Intercâmbio escrita por LaisaMiranda


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Lá vai mais um capítulo, eu disse que não ia demorar....



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— O que faz aqui? - disse sem alterar a minha voz. Eu não sabia por que a minha voz não parecia querer sair mais alto do que aquilo. - Vai embora!

— Você me chamou - disse ele, usando aquele tom grosseiro habitual.

— Não. Eu não chamei - disse nervosa. - Sai daqui!

Enzo se aproximou mais. Eu estava tremendo e podia sentir meu coração acelerando a cada passo que ele dava para mais perto.

— Chega de enrolação - rosnou ele. - Você pode não ter me chamado, mas eu entrei sem pedir licença. Você não queria saber?

Ele me acusou. Merda.

— Saber o quê? - respondi, como se não tivesse ideia do que ele estava falando. - Sai daqui. Sai daqui, senão...

— Senão o quê? - ele agora estava muito perto do meu rosto. Tão perto que eu tive que olhar para cima, para ver seus olhos.

Enzo apertou meu braço esquerdo, me puxando para perto do seu corpo, e a outra mão deslizou por minhas costas, me apertando para eu não fugir. Então ele encostou seus lábios nos meus. Senti alguns fiapos de barba que estavam nascendo pinicarem meu rosto, enquanto ele movia os lábios com rapidez e doçura.

Eu me afastei, e quando fiz isso ele ainda estava de olhos fechados, mas quando finalmente os abriu, Enzo me comia viva. A essa altura, minha respiração já estava oscilando. Ele apertava meus dois braços agora.

— Você é a mulher da minha vida. Você não vai ser de mais ninguém. Você vai ser minha.

Ele não estava brincando. Eu podia sentir. Enzo estava louco, seus olhos estavam cegos de escuridão. Ele me pegou no colo com facilidade.

— Não. Não - eu disse, mesmo não parecendo que eu queria dizer aquilo.

— Minha. Minha - ele repetia, e não tirava os olhos de mim, eu tampouco conseguia desgrudar dos olhos azuis dele.

Enquanto eu não parava de dizer não, ele me deitou na cama com gentileza. Tentei empurrá-lo, mas aquilo era o mesmo que empurrar uma pedra gigante. Ele era muito forte. Enzo ficou por cima de mim e abaixou com cuidado a alça da minha camisola. Ele beijou meu ombro e senti meu coração acelerando mais e mais. Então ele buscou minha boca, eu virei o rosto.

Não, isso não! O que ele estava fazendo?

Ele tentava buscar por meus lábios, mas eu não dava chance, então ele beijou meu pescoço e fechei os olhos sem perceber.

— Não. Não - eu dizia em sussurros, mas minha voz parecia querer dizer o contrário. Ele tentou me beijar de novo e mais uma vez eu consegui despistá-lo, então ele chupou meu outro pescoço. - Não. Não.

Finalmente encontrei seus olhos de novo. Ele me olhou com a certeza. Eu ainda não sabia que certeza era aquela, talvez eu soubesse, mas não queria admitir. Meu corpo estava reagindo. Ele moveu a mão que estava nas minhas costas e senti as costas nuas dele, enquanto movia minha mão por sua coluna. Ele me beijou. Devagar, doce e prazerosamente. Sua mão que estava nas minhas costas, agora descia para a minha cintura. Ele apertou freneticamente...

Então eu acordei, suando, ofegante. Era um sonho. Um sonho! Joguei o cabelo para trás e levantei os joelhos, abracando-os. Por que eu tive um sonho desses? Por que sonhei com Enzo? Meu Deus! Eu estava ficando louca!

Achei melhor me levantar e ir até a cozinha beber um copo d'água. O sonho ainda estava bem fresco na minha cabeça. Seu olhar, seus beijos, sua pegada. O que eu estava pensando? Isso não! Eu não podia me interessar por esse cara. Não podia.

***

Acordei no outro dia bem cedo e fui para a minha aula. Não prestei atenção em nada. Só consegui pensar numa coisa. O sonho, Enzo, suas mãos e...

— Não! - gritei, e depois me lembrei que estava na sala, com todos meus colegas e o professor Fernando me olhando. - Desculpa.

Abaixei a cabeça, envergonhada demais para encará-los. Eu precisava falar com alguém sobre o que tinha sonhado, ou ficaria louca. Durante a aula, mandei uma mensagem para Vanessa, dizendo que queria conversar com ela urgentemente. Então depois que a aula acabou peguei meu celular depressa, para ver se ela já tinha respondido.

Vanessa: o que é?

agora fiquei curiosa.

Giselle: tive um sonho estranho.

Respondi, mas ela não estava online. Que saco!

Vanessa tinha que estar ocupada, justo agora?

Peguei um táxi e pedi para o taxista me levar para algum ponto turístico de Londres. Eu precisava arejar a cabeça antes de voltar para a casa. O motorista sugeriu a ponte Tower Bridge. Eu já havia visto em fotos, mas ainda não tinha passado perto de lá. Então ele me levou.

Não demoramos muito para chegar. A viagem durou meia hora. Estava um pouco frio, mas eu estava aquecida com o sobretudo. A ponte era realmente linda. Eu a vi de longe mesmo, pois ela era construída sobre o rio Tâmisa. Eu poderia passar de barco por ela, mas achei melhor voltar outro dia com alguém, talvez com Lacey, para irmos juntas.

Procurei um banco para sentar e liguei o celular. Vanessa estava online e tinha acabado de me enviar mensagens.

Vanessa: Sonho estranho?

O que você sonhou?

Com quem?

Giselle: Foi estranho.

parecia que era real

Eu realmente pensei que fosse.

Vanessa: ta

você ta enrolando e não ta dizendo o que você sonhou.

Giselle: eu tive aquele tipo de sonho

aquele....

Vanessa: não acreditoooooo

AQUELE TIPO DE SONHO???

isso só quer dizer uma coisa.

S-E-X-O

Giselle: não chegou ao finalmentes,

mas é, foi isso.

Vanessa: com quem?

COM QUEM?

NAO VAI ME DIZER QUE É COM QUEM EU TO PENSANDO??

Giselle: quem você ta pensando que é?

Perguntei, mas eu já sabia a resposta.

Vanessa: ENZO ENZO ENZO

Mandei uma emoji com vergonha.

Vanessa: eu sabia!!!!!!

Giselle: eu não sei porque tive esse tipo de sonho com ele

quer dizer, eu nunca pensei nele desse jeito.

Vanessa: eu sei por que.

você ta tao fissurada em saber o passado dele,

que deu nisso.

me conta, como foi?

o que ele disse?

Giselle: foi estranho, mas resumindo...

ele entrou no meu quarto,

sendo grosso do mesmo jeito que ele é

e começou a me agarrar.

Vanessa: aiiiiiiiii nao acreditooo

eu nao tenho esse tipo de sonho

amiga, é serio,

você precisa desenhar ele,

eu preciso ver esse homem.

ja cansei de imaginar ele na minha cabeça.

Giselle: Vanessa eu já disse que não acho uma boa ideia.

Desenhar Enzo podia ser muito arriscado, sem contar que eu não queria mais ficar usando meu tempo para pensar nele. Esse sonho foi um sinal, para eu parar de me meter ou acabaria me ferrando.

Vanessa: não vou desistir até conseguir fazer você mudar de ideia.

eu fuçei em tudo qualquer rede social da Lacey.

twitter, instagram, facebook

esse cara nao tem nada.

E ela tbm não posta foto com ele.

Giselle: acho que ele não gosta de fotos.

ja disse.

Senti um vento frio e achei melhor ir embora. Me despedi de Vanessa e saí andando, procurando um táxi. Só que não consegui ver nenhum. O motorista me deixou num lugar que não tinha nada. Só pessoas andando apressadas, para lá e para cá, sem prestar atenção em ninguém. Comecei a ficar preocupada. Como eu voltaria para casa?

Continuei andando, até que me desesperei. Eu precisava ligar para alguém vir me buscar. Mas que ideia também, de vir turistar sozinha.

Liguei para o número da casa da Lacey e no terceiro toque alguém atendeu.

Alô— ouvi a voz de um homem, mas não reconheci.

— A Lacey está? - perguntei.

Ela tá trabalhando— respondeu a voz, e logo lamentei. É claro, já se passava das duas da tarde. - Quem é?

— É a Giselle - O telefone ficou mudo. O homem não tinha desligado, só tinha parado de falar. - É o Nico? - perguntei, em dúvida.

Não. É o Enzo.

Ah, que merda! Tentei não ficar nervosa. Foi só um sonho.

— O Nico tá aí? - perguntei, talvez ele pudesse vir me buscar.

— Sim— senti um alivio. - Mas está dormindo.

— Droga! - só depois que disse que percebi que foi em voz alta.

— Algum problema?

— Não - respondi depressa. - Quer dizer...

— O que foi?— perguntou Enzo sem paciência.

— Nada. É só que... Eu acho que me perdi.

— Você acha?— ele perguntou. – Ou você está perdida, ou não está.

— Eu tô. - disse enfim, com vergonha.

— Você sabe em que lugar está? Me dê algum ponto de referência.

— Tower Bridge.

O que foi fazer aí?— não que eu fosse responder, mas ele me interrompeu. - Esquece! Eu já estou indo— Então ele desligou o telefone na minha cara.

A que ponto eu fui chegar? Ter que pedir ajuda desse idiota. Mas eu não tinha escolha. Não quereria incomodar Nico só para vir me buscar. E ao que parece, Enzo não estava fazendo nada, como sempre.

Fiquei esperando, sentada naquele mesmo banco onde conversei com Vanessa, quase uma hora. Estava muito frio agora. Eu tremia e já sentia meus dentes baterem. Fiquei imaginando se Enzo tinha mudado de ideia e resolveu me deixar aqui. Mas esse pensamento não ocupou minha mente por muito tempo. Ouvi alguém chamar meu nome, e vi que era ele.

— Desculpa a demora. Tive que pegar um táxi até o Crazy Joker, meu carro estava lá - percebi que ele ainda estava com o curativo que fiz ontem à noite. - Vamos - ele se virou, e o segui de cabeça baixa.

O sonho vinha em flashes na minha cabeça. Para quê fui ter esse tipo de sonho com ele? E justo com ele! Não podia ser, sei lá, com o Jared Leto, ou Johnny Depp? É eu sei, estava pedindo demais.

Chegamos enfim perto do carro dele, um Volkswagen Golf da cor cinza. Ele olhou para mim.

— Você está tremendo - então tirou a jaqueta preta que estava usando por cima do moletom cinza. - Aqui, toma.

 

Eu vi que ele entregou, de certa, má vontade.

— Não precisa - falei com os dentes batendo. - Só abre a porta logo que eu já me esquento de novo.

Enzo abriu a porta do carro e depois deu a volta e ficou do meu lado. Ele abriu a porta do carona e jogou a jaqueta nos meus ombros.

— Entra - mandou ele.

Olhei para a cara de Enzo que fez gesto para que eu entrasse logo. Fiz o que ele pediu, mas não porque ele estava mandando e sim porque ali dentro com certeza estava mais quente.

Enquanto Enzo saia com o carro da onde tinha estacionado, senti o perfume dele na jaqueta em meus ombros. Ótimo. Já não bastava eu me lembrar do sonho erótico, agora o cheiro dele ficaria impregnado em mim.

— Não vai dizer nada? - perguntou Enzo de repente, depois de uns dez minutos em silêncio no carro.

Eu não estava a fim de conversar. Ainda mais com ele. Ainda mais depois do sonho da noite passada. Por que, meu Deus?

— Você quer que eu agradeça? - perguntei de mau humor. - Obrigada, Enzo.

— Não. Eu quis dizer literalmente. Falar. Você não disse nada. Geralmente você tenta puxar assunto.

Ah, então agora ele queria conversar?

— Pensei que você quisesse manter as coisas do jeito que estavam. Não foi o que você disse ontem?

— Eu disse - esperei pelo "mas". - Mas fica difícil, se toda hora eu tenho que te defender ou sair de casa para ir te buscar.

— Eu não pedi para você fazer nenhuma dessas duas coisas - ele não tinha que ficar jogando isso na minha cara.

— Não pediu - por que ele sempre tinha uma resposta para dar? - Mas também não tinha outra opção. E eu não ia deixar você ser estuprada ou congelar nesse frio sozinha.

— E isso é porque você é muito legal - ironizei, e ele começou a rir. Pela primeira vez olhei para ele.

— Parece que alguém não dormiu direito essa noite - congelei na mesma hora. Não tinha como ele saber sobre isso. - Acordou mal-humorada.

— Olha quem fala - disse para disfarçar, mas era lógico que ele não sabia de nada. Só estava falando isso por coincidência. Era só isso.

Chegamos em casa rápido e encontramos com Lacey e Nico nos esperando na sala. Eu já tinha entregado de volta a jaqueta dele.

— Até que enfim... Enzo? - disse Lacey se levantando e depois viu o irmão entrando pela porta. - Vocês estavam juntos?

Enzo não disse nada, eu também não queria preocupá-la dizendo que tinha me perdido.

— Estou esperando uma resposta! - disse ela nos encarando. - Onde vocês estavam?

— Eu estava turistando... - respondi, mas Enzo me cortou, dizendo a outra parte que eu queria evitar.

— Ela estava perdida. E fui buscá-la.

Fuzilei ele com os olhos.

— I can't believe it! Giselle, você não pode sair por aí sozinha. Eu sei que você está em Londres e pensa que aqui não acontece nada, mas existe gente ruim em todo lugar.

— Eu sei - abaixei a cabeça.

Tudo o que eu não queria era preocupá-la. Enzo não tinha o direito de falar nada. Eu estava bem.

— Bom, mas você já está aqui. Só não faça isso de novo - então abriu um sorriso.

— Eu vou para o meu quarto - começou Enzo, mas Lacey o parou dizendo:

— Nada disso. Eu tenho novidades - disse contente.

— O quê? Você está grávida de novo? - perguntou Enzo sem demonstrar emoção na voz.

— Não. Infelizmente - Lacey ficou triste, mas sua alegria voltou logo. - É outra coisa. Nico me deixou fazer uma apresentação hoje no Crazy Joker.

— EBA!!! Que legal! - Enzo fingiu se importar. - Agora eu vou para o meu quarto.

— Para de ser imbecil, Enzo! - criticou Nico.

— Eu só quero ir para o meu quarto, tá bom? Hoje é minha folga e eu já tive que fazer coisas... - ele olhou para mim. - Que não devia.

— Eu preciso falar com você - Nico disse para ele.

— Agora?

— Agora.

— Eu vou tomar banho e escolher uma roupa para hoje à noite. - ela cantou a última palavra e subiu animada.

— O que foi? - perguntou Enzo, se jogando no sofá. - O que você tem de tão importante para me falar?

Achei melhor sair dali. Eles podiam querer privacidade.

— Com licença.

— Você também fica Giselle - Nico chamou a minha atenção.

Eu? O que ele queria comigo?

— De-sem-bu-cha logo, Nico. Eu tenho mais o que fazer - disse Enzo.

— Olha como fala comigo, garoto! - Enzo olhou para ele sem paciência. - Bom eu vou falar logo - ele olhou para trás para ver se não tinha ninguém escutando. - Vou pedir Lacey em casamento hoje.

— O quê? - Enzo quase gritou. - Não pode estar falando sério!

— Por quê? Já faz um tempo que moramos juntos, não sei por que não oficializamos tudo de uma vez.

— Fico feliz por vocês, Nico - disse com sinceridade.

— Obrigada, Giselle - ele olhou para Enzo. - E você não vai me desejar felicidades?

— Pensei que você tivesse pedindo a minha permissão.

Nico riu.

— Não. Estou intimando você à comparecer hoje no Crazy Joker. Afinal você tem que estar presente quando eu fizer o pedido.

— Justo hoje? Na minha folga! Você não tinha um dia melhor para escolher não?

Como Enzo era insuportável. Nem pela própria irmã ele ficava feliz?

— Eu pensei que você, mais do que ninguém, fosse ficar feliz com a notícia. Ainda mais por Lacey, que te ajudou tanto quando você precisou.

— Não precisamos falar disso agora.

Enzo ficou tenso. Abatido. Aquele assunto de novo. Estava mais do que claro que ele não queria falar sobre isso na minha presença. E eu também não queria saber. Foi por causa dessa curiosidade que tive aquele maldito sonho.

— Espero que você esteja lá - disse Nico, saindo da sala.

Enzo olhou para mim e se levantou.

— Tomara que ela não aceite - então ele saiu.

Fiquei chocada com o que ouvi. Pensei que Enzo gostasse de Nico. Isso se fosse possível ele gostar de alguém, sendo que estava desconfiando de que ele pudesse sentir alguma coisa pela própria irmã, para desejar uma coisa dessas.

***

Lacey estava esplêndida! Ela vestia um vestido preto e longo, enquanto estava em cima do pequeno palco que montaram para a sua apresentação. Porém, mais que sua roupa, sua voz... Sua voz que se destacava. E que voz linda que ela tinha. Eu não fazia ideia de que Lacey cantava tão bem.

A música Hurt, de Christina Aguilera, saía de sua voz com tanto poder que as pessoas no bar estavam hipnotizadas. Elas olhavam com admiração para aquela mulher com um dom tão maravilhoso.

Enzo também estava lá, ele veio de má vontade, mas veio. Antes de Lacey começar a cantar, Enzo estava de cara emburrada, mas agora, depois que olhei para ele, percebi uma tristeza em seu rosto. Será que era por causa da música? Eu não soube dizer.

"Às vezes, eu apenas quero me esconder,

porque é de você que eu sinto falta

E é tão difícil dizer adeus

Quando chega a hora"

Lacey terminou de cantar. Todos levantaram e a aplaudiram. Ela estava feliz e radiante, fazia reverências enquanto agradecia. Então Nico se juntou à ela no palco. Eu já sabia o que ele faria, então esperei ansiosa.

— Obrigado. Obrigado à todos por terem vindo essa noite. E por aplaudirem essa mulher magnífica ao meu lado.

Laceu o abraçou. Ela mal sabia o que estava prestes a acontecer. Nico se afastou devagar e voltou a falar no microfone.

— Já faz 3 anos que nos conhecemos. E de uma amizade, surgiu um amor incomparável - a essa altura, Lacey já estava emocionada. - Eu te amo.

Então Nico se ajoelhou e pegou uma caixinha de dentro do bolso da calça. Lacey levou as mãos à boca, mal acreditando no que estava vendo.

— Você quer casar comigo, minha Rainha?

Lacey estava espantada.

— Amor, é melhor você me dar uma resposta logo. As pessoas estão esperando.

Yes!— gritou ela e se jogou nos braços dele. Todos bateram palmas, vendo aquele momento tão lindo.

Eu estava feliz por eles. Lacey e Nico mereciam todo o amor do mundo.

Quando me virei para ver a reação de Enzo, ele não estava bem. Parecia que ia vomitar. Ele levantou e saiu rapidamente para os fundos do bar. Não sei por que fiz isso, mas fui atrás dele.

Subi as escadas e a porta da gerência estava aberta. Entrei devagar, tentando ver onde ele podia estar. Enzo estava de costas para mim, com as mãos em cima da mesa.

— Enzo? - perguntei devagar. - Está tudo bem?

— Vai embora - ele disse grosseiramente. Notei que sua voz estava esganiçada.

— Mas você está bem? - tentei de novo, dando um passo para frente.

— EU DISSE PARA VOCÊ IR EMBORA!- esbravejou ele, e achei melhor eu ir mesmo.

O que tinha de errado com ele? Por que esse cara era assim?


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando da história. Ainda tem muita coisa emocionante para acontecer.



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