinha um banco. - E enquanto eu cuido das flores a gente tenta entender, que tal?

– Vai me deixar ver você cuidar delas? - percebeu que Hinata se sentiu honrada com aquilo.

– Não é nada demais. - disse sem graça, mas ainda assim sorrindo. Indicou então o banco. Não queria que ela ficasse no meio daquela sujeira toda com aquela roupa. Hinata só estava com aquela roupa e não lembrava de nada sobre si… algo ruim acontecera com ela, tinha certeza.

Obviamente a moça tinha notado que Naruto usava apenas uma calça jeans velha e botas, mas quando ele começou a trabalhar com as flores, ela notou que ele era forte. Toda vez que carregava algo pesado seus músculos ficavam sobresalentes. Logo em seguida ele agia com delicadeza com cada flor. Ela notou que ele conseguia ser forte e delicado, o que não dava para se imaginar para alguém grande e forte como ele.

Quando notou que ela o analisava Naruto ficou sem graça, até mesmo se atrapalhando com a mangueira ou mesmo deixando algumas coisas caírem. Em seu peito seu coração acelerara a cada vez que olhara para ela disfarçadamente e sabia que ela mesmo não tinha notado o seu olhar, pois quando isso aconteceu a morena ficou completamente vermelha.

– Me diga, Hinata… o que lembra sobre você além de seu nome? - ele começou. Não queria que ela ficasse sem graça e nem ele queria ficar. Mas gostava do olhar sobre si e isso não poderia negar.

– Mais nada… - ela disse em um tom baixo. - Já tentei me lembrar onde moro, mas apenas sei que é neste país e nada mais. Lembro-me do rosto de minha irmã, mas isso porque é muito parecido com o meu. Nada mais.

– Não se lembra como veio parar aqui, certo?

– Não… apenas me vi no meio desse lugar há duas noites atrás e pouco depois você apareceu. - ela sussurrou novamente. Estava começando a perceber que aquilo parecia mentira, mesmo não o sendo. - Juro que falo a verdade!

Naruto, percebendo o desespero dela naquela fala, a olhou e sorriu. Os olhos de Hinata falavam a verdade.

– Sei que sim. Estou perguntando para que pensemos no que temos. Então, você é mágica? Sabe, entrou no meu sonho…

Ambos riram. Hinata mais tranquila, mas ainda aparentando estar envergonhada. Naruto sentou-se ao lado dela. Sentia sede já que naquele dia não tivera tempo de pegar uma garrafa de água. Passou as mãos pelo cabelo, fazendo este, molhado de suor, ficar um pouco arrepiado.

– Acho que não vamos descobrir tão cedo como você entrou no meu sonho e depois como estou te vendo aqui de verdade. Isso é frustrante. - deu um meio sorriso para ela que o acompanhou, encolhida. - Mas e esta roupa? Você por acaso estava em um baile?

– Não lembro. - respondeu Hinata e então percebeu que ele estava apenas brincando, por isso riu. - É, é frustrante.

– Minha mãe deve saber algo sobre você. Se você e sua família moram aqui na cidade ela vai saber… Mas Hinata… - ele parou, olhando nos olhos curiosos da bela moça a sua frente. - Você já tentou sair daqui da fazenda?

Não sabia ao certo porque estava perguntando aquilo, mas a pergunta insistira em sua mente até que ele a falasse, até que perguntasse de fato.

– Eu… - ela parou de falar e depois de alguns segundos tomando a devida coragem, o olhou. - Sim… Mas voltei ao ponto inicial. - e novamente ela olhou para o jardim.

Aquilo o perturbou. Não se poderia ser normal algo assim, não tinha nem mesmo lógica alguém tentar sair da fazenda e aparecer no meio do seu jardim. Seus olhos encontraram então os da mãe, que o chamava da porta. Percebendo que o filho estava diferente e um pouco distraído, Kushina se aproximou, parando quase em frente de onde Naruto estava.

– Está bem, meu filho? Está com uma cara tão abatida…

Por um instante Naruto não entendeu porque a mãe não tinha cumprimentado Hinata antes, como sempre fazia. Ou então porque ela sequer olhava para uma menina tão linda. Ele mesmo o fez, dando um olhar de desculpas que a menina apenas respondeu com um sorriso carinhoso e em seguida ambos olharam para Kushina, que ficou confusa com a ação do filho.

Antes que Naruto pudesse apresentar as duas, como tinha a intenção de fazer e convidar Hinata para o jantar, porque mesmo ficando assustado com aquela história toda, tinha também ficado curioso em como tudo aquilo tudo poderia ser possível, Kushina o olhou exasperada.

– Filho, para o que está olhando?

– Co-como assim? - novamente ele olhou para Hinata, que tinha o mesmo olhar assustado. - Não está…

– Filho, não me assuste, tá com ensolação? Venha, vamos entrar.

– Mas mãe… - ele começou e agora, enquanto sua mãe o arrastava para dentro de casa, ele olhava para uma Hinata tão assustada quanto ele.

Não havia nada que pudesse fazer, porque ao que tudo indicava, ninguém mais via Hinata a não ser ele.


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