Pamela...

Nós entramos na aréa de serviço e procuramos os uniformes das empregadas, pegamos o primeiro que achamos e passamos pelos guardas com cuidado, eles nem se importaram com a nossa presença. Atravessamos o jardim e logo conseguimos passar pelos portões.

Duas princesas, andando na rua, a noite, sozinhas. Com certeza não iria dar muito certo.

- Eii... vocês ai... mocinhas... - escutamos uma voz. Eu e ela extremecemos. Nos viramos e vimos três rapazes se aproximando, nunca desejei tanto que fosse o tarado.

- Sim? - eu disse com minha voz trêmula.

- O que fazem na rua, sozinhas?

- Estamos procurando dois amigos... - respondi tentando passar confiança.

- Pra quê dois amigos, se vocês podem ter três? - disse o líder do grupo se aproximando de nós, que andavamos para trás, lentamente. - Calma, meninas... não vamos fazer nada que vocês não queiram, a não ser, que nós desejemos. 

Eles se aproximavam cada vez mais, eu e minha irmã não sabiamos o que fazer, ou melhor, eu não sabia.

- Se afastem! - ordenou minha irmã com uma espada na mão. Dá onde ela tirou aquilo?

- Olha só, ela tem uma espada... - disse o líder do bando zombando dela.

- E eu sei usá-la! - alertou minha irmã, ela só podia estar blefando...

- Sabe, é? - disse um dos outros caras.

- Sim e vou te provar! - disse ela já se aproxiamando dele e o atacando.

Em um movimento rápido demais, para os meus olhos, ela estava com a espada no pescoço do líder daquele grupo, ele estava deitado no chão, com uma cara de assustado. Ela sorriu e disse:

- Pode ir, eu não vou te matar... - o homem levantou rápido e saiu correndo. Ela soltou uma gargalhada vendo o medo daqueles três marmanjos, que tentavam nos fazer mal.

- Acho que eles não vão tentar fazer mais nada... parece que eles não gostam muito de espadas. - ela ria sozinha, enquanto eu a olhava com uma cara de surpresa.

- Onde você aprendeu a lutar?

- Bom... já faz tempo. - disse ela parando de rir - Lembra daquela viagem que o papai fez eu fazer?

- Sim, mas não era pra conhecer a história grega?

- Sim. E eu conheci, mas também conheci algumas guerreiras e acabei aprendendo a lutar. - disse ela com vergonha.

- Por que nunca me disse nada?

- Achei que você ficaria com medo...

- Com medo? - eu ri - Se não fosse pelos seus dotes com uma espada... sei lá o que teria acontecido com a gente.

- Você não está furiosa? - perguntou ela confusa.

- Claro que não, estou é orgulhosa! - eu disse abraçando minha irmã.

- Nossa, que ótimo. Juro que queria te contar, mas não sabia como...

- Você achou o melhor jeito possível, salvando a minha vida. - eu disse sorrindo, ela sorriu logo em seguida.

- E agora, como vamos achar aqueles dois?

- Não sei. Acho que essa idéia de andar por ai gritando o nome deles não vai dar certo.

- É... eu também acho.

- Melhor voltarmos para casa.

- É. - disse ela triste. 

Logo chegamos no pálacio, e fomos obrigadas a pular o muro, caminhávamos pelo jardim, quando vimos alguns seguranças andando perto dali.

- O que eles estão procurando? - minha irmã me perguntou.

- Será que eles viram que nós fugimos?

- Tomara que não, se não estamos ferradas. - os seguranças corriam pelo jardim e falavam no rádio.

- Vimos alguém entrar pela ala oeste, verifiquem... - disse a voz que saía da caixinha.  Os dois seguranças correram até lá e logo voltaram, eles andavam com dois caras, pelos quais, arrastavam pelo braço.

- Me solta!! - ordenava um deles.

- Você vai ser entregue ao rei e será punido pela sua inegligência.

- Você sabe com quem está falando? - disse o estressadinho.

- Sei, com um marginal. - concluiu o segurança.

- Você vai ver o marginal! - disse o garoto revoltado já pulando pra cima do segurança e lhe dando socos que jamais paravam, até que outros seguranças chegaram e o tiraram de cima do pobre segurança, que já estava quase desmaiado. - Quem é marginal agora? Eu vou te quebrar mais ainda! - dizia o cara de pulsos firmes, tentando se soltar dos 4 seguranças que o seguravam.

- Pare com isso garoto, você já vai ser penalizado por ter invadido o castelo e ainda por bater em um dos nossos.

- Por mim, eu poderia quebrar a cara de cada um de vocês! - ameaçou ele, ainda exaltado.

- Vamos! - ordenou Bob, o chefe da nossa segurança.

Eles estavam o levando para o castelo, coitado, ele e o outro seriam inforcados por tentarem invadir o castelo.

Tom...

- Hoje é o grande dia... - eu disse empolgado.

- Acho que isso não vai dar certo. - disse meu irmão terminando de se arrumar.

- Claro que vai, quando um de meus planos não funcionou?

- Tom, cai na real, eles nunca funcionam. - disse ele me olhando.

- Está bem, eu tenho que admitir que alguns deram errado...

- Alguns? Todos deram errado!!

- Tá, Bill. Mas esse vai ser diferente...

- Dúvido. - eu dei os ombros e logo fomos até o castelo, onde teriamos que invadir. Por que? Bom, eu estava ancioso para conhecer a minha futura esposa... uii... essa palavra me dá arrepios.

- Está pronto, Bill? - perguntei fazendo pézinho para meu irmão pular o muro.

- Tom, eu estou com medo...

- Vai, Bill! - eu disse já o empurrando pra cima do muro, ele se equilbrou, mas caiu para o outro lado, fazendo um barulho estranho.

- Você está bem?

- Acho que sim, mas eu machuquei a minha bunda. - disse ele com uma voz engraçada. Eu ri, mas me contive, aquele não era o momento. Subi no muro e logo pulei para o outro lado, sem cair, obviamente.

- Vamos lá. - eu disse andando pelos arbustos. Nós andavámos pelo jardim, quando vimos dois seguranças, eu não esperava.

- Ali estão eles!! - disse o segurança mas alto, apontando para mim e para meu irmão. Merda! Corremos, mas eles nos pegaram.

- Me solta!! - eu ordenava furioso, e me contorcendo.

- Você vai ser entregue ao rei e será punido pela sua inegligência. - pela minha o que?

- Você sabe com quem está falando? - eu disse olhando para a cara daquele cara que me segurava, e ainda tinha falado que eu tinha essa tal de ine...sei lá o que...

- Sei, com um marginal. - marginal? Imbecil! Eu vou te arrebentar!!

- Você vai ver o marginal! - eu disse pulando pra cima, daquele metido a besta, e lhe dando socos seguidos, até que fui surpreendido por outros seguranças que me tiraram de cima daquele imbecil. - Quem é marginal agora? Eu vou te quebrar mais ainda! - eu dizia tentando voltar, para bater mais ainda naquele filho de uma cachorra.

- Pare com isso garoto, você já vai ser penalizado por ter invadido o castelo e ainda por bater em um dos nossos. - dane-se. E olha o jeito que fala comigo, velhote, se eu quiser eu quebro a tua cara também.

- Por mim, eu poderia quebrar a cara de cada um de vocês! - eu disse ainda ofegante e com muita raiva.

- Vamos! - disse o chefe daqueles brutamontes, já nos arrastando até a entrada do castelo.

Luciana...

- Pam, vamos pro quarto.

- Não, quero ver o que o papai vai fazer com eles.

- Você sabe o que ele vai fazer.

- Mas eu gostei do estressadinho... - ela disse rindo.

- Você não tem jeito.

- Vamos ver... por favor...

- Tá. 

Nós duas fomos até o nosso quarto e nos trocamos, colocando nossos pijamas, que eram um conjuto formado por : um shorts e uma regatinha. O meu era cheio de corações e o da minha irmã era escrito PUNK, bem o estilo dela. Descemos as escadas e já ouvimos a voz de nosso pai.

- O que queriam aqui? - perguntou aquela voz de trovão, que nos fazia estremecer.

- Olha rei... - começou o mais calmo - nós somos os príncipes de Aragor... - antes que ele terminasse todos da sala começaram a rir.

- Vocês? Os principes? - disse nosso pai.

- Sim. E nós podemos provar.

- Certo, como?

- Eu sou Bill Kaulitz, esse é meu irmão Tom Kaulitz, nos desculpe por aparecer assim, no seu castelo, mas é que queriamos falar com o senhor. - espera... Bill? Era ele, o meu cavalheiro, o meu lindo do sorriso perfeito... eu não podia acreditar, era ele!