Tom...

- Vocês não vão conseguir me separar dela!! - gritava Bill de fora do portão. Eu não conseguia entender como tudo aquilo tinha acontecido. Bem no momento que a Pamela mais precisava de mim, eu não podia estar com ela. - Tom, você esta bem?

- Sim. Quer dizer, não sei. Tudo aconteceu tão rápido.

- É, eu sei.

- Como, o pai delas, vai deixar elas se casarem com aqueles... - me controlei pra não falar um palavrão - velhos?

- Não sei. Ele ficou realmente bravo, pela "gente", não querer casar com elas.

- Desculpe, Bill. Se eu soubesse que isso aconteceria, jamais tinha feito aquela idiotice.

- Tudo bem. Olha, nós não vamos desistir, certo? - ele parecia tão animado.

- Certo! Como vamos fazer pro rei mudar de idéia?

- Não sei. - toda aquela animação dele, desapareceu quando ele disse essa frase.

- Vamos pensar...

Pamela...

- Pai, sei que, o que o Tom fez, te deixou muito bravo, mas eles estavam sendo tão gentis com a gente. Pai, por favor, reconcidere essa decisão, por favor! - implorava minha irmã, chorando e segurando a mão de nosso pai.

- Não. Já pensei bastante.

- Pai, mas e a guerra?

- Não se preocupe, se ela acontecer, estamos preparados pra vencê-la.

- Mas e as pessoas que podem se machucar? Imagine o nosso reino, os filhos sem seus pais, as mulheres sem os seus maridos... - Luciana realmente sabia ser convincente. Meu pai parou e olhou, pela primeira vez, naquela tarde, pra minha irmã, e ele pareceu reconciderar a sua decisão.

- Minha filha, por que você não quer se casar com o Lorde Springstein? - será que é porque ele é séculos mais velho que ela?

- Porque... Pai, eu sei que você escolheu um bom homem pra se casar comigo, não duvido que o Lorde Springtein, seja muito gentil, mas... eu não amo ele. - meu pai que estava com um semblante tranquilo, ao ouvir as últimas palavras de Lu, ficou espantosamente surpreso.

- O que quer dizer, querida?

- Pai, sei que nunca falamos sobre isso, mas o Bill é... - minha irmã parou a frase e controlou seu impulso, de discursar sobre o Bill - ele é um ótimo homem. Ele é tão doce... sabe, ele faz eu me sentir de um jeito que ninguém jamais fez eu me sentir. Eu o amo. E não sei o que seria da minha vida se ficasse sem ele.

- Mas, minha filha, vocês mal se conhecem. Como pode amá-lo tanto assim?

- Eu não sei. Desde a primeira vez que o vi, senti algo realmente forte por ele. Pai, eu lhe peço, considere tudo que eu te disse. Por favor. - meu pai ficou sem palavras e suspirou.

- Mas e a sua irmã? Você sabe, que se casar com o Bill, ela terá que casar com o Tom.

- Sim. Bom... a Pam... - fui obrigada a interromper a minha irmã.

- Pai... - respirei fundo, procurando cada palavra com cuidado - minha irmã, realmente, ama muito o Bill e o Tom - estremeci ao dizer o nome dele - ele é... bem legal. - sorri sem jeito. Meu pai sorriu também.

- Parece que ele conseguiu amolecer seu coração, não é? - perguntou ele, se levantando e vindo em minha direção.

- Sim.

- Mas não sei se eles merecem vocês. - meu pai voltou a falar daquele jeito, orgulhoso - Vou fazer um teste com eles. Se eles passarem, podem se casar com vocês, se não... vocês se casam com os lordes, ok?

- Certo. - eu e minha irmã dissemos juntas e sorrimos.

- Mas qual vai ser o teste? - perguntei curiosa.

- Eles farão uma viagem para a Grécia. Lá eles terão que me provar que podem proteger vocês. - proteger? Será que eles teriam que lutar?

- Nos proteger? Pai, você não vai... - disse Luciana olhando para o nosso pai, desconfiada, ele sorriu de um jeito estranho - Mas é muito perigoso! E se eles se machucarem?

- Pra que existem médicos? E tem mais... eles são príncipes, devem saber lutar. Agora vou pensar melhor no teste e depois mando chamá-los. - isso era bom demais. Nós não teriamos que ficar sem eles! Opa, acho que me emploguei demais. Eu quis dizer, a Lu não ia ficar sem o amor da vida dela. - Meninas...

- Sim? - respondemos juntas.

- Porque não colocam uma roupa bem bonita?

- Por que? Algo especial?

- Mais tarde, mandarei chamar os amados de vocês... - disse nosso pai com um sorriso bobo - acho que deveriam estar bonitas, para recebê-los.

- Com certeza! - disse Lu, hiper feliz. - Você é o melhor pai do mundo!! - ela abraçou ele, e eu também acabei o abraçando.

- Obrigada. - eu disse o olhando. Ele sorriu. Sabe, eu estava muito aliviada, por não ter que casar com aquela múmia. Eu e minha irmã subimos as escadas apressadas, entramos em nosso quarto e começamos a procurar as nossas roupas mais perfeitas, para aquele momento. Em alguns segundos, nós duas que estavamos com vários gabides na mão, os jogamos sobre a cama e nos abraçamos.

- Você é uma ótima atriz, merecia o oscar. - eu disse ainda abraçada com ela.

- Obrigada. Mas o que eu disse não era mentira, só de pensar em ficar longe do Bill - ela fez uma careta - me sinto mal.

- Tudo bem. Relaxe. Isso não vai acontecer. - ela sorriu, meiga como sempre. Continuamos a nossa caça pela roupa perfeita.

Bill...

Estavamos pensando em um plano, desde o castelo de nossas princesas, mas nada que prestava saía de nossas cabeças. E já estava anoitecendo.

- Tom, isso não esta dando certo. - eu disse ja cansado de pensar num plano.

- Mas Bill...

- Olha, melhor pedirmos alguma ajuda.

- Pra quem?

- Sei lá. Pro nosso pai... ou pra nossa mãe, o que acha? - ele fez uma careta. O telefone que estava do lado de Tom tocou e ele como num impulso o atendeu.

- Alô?

- Alô. Posso falar com o príncipe Tom ou com o príncipe Bill?

- É o Tom que está falando. Quem fala?

- Olá, eu sou um mensageiro do rei, de Klein, e ele quer ver, você e o seu irmão, mais os seus pais, ainda hoje.

- O rei? Sobre o que é?

- Ele vai fazer um jantar e precisa falar com vocês. Garanto que é do interesse de vocês dois.

- Ok. Nós estaremos ai. Que horas podemos ir?

- Apartir das 21 30.

- Ok. Obrigado. Tchau.

- De nada. Tchau. - Tom desligou o telefone.

- Quem era? - perguntei curioso.

- Era do reino de Klein... - Lucianaaa... o que será que era? - o rei vai organizar um jantar e quer que eu, você, nosso pai e a nossa mãe, estejamos lá.

- Mas por que?

- Não sei. Mas eu disse que iriamos.

- Tá. Vou me arrumar. - eu disse me levantando.

- Mas o jantar é só daqui à umas... 3 horas... - ele fez uma careta - é melhor se apressar.

- Nem demoro tanto assim.

- Não... imaginaa... - o encarei e sorri, depois corri até meu quarto e começei a me arrumar. Primeiro escolher a roupa... que desafio!!

Narrador...

Pamela estava fascinante. Ela usava uma calça jeans, clara, que combinava perfeitamente com sua gladiadora, preta, de verniz. Ela também usava, uma camiseta branca, bem básica e por cima, um bolerinho, preto, com mangas. Seu cabelo estava solto, e nas pontas haviam alguns cachos. Sua maquiagem era escura, porém sexy, seus olhos estavam com lápis em baixo, e uma sombra amarronzada, ela havia passado apenas um pouco de blush e sua boca estava com, apenas, um gloss.

Luciana estava meiga e linda. Ela usava um vestidinho retrô, inteiro azul petróleo, sua cor favorita, um sinto preto marcava sua cintura. Ela também usava salto, porém era um scarpin preto, em verniz, mas ao invés de ter o bico fino, este, era um pouco arredondado, deixando seu visual ainda mais meigo. Sua maquiagem era simples, ela usava deliniador, blush e gloss rosado. Seu cabelo estava quase todo preso, o que deixava o vestido tomara que caia, ainda mais sexy, em um coque, porém sua franja estava solta.

Tom estava usando uma camisa preta, por baixo, de uma xadrez bôrdo, branca e preta. Ele também usava uma calça jeans escura. Ele usava um tênis normal e  uma faixa preta, um pouco, acima de sua testa.

Bill usava uma camisa preta e uma jaqueta de couro, também preta por cima. Ele também usava uma corrente, no pescoço, prata, estava também, com uma calça jeans e um sapato inteiro preto. Seu moicano estava bem erguido e com apenas um pequena parte de sua franja caida sobre seu rosto, sua maquiagem era apenas em seus olhos, o que, os deixava ainda mais penetrantes.