Garota Valente escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 15
Segredos asgardianos


Notas iniciais do capítulo

Só um comentário?! Ok, eu admito que já tive que me contentar com bem menos. Uma leitora durante toda a fic. Mas Jujah?! Você não comentar justo quando eu queria sua opinião! Eu sei que pego pakas no seu pé, me desculpe, mas… Tá aí! Divirtam-se!

Mas pergunto novamente: Quem aqui vê Agents Of S.H.I.E.L.D.?



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Sabe quando te pegam com a mão na maça?

Eu estava dormindo, ainda com as roupas que tinha usado quando falei com minha mãe (Elinor). Como falei, sonhei com Lion e acordei com Thor na minha porta.

— Merida? Está aí?

— Thor? – perguntei ainda sonolenta.

— Sim. Eu posso entrar? Rápido?

— Estou indo.

Como eu não havia me coberto, simplesmente me levantei e observei que o meu cabelo rebelde havia expulsado o rolinho de cabelo que eu usava, que agora estava no meu travesseiro. Fui até a porta e a abri.

— Entre! – dei um pequeno sorriso.

Ele entrou segurando algo parecido com um saco de pano dourado e eu fechei a porta. – Se importaria em trancar?

— Um pouco. – digo assustada.

— Tranque.

Fiz como ele pediu e perguntei: - Pra que tudo isso?

— Princesa, por favor. Você deve jurar não contar o que pretendo fazer com você para ninguém.

— O que você quer fazer? – pergunto mais assustada ainda.

— Contei a meu irmão sobre você. Loki quer conhece-la e se encantou por tudo o que lhe falei a seu respeito.

— Está me dizendo que vai trazer o Loki aqui?! – perguntei furiosa.

— Estou dizendo que quero leva-la a Asgard.

Cai dura no chão. Essa foi uma das propostas mais espetaculares e irrecusáveis da minha vida! Eu?! Em Asgard?! Acordei de volta na minha cama e Thor estava abanando meu rosto com uma almofada verde de pelúcia em forma de folha que tenho na minha cama.

— Merida, está tudo bem? – perguntou preocupado.

— Já teve um sonho dentro de outro? Primeiro sonhei com o Lion e depois que você disse para a gente ir para Asgard.

— O primeiro pode ser apenas uma ilusão de seu coração, mas o segundo não era um sonho.

— É brincadeira! – comemorei.

— Não! Falo a verdade!

— Vamos! O quanto antes!

— Um instante, Princesa… posso chama-la assim?

— Pode me chamar do que você quiser!

— Você repreendeu o Stark…

— O Stark é o Stark. Você é diferente.

— Ah, obrigado. E como eu dizia, na última vez que levei um amigo de Midgard para lá, meu pai não gostou da ideia.

— E o que vamos fazer? – perguntei, me sentando na cama.

— Já cuidei disso. – ele respondeu abrindo a bolça dourada e colocando um lindo vestido verde na cama.

— Ai caramba! É lindo!

— Espero que não se importe de…

— É o vestido mais lindo que já vi na minha vida!

— É só um disfarce.

Ignorei seu comentário indiferente e fui vestir o vestido (já que eu já havia tomado banho) no meu closet. Eu saí colocando o lenço sobre os ombros e perguntando:

— Como estou?

— Encantadora. Mas é melhor esconder o vestido para sair ou vai arranjar problemas com seus pais.

— Valeu. – falei voltando para o closet.

Vesti um sobretudo preto que ia até o pé e coloquei o lenço no pescoço. Foi uma boa estratégia. Meus pais não estavam. Quem nos flagrou foi Steven, mas Thor inventou uma desculpa, dizendo que iriamos, acompanhados se um piloto, já que não sabíamos pilotar um avião, à um lugar que não me lembro o nome encontrar meus pais. Chegamos no terraço e logo retirei meu sobretudo e coloquei o lenço sobre os ombros.

— Haimdall, quando quiser. – ele falou, olhando pra cima.

— Ai, caramba! – falei, sem conter o nervosismo.

E num instante, eu estava em um lugar totalmente diferente e sonsa graças a viagem. Eu estava no espaço, caramba! O lugar era lindo e dourado e havia um homem negro com uma armadura também dourada.

— Bem-vinda a Asgard, Merida Barton.

— Como sabe meu nome? – questionei.

— Haimdall vê tudo. – explicou Thor.

— Ah, eu... me esqueci. Isso deve ser maneiro. – falei.

— Às vezes. – Haimdall respondeu – É bom vê-lo de novo Thor.

— Vim trazê-la para conhecer meu irmão.

— E será permitida a entrada de uma estranha na prisão?

— Acompanhada do filho de Odin, sim. Permitiriam.

Haimdall permitiu nossa passagem e fomos para o castelo. A tal Ponte do Arco-Íris me assustava um pouco. A altura era incrível pra mim, e eu a amava, mas aquilo era demais! Até mesmo para a “Garota Valente”, como meus amigos passaram a me chamar. Asgard inteira era linda. Parecia que tudo era feito de puro ouro! Lindo! O castelo mais ainda! Era lá que ficava a prisão. Debaixo do castelo. Devo admitir: era mil vezes mais lindo que o de Dunbroch. Enquanto eu admirava os corredores, uma voz nos fez parar no meio do caminho:

— Filho.

— É sua mãe? – perguntei bem baixo.

— Sim. Frigga.

— Sei quem ela é. – comentei. Fazia parte da minha cultura!

— Quem é essa jovem? – ela pergunta se aproximando enquanto nos viramos.

— Mãe, essa é Merida. Uma amiga. – falou Thor, me apresentando.

— É uma honra conhecer a rainha de Asgard. – falei, apertando sua mão.

— Igualmente. Onde se conheceram? – perguntou sorrindo.

— É uma longa história. – falou Thor.

— Onde vão?

— Vou visitar meu irmão. Aproveitei para levar Merida para conhece-lo.

— Tome cuidado, Thor. Loki não está bem mentalmente dês de que foi preso.

— Tomaremos, majestade. – falei, puxando sutilmente Thor, para que fossemos logo.

O lugar era escuro e as selas eram… pareciam tecnológicas. E bem avançadas. Logo enquanto andávamos, vimos a sela de Loki. Ele estava deitado em uma cama ou sei lá, com um livro aberto na barriga e cochilando. O observei e logo Thor o chamou:

— Loki. Acorde.

— Não estou dormindo, seu idiota. – ele falou, sem abrir os olhos – Apenas tentando dormir e você não permite.

— Trouxe alguém que você gostaria de conhecer.

Ele abre os olhos, me encara e se senta na cama, que eu nem acho que posso chamar de cama. Parecia mais um divã verde e dourado, como as cores que eu usava. E ele também. Dei um meio sorriso e ele sorriu com todos os dentes.

— Quando eu disse que era amor e ela negou, tive mais certeza ainda. – ele se levanta e fala – E eis a prova: o fruto desse amor.

— Thor não disse que era um cara romântico. – comentei.

— Não sou! – ele se levanta e anda em minha direção – Mas mesmo se eu fosse, creio que Thor não lhe diria isso. – Loki deu uma pausa, esperando que eu dissesse alguma coisa, mas logo continuou. – Então você é a filha da Romanoff.

— Essa é nova. – respondi surpresa.

— Esta é a garota que lhe falei. Merida Barton.

— Ah, lembro-me muito claramente de quando controlei a mente de seu pai há décadas. E também de quando sua mãe…

— Te enganou e te fez de bobo? – perguntei. – Ela me contou.

— Surpreendente! – ele sorriu para mim.

— Thor disse que você queria me conhecer.

— Quase isso. Você cresceu em um lar adotivo. Conte-me sobre isso. – ele pediu se sentando novamente.

— Dunbroch era… um lugar mágico. Não sei se é valido falar isso aqui, mas pra mim era. Minha mãe era muito fria e meu pai, era mais liberal.

— Suponho que não tenha mudado muito.

— Tudo mudou. Sou filha única de novo, minha mãe também está liberal, não tanto quanto meu pai, mas sim. E ele são superprotetores as vezes.

— E seus irmãos?

— Harris, Hubert e Hamish. Eram loucos, imprevisíveis e se pareciam com você, pelo que Thor me contou.

— Merida, já lhe falei que os trigêmeos não são psicopatas. – reclamou Thor.

— Hora, irmão. Você por acaso os conheceu? – questionou Loki.

— Na verdade, Thor está certo. – eu o defendi.

— Você é uma garota corajosa! Pena que não saiba tantos fatos sobre você. – o sorriso no rosto de Loki ao falar isso era macabro.

— Loki, já chega. – ordenou Thor.

— O que quer dizer com isso? – perguntei assustada.

— Thor, também está ajudando a manter essa mentira? – perguntou irônico.

— Vamos agora, Merida. Antes que ele te encha de mais mentiras. – rosnou Thor.

— Acho que quem está contando mentiras aqui é você. Você e todos os Vingadores, principalmente os pais dela.

— Meus pais? Mentindo pra mim?! – questionei irritada.

— Muito mais do que você pensa.

— Temos que ir. – Thor tenta me puxar, mas não quero sair.

— Quero respostas. – falei.

— Loki, eu não a trouxe aqui para você encher sua mente de mentiras.

— É claro que sou conhecido por minhas mentiras, mas o mentiroso aqui é você, irmão. – ele não perde o sarcasmo.

— Vamos embora agora. – ordenou Thor a mim, e concordei.

Saímos da frente da sela e fomos pelos corredores enquanto ouvíamos Loki gritar: - Logo irá descobrir, Romanoff! Que até suas memórias mentem para você!

Agora era oficial: Loki estava louco. Seguimos em silêncio até a Bifrost. Mas as palavras de Loki ainda me deixavam louca. O que ele quis dizer com aquilo tudo? Será que Frigga estava certa? Ele estava mesmo louco? Ou Thor lhe contou algo que não contou a mim? Quando chegamos, encarei Thor e não consegui conter-me em não comentar.

— Meus pais não iriam gostar de saber, mas com certeza iriam querer estar aqui com a gente!

— Não duvido. Mas fica só entre nós.

Voltamos para Torre e novamente coloquei o lenço no pescoço e o sobretudo preto que eu havia deixado dobrado no canto. Descemos as escadas, para que não ocorresse a coincidência de encontrar alguém no elevador. Tentamos ser discretos ao passar pela sala, mas…

— Merida, onde estava? – Falou uma voz feminina. “Ai, caramba! Tô ferrada!” pensei.

Me virei e falei, sorrindo amarelo: - Oi mãe! Oi pai!

Tony, Banner, Steve e Hill também estavam lá.

— Encontrar seus pais? Foi a melhor desculpa? – perguntou Tony, incrédulo. – Achei que a Mini Natasha fosse mais inteligente.

— Não me chame assim. – rosnei.

— Thor, não acredito que fugiu com ela. – falou Steve.

— Onde estavam? – perguntou meu pai com raiva.

— Em Asgard. Não se preocupem, ela estava e está segura. – respondeu Thor, enquanto eu retirava o sobretudo.

— Não deveria ter ido sem nossa permissão. – falou minha mãe.

— Vocês deixariam? – perguntei.

Meus pais abaixaram a cabeça.

— Duvido! – falou Banner, com uma leve risada. – E qual o problema? Ela estava acompanhada de Thor!

— Ela foi para outro planeta, Bruce! – falou minha mãe.

— Sabe se lá o que pode acontecer a ela! – completou meu pai.

— Mãe! Pai! Eu estou bem! – falei.

— Entramos em desespero quando soubemos que seus pais não sabiam de nada! Deveria ter nos contado! – falou Steve.

— Pro seu quarto agora. E não vai sair pelo resto do dia. – falou meu pai de forma dura.

Dei as costas e corri para o meu quarto. Novamente, me jogo na cama e fico refletindo no resto do dia. Tomei café, fui para a escola, voltei, almocei, passei duas horas treinando, tomei banho, conversei por alguns minutos com minha mãe (Elinor), dormi umas duas horas… estou com fome. Passei acho que meia hora em Asgard. Ou mais. Uma hora? Uma hora e meia? Não senti o tempo passar. Olhei no relógio: cinco horas da tarde. Caramba! Peguei meu livro e comecei a ler. Estava no final de Divergente. Ouvi uma batida na porta. Não se passaram nem vinte minutos!

— Quem é? – perguntei mal-humorada.

— Sua mãe. – respondeu no mesmo tom.

Larguei o livro na cama e abri a porta. Eu estava de pijama, já que não sairia de lá mesmo. Ela segurava uma bandeja com suco de uva (minha fruta preferida) e dois sanduiches de frango com queijo.

— Posso entrar? – ela perguntou.

Abri mais a porta e ela entrou. Fechei e me sentei na cama. Peguei o meu livro e guardei no criado-mudo que ficava ao lado da minha cama.

— O que foi, mãe? – perguntei.

— Eu… queria pedir desculpas pelo… pela forma como gritei com você.

— Papai gritou mais. Relaxe. – falei. – E você estava certa.

— Ficamos tão preocupados com você. – ela deixa uma lagrima sair.

— Eu sei. Me desculpe.

— O que fazia em Asgard? – perguntou, me assustando.

— Thor queria me apresentar a alguém.

— Se divertiu? – ela deu um meio sorriso.

— Bom… - peguei um sanduiche e prossegui – O lugar é lindo, mas o cara era muito chato.

Ela riu. – Imagino que seja.

— Me desculpe por sair sem avisar. – falei após engolir o pedaço de sanduiche na minha boca. – A missão “Ir Para Asgard e Voltar Sem Ser Notada” foi um fracasso completo.

— Bom, se sua missão fosse deixar todos preocupados, seu pai furioso e sua mãe decepcionada, teria cumprido lindamente. – ela sorriu.

— Eu te decepcionei?

— Não se preocupe com isso. Apenas durma um pouco. Amanhã conversamos sobre isso. – ela deu um beijo na minha testa e disse – Eu te amo.

— Eu também te amo, mãe. – ela sorri ao me ouvir dizer.

Minha mãe se levantou e foi até a porta. Eu a observo e, antes de fechar a porta, ela disse: - Mas ainda está de castigo, mocinha.

Ri. Peguei meu livro e voltei a ler. Estava nas partes finais, quando os iniciados são controlados mentalmente para atacar a Abnegação. Fiquei imaginando quais seriam as facções dos vingadores. Minha mãe já disse que seria da Audácia, mas seria divergente para Erudição. Eu não seria diferente. Talvez, no lugar de Erudição, fosse Amizade, o que acho que sairia para o meu pai também. Me sinto ridícula em pensar nisso. Naquele dia, li o livro inteiro e ainda fiquei batendo papo com a Krystal pelo Wat Zapp. Uma longa entrevista sobre como é Asgard e um texto grande sobre como aquilo não abalava a fé dela. Todo esse entreterimento para me esquecer das palavras: “Logo irá descobrir, Romanoff! Que até suas memórias mentem para você!”

O que Loki quis dizer com isso?


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Notas finais do capítulo

Quero suas teorias de conspirações! Agora é que a batata vai começar a assar, galera! Quero seus comentários! É por falta de comentários que desanimei com Estrela Solitária (fic em que coloquei tanta expectativa). Então, garotas, podem se derreter nos comentários! Loki apareceu e eu sei que vocês amam ele! Eu não, mas…