Capítulo 1

♥ Burning ♥

Jer

 — Veja Jer, não é lindo? — No meu sonho você girava em um círculo, rindo como se a neve fosse melhor coisa do mundo. E eu concordo com você baby, era lindo.

Era tudo muito lindo antes de você ir embora.

Eu acordo de repente, numa cama que não é a sua, com um corpo quente que não é o seu. Minha namorada, Dana, se mexe para virar de posição. — Volte a dormir amor. — Ela pede, mas eu não posso, não depois de sonhar com você, baby.

As mais quentes memórias continuam a queimar na minha mente. Umas tão inocentes como no dia que você viu a neve, outras nem tanto.

Você entra no meu quarto, sem pedir permissão. Eu estou sentado na cama, olhando alguma coisa em meu computador, parecendo entediado, mas eu sei que é você sem precisar levantar as vistas. E não levanto, não até que você fala.

— Se você não vai fazer isso, eu vou, Jer.

Nessa hora eu olho para você.

Você está lá, sentada na mina poltrona, que fica em frente a cama. Nenhuma peça de roupa no corpo toca seu corpo, seu belo corpo tentador. Minhas mãos coçam para te tocar, baby, no entanto, eu espero para ver o que você planejou para mim dessa vez.

Então minha mente fica em branco quando você arrasta suas pequenas mãos por todo o seu corpo. Nos seus seios empinados, mamilos provocadores. Porra! Eu quero tanto prova-los. Continua pelo seu estomago liso, enfeitado com um brilhante pequeno.  Eu já tive vontade de matar um cara por olhar para esse pequeno ponto de tentação, mas eu não podia culpa-lo baby, não quando eu mesmo sonhava em lambe-lo. Passando por suas coxas largas, o delírio de todo cara que olhava. Todos, inclusive eu, queriam estar no meio delas, ou tê-las ao redor da cintura. E então finalmente em sua pequena e apertada buceta, onde você enfiou um dedo e gemeu. Deliciosamente.

Você já estava tão molhada bebê, e eu tenho certeza que eu provoquei isso, mesmo que em seus sonhos. Você tocou a si mesma na minha frente, mas o prazer quem te deu fui eu. Porque eu sei linda, eu sei que, na sua cabeça, aquelas eram minhas mãos. Sempre foram, mesmo quando não era eu que te tocava.

E quando você gozou, eu sabia que era para mim. E, porra, isso me fez louco.

Eu ainda lembro de cada curva do seu corpo, de cada tipo de risada que você tem, do seu tom de voz, rouco e sexy. Me lembro de cada momento que eu passei ao seu lado, platonicamente ou não. Me lembro dos seus gostos e dos desgostos. De tudo, Josie Gibson.

Eu lembro de tudo, porque se tem uma coisa que eu nunca fui capaz de esquecer, foi um segundo ao seu lado.

Dana é minha namorada há nove longos meses, minha noiva há dois dias, e eu não faço ideia de qual é a cor preferida dela. A sua é vermelho, cor da paixão e do pecado. Os dois te descrevem muito bem. Dana é linda, loira, rica, boa de cama, fácil de lidar. Mas eu gosto da morena, problemática, rebelde. Minha.

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Você volta hoje, e eu não sei o que fazer com isso. Não sei como te cumprimentar depois de dois anos. Eu te abraço, ou finjo indiferença?

Não sei o que será pior, ter seu corpo colado ao meu, ou, agir como se você não existisse, como se eu não estivesse morrendo com a sua falta.

Eu não sei de nada.

Desço as escadas para tomar café da manhã, com Dana pendurada no meu braço como um sanguessuga. Eu ouço a porta da frente abrir quando estou na metade da minha omelete. Mamãe e papai pedem licença a Dana e saem para te receber, eu congelo no meu lugar, com o garfo ainda na metade do caminho para a minha boca.

Minha noiva me olha como se eu fosse louco.

— Jeremy, você não vai cumprimentar sua irmã? — Dana pergunta.

Mas a voz, que me acalenta nos meus sonhos, e me assombra nos meus pesadelos, vem da porta da cozinha, carregada de dois anos de sarcasmo, antes que eu possa formular uma resposta.

— Sim, Jeremy, você não vai cumprimentar sua irmã?