Bill...

Eu queria dizer pra minha princesa que desde a primeira vez que a vi, não consegui parar de pensar nela. Mas com tudo que a Pamela disse e o jeito que ela ria, fiquei com medo que tivesse acontecido algo mais sério com o Tommy, então fui pra casa.

Subi as escadas correndo e bati na porta do quarto dele.

- Tom?! - o chamei.

- O que foi?!! - disse ele de um jeito estranho.

- Posso entrar?

- Claro. - entrei no quarto e ele estava deitado em sua cama.

- Você está bem? - perguntei de um jeito bobo.

- Estou. Por que?

- Não, é que a Pamela chegou lá no piquinique e estava rindo que nem uma louca e ainda disse que você tinha ficado só de cueca na frente da guarda real. Isso é verdade?

- Vadia... ela armou pra mim! - disse ele se levantando da cama e andando de um lado pro outro - Mas ela quer brincar comigo?! Tom Kaulitz adora brincadeiras...

- Tommy, calma... sei que o que ela fez foi muito ruim, mas você deveria deixar isso pra lá.

- Eu? Deixar isso pra lá? - sei que isso não aconteceria - Nem em sonho!

- Ok Tom, mas faz uma promessa pra mim?

- Depende. O que é?

- Promete que deixar a Luciana fora disso?

- Claro, ela não tem nada a ver com a que aconteceu. Bill... você está afim dela, não é?

- De quem? - perguntei como se não soubesse.

- Da Luciana. Confessa! Você está babando por ela...

- Aiin Tom, é claro que não. Olha, ela é uma menina muito linda e meiga, mas nada a ver.

- Mentiroso!

- Está bem, Tom. Eu confesso. Eu gosto dela sim e dai?

- Nada... - ele riu - você tem sorte de estar com a princesa do bem...

- Por que?

- Porque a Pamela é a princesa das trevas. - comecei a rir - É sério. Tenho medo dela.

- Só por que ela sabe como te fazer babar, é Tommy?

- Não. Quer dizer... talvez. - sinceramente, achei que o Tom gostava da Pamela, pois ela o deixava com raiva. Sei que parece estranho, mas estudos dizem que o amor quase sempre começa através do ódio, acho que seria assim com o Tommy, ainda mais tratando-se do primeiro amor dele.

- Bill você precisa me ajudar! - disse Tom como se eu realmente tivesse a OBRIGAÇÃO de fazer isso.

- Pra quê? - perguntei o encarando.

- Pra mim me vingar dela. - me respondeu ele de um jeito óbvio.

- Não preciso não. - eu disse saindo do quarto dele.

- Mas Bill, ela zuou comigo. Por favor... - disse ele me implorando. Não seria tão mau de negar isso ao Tommy.

- Ok, Tom. Mas o que você pretende fazer? - perguntei com medo da resposta que ele daria.

- Bom... ainda não pensei nisso. Mas tem que ser uma coisa que ela não esqueça nunca mais. - disse ele com um jeito assustador.

- Cristo... pobre Pamela. Ok, Tom... vamos pensar... - eu disse me sentando em sua cama.

Tom...

- Isso! Perfeito, Bill! - eu disse impressionado com a mentezinha má do meu irmão.

- Tommy, tem certeza? Acho que eu peguei pesado demais... vamos tirar aquela parte que você tira a roupa dela...

- Não Bill. Está tudo perfeito.

- Mas Tom... - eu o interrompi.

- Não Bill. Agora vamos lá no castelo delas, assim você vê a sua amada e eu vejo ela... muahahah... eu vou me vingar.

- Ok, Tommy. Vamos.

Pegamos o carro e fomos até o castelo delas. Para a minha surpresa a guarda nos deixou entrar. Eu e Bill entramos na sala do rei que nos encarou de um modo frio, bem diferente da outra vez.

- Olá príncipes.

- Olá rei. - disse Bill - Será que podemos ver a Luciana e a Pamela?

- Claro. Elas estão em seus quartos. - disse ele apontando para uma escada.

- Obrigado. - dissemos juntos.

Subimos as escadas e entramos no primeiro quarto. Me deparei com uma cena que me fez ficar imóvel. As duas choravam de um jeito tão... comovente.

- O que houve? - ouvi Bill perguntar já indo em direção a Luciana. Ela o abraçou e continuou a chorar. Me sentei ao lado de Pamela.

- O que foi? - perguntei tentando ser frio.

Pamela...

- O que foi? - ele me perguntou. Foi mais forte que eu. Acabei o abraçando.

- Isso não pode acontecer!! - eu disse chorando e ainda abraçada com ele.

- Isso o que?

- Meu pai... ele quer nos casar com outros caras.

- O que? - disse ele mais preocupado e surpreso do que eu esperava que ele ficasse.

- Tom, por favor, não deixe isso acontecer! Por favor... - não sei o que estava dando em mim, mas quando a ficha caiu, quando eu descobri que não poderia ficar com ele, uma dor explodiu dentro de meu peito. Como se a coisa mais importante pra mim, me fosse tirada.

- Calma. - disse ele secando minhas lágrimas - Não vou deixar isso acontecer.

- Promete? - eu disse parecendo uma criança.

- Claro. Pode confiar em mim. - ele abriu aquele sorriso, que fez meu coração acelerar e eu sorrir como uma boba.

- Obrigada. - eu disse o abraçando de novo e depois o soltando.

- Princesas?! - ouvimos uma voz do outro lado da porta. - O rei quer fazer um comunicado.

- Já vamos. - gritei secando as lágrimas que ainda forçavam a cair. - Tenho que ir. Tom, vem comigo?

- O que? Mas o rei quer falar com vocês e não comigo...

- Por favor... é importante.

- Tá. - ele pegou em minha mão e saiu comigo do quarto.

Luciana...

- O que houve? - ouvi a voz que me fazia estremecer, que fazia eu perder todo o ar e depois recuperá-lo novamente.

- Bill... eu... - as palavras estavam presas em minha garganta. Não conseguia me imaginar sem ele.

- Olha pra mim. - disse ele olhando em meus olhos - Respire e me diga o que aconteceu.

- A Pam, me disse que meu pai vai me obrigar a casar com outro cara. - as lágrimas foram mais fortes e voltaram a cair.

- O que? Não. Ei... calma... - ele me puxou pra ele, me acolhendo e fazendo eu esquecer de tudo de ruim que estava acontecendo. - Não vou deixar ninguém te tirar de mim. Ouviu? - apenas balancei a cabeça. Eu também não queria que ninguém me separasse dele.

- Princesas? - ouvi uma voz meio tampada. - O rei quer fazer um comunicado. - tremi ao ouvir essa frase.

- Eu não posso ir! - eu disse ainda recostada no peito de Bill.

- Já vamos! - ouvi minha irmã gritar.

- Calma, você precisa ir.

- Mas Bill, ele vai dizer o que eu não quero ouvir.

- Você não confia em mim?

- É claro que confio, mas...

- Shh... olha, vamos lá ouvir o que seu pai vai falar, depois discutimos sobre isso, ok? - fiz que sim com a cabeça e me levantei.

Desci as escadas ainda apoiada no peito do Bill, ele me segurava pela cintura, me ajudando a descer cada degrau e não desmaiar.

Chegamos na sala e meu pai estava sentado em seu trono com dois caras, cada um de um lado diferente. Bill apertou ainda mais sua mão em minha cintura.

- Olá, filhas. - disse meu pai com um sorriso satisfeito - Olá príncipes.

- Pai você não pode fazer isso! - disse minha irmã segurando firme na mão do Tom.

- É para o bem de vocês e do reino... - disse meu pai de uma forma tranquila.

- Pai, não. Por favor... - eu implorei.

- Me deixem fazer o comunicado. Já que os príncipes de Aragor negaram o matrimônio com as minhas filhas, princesa Pamela e princesa Luciana, eu arranjei futuros novos reis. Este é Lorde Springstein, que vai se casar com você, querida. - disse meu pai se dirigindo a mim.

- Eu não vou me casar com ele!

- Depois falaremos sobre isso. Esse aqui é o Lorde Barkuin, que se casará com você Pamela e lhe ensinará como se portar, sendo uma rainha.

- Nem morta eu me caso com esse velho!! - disse minha irmã. Até em um momento trágico como esse ela conseguia ser ela mesma.

- Enquanto a vocês, príncipes de Aragor - nosso pai chamou os guardas - levem-os daqui. Não quero mais nenhuma de vocês perto deles. Ouviram? - como ele poderia ser tão cruel? Aqueles guardas arrancaram Bill e Tom de mim e de minha irmã. Não sabia o que iria acontecer daqui pra frente. Nossas vidas tinham virado de ponta cabeça.