Tease escrita por Director of dreams


Capítulo 1
Provocation


Notas iniciais do capítulo

Numa noite de insonia, escrevi isso...
Boa Leitura!
Beijos,
Ava.



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Prólogo

♥ Provocation ♥

Josie.

Eu sinto tanto a sua falta Jer. Já faz dois anos desde que eu vi seu rosto bonito, senti o calor da sua pele contra a minha e seus músculos ao meu redor.

Eu sinto falta dos nossos dias de provocação, dos seus olhares lascivos. Eu fazia de tudo para te provocar, porque você tinha o maior alto-controle que um homem pode ter.

Era tão divertido quanto frustrante.

Quando você estava em casa, eu andava com uma combinação de meias ¾, calcinha e camisas de futebol com o seu número estampado, porque eu sabia baby, que, a única coisa que te provocaria mais, era se eu estivesse nua. E porque eu gostava do mistério. Eu não ia lhe mostrar tudo, queria que você imaginasse. Foi por isso também que comecei a usar pequenas saias de prega com a cintura baixa, no melhor estilo mean girls, ou fazer uso da combinação minissaia jeans e botas de cowboy com mais frequência do que não. Você babava por isso.

Mas não foi o suficiente, e eu só ia parar quanto todo resquício do seu controle fosse jogado fora e o bom senso esquecido. E isso levou alguns meses de tortura não estabelecida.

Minhas provocações ficaram mais pesadas. Eu te conhecia Jer, eu sabia o que te excitava, o que te fazia louco de ciúmes, e eu usei isso contra você sem vergonha alguma. Já havíamos passado do ponto de ter pudor um pelo outro, mas eu me divertia em traze-lo à tona.  Eu saí com garotos, porque te fazia louco de ciúmes, e com garotas porque te fazia louco de desejo.

Eu abdiquei das líderes de torcidas, porque o clichê não é empolgante. Assim, revolucionei a, antes perdedora, equipe de dança da faculdade em algo que fazia meninos muito maiores suarem frio. Eu dormi com o Pablo, o Marcos e o João, seus companheiros de time e vi como você distribuiu socos nas paredes, apenas para não socar a cara dos seus amigos.

Mas você é duro, coração. Nem assim você cedeu.

Então eu transei com a Maria, a latina gostosa da minha aula de culinária. Não porque eu gostava - embora eu tenha achado bastante sexy - mas porque eu sabia que você ia adorar. Eu levei Maria para casa e fiz questão de deixar a porta do quarto aberta enquanto tirávamos a roupa e fazíamos o melhor da situação com nossas partes iguais. Maria era como eu, cada curva do corpo feita para tentar homens.

Eu sei o que eu tenho Jer, e eu usei isso a meu favor.

Eu vi você naquele dia, na porta do meu quarto. Eu vi Jer. Vi o seu controle escorregar um pouco a cada gemido. Eu vi você tocar a si mesmo olhando eu e a Maria.

E essa foi toda a brecha que eu precisava. Depois disso foi mais fácil fazer de seu controle um descontrole.

Eu tomava banho de porta aberta, e fazia questão de ensaboar todo o meu corpo, só para o seu deleite, para você ver eu deslizar minhas mãos por onde você queria colocar as suas. Era muito conveniente que o meu banheiro preferido da casa fosse o que era em frente ao seu quarto. Você não tinha como correr, e não queria.

Você começou a fazer pequenos toques inocentes parecerem contatos íntimos. O arrastar dos seus dedos pelo meu braço quando você passava por mim; ou quando você fazia questão de pegar algo na geladeira na exata hora em que eu estava parada em frente a mesma, você passava os braços a minha volta para alcançar seu objetivo, que não era o pote de sorvete, mas sim pressionar seu corpo duro contra o meu; você sussurrava o seu ‘boa noite’ no meu ouvido toda noite, deixando sua respiração quente fazer cocegas na minha pele, antes de dar um beijo na trave da minha boca.

Você reagiu, amor. Você provocou de volta.

E eu te mostrei então porque meu apelido é Tease*.

[ *N/a: Tease é ‘provocação’ em inglês. ]

Você tentou fazer com que eu perdesse a cabeça, mas eu já havia perdido há muito tempo. Era sua vez.

Os longos olhares aquecidos que trocávamos dentro de casa só tomavam as coisas mais apelativas. A tensão sexual ao nosso redor era tão palpável que estava ficando difícil conviver, ou manter a calcinha seca. A tortura se tornou pesada para nós dois, estava complicado não arrancarmos as roupas um do outro.

Eu comecei a dormi nua, e você a me acompanhar na cama, usando apenas boxers sobre sua excitação óbvia. Você não me tocava impropriamente, você apenas me abraçava de conchinha e curtia o calor que nossas peles produziam juntas. Ao menos no início, depois ficou incontrolável.

Você me tocava em seu sono, e acordava com as mãos em meus seios nus. Você tentou tirar no começo, mas eu não podia perder o calor de suas mãos. Eu guiei as mesmas por onde elas queriam estar.

Nos meus mamilos, entre minhas pernas...

Mas você se afastou, justo quando meu corpo estava incendiando de desejo. Você parou de escorregar na minha cama a noite e eu não podia suportar isso. Um dia eu fui até o seu quarto, quando você não me procurou, nua como no dia e que nasci. Eu não esperei por você me tocar, eu fiz por mim mesma. Me dando um orgasmo auto induzido na sua frente, apenas para terminar o que você começou na outra noite. Você ficou louco então. Louco de raiva e tesão quando eu fugi e me tranquei no meu quarto antes que você pudesse ter o seu caminho mau comigo.

Touché.

Eu me escondi de você por três dias depois disso, apenas para aumentar a expectativa. Da próxima vez que eu te vi foi no clube, música alta e provocante rolava no volume máximo pelos alto-falantes do Red, você tinha saído para beber com seu melhor amigo e já estava na terceira cerveja quando eu cheguei. Eu fui direto para o bar, onde você estava sentado com o Matt, e pedi ao barman uma dose pura de Patron com tanta autoridade que ele nem verificou minha identidade. Virei a dose de uma vez só quando o barman colocou na minha frente, sem engasgo, sem choro.

Você ficou tão surpreso quanto o Marco, o barman, mas eu não me importei. Com uma piscada sexy para o Matt, me dirigi para a pista de dança.

Eu causei um pequeno estrago aquela noite, com minha calça de cintura alta branca estilo montaria, apertada apenas o suficiente para realçar minha bunda cheia, que você era fã; um top combinando, em tons de azul e preto, grande o suficiente para que chegasse ao cós da minha calça, mas que deixava à mostra o meu pircing de umbigo quando eu levantava os braços; meu Louboutins pretos; meu cabelo comprido solto e bagunçado ao estilo acabei-de-fazer-sexo; meu olhos esfumados pretos e meu batom vermelho-cereja  de longa duração (e que não borrava) completavam o traje.  

Dancei com exatos cinco caras antes que você arrancasse o ultimo de mim e ocupasse seu lugar na dança sexy. Você colocou meus braços em vota do seu pescoço e agarrou minha cintura nua com suas grandes mãos. Seu corpo estava pressionado ao meu por trás, sua ereção firmemente apertada contra minha bunda, quando você colocou meu cabelo para o lado e plantou beijos quentes pelo meu pescoço e ombros, sem se importar com quem estava assistindo. Você me virou e empurrou seus lábios nos meus, duro.

Minhas mãos agarraram seu cabelo. Sua língua invadiu minha boca e se enrolou com a minha.  Seu gosto era de cerveja, passa de dente e algo mais. Foi tão gostoso, meu amor... tanto que eu não fui capaz de segurar o gemido em meu peito.

Meu gemido, provocado por você. Esse foi o acontecimento que empurrou seu controle para fora e mandou seu bom senso passear.

Você me tirou do bar lotado e me levou para casa. Me despiu no sofá da sala e colocou sua boca por TODO o meu corpo. Chupou meus seios, lambeu seu caminho pelo meu estomago, até chegar as minhas pernas. Você as separou, e eu gritei seu nome quando sua língua lambeu meu sexo molhado. Você rosnou ao ouvir seu nome carregado de desejo saindo dos meus lábios, ainda com a boca colada a minha vagina, e isso me trouxe mais prazer. Naquela noite você me deu um orgasmo atrás do outro.

Mas eu queria mais. Eu precisava de mais.

Dentro de mim.

Era onde eu precisava que você estivesse. Me completando, nos fazendo um.

Não levou muito mais tempo para você ceder a isso também. Uma semana de preliminares pesadas foi o que você foi capaz de aguentar antes de me tomar por inteiro.

No clube, o mesmo do nosso primeiro beijo. Eu estava, mais uma vez, cansada de ver você se segurar. Eu não podia me segurar mais. Sexta-feira à noite, seu dia de bebedeira com o Matt, eu entro no bar e repito minha rotina. Viro meu whisky de um gole só. Pisco para o Matt, apenas para te deixa chateado. Danço.

Dessa vez você leva apenas uma dança com um desconhecido qualquer para me puxar para si. Dessa vez você me coloca de frente para você, para que eu possa testemunhar seu olhar feroz.

Todo o meu corpo treme em antecipação quando você rosna no meu ouvido:

— Você é minha Josie Gibson. Só. Minha. Porra!

Sem mais uma palavra, você me leva para um canto escuro, numa esquina deserta do bar lotado, me apoia contra a parede, me deixando de costas para você, suspende minha saia curta e, literalmente, rasga minha calcinha. Abaixa-se, e, segurando cada face da minha bunda em suas mãos, me come. Deliciosamente.

E dessa vez você deixa seu controle ir pelos ares de vez.

Antes que eu possa descer do primeiro orgasmo que você me deu com a boca, seu pau está dentro de mim. Forte. Duro. Rápido. Até que eu atinja o segundo e o terceiro orgasmo da noite, e só então você se permite gozar, me encharcando. Tanto, que quando você sai, nossos prazeres líquidos misturados escorrem pelas minhas pernas.

Depois que você perde seu controle completamente, não tem como recupera-lo.

Nós passamos a fazer sexo de verdade, quando nossos pais estão fora, e isso acontece muito.

No quarto;

No sofá;

No banheiro;

Na piscina;

No chão;

No balcão da cozinha...

Ah, o balcão!

Tudo estava o prospecto da perfeição. Até aquele dia. O fatídico dia em que eles nos flagraram, e nos separaram.

Minha mãe saiu comigo em uma “missão de caridade” pela África, que só pode ser um bairro de Paris, porque eu nunca fui a outro lugar com ela. Nosso pai ficou em casa com você.

Doeu Jer.

Doeu por oito meses quando mamãe estava comigo e eu não podia falar com você. Doeu por mais um ano e quatro meses depois que ela saiu, e você nunca me procurou, nem uma vez.

E eu tenho certeza que vai doer agora, dois anos depois, quando eu tenho que voltar para casa.

 


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Notas finais do capítulo

Por favor me digam o que acharam!
Recomendem, favoritem, acompanhem, COMENTEM...
Obrigada por ler!
Até o próximo :*